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COLECAO MAGISTERIO: FORMACAO E TRABALHO PEDAGOGICO Esta colegdo que ora apresentamos visa reunir o melhor do pensamento te6rico e critica sobre a formagiio do educador e sobre seu trabalho, expondo, por meio da diversidade de experiéncias dos autores que dela participam, um eque de questdes de grande relevancia para o debate nacional sobre a Educagao. ‘Trabalhando com duas vertentes bisicas ~magistériofformacdo profssional magistérioftrabatho pedagdgico -, 0: varios autores enfocam diferentes “ngulos da problemética educi tais como: a orientacao na pré-escola, 4 educagdo bisica: currfeulo e ensino, a escola no meio rural, a pratica pedagégica e 0 cotidiano escolar, estdgio supervisionado, didética do ensino superior etc. Esperamos assim de educagao e do piiblico mento é 0 primeiro pa afeta a todos née ao pais. ir para a reflexdo dos profissionais da drea ‘em geral, visto que neste campo o questiona- -do da methoria da qualidade do ensino, o que lima Passos Alencastro Veiga ‘Coordenadora ILMA PASSOS ALENCASTRO VEIGA. MARILIA FONSECA (ORGS.) AS DIMENSOES DO. PROJETO POLITICO-PEDAGOGICO: NOVOS DESAFIOS PARA A ESCOLA. PAPIRUS EDITORA. val are ss ae Aria Masto SUMARIO. [APRESENTACAO, : 2 Primeiacimensto (© PROJETO POLITICO-PEDAGOGICO NO CONTEXTO DAS POLETICAS EDUCACIONAIS 1. AGESTAO DA EDUCAGAO BASICA NA OTICA DA COOPERAGAO INTERNACIONAL; UM SALTO PARA FUTURO OU PARA O PASSADO? Hee B Mardia Fonseca 2. PROIETO POLITICO-PEDAGOGICO: (OS TERRITORIOSDA INTERVENCAO DA COMUNIDADE.DA FAMILIAEDA ESCOLA 3. A (NAO) PARTICIPACAO DOS PAIS NA ESCOLA: A ELOQUENCIA DAS AUSENCIAS 6 SUiChemcn ose“ Pasnecanon Virginio $4 Comet iaapaovs condi woman cmt BOLSA-ESCOLA E RENDA MINIMA: vos Marcelo Aguiar ‘Tereiradimensio (0 DESAFIOS DOS PARADIGMAS CURRICULARES E AVALIATIVOS PROJETO POLETICO-PEDAGOGICO E ORGANIZAGAO (CURRICULAR: DESAFIOS DE UM NOVO PARADIGMA, Mi ‘Anna Rosa Fontlla Santiago |AVALIAGAO FORMATIVA: EM BUSCA DO DESENVOLYIMENTO DO ALUNO, DO PROFESSOR E DA ESCOLA 115 Benigna Maria de Freitas Villas Boas Quarta dimensio [A CONSTRUGAO DAS IDENTIDADES DOS SUIEITOS DO PROCESSO EDUCATIVO A IDENTIDADE DO SUJEITO SOCIAL, ETICO E POLITICO E 0 PROJETO PEDAGOGICO DA ESCOLA is José Vieira de Sousa (0 SUJEITO REFLEXIVO NO ESPAGO DA CONSTRUCAO DO PROJETO POLITICO-PEDAGOGICO . .. 239 Livia Maria Gongalves de Resende APRESENTAGAO ‘Apés uma longa trajetéria de discussio em torno da temstica do projeto politico-pedagézgico, divulgada pela colegio “Magistéio: Forma- 40 © Trabalho Pedagogi jada em 1989, decidimos pela continuidade da temtica, em vit Projeto politico-pedag6gico: Uma construcdo possivel Expaco do projeto politico-pedagégico, # ed. ‘A apresentagiio do tema em debates em sala de aula, na graduagio «ena pbs-graduagio, em seminérios, encontros promovidos por institui- ‘ges pablicas e privadas, inspirou a retomada do projeto pedagégico ‘como tema revisitado pelas ricas contribuigdes dos interlocutores pre- sentes nas respectivas atividades. Nesse sentido, o presente livro incorpora as reflexes em tomo de educacionais, intervengdes da comunidade, da familia e da escola, paradigmas curriculares ¢ avaliativos e do esforgo