Stone Hill Brazil Ltda.

Av. João Santos Filho, nº. 73, Ilha de

Santa Maria, CEP: 29.051-145 - Vitória - ES - Brasil
T.: 55 27 3322 1489 / F.: 55 27 3322 1489
CNPJ: 05.439.050/0001-93

ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA

COMISSÃO DE LICITACÃO DA INFRAERO

Ref.: TOMADA DE PRECOS Nº 004/SLAF/SBSL/2009

DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA NA FASE DE HABILITAÇÃO

STONE HILL BRAZIL LTDA, pessoa jurídica de Direito

Privado devidamente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
do Ministério da Fazenda (CNPJ/MF) sob o nº 05439050/0001-93,
sediada na Rua João Santos Filho, nº 73, Ilha de Santa Maria na
cidade de Vitoria e Estado de Espírito Santo, por intermédio de seu
bastante procurador (doc.1) que a esta subscreve, vem, com
supedâneo no artigo 109 § 3º da Lei 8.666/93 c.c. art. 4º inc. XVIII da
Lei 10.520/02, “data maxima venia”, a augusta presença de Vossa
Senhoria, apresentar

CONTRA RECURSO

Em face das equivocadas alegações registradas pela sociedade

empresária WS ENGENHARIA LTDA, com CNPJ 02.635.863/0001-60,
pelos motivos fáticos e jurídicos que passa a expor.

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DOS FATOS

A Recorrida participou da Tomada de Preços em epígrafe, realizado

pela INFRAERO, no dia 30 de Julho de 2009, cujo objeto era
CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE
TRATAMENTO DA SUPERFICIE DOS PISOS EM GRANITO NAS
AREAS DO SAGUÃO, EMBARQUE, DESEMBARQUE, MEZANINO,
CORREDOR CONECTOR E ESCADAS DO AERPORTO
INTERNACIONAL MARECHAL CUNHA MACHADO, EM SÃO
LUIZ/MA, de acordo com as exigências e demais condições e
especificações expressas no edital e SEUS ANEXOS.

A etapa de julgamento da documentação relativa à

qualificação técnica foi suspensa pela comissão de licitação, pois
nenhum dos participantes apresentou atestado de capacidade técnica
de acordo com o exigido no edital, assim ficou decidido que a analise
da documentação e o resultado seria divulgado no site da INFRAERO,
ocasião em que a empresa WS ENGENHARIA LTDA manifestou
intenção de notar em ata que as demais empresas participantes não
comprovaram obras e serviços de características técnicas, conforme
item 5.5 letra “d” do edital.

Eis a síntese do necessário.

Ocorre que a empresa WS ENGENHARIA LTDA alega em sua razão de

recurso que não deveria ser inabilitada, pois apresentou em seu atestado de
capacidade técnica suficiente informação para qualificar-se. Ora vejamos:

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Conforme observação do documento anexado ao recurso, a empresa

não comprova nenhuma experiência em polimento descrito em seu
atestado em conformidade com o anexo VII (Especificações técnicas)
que é parte integrante do edital conforme, no item 5.3 - RENOVAÇÃO
DE REVESTIMENTO EM GRANITO.
Consta na descrição do item acima que a empresa deve usar uma
seqüência de abrasivos diamantados de vários grãos que
caracteriza a restauração licitada, consta ainda que no polimento
deva ser usada uma seqüência de abrasivos de fechamento da
porosidade ate atingir o brilho natural.

Ora vejamos, o atestado da empresa em epigrafe especifica apenas

limpeza pós-obra no item 15.0 (LIMPEZA DA OBRA), o que não
caracteriza nenhuma experiência em restauração de piso em
granito e sim uma vasta experiência em reforma em geral.
Outrossim, se a empresa tivesse realmente efetivado alguma obra de
restauração de piso deveria constar em seu atestado e certidão do
CREA itens como, restauração, impermeabilização de piso e não
asfáltica e/ou recuperação de piso de granito existente. Além disto,
deveria constar na Certidão de Acervo Técnico polimento ou
recuperação de piso de granito. Entendemos assim que, o polimento
especificado em seu atestado de capacidade técnica diz respeito a
polimento superficial com produtos outros que não os apropriados e
especificados neste edital para execução de tal serviço de
RESTAURAÇÃO tendo em vista que, sua descrição compõe e item
LIMPEZA. Concluímos que o item POLIMENTO/RESTAURAÇÃO deve ser
o principal serviço executado e descrito no atestado de capacidade
técnica.

