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Folha de S.Paulo - Após lançamento de tucano, Serra tem 38% e Dilma,... http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1704201002.

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São Paulo, sábado, 17 de abril de 2010

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Marina fica com 10% e pela primeira vez passa


numericamente Ciro, com 9%

Tucano é maior beneficiado por uma eventual saída do


pré-candidato do PSB da disputa; no 2º turno, Serra bate
Dilma por 50% a 40%

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A corrida presidencial teve pouca oscilação apesar do


lançamento oficial da pré-candidatura de José Serra em
grande festa do PSDB no último dia 10. Segundo pesquisa
Datafolha realizada nos dias 15 e 16, José Serra (PSDB)
registrou 38% das intenções de voto contra 28% de Dilma
Rousseff (PT).
No final de março, Serra tinha 36% e Dilma marcava 27% no
Datafolha. A vantagem do tucano era de nove pontos.
Agora, é de dez pontos. Do ponto de vista estatístico, o
quadro não sofreu alteração -a margem de erro da pesquisa é
de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Nesse mesmo cenário, Marina Silva (PV) teve 10% das
intenções de voto. É seguida por Ciro Gomes (PSB), com
9%. Em março, Marina tinha 8%. Ciro estava com 11%.
Essas oscilações estão também dentro da margem de erro.
Segundo o Datafolha, 7% dos entrevistados respondem que
votarão em branco, nulo ou em nenhum. Outros 8% dizem
ainda estar indecisos.
Quando Ciro Gomes é retirado do quadro de candidatos -há
ainda dúvidas se o PSB vai lançá-lo oficialmente-, a
diferença entre Serra e Dilma alarga-se um pouco. O tucano
fica com 42% contra 30% da petista -uma distância de 12
pontos.
Ou seja, Serra "herda" quatro pontos de Ciro. Já Dilma fica
com dois pontos a mais sem o candidato do PSB no páreo.
Marina Silva vai a 12% (ganho de dois pontos). Nesse
cenário, há 8% de indecisos e também 8% dizendo votar em
branco, nulo ou em nenhum.
O Datafolha realizou esta pesquisa agora porque também

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havia feito um levantamento em 24 e 25 de fevereiro, cinco


dias após o lançamento oficial da candidatura da petista
Dilma Rousseff. Agora, a coleta dos dados se dá também
cinco dias após a festa do PSDB para José Serra se lançar na
disputa.

Tendências
Embora os números do levantamento do Datafolha sejam
semelhantes aos do final de março, é possível identificar
tendências ao observar as curvas a partir de dezembro.
Nota-se que Serra voltou a estacionar no seu patamar do
final de 2009, quando registrava 37%. Dilma também mostra
uma taxa consistente em 2010, sempre de 27% ou de 28%.
Outra curva que aparece clara é a da queda gradual de Ciro.
Ele tinha 13% em dezembro. Oscilou para 12% em fevereiro.
Foi a 11% em março. E, agora, num período de três semanas,
bateu em 9%.
Pela primeira vez, Ciro Gomes fica numericamente atrás de
Marina Silva, embora do ponto de vista estatístico ambos
estejam empatados.

Segundo turno
Numa simulação de segundo turno, Serra tem 50% e Dilma
fica com 40%. No final de março, os percentuais eram 48% e
39%. A variação se deu, portanto, dentro da margem de erro.
O Datafolha testou também um eventual segundo turno entre
Dilma e Ciro. A petista marcou 47% contra 36% do
deputado do PSB.

Espontânea e nanicos
Ao questionar os eleitores sem mostrar os nomes dos
candidatos, o Datafolha registrou agora um empate: Dilma
tem 13% e Serra aparece com 12%. No mês passado, a
petista tinha 12% e o tucano estava com 8%. Os dois
concorrentes apresentam curvas ascendentes.
Pela segunda vez o Datafolha testou os candidatos de
partidos pequenos. Apenas no cenário em que não aparece
Ciro, dois nanicos pontuam 1% cada: Mário de Oliveira (PT
do B) e Zé Maria (PSTU). Nessa hipótese, Serra tem 40%,
Dilma fica com 29% e Marina registra 11%.

