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13 Maio 2008 - 18h45


S. Bento: Maioria justifica ausências com doença e trabalho

Socialistas com mais de 500


faltas
Os deputados socialistas já registaram nesta sessão legislativa, que termina a 18 de Julho, mais de 500
faltas às reuniões plenárias. Perante este cenário, o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, chamou a
atenção dos deputados e exigiu maior assiduidade.

Paula Cristina Duarte, Manuel Alegre e Alcídia Lopes são os deputados que mais ausências registaram
na terceira sessão legislativa. A maioria das faltas cometidas pelos socialistas, conforme o CM verificou
Natália Ferraz
nos dados disponibilizados pela Assembleia da República, é justificada por motivos de doença ou
trabalho político. No caso de Manuel Alegre, que ocupa o segundo lugar, foram registadas 23 faltas por doença, três por trabalho político,
seis por força maior e uma não tem justificação.

Apesar de muitas faltas serem justificadas com trabalho político, Alberto Martins alertou para o facto de os "espaços vazios" nas bancadas
criarem má imagem.

"Há uma percepção pública, uma ideia que não é real e que é preciso combater. A ideia de ausência tem de ser combatida com a
presença", alertou o líder parlamentar socialista, que na semana passada apelou aos deputados do PS, durante uma reunião do grupo
parlamentar, para uma "participação mais activa". O recado ficou assim entregue: a partir de agora não são permitidas mais faltas às
sessões plenárias.

Curiosamente, o aviso de Alberto Martins surgiu um dia após o debate parlamentar sobre a Lei de Segurança Interna, onde chegaram a
estar apenas 25 deputados socialistas no plenário. Mesmo assim, o grupo parlamentar mais ausente é o do PSD, como já noticiou o CM.
Alberto Martins advertiu mesmo que não quer que o PS tenha uma imagem igual à dos sociais-democratas.

Na sessão solene da comemoração do 25 de Abril foi aliás notório um vazio geral nas bancadas da Assembleia da República. Mas um dos
episódios que mais polémica geraram em torno do Parlamento aconteceu em 2006, quando as votações tiveram de ser adiadas por falta
de quórum: cerca de 120 deputados faltaram na véspera do início das férias da Páscoa.

O líder parlamentar socialista defendeu ainda que se está a entrar numa "fase particular" da legislatura, que exige "um combate político
mais profundo".

Dos 121 deputados socialistas apenas 32 não registaram qualquer falta nesta sessão legislativa, que teve início a 19 de Setembro de
2007 e que termina no dia 18 de Julho.

OS MAIS FALTOSOS

Paula Cristina Duarte: 34 Faltas

Manuel Alegre: 33 Faltas

Alcídia Lopes: 22 Faltas

Marta Rebelo: 19 Faltas

Rosa Maria Albernaz: 17 Faltas

João Soares: 16 Faltas

Leonor Coutinho, Paula Barros: 15 Faltas

Luíz Fagundes Duarte, Maria Carrilho, Umberto Pacheco: 14 Faltas

O QUE DIZ A LEI

MOTIVOS PARA FALTAR

A doença, o casamento, a maternidade, a paternidade, o luto, a missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que
o deputado pertence são motivos considerados justificados.

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VENCIMENTO REDUZIDO

O Estatuto dos Deputados determina que ao parlamentar que falte a qualquer reunião plenária sem motivo justificado é descontado 1/20 do
vencimento mensal, pelas primeira, segunda e terceira faltas e um décimo pelas subsequentes.

PERDA DE MANDATO

Os deputados podem perder o mandato se faltarem a quatro reuniões plenárias, por cada sessão legislativa, sem justificação, segundo o
Regimento da Assembleia da República.

Ana Patrícia Dias


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