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Texto de apoio nº 2 – O papel protector da camada de ozono

Apesar da sua reduzidíssima quantidade, o ozono assume um papel


fundamental na sobrevivência da humanidade. Com efeito, absorvendo grande
parte das radiações ultravioletas (mais de 95%), impede que estas atinjam a
superfície terrestre em quantidades demasiado elevadas, o que a acontecer
provocaria anomalias nos seres vivos, como sejam o cancro da pele (sobretudo
quando os seres humanos se expõem demasiado ao sol sem protecção),
deformações, atrofia, etc.
   Estudos divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
indicam que a redução de apenas 1% na espessura da camada de ozono é
suficiente para a radiação ultravioleta cegar 100 mil pessoas por catarata e
aumentar os casos de cancro da pele em 3%. Está provado também que a
exposição desmedida aos raios ultravioletas pode afectar as defesas
imunológicas do homem e dos animais, dando sinal verde a doenças
infecciosas.
   Em casos extremos (quantidades muito elevadas), tornar-se-iam mortais
pelas graves queimaduras que por elas seriam provocadas. Todas as células
acabariam por ser então destruídas, o que impossibilitaria a existência das
formas de vida actualmente conhecidas no nosso planeta.
   De notar, no entanto, que, em quantidades adequadas (muito pequenas), as
radiações ultravioletas são úteis à vida, contribuindo para a produção da
vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.
Em meados da década de 80, confirmou-se que o ozono está a ser
progressivamente destruído, com a consequente diminuição da camada onde
este importante gás se concentra (camada do ozono).
Essa destruição é provocada por produtos químicos libertados pela actividade
humana, especialmente os que contêm cloro e, em particular, os chamados
clorofluocarbonetos (CFC), gases constituídos por cloro, flúor e carbono, muito
utilizados em frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, indústria electrónica,
produção de espumas sintéticas usadas no combate a incêndios, artigos de
limpeza, etc.
   Os CFC podem subir até à estratosfera sem se modificar. Mas, chegando ali,
a radiação ultravioleta quebra as suas moléculas e liberta os átomos de cloro,
que reagem com o ozono, destruindo-o.
   Claro que o enfraquecimento da camada de ozono, facilitando a passagem
das radiações ultravioletas, faz com que estas cheguem em maior quantidade à
superfície do Globo, com os graves perigos já referidos.

O chamado "buraco do ozono", que designa a camada de ozono muito fina


sobre a Antárctida, surge com maior nitidez na Primavera e Outono. Porém, o
perigo já não se limita ao desabitado continente antárctico: em várias outras
regiões do planeta, o escudo do ozono também está a ficar mais fino,
permitindo a intensificação nada salutar dos raios ultravioletas e novos buracos
poderão surgir sobre regiões populosas de qualquer latitude.

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