Eletrobrás DIRETRIZES PARA PROJETOS DE PCH

CAPÍTULO 2 - TIPOS DE PEQUENAS

CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

TIPOS DE PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

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Eletrobrás DIRETRIZES PARA PROJETOS DE PCH

SUMÁRIO

CAPÍTULO 2 - TIPOS DE PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

Página

2.1 DEFINIÇÃO DE PCH 2-3

2.2 CENTRAIS QUANTO À CAPACIDADE DE REGULARIZAÇÃO 2-3

2.2.1 PCH A FIO D’ÁGUA 2-4

2.2.2 PCH DE ACUMULAÇÃO, COM REGULARIZAÇÃO DIÁRIA DO

RESERVATÓRIO 2-4

2.2.3 PCH DE ACUMULAÇÃO, COM REGULARIZAÇÃO MENSAL DO

RESERVATÓRIO 2-4

2.3 CENTRAIS QUANTO AO SISTEMA DE ADUÇÃO 2-4

2.4 CENTRAIS QUANTO À POTÊNCIA INSTALADA E QUANTO À QUEDA DE PROJETO 2-5

TIPOS DE PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS - Sumário

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CAPÍTULO 2

TIPOS DE PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

2.1 DEFINIÇÃO DE PCH características de PCH são aqueles que têm

potência entre 1 e 30 MW e área inundada até 3,0
Na primeira edição do Manual km2, para a cheia centenária. Todas as limitações
(ELETROBRÁS/DNAEE, 1982), uma Usina anteriores foram eliminadas.
Hidrelétrica era considerada como uma PCH
quando: Cabe registrar, a propósito, que alguns dos
inventários realizados por companhias de energia
- a potência instalada total estivesse compreendida de porte, hoje privatizadas, ao longo dos anos de
entre 1,0 MW e 10 MW; 1996 a 1998, identificaram diversos sítios
potencialmente atrativos, cujos arranjos de obras
- a capacidade do conjunto turbina-gerador prevêem barragens com mais de 10 m de altura e
estivesse compreendida entre 1,0 MW e 5,0 MW; circuito adutor em túneis, em vários casos.

- não fossem necessárias obras em túneis (conduto Nestas Diretrizes são incluídos os critérios e
adutor, conduto forçado, desvio de rio, etc.); métodos para dimensionamento, bem como alguns
aspectos sobre os processos de construção de
- a altura máxima das estruturas de barramento do
obras civis para usinas com potência instalada
rio (barragens, diques, vertedouro, tomada
compreendida nessa faixa. Sempre que
d’água, etc.) não ultrapassasse 10 m;
necessário, será feita referência aos critérios de
dimensionamento especificados nas “Instruções
- a vazão de dimensionamento da tomada d’água
p a ra Estudos de Viabilidade de
fosse igual ou inferior a 20 m3/s.
Aproveitamentos Hidrelétricos”, da
Não havia limite para a queda do ELETROBRÁS/ANEEL, editado em abril/1997, ou às
empreendimento, sendo as PCHs classificadas em Diretrizes para Elaboração de Projeto Básico de
de baixa, média e alta queda. Usinas Hidrelétricas, ou ainda a outros trabalhos
específicos constantes da vasta bibliografia
Em função das mudanças institucionais e da existente.
legislação por que passa atualmente o país,
referidas no Capítulo 1, e da experiência 2.2 CENTRAIS QUANTO À CAPACIDADE
acumulada nos últimos 17 anos, torna-se DE REGULARIZAÇÃO
importante atualizar esses critérios. A Lei no 9.648,
Os tipos de PCH, quanto à capacidade de
de 27/05/98, autoriza a dispensa de licitações para
regularização do reservatório, são:
empreendimentos hidrelétricos de até 30 MW de
potência instalada, para Autoprodutor e Produtor
− a Fio d’Água;
Independente. A concessão será outorgada
mediante autorização, até esse limite de potência, − de Acumulação, com Regularização Diária
desde que os empreendimentos mantenham as do Reservatório;
características de Pequena Central Hidrelétrica.
− de Acumulação, com Regularização
A Resolução da ANEEL 394, de 04/12/98, Mensal do Reservatório.
estabelece que os aproveitamentos com

