O poder coletivo e organização política a partir de uma análise das propostas eleitorais de Cabo Verde em 2011, Afrika, Afriki, revolução afrikana, contributo para a reapropriação da criatividade política em Afrika.
O poder coletivo e organização política a partir de uma análise das propostas eleitorais de Cabo Verde em 2011, Afrika, Afriki, revolução afrikana, contributo para a reapropriação da criatividade política em Afrika.
O poder coletivo e organização política a partir de uma análise das propostas eleitorais de Cabo Verde em 2011, Afrika, Afriki, revolução afrikana, contributo para a reapropriação da criatividade política em Afrika.
Criao de regime que respeita, incentiva e promove a participao da quase totalidade da populao, seno a totalidade. A frmula social para envolver a massa total de um territrio na escol!a poltica" regras de participao, benefcios e obriga#es equilibrados em toda a populao. A organi$ao do poder num dado territrio , sem abusos de poder. %ntre outros, &frica do 'ul, (unsia, %gipto, e outros )bons alunos* do +,-, foram alvo de destaque de uma certa proposta eleitoral caboverdeana no ano de ./00 1 em resposta a uma certa pr2tica poltica verificada: a tradicional disputa bipartid2ria. 3reocupa4se, essa viso, com os indicadores de %fici5ncia 6, comparando C7 com estes pases que de facto a ideologia e doutrina econmica liberal apadrin!avam, esse campo de austeridade 8mas no se preocupava em garantir o respeito pelos conceitos europeus de liberdade individual do cidado comum com a mesma veem5ncia que se preocupavam em garantir o respeito pela sua intoc2vel margem de lucro9. 3oderia ter sido levada a cabo uma actuali$ao do programa poltico em questo, face ao que foi para o ,agrebe o arranque de ./00. % que arranque. O que se verificou foi que a austeridade que forava tal efici5ncia provou4se insustent2vel e de tal modo que o povo em massa 8no a oposio poltica profissional9 decide travar esse ritmo de explorao. ,as fica a questo, porque motivo s acontece agora 8recordando d:cadas de resist5ncia popular nessas ruas, que no tiveram direito a destaque9; *Indicadores competitividade, eficincia, inovao.Metodologia: Frum Econmico Mundial. 4<o entanto : justo di$er que durante os =ltimos 0/ anos de governao se ficou pelos servios mnimos de investimento p=blico frutfero; Os anteriores anos de governao foram marcados por liberalismo assumido. ,as nas =ltimas d:cadas o que vimos foi uma perigosa transfer5ncia de -nvestimento >ireto %strangeiro 8via ,CA9 aplicada a distribuio de esplio entre partid2rios, betoni$a#es sucessivas,infra4estruturas, barragens e um notrio avano na digitali$ao da administrao p=blica 8 que nos fa$ reflectir sobre a liberdade da pessoa afirmar e expressar a sua viso do mundo , no interior de um sistema de vigil?ncia digital muito disseminado9 mas: ter2 !avido alguma preocupao de preparar o pas para o mercado mundial livre 8O,C9 ; ,ais grave, ser2 possvel sequer preparar uma formiga isolada para combater le#es e elefantes protegidos pela mo de ferro de que nos confessou o muito liberal 3aul @rugman;Aual : a probabilidade de sucesso ao fa$54lo em territrio de le#es e elefantes ou se preferirem ursos e tubar#es; Aual : a lgica desta integrao econmica; Auem gan!a com isto; (ero sido criadas as condi#es para que a economia C7 se ten!a tornado mais sustent2vel, menos dependente, mais ativa e participada, e mais respons2vel e at: criativa ; Ou ser2 que, com o pacote ,CA, vem um presente envenenado;
