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Universo Criacionista

Criando Vida no Laboratório?


Última Atualização 29 de fevereiro de 2008

“Nós estamos a um passo mais próximos da criação da vida em laboratório”, declarou a rede britânica BBC
News.1

Uma equipe de 17 cientistas construiram o genoma da bactéria Mycoplasma genitalium sintetizando pequenos blocos
de DNA. Eles usaram uma outra bactéria para que fossem feitas as múltiplas cópias dos blocos (figura 1), para então
conectá-los e fazer seções maiores conhecidas como genes “cassettes”. Estes cassettes foram agrupados
na forma circular da bactéria Mycoplasma genitalium, formando um genoma “sintético” completo (figura
2).

O novo organismo – que ainda não está completo – foi denominado Mycoplasma JCV1-1.0 em
homenagem ao J. Craig Venter Institute (Craig Venter foi um pesquisador de grande importância no mapeamento do
genoma humano).

A equipe de pesquisadores liderada por Hamilton Smith, que compartilhou o prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina de
1978, descreveu o sucesso dessa equipe como sendo “a instalação do software – basicamente nós teremos
que reinicializar o genoma, tornando-o operacional... Nós estamos simplesmente reescrevendo o software operacional
das células – nós não estamos projetando um genoma desde a sua base – não se coloca um genoma num
tubo de ensaio esperando que ele se transforme em vida”.

O uso do termo “sintético” em vez de “artificial” é intencional, como o próprio Dr. Smith faz
menção: “Nós queremos distinguir vida sintética de vida artificial. Na vida sintética nós redesenhamos os
cromossomos das células, nós não estamos criando um novo sistema artificial de vida completo”.

Esta equipe de cientistas espera construir organismos especialmente desenhados que possam realizar tarefas
específicas (figura 3), como a produção de combustíveis limpos, reprocessar gases do efeito estufa e outras funções
similares. Mas primeiro, a equipe precisa inserir o genoma sintético criado dentro de uma célula, permitindo assim ao
genoma “sequestrar” a célula e começar a reproduzir-se.

Georgia Purdom, criacionista e doutora em genética molecular, havia comentado sobre este assunto, antes mesmo da
equipe de pesquisadores ter chegado ao aperfeiçoamento mencionado na publicação da Science: “Isto não é um
exemplo de criação de vida. É apenas uma nova forma de engenharia genética. Existe uma excitação muito grande devido a
este trabalho e não é por menos, mas nós precisamos ser cuidadosos ao avaliar verdadeiramente o que a equipe do
instituo Venter tem produzido. Eles mesmos têm afirmado que não estão criando vida; eles estão modificando a vida
tentando produzir novas formas de vida baseadas em componentes pré-fabricados”.2,3,4,5,6

Desde os tempos do famoso modelo pré-biótico de Stanley Miller e Harold Clayton Urey, cientistas têm procurado
demonstrar por meio de modelos físico-químicos as possibilidades pelas quais vida teria aparecido espontaneamente
numa terra primitiva.

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Todos os experimentos, usando o modelo Miller-Urey, não conseguiram provar como vida teria surgido
espontaneamente. Dos 20 aminóacidos proteinogênicos, apenas 13 foram sintetizados. Dos sete que nunca foram
sintetizados econcontram-se a arginina, a histidina e a lisina, fundamentais para a formação tanto do DNA quanto do RNA.

Ao juntarmos toda a vasta gama de experimentos, desde Miller até as pesquisas do J. Craig Venter Institute, podemos
concluir que a origem da vida, do ponto de vista materialista evolucionista, continua ainda sendo um mistério.

Mistério este que com o conhecimento ganho através dos vários genomas, tem saido do campo da matéria
(hardware) e entrado no campo da informação (software).

O mistério da origem da vida somente poderá ser claramente entendido quando a Ciência descobrir a origem do
código contido no DNA e não a origem do DNA propriamente dito.

“Tentar fazer a vida misturando substâncias químicas em tubos de ensaio é como soldar interruptores e fios no
esforço de produzir o sistema operacional Windows. Não dará certo! Porque trata o problema no nível conceitual
errado”.7Referências

1. http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7203186.stm

2. http://www.guardian.co.uk/science/2007/oct/06/
genetics.climatechange

3. http://www.foxnews.com/story/0,2933,299857,00.html

4. Carole Lartigue, John I. Glass,* Nina Alperovich, Rembert Pieper, Prashanth P. Parmar, Clyde A. Hutchison, III,
Hamilton O. Smith, J. Craig Venter, “Genome Transplantation in Bacteria: Changing One Species to
Another”, Science 3 August 2007: Vol. 317. no. 5838, pp. 632 - 638

5. Robert F. Service, “DNA Assembles Materials From the Ground Up”, Science 1 February 2008: 558-559.

6. http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7041353.stm

7. Paul Davies, How We Could Create Life: “The Key Existence Will Be Found Not in Primordial Sludge, but in
Nanotechnology of the Living Cell”, The Guardian, Dezember 11, 2002.

Para maiores informações ver o artigo de Peter Galling


http://www.answersingenesis.org/articles/2008/02/05/creating-life

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