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detecta
na
epistemologia
da
cultura
ocidental
duas
grandes
Trata-se de uma obra fundamental deste filsofo, na qual realizada uma anlise
descontinuada da histria da Medicina. Segundo Foucault, no existe uma relao de
pela
relao
com
Identifica a essncia de cada doena. Classifica- Foucault diferencia trs tipos de clnica: a
se a doena num quadro de semelhanas protoclnica (sculo XVIII); a clnica (final do
(modelo da Histria Natural).
sculo XVIII); a antomo-clnica (sculo XIX).
As doenas so classificadas pela comparao Protoclnica:
a
clnica
tem
funo
de sintomas. Mesmos sintomas = mesmas eminentemente pedaggica. No produz
essncias.
conhecimento. uma maneira de apresentar o
conhecimento da Medicina classificatria. O
doente serve para exemplificar a doena. Fala-se
da doena a partir do quadro classificatrio e
no a partir dos sintomas do doente, do corpo do
doente.
Sujeito: olhar de superfcie do mdico
Cnica: primeira tentativa de fundar o saber na
Objecto: espao e plano de classificao das percepo (no olhar). O olhar que observa no
doenas
quer apenas buscar elementos para ilustrar.
produtor de conhecimento. Abole-se a diferena
entre sintoma e doena. O que se conhece da
doena o sintoma, no a essncia. Uma doena
passa a ser o conjunto de sintomas capazes de
ser percebidos pelo olhar. O sintoma o signo
da doena. Revela a natureza da doena. A
clnica transforma o sintoma do doente no signo
da doena.
Modificaes no solo epistemolgico no incio
da Modernidade permitem utilizar modelos
extrados da analtica da linguagem e do clculo
de probabilidades para produzir novas
configuraes sobre sintoma e doena.
Abstrai o doente (o acidental, contingencial)
para que a doena aparea na sua essncia. O
doente atrapalha e compromete a classificao.
Apresenta variaes de idade, hbitos,
temperamentos que, se forem consideradas,
comprometem a validade da classificao.