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Finalizando, a empresa alega ter vasta experiência em execução de

obras em hospitais, sendo assim, seria justo mencionar que nossa
experiência prevalece, tendo em vista obras efetuadas em
aeroportos tais como Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim –
Galeão (42.000m²), com fluxo intenso de passageiros devido à alta
temporada (verão) e aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro em
execução, alem de outros órgãos aqui não mencionados.

DA LICITAÇÃO E SUA FINALIDADE

A licitação do tipo menor preço, como o próprio nome

esclarece, busca a oferta mais vantajosa à Administração Pública, de
modo a poupar o erário de gastos desnecessários.

Art. 3o. A licitação destina-se a garantir a

observância do princípio constitucional da isonomia e a
selecionar a proposta mais vantajosa para a
Administração...

Sobre a relevância deste tema, convém citarmos

explanação sem retoques elaborada por Maria Silvia Zanella Di Pietro:

“O objetivo primeiro da licitação é selecionar a melhor

proposta. Tirar da Administração essa possibilidade é revestir
o procedimento de um rigor desnecessário (...)”.i

Por este motivo, os administradores públicos devem sempre adotar

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uma postura imparcial, velando pela participação do maior número de

proponentes possível. Afinal, conforme assevera Toshio Mukai, “a
disputa entre os proponentes é tão essencial na matéria que,
se num procedimento licitatório, por obra de conluios, faltar a
competição (ou oposição) entre os concorrentes, falecerá a
própria licitação, inexistirá o instituto mesmo”.ii

E justamente por possuir tal finalidade (obtenção da

proposta mais vantajosa), a licitação não poderá, em hipótese
alguma, ser atravancada por exigências desarrazoadas e
inconsentâneas que desfavoreçam a competição sob a égide de
obtenção de “garantias” à Administração Pública.

Com sapiência e desenvoltura, o professor Marçal

Justen Filho discorre sobre o assunto. Vejamos:

“Também não se admite requisitos que, restritivos à

participação no certame, sejam irrelevantes para a execução
do objeto licitado. Deve-se considerar a atividade principal e
essencial a ser executada, sem maiores referências a
especificações ou detalhamentos”.iii

Ensinou o saudoso mestre Hely Lopes Meirelles que:

“Os administradores públicos devem ter sempre presente que

o formalismo inútil e as exigências de uma documentação
custosa afastam muitos licitantes e levam a Administração a
contratar com uns poucos, em piores condições para o
Governo”.

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Nesse sentido, nossa jurisprudência:

“Visa à concorrência a fazer com que o maior número de

licitantes se habilitem, para o objetivo de facilitar aos órgãos
públicos a obtenção de coisas e serviços mais convenientes
aos seus interesses. Em razão desse escopo, exigências
demasiadas e rigorosismos inconsentâneos com a boa exegese da lei
devem ser arredados. Não deve haver nos trabalhos nenhum
rigorosismo e na primeira fase da habilitação deve ser de
absoluta singeleza o procedimento licitatório”. (TJRGS – RDP 14,
pág. 240)

O Superior Tribunal de Justiça decidiu:

“O procedimento licitatório há de ser o mais abrangente possível, a

fim de possibilitar o maior número possível de concorrentes, tudo a
possibilitar a escolha da proposta mais vantajosa. Não deve ser
afastado candidato do certame licitatório por meros detalhes
formais. No particular, o ato administrativo deve ser
vinculado ao princípio da razoabilidade, afastando-se de
produzir efeitos sem caráter substancial”. (STJ. MS n° 5631/DF.
DJU 17 ago. 1998. p. 00007).

“O formalismo no procedimento licitatório não

significa que se possa desclassificar propostas
eivadas de simples omissões ou defeitos
irrelevantes”. (STJ. MS n° 5.418/DF. 1ª Seção. DJU 01
jun. 1998. p. 24

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DO PEDIDO

O que se pede, diante do exposto, é que o Sr. Pregoeiro

e Equipe de Apoio mantenha seu julgamento inicial, não
dando provimento ao inconsistente e inoportuno
recurso interposto pela empresa WS ENGENHARIA
LTDA dando assim oportunidade devida a todas
empresas participantes desta tomada de preço.

Termos em que

Pede Deferimento

Vitoria ES 18 de Agosto de 2009

STONE HILL BRAZIL LTDA.

Nome: Jose Inácio Xavier
Cargo: Diretor Presidente

Temas Polêmicos Sobre Licitações e Contratos”, 5º edição, Malheiro Editores, pág. 223 /24.
Estatutos jurídicos das licitações, 3. ed., São Paulo, Saraiva, 1992, p. 19.
Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 11ª edição. Ed.Dialética. Página 344

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iii