da construgio das identidades dos sujeitos do processo educativo, ‘Aeestrutura metodol6gica do livro compte-se de quatro dimensbes: 3 ‘A (NAO) PARTICIPAGAO DOs PAIS! NA ESCOLA: AELOQUENCIA DAS AUSENCIAS Virginio St “enganador” do conceito de participagdo ‘questao nova, mantém, contudo, plena atualidade, Diremos até que, no contexto atual, marcado por discursos e ideologias de feigao, neoliberal que reconceituam 0 cidadao como consumidor (Whitty 1996) e em que © imperativo da modes sobrepde &s preocupagdes com a democratizagio se pela sua 0 caréter difuso apelativa e conotagio posi 10 que marca boa parte dos contextos em que esse conceito & mobilizado e, sobretudo, a despolitizagdo de que é objeto facilitam a sua utilizagio como mera “técnica de gestiio” e “fator de coesdo e consenso” (Lima 1994, p. 122). B, por isso, oportuna a observago de Lima (1992, 2 Tan Engi (1995) report eld cpu lea para carer impeisocom 0 O conceito de partcipagdo: Algumas propostas tebricas 3s riscos decorrentes de uma utilizagdo acritica do conceito de participago ditam a necessidade de uma clarificagio conceptual que denuncie suas utilizagdes como mera tecnologia social subordinada & obsessiio pelo controle ou, ent les estratégia de legitimagao ada” (Brown 1990), 0 Estado pela promogao de uma efetiva igualdade de oportunidades.* Pressupondo que todos os pais podem e desejam assumir o papel de sm estratégia educacional” (Musgrove sd. p. 22), os discursos € i concepedo atomizada do pai responsdvel iados de promogio de formas de “selegao patticipativas que thes so proporcionadas como pais negligentes, inaptos e irrespons ser imputada a culpa pelos eventuais insu se a ser etiquetados a quem pode facilmente Desprezando os fatores organi ue impendem sobre as condigBes objetivas de colaborago subordinada, os discursos que interrogam as préticas de ndo-participagdo dos encarregados de educagio no s6 fundem num ‘mesmo eadinho pritcas sociais assentes em racionalidades muito dis- tintas, como, de forma enviesada, as qualificam por referéncia a um paradligma que toma por modelo um tipo ideal socialmente referenciado. Em alguns casos, esse tipo ideal baseia-se mesmo numa reconstituigao sentimental e romantica do pai responsdivel, localizada num passado ‘mais ou menos indeterminado, tempo esse em que os pais se “interessa- vam", os alunos estudavam e os professores eram respeitados. Contudo, uma anélise mais distanciada de alguns dos discursos coevos da época urea desse “casamento feliz” entre a escola e os pais poe a descoberto 132, Ora cmoadvere Fe (196,p. 11), patipao da comunidad a csclao poe sgifcr miso do Esta, spend ode efeeer fucasio de qualidade ecm quanta sufiete ra cer dear aca 7 atravessam uma boa parte do: tivos que tomaram por referéncia a relagio dos pais com a escol Com seta Freire (199, p 308), "uma das conoages do rismo € a total descrenga nas ‘o mesmo autor, promover: de domesticagao. A neces: escolar nao nos parece cor cidadania, seja na sua promogo do participante ‘verso do participante ativo (Vincent 1996),™ missiondrio das [Aen porekrph nes enc de smavalinvosoiorde vers fonesepaii ‘rae 18040 1993

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