(ero sido reajustados tecnicamente os quadros desse grupo de trabal!o profissional na defesa dos interesses estrat:gicos de todos, do c!amado aparel!o p=blico; (er2 sido feito esse trabal!o pela formao, pela avaliao transparente, pela mobilidade transparente dos quadros no seio da !ierarquia dos organismos; % digitalmente, ter2 a democracia gan!o algo; (er2 a promessa de cidadania digital evoludo para algo mais do que uma aristocracia tecnolgica, ter2 o governo aberto atingido uma situao de partil!a de conte=dos que possa ser considerada aceit2vel, notria, satisfatria e realmente aberta e comunit2ria 8 o conceito acad:mico de %stado4nao no est2 despido da ideia de ser uma comunidade poltica organi$ada num dado territrio9; Aqueles que assumem o papel de $elar pelo interesse de um projecto de poder que visa distribuir o poder por todos os membros de uma sociedade e no em grupos de interesse especficos dessa sociedade, esses profissionais organi$ados que a academia 8ocidental9 ambiguamente define como %stado4Administrao, 8a meu ver9 pode intervir na economia. >eveB Ali2s deve ser essa a interveno nos recursos que esto disponveis para um conjunto de pessoas organi$adas mediante as suas regras de poder, regras essas discutidas respeitosamente e intensivamente.>eve ser essa a operao de poder que deve existir, sobretudo na aus5ncia do c!amado investimento privado" ou seja investimento organi$ado por uma parcela de um conjunto de pessoas, que procura apenas beneficiar a sua parcela" em detrimento,destrundo se necess2rio as restantes salvaguarda de interesses partil!ados em conjunto.
% enquanto se procura investidores pelo globo 8 investidores esses que devem ser apenas parceiros subordinados ao interesse de todos os envolvidos no trabal!o poltico conjunto e nunca parceiros de uma parcela ou de um representante do conjunto que procura apenas enriquecer a sua pessoa e os que l!e so mais prximos9 enquanto se fa$ esse trabal!o e no se encontra parceiros, deve a fora colectiva organi$ar a boa utili$ao dos recursos e no pode abondanar a populao nem deve abandonar uma populao to jovem e consequentemente, to activa, C sua sorte 8./D de desemprego obrigam4no9. (rata4se de um desperdcio face ao futuro potencial que se pode atingir e manter. Considerando que no existe industria slida em C7 desde que o pas se tornou independente 8 nem como propriedade comum e partil!ada por todos os caboverdeanos, nem como propriedade privada de alguns caboverdeanos ou outros privados9 e lembrando que o legado do colonialismo so parcas e inexpressivos projetos industriais 8 con!ecida a dificuldade que os actores econmicos tiveram em singrar no passado96 : legtimo, ento, que enquanto se procura identificar e fideli$ar novas parcerias, o grupo de trabal!o em prol do coletivo preenc!a o va$io e encontre solu#es. ,ais que legtimo, : urgenteB *e!a"se o documento apresentado pelas foras vivas do Mindelo ao ento ministro colonialista #driano Moreira, leiam"se os !ornais dessa $poca e at$ toda a imprensa repu%licana para &ue se perce%a mel'or o &ue $ o tecido empresarial e o &ue foi. Eons servios coletivos so transparentes, e aqueles cujos quadros, cujos peritos, so recrutados de acordo com crit:rios t:cnicos claros, equitativos, e no parcelares e vocacionados para uma distribuio de gan!os entre partes oportunistas. A viso c!amada de ideolgica, ou seja aquele compromisso estrat:gico de longo pra$o fundamentado numa an2lise do mundo e em teses que procuram entender algo acerda da vida no mundo, : legtima no campo da direo, da liderana de um projeto poltico de pequena ou de grande dimenso. (rata4se de um compromisso a longo pra$o de uma viso amadurecida, de uma leitura social legtima e expressa e de um contrato transparente proposto aos pares, ao coletivo 4 por aqueles a quem os pares confiaram temporariamente a misso de encontrar solu#es para problemas que afetam todos. <o entanto, ela no pode absorver os crit:rios de recrutamento de forma a colocar em causa o prprio objectivo estrat:gico proposto. O sistema que no assume mas pratica a tomada do aparel!o de %stado para servir os amigos de favores 8 ou simplesmente partil!ar o esplio do saque9 quando esses, comprometem o sucesso da prpria ideologia , no passa de uma traio C prpria ideologia ou a simples confirmao