Esta portaria define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A portaria estabelece os conceitos e procedimentos relacionados à notificação compulsória, como prazos, responsabilidades e fluxos de comunicação entre as autoridades de saúde. A portaria entra em vigor na data de sua publicação.
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Título original
Portaria MS Nº 1.271 de 2014 Notificação Compulsória
Esta portaria define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A portaria estabelece os conceitos e procedimentos relacionados à notificação compulsória, como prazos, responsabilidades e fluxos de comunicação entre as autoridades de saúde. A portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Esta portaria define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A portaria estabelece os conceitos e procedimentos relacionados à notificação compulsória, como prazos, responsabilidades e fluxos de comunicação entre as autoridades de saúde. A portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Define a Lista Nacional de Notificao Compulsria de doenas, agravos e eventos de sade pblica nos servios de sade pblicos e privados em todo o territrio nacional, nos termos do anexo, e d outras providncias. O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, no uso das atribuies que lhe conferem os incisos I e II do pargrafo nico do art. 87 da Constituio, e Considerando a Lei n 6.259, de 30 de outubro de 1975, que dispe sobre a organizao das aes de Vigilncia Epidemiolgica, sobre o Programa Nacional de Imunizaes, estabelece normas relativas notificao compulsria de doenas, e d outras providncias; Considerando o art. 10, incisos VI a IX, da Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, que configura infraes legislao sanitria federal, estabelece as sanes respectivas, e d outras providncias; Considerando a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente; Considerando a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias; Considerando a Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003, que dispe sobre o Estatuto do Idoso, alterada pela Lei n 12.461, de 26 de julho de 2011, que determina a notificao compulsria dos atos de violncia praticados contra o idoso atendido em estabelecimentos de sade pblicos ou privados; Considerando a Lei n 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificao compulsria, no territrio nacional, do caso de violncia contra a mulher que for atendida em servios de sade, pblicos ou privados; Considerando a Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso s informaes previsto no inciso XXXIII do art. 5, no inciso II do 3 do art. 37 e no 2 do art. 216 da Constituio Federal; altera a Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei n 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei n 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e d outras providncias; Considerando o Decreto Legislativo n 395, publicado no Dirio do Senado Federal em 13 de maro de 2009, que aprova o texto revisado do Regulamento Sanitrio Internacional, acordado na 58 Assembleia Geral da Organizao Mundial de Sade, em 23 de maio de 2005; Considerando o Decreto n 7.616, de 17 de novembro de 2011, que dispe sobre a declarao de Emergncia em Sade Pblica de Importncia Nacional (ESPIN) e institui a Fora Nacional do Sistema nico de Sade (FN-SUS); e Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos normativos relacionados notificao compulsria no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), resolve: CAPTULO I DAS DISPOSIES INICIAIS Art. 1 Esta Portaria define a Lista Nacional de Notificao Compulsria de doenas, agravos e eventos de sade pblica nos servios de sade pblicos e privados em todo o territrio nacional, nos termos do anexo. Art. 2 Para fins de notificao compulsria de importncia nacional, sero considerados os seguintes conceitos: I - agravo: qualquer dano integridade fsica ou mental do indivduo, provocado por circunstncias nocivas, tais como acidentes, intoxicaes por substncias qumicas, abuso de drogas ou leses decorrentes de violncias interpessoais, como agresses e maus tratos, e leso autoprovocada; II - autoridades de sade: o Ministrio da Sade e as Secretarias de Sade dos Estados, Distrito Federal e Municpios, responsveis pela vigilncia em sade em cada esfera de gesto do Sistema
nico de Sade (SUS);