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Não fazem parte do escopo destas Diretrizes da depleção do reservatório, o qual entra no
as centrais hidrelétricas de acumulação com cálculo dessa altura, é desprezível;
regularização superior à mensal. Para essas, o
usuário deverá consultar a bibliografia referida - as barragens serão, normalmente, baixas, pois
nestas Diretrizes. têm a função apenas de desviar a água para o
circuito de adução;
2.2.1 PCH A FIO D’ÁGUA
- como as áreas inundadas são pequenas, os
Esse tipo de PCH é empregado quando as valores despendidos com indenizações serão
vazões de estiagem do rio são iguais ou maiores reduzidos.
que a descarga necessária à potência a ser
instalada para atender à demanda máxima 2.2.2 PCH DE ACUMULAÇÃO, COM
prevista. REGULARIZAÇÃO DIÁRIA DO
RESERVATÓRIO
Nesse caso, despreza-se o volume do
reservatório criado pela barragem. O sistema de Esse tipo de PCH é empregado quando as
adução deverá ser projetado para conduzir a vazões de estiagem do rio são inferiores à
descarga necessária para fornecer a potência que necessária para fornecer a potência para suprir a
atenda à demanda máxima. O aproveitamento demanda máxima do mercado consumidor e
energético local será parcial e o vertedouro ocorrem com risco superior ao adotado no projeto.
funcionará na quase totalidade do tempo,
extravasando o excesso de água. Nesse caso, o reservatório fornecerá o
adicional necessário de vazão regularizada. Os
Esse tipo de PCH apresenta, dentre outras, estudos de regularização diária e a metodologia
as seguintes simplificações: para escolha da descarga de projeto são
apresentados no item 6.7.3.
- dispensa estudos de regularização de vazões;
2.2.3 PCH DE ACUMULAÇÃO, COM
- dispensa estudos de sazonalidade da carga REGULARIZAÇÃO MENSAL DO
elétrica do consumidor; e RESERVATÓRIO

- facilita os estudos e a concepção da tomada Quando o projeto de uma PCH considera

d’água.
No projeto:
- não havendo flutuações significativas do NA do
reservatório, não é necessário que a tomada
d’água seja projetada para atender a depleções
do NA;
- do mesmo modo, quando a adução primária é
projetada através de canal aberto, a profundidade
do mesmo deverá ser a menor possível, pois não
haverá a necessidade de atender às depleções;
dados de vazões médias mensais no seu
dimensionamento energético, analisando as vazões
de estiagem médias mensais, pressupõe-se uma
regularização mensal das vazões médias diárias,
promovida pelo reservatório. Os estudos de
regularização mensal são apresentados no item
6.7.3.
2.3 CENTRAIS QUANTO AO SISTEMA DE
ADUÇÃO
Quanto ao sistema de adução, são
considerados dois tipos de PCH:

- pelo mesmo motivo, no caso de haver - adução em baixa pressão com escoamento livre
necessidade de instalação de chaminé de em canal / alta pressão em conduto forçado;
equilíbrio, a sua altura será mínima, pois o valor

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- adução em baixa pressão por meio de tubulação / conjuntamente, uma vez que um ou outro
alta pressão em conduto forçado. isoladamente não permite uma classificação
adequada.

Para as centrais com alta e média queda,

A escolha de um ou outro tipo dependerá das
condições topográficas e geológicas que apresente
o local do aproveitamento, bem como de estudo
econômico comparativo.
Para sistema de adução longo, quando a
inclinação da encosta e as condições de fundação
forem favoráveis à construção de um canal, este
tipo, em princípio, deverá ser a solução mais
econômica.
Para sistema de adução curto, a opção por
tubulação única, para os trechos de baixa e alta
pressão, deve ser estudada.
onde existe um desnível natural elevado, a casa de
força fica situada, normalmente, afastada da
estrutura do barramento. Conseqüentemente, a
concepção do circuito hidráulico de adução
envolve, rotineiramente, canal ou conduto de baixa
pressão com extensão longa.
Para as centrais de baixa queda, todavia, a
casa de força fica, normalmente, junto da
barragem, sendo a adução feita através de uma
tomada d’água incorporada ao barramento.

A necessidade ou não de chaminé de

equilíbrio será discutida mais adiante nestas
Diretrizes (item 7.1.7).

2.4 CENTRAIS QUANTO À POTÊNCIA

INSTALADA E QUANTO À QUEDA DE
PROJETO

As PCH podem ser ainda classificadas quanto

à potência instalada e quanto à queda de projeto,
como mostrado na Tabela 2.1, adiante,
considerando-se os dois parâmetros

Tabela 2.1 - CLASSIFICAÇÃO DAS PCH QUANTO À POTÊNCIA E QUANTO À QUEDA DE PROJETO

CLASSIFICAÇÃO POTÊNCIA - P QUEDA DE PROJETO - Hd (m)

DAS CENTRAIS (kW) BAIXA MÉDIA ALTA

MICRO P < 100 Hd < 15 15 < Hd < 50 Hd > 50

MINI 100 < P < 1.000 Hd < 20 20 < Hd < 100 Hd > 100

PEQUENAS 1.000 < P < 30.000 Hd < 25 25 < Hd < 130 Hd > 130

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