de que no !2 ideologia ou seja, no !2 um compromisso estrat:gico mnimo. %m que tipo de projeto andamos embarcados ento; 3or que camin!o queremos seguir; Aue valores queremos defender; A meu ver, devem ser mnimos os cargos de delegao e cooptao nos c!amados servios p=blicos. Os cargos de confiana poltica no podem ser pulveri$ados pelo sistema poltico ao ponto do membro do coletivo se sentir alienado totalmente por no pertencer Cs foras polticas com capacidade governativa4representativa que ,procuram alternar eternamente no poder. O sistema poltico que se vende pelo globo a partir do c!amado Ocidente : aquele que a longo pra$o refora a tend5ncia para o bipartidarismo puro 8 essa iluso na forma de organi$ao de interesses parcelados de duas correntes de uma organi$ao unit2ria fiel 2 finana, que na verdade no passa de um modelo4=nico c!amado capitalismo, que no se assume perante terceiros como modelo monoltico, mas na realidade : um modelo =nico de participao no poder9. %ssencialmente assim acontece por via do controlo da distribuio do emprego no c!amado sector p=blico e no sector privado 8administrao central e perif:rica e administrao privada9. O c!amado p=blico da apregoada modernidade : a estrat:gia de entretenimento em massa que garante a manuteno do poder pecuni2rio exclusivo de um clube de forma sorrateira e at: teatral. %ste sistema na forma do conceito bipartidarismo e seus subsistemas provisrios 1 na medida em que dificilmente no so pressionados para culminar no sistema dominante 4 , este bipartidarismo puro de que %FA so exemplo, sofre dos mesmos defeitos que o monopartidarismo" ou seja: os defeitos de vcio de poder, ao tornar demasiado previsvel e consequentemente perme2vel no que toca C relao entre o %stado e os actores econmicos e o %stado e os actores sociais. Ou seja, a doutrina econmica liberal recomenda este tipo de estabilidade porque garante a sua manuteno no crculo exclusivo de poder, : previsvel, tranquili$a os gestores de risco que afinal no sabem lidar com o risco : 4menos estado, bipartidarismo, sistemas eleitorais menos proporcionais e polticas econmicas de desvalori$ao do sector p=blico e das protec#es sociais assim como a descredibili$ao da proteo contratual nas rela#es de trabal!o 8de que o %gito e a (unsia foram exemplos9, sacrificando a alternativa poltica, a vontade popular, a renovao do sistema poltico e desta forma, a cidadania multifacetada. ,ais ainda, sacrificando a democracia de facto. 3ratica4se o inverso da potenciali$ao do cidado.
4 O desemprego jovem a G/ 1 G0 D, total a mais de ./D. <o se capta investimento, no se cria emprego; O que se fa$ ento, narco4poltica; <o !aver2 betoni$ao a mais; 'im aos jovens mel!ores condi#es de iniciarem a sua vida profissional de acordo com a sua formao se possvel, sempre. %les so a garantia de continuidade estrat:gica se esta for justa e funcional. ,as porque no ser o c!amado %stado a absorver o mel!or que !2 no pas para promover um servio p=blico de elevada qualidade, efici5ncia, efic2cia, produtividadeH; 3orque C ideia de %stado dicicilmente 8e em regimes diferentes e at: concorr5nciais9 no iremos vincular a memria de uma parcela de fil!os de um coletivo que usam do poder que l!es : confiado pelo coletivo, ou do poder que retiram a terceiros para benefcio prprio e at: para a traio do coletivo. ,as podemos perguntar: 3orque no dar as condi#es devidas e tanto treinar o coletivo para que este se eleve em capacidade de suceder em interveno coletiva, como tamb:m recrutar transparentemente os mel!ores e dar as mel!ores condi#es e formao a quem querer2 assumir compromissos s:rios, inovadores e contnuos com o sucesso do coletivo; 3romover emprego : promover tamb:m o c!amado emprego p=blico. 3ara realmente defender um projeto equilibrado de uma organi$ao de poder devia ser quase totalmente este tipo de trabal!o coletivo o existente" seno mesmo totalmente.