III - doena: enfermidade ou estado clnico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; IV - epizootia: doena ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos sade pblica; V - evento de sade pblica (ESP): situao que pode constituir potencial ameaa sade pblica, como a ocorrncia de surto ou epidemia, doena ou agravo de causa desconhecida, alterao no padro clnico epidemiolgico das doenas conhecidas, considerando o potencial de disseminao, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendncia e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes; VI - notificao compulsria: comunicao obrigatria autoridade de sade, realizada pelos mdicos, profissionais de sade ou responsveis pelos estabelecimentos de sade, pblicos ou privados, sobre a ocorrncia de suspeita ou confirmao de doena, agravo ou evento de sade pblica, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal; VII - notificao compulsria imediata (NCI): notificao compulsria realizada em at 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrncia de doena, agravo ou evento de sade pblica, pelo meio de comunicao mais rpido disponvel; VIII - notificao compulsria semanal (NCS): notificao compulsria realizada em at 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrncia de doena ou agravo; IX - notificao compulsria negativa: comunicao semanal realizada pelo responsvel pelo estabelecimento de sade autoridade de sade, informando que na semana epidemiolgica no foi identificado nenhuma doena, agravo ou evento de sade pblica constante da Lista de Notificao Compulsria; e X - vigilncia sentinela: modelo de vigilncia realizada a partir de estabelecimento de sade estratgico para a vigilncia de morbidade, mortalidade ou agentes etiolgicos de interesse para a sade pblica, com participao facultativa, segundo norma tcnica especfica estabelecida pela Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS/MS). CAPTULO II DA NOTIFICAO COMPULSRIA Art. 3 A notificao compulsria obrigatria para os mdicos, outros profissionais de sade ou responsveis pelos servios pblicos e privados de sade, que prestam assistncia ao paciente, em conformidade com o art. 8 da Lei n 6.259, de 30 de outubro de 1975. 1 A notificao compulsria ser realizada diante da suspeita ou confirmao de doena ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, tambm, as normas tcnicas estabelecidas pela SVS/MS. 2 A comunicao de doena, agravo ou evento de sade pblica de notificao compulsria autoridade de sade competente tambm ser realizada pelos responsveis por estabelecimentos pblicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, alm de servios de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituies de pesquisa. 3 A comunicao de doena, agravo ou evento de sade pblica de notificao compulsria pode ser realizada autoridade de sade por qualquer cidado que deles tenha conhecimento. Art. 4 A notificao compulsria imediata deve ser realizada pelo profissional de sade ou responsvel pelo servio assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em at 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rpido disponvel. Pargrafo nico. A autoridade de sade que receber a notificao compulsria imediata dever informa-la, em at 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, s demais esferas de gesto do SUS, o conhecimento de qualquer uma das doenas ou agravos constantes no anexo. Art. 5 A notificao compulsria semanal ser feita Secretaria de Sade do Municpio do local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmao de doena ou agravo de notificao compulsria. Pargrafo nico. No Distrito Federal, a notificao ser feita Secretaria de Sade do Distrito Federal.
Art. 6 A notificao compulsria, independente da forma como realizada, tambm ser
registrada em sistema de informao em sade e seguir o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gesto do SUS estabelecido pela SVS/MS. CAPTULO III DAS DISPOSIES FINAIS Art. 7 As autoridades de sade garantiro o sigilo das informaes pessoais integrantes da notificao compulsria que estejam sob sua responsabilidade. Art. 8 As autoridades de sade garantiro a divulgao atualizada dos dados pblicos da notificao compulsria para profissionais de sade, rgos de controle social e populao em geral. Art. 9 A SVS/MS e as Secretarias de Sade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios divulgaro, em endereo eletrnico oficial, o nmero de telefone, fax, endereo de email institucional ou formulrio para notificao compulsria. Art. 10. A SVS/MS publicar normas tcnicas complementares relativas aos fluxos, prazos, instrumentos, definies de casos suspeitos e confirmados, funcionamento dos sistemas de informao em sade e demais diretrizes tcnicas para o cumprimento e operacionalizao desta Portaria, no prazo de at 90 (noventa) dias, contados a partir da sua publicao. Art. 11. A relao das doenas e agravos monitorados por meio da estratgia de vigilncia em unidades sentinelas e suas diretrizes constaro em ato especfico do Ministro de Estado da Sade. Art. 12. A relao das epizootias e suas diretrizes de notificao constaro em ato especfico do Ministro de Estado da Sade. Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. Art. 14. Fica revogada a Portaria n 104/GM/MS, de 25 de janeiro de 2011, publicada no Dirio Oficial da Unio, n 18, Seo 1, do dia seguinte, p. 37. ARTHUR CHIORO
Direitos Humanos e ações afirmativas de Políticas Públicas na esfera do Direito Fundamental à Saúde: processos e tutelas específicas no Brasil e Argentina em perspectiva comparada