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A servido natural
No apenas necessrio, mas tambm vantajoso que haja mando por um
lado e obedincia por outro; e todos os seres, desde o primeiro instante do
nascimento, so, por assim dizer, marcados pela natureza, uns para comandar,
outros para obedecer. (pg. 10, par. 3)
preciso, portanto, como dissemos, considerar nos seres animados a
autoridade do senhor e a do magistrado: a primeira a da alma sobre o corpo;
a segunda exerce sobre as paixes humanas o poder da razo. (pg. 10, par. 7)
A natureza ainda subordinou um dos dois animais ao outro. Em todas as
espcies, o macho evidentemente superior fmea: a espcie humana no
exceo. (pg. 10, par. 9)
Numa palavra, naturalmente escravo aquele que tem to pouca alma e
poucos meios que resolve depender de outrem. Tais so os que s tm instinto,
vale dizer, que percebem muito bem a razo nos outros, mas que no fazem
por si mesmos usos dela. (pg. 10, par. 10)
A servido convencional
Embora a distino entre o homem livre e o escravo por natureza tenha seus
partidrios e seus adversrios, pelo menos no resta nenhuma dvida de que
se encontram em todos os lugares combinaes de pessoas nas quais a uma
cabe servir e outra comandar, assumindo o papel para o qual a natureza as
predestinou. O comando de uma pode ser justo e til, e a liberdade da outra,
injusta e funesta para ambas. (pg. 12, par. 6)
Diferenas entre o "Despotismo" e o Poder Poltico
Vemos, assim, claramente que o poder "desptico" e o governo poltico so,
apesar da opinio de alguns, coisas muito diferentes. Um s existe para os
escravos; o outro existe para as pessoas que a natureza honrou com a
liberdade. (pag. 12, par. 9)
Da Propriedade e dos Meios de Adquiri-la
O talento para adquirir um bem difere claramente da cincia do governo ou da
do servio. Parece-se mais com a arte militar ou com a caa. (pag. 13, par. 1)
claro que a arte de aprovisionar uma casa no a mesma coisa que a arte
de governar. A primeira s traz os meios, a segunda faz uso deles; pois a que
pertenceria o uso dos bens da casa a no ser cincia do governo domstico?
(pag. 13, par. 3)
A Aquisio Natural ou "Economia"