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Livro I O Despertar
Capitulo I
O Piano e a Musa
Tão freqüentemente te invoquei como musa,
E um apoio tão lindo fostes para meu verso,
Que toda caneta estrangeira pegou minha mania,
E sob ti a poesia deles dispersa.
Teus olhos ensinaram os mudos a cantarem,
E a pesada ignorância a alto voar,
Acrescentou penas às asas dos sábios,
E deu à graça uma dupla majestade.
E, contudo, estejas super-orgulhosa daquilo que eu copilo,
Cuja influencia é tua, e de ti proveio:
Nos trabalhos dos outros apenas remendas o estilo
E suas artes como tuas doces graças ficam melhoradas;
Mas tu és toda a minha arte e a aumentas,
Tão alto quanto o conhecimento, a minha rude ignorância.
Willian Shakespeare
Soneto LXXVIII