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em 144 municípios
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METODOLOGIA: PESQUISA OUVIU 2.600


ELEITORES EM 144 MUNICÍPIOS

A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem


estratificada por sexo e idade com sorteio aleatório dos
entrevistados. Neste levantamento, feito entre os dias 15 e 16
de abril, foram realizadas 2.600 entrevistas em 144
municípios, com margem de erro máxima de 2 pontos
percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está
registrada no TSE com o nº 8383/2010.

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ANÁLISE

Mesmo fora da disputa, Lula é o protagonista de sua


própria sucessão

JOSIAS DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao ratificar a vantagem do tucano José Serra sobre a petista


Dilma Rousseff, agora de dez pontos percentuais, o
Datafolha reforça uma evidência incontornável. O
protagonista da sucessão de Lula é, por ora, o próprio Lula.
Mesmo privado pela Constituição de frequentar a cédula de
2010, o presidente é o pivô da eleição.
No topo da pesquisa, com 38%, Serra tornou-se um
candidato sui generis. Representa a oposição. Mas não se
opõe a Lula. Na segunda colocação, com 28%, Dilma tenta
provar-se capaz de caminhar com as próprias pernas. Mas
não logrou livrar-se de seu vício. É "lulodependente". A
sucessão é guiada pelo signo da continuidade. Dilma leva à
vitrine o que foi feito. Serra aferra-se à cantilena de que pode
fazer mais.
Para compreender o que está por vir, o observador deve
prestar atenção a um dado periférico da pesquisa. O
Datafolha informa, desde dezembro, que há na praça algo
como 14% de eleitores que reúnem três características
básicas. Declaram que, com certeza, votariam no candidato
apoiado por Lula. Não são, ainda, eleitores de Dilma.
Nem sabem que ela é candidata. O grosso desse eleitorado
está assentado no Nordeste. É gente pobre, com pouco ou
nenhum acesso à informação. Pois bem, suponha-se que
esses eleitores, ao tomar conhecimento da existência de
Dilma, optem por votar nela. A candidata de Lula vai a 42%.
Foi precisamente com esse percentual de votos (42%) que
Lula prevaleceu sobre Serra no segundo turno de 2002. Em
2006, Lula bateu o tucano Geraldo Alckmin, também no
segundo round, com 44,5%.
Não é por outra razão que Serra joga suas fichas no
estreitamento de relações com Aécio Neves, o grão-duque do
tucanato de Minas Gerais. Pretende retirar das urnas de São
Paulo e de Minas, os dois maiores colégios eleitorais do país,

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os votos que lhe faltarão no Nordeste.


Convém observar o destino de Ciro Gomes, pseudocandidato
do PSB. O Datafolha informa que Ciro (9%) virou uma
espécie de sub-Marina Silva (10%). Não são negligenciáveis
as chances de que Ciro seja empurrado para fora do
tabuleiro. Para onde vão os seus votos?
O Datafolha informa que, sem Ciro, Serra sobe quatro
pontos. Vai a 42%. Dilma sobe dois (30%). Marina também
escala dois (12%). Juntas, teriam 42%. Ou seja, se a eleição
fosse hoje, Serra teria, sozinho, o mesmo tamanho de Dilma e
Marina somadas. Daí o protagonismo de Lula.
Para seduzir os 14% que se dispõem a votar no nome
indicado pelo presidente popular, o "oposicionista" Serra terá
de operar uma mágica: vender a ideia de que é mais
continuísta que a própria Dilma.

JOSIAS DE SOUZA escreve o blog "Josias de Souza - Nos Bastidores


do Poder" no endereço www.folha.com.br/blogs/josiasdesouza

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