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Antônio Vicente,
No contexto desta ressurgência, O Livro da Lei deve ser visto como uma
poderosa transmissão Draconiana e uma nova adoração e reconhecimento
do Princípio Feminino. Na literatura Thelêmica, sabemos que esse
Princípio Feminino é chamado de Nuit, o Círculo Infinito. Entretanto,
diferentemente dos tempos aúreos da Tradição Draconiana no Antigo
Egito, o Princípio Masculino também será reconhecido. Ele é o Ponto
Onipresente, conhecido como Hadit. Nota-se que esse equilíbrio de
polaridades evitará preferencialismos e conflitos desnecessários. Parece
que, finalmente, a balança de Maät esteja em equilíbrio. Doravante, a
balança maatiana do fogo criativo deve se combinar harmoniosamente com
as qualidades femininas da delicadeza, sintonizado com sua intuição e
receptividade.
Antes de encerrarmos este tópico, cabe fazer uma ressalva para os termos
Draconianos e Tifonianos que, às vezes, são considerados sinônimos mas
que, do ponto de vista estritamente histórico, comportam diferenciações.
Sobre isso Fernando Liguori nos informa no Informativo Sothis, número
2:10
A METÁFORA DO DRAGÃO:
Sou metal – raio, relâmpago e trovão. Sou metal, eu sou o ouro em seu
brasão. Sou metal: me sabe o sopro do dragão.11
ESPECIFIDADES DRACONIANAS:
É uma via sem dogmas, uma filosofia de vida, na qual a mulher está em
igualdade com o homem. É uma coletânea das práticas mais significativas
do Oriente e do Ocidente, fusionadas de forma que permita a seus adeptos
desenvolver suas potencialidades e a atingirem, mais completamente, sua
missão terrena (o auto-conhecimento). Para tal, possui uma disciplina, um
método e um sistema que engloba o físico, o psicológico e o espiritual.
‘O melhor sangue é o da lua’ (AL III: 24); ‘pois ele é sempre um sol e ela
uma lua. Mas para ele é a alada serpente e para ela a radiante luz estelar.’
(AL I: 16).
Já Lise Manniche, em seu livro, A Vida Sexual no Antigo Egito, nos fala das
inclinações bisexuais de Seth. Assim, percebemos que os antigos
Draconianos, assim como os deuses, incluíam a dualidade do ser em suas
vidas. O Draconiano se conscientiza que seu corpo e sua vida são o
grande laboratório alquímico, principalmente seu corpo é considerado o
Templo do Sagrado Espírito.
APÊNDICE:
A da matéria: cansado de dar saltos, o Dragão não tenta abrir suas asas,
desce para a lama, entra na água em que habitava e renuncia ao mundo
superior. É o momento da dúvida que, se não for vencida, arrasta o
buscador, retirando-lhe a possibilidade de ascensão espiritual. Esta
situação recebeu nomes simbólicos no ocultismo ocidental tais como o
Terror do Umbral e a Noite Sombria da Alma.
Notas:
1. Este texto foi escrito por volta de 2004-5, época de atividades da Ordo
Templi Orientis Draconiis ou Ordo Draco-Thelemae, também conhecida
como O.T.O. Draconiana.
5. A Estrela-Cão.
6. AL II: 21.
9. Kenneth Grant.
Obras Consultadas:
A Doutrina Secreta, Vol III. Helena Blavatsky.
Typhonian Tradition. Simon Hinton e Michael Staley.
Revista Sothis – números: 1 e 2.
Lectures from Gerald Massey. Gerald Massey.
O Renascer da Magia, Aleister Crowley & o Deus Oculto e Culto das
Sombras. Kenneth Grant.
O Livro dos Prazeres. Austin Osman Spare.
A Vida Sexual no Antigo Egito. Lise Manniche.
Ordo Dragon Rouge – site: http://www.dragonrouge.net/
SFSE: Manuscrito