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Texto de apoio nº 8 - Perda da biodiversidade em Portugal

A perda de biodiversidade em Portugal é elevada, o que significa que


um número cada vez maior de espécies se encontra em vias de
extinção. As causas são várias: destruição dos habitats, perseguição
humana, doenças ou o aparecimento de espécies invasoras.
42 por cento das espécies de vertebrados estão ameaçadas e são os
peixes de água doce e migradores que enfrentam as maiores
dificuldades de sobrevivência. No nosso país, 19 espécies, 17 das quais
aves, já foram extintas. Entre elas encontram-se o esturjão, o urso pardo
e o falcão-da-rainha. A águia pesqueira está em perigo de desaparecer
definitivamente porque só existe um macho no Sudeste alentejano. A
cabra montês, por seu turno, reapareceu no Parque Nacional da
Peneda-Gerês devido às medidas tomadas pela Galiza para o
repovoamento da espécie e o esquilo, cuja situação há alguns anos
atrás era preocupante, atingiu entretanto populações estáveis.
69 por cento dos peixes, 38 por cento das aves, 32 por cento dos
répteis, 19 por cento dos anfíbios e 26 por cento dos mamíferos estão
em risco.
A destruição, a fragmentação ou a deterioração dos habitats são os
factores que ameaçam a biodiversidade portuguesa e as estruturas
edificadas pelo homem encontram-se na origem desta perda de território
essencial para as espécies. Há, porém, outras ameaças que se têm
mantido ao longo dos anos: a perseguição humana, as espécies
invasoras, as doenças e os atropelamentos. O facto de existirem
populações isoladas, também aumenta a sua probabilidade de extinção.

Fonte: PÚBLICO, 19 de Abril de 2006

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