,as o recrutamento daqueles que sero destacados para executar a tarefa de suceder na operacionali$ao de tarefas que garantem o bem estar equilibrado do coletivo deve considerar o perfil dos candidatos e no o carto partid2rio, no a sua ligao familiar, nao a rede de interesses parcelares , e o candidato deve entender que a organi$ao poltica tamb:m no pode infinitamente concorrer com o interesse parcelado em condi#es favor2veis ou atraentes de sustento para garantir a qualidade dos servios que legitimamente presta. Assim deve se pensar pois os recursos so finitos e dependem do esforo de todos os membros do coletivo, e sucessivas gera#es de membros. 3or isso os cargos especiali$ados so escrutinados pela populao, pelos seus IaccionistasI se quiserem" ou seja todos os membros do coletivo que correm o risco de apostar numa equipa de liderana. +uncionando a democracia isto funcionaria como garantia de transpar5ncia e respeito pela vontade soberana popular.<o funciona a democracia porque ela prpria no quer ser democracia ela permite o seguinte: o privado, este : escrutinado 8: certo, por alguns9 e serve o interesse de apenas alguns dos membros de um coletivo. % assim permite a democracia porque entre o ideial fecundado na academia e a realidade democr2tica encontra4se uma enorme barreira de interesses pecuni2rios reservados a uns poucos que assim querem se manter. 3or isso, deve sim !aver servio de todos os membros , prestado por quem tem perfil, num dado momento, para executa4lo em funo de todos e no apenas necessidade ou interesse pessoal em fa$54lo. O perfil do corpo !umano da administrao p=blica os seus t:cnicos, so os poros do rosto da administrao p=blica. Ali2s, o mesmo crit:rio dever2 ser considerado em todos os sectores da economia, o que obriga4nos a estudar o corpo de profissionais escol!idos para encontrar a soluo que temos, e investir continuamente na sua qualificao 1 progressiva e acessvel a todas as gera#es 4, sua reciclagem e reorientao vocacional, sempre que possvel. <s no podemos desperdiar a fora !umana, onde temos investido constantemente das d:cadas passadas. %sse investimento : a base do sucesso coletivo, e de todos os coletivos que procuram a !armonia e equilbrio pelo mundo.
-mportante ser2 ento o papel, o trabal!o, o sucesso 8e no j2 a edificao , a betoni$ao9 da educao coletiva, do ensino obrigatrio, dos institutos de formao, das universidades, dos projectos de investigao. % sobre a ideia de Justia; O que fa$er com os que intencionalmente se manifestam contra a estrat:gia coletiva, e procuram destrui4la a troco de um carto de pertena a um clube pecuni2rio exclusivo; Acontecendo que estes membros no ten!am interesse em s54lo, em agir coletivamente" no se pode permitir que pon!am em causa a estrat:gia que a longo pra$o que procura beneficiar todos, pode gan!ar a preparao de um plano estrat:gico com um debate no qual so expostas vis#es diferentes.
,as algu:m aceita que seja permitido ligeiramente partir para a eliminao fsica de opositores fil!os do coletivo; %sse tipo de medida aniquila a aposta na mudana que todo o ser !umano pode fa$er ao longo da sua vida no que toca C sua forma de pensar. Combater : antes de mais trabal!ar para derrotar as estrat:gias ameaadoras e opostas sem sequer ter que entrar em confronto fsico imediato que essas estrat:gias c!egam a prever.,as : ter que derrotar o que ameaa o projeto, superar os desafios, provar que !2 outro camin!o possvel e camin!ar sobre ele. K escol!er quem consegue treinar e dominar a passada larga da marc!a. %m situa#es extremas de perigo, no !aja d=vidas : eliminar qualquer ameaa C vida de membros do coletivo, sempre que essas ameaas estejam nesse grau de gravidade de inten#es.