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ANIS DE NEWTON

Quando a superfcie convexa de uma lente plano-convexa colocada em contato com uma lmina plana de
material refletor transparente, forma-se uma pelcula delgada de ar entre as superfcies. A espessura dessa
camada muito pequena, na regio prxima ao ponto de contato, e vai aumentando gradualmente no
sentido das bordas. Considere a figura abaixo onde a lente tem raio de curvatura igual a R:

Note que ocorre interferncia luminosa entre os raios 1 e 2, a reflexo que ocorre no ponto A no
inverte a fase da onda luminosa, porm a reflexo que ocorre no ponto B, causa uma mudana de fase
de 180, portanto temos oposio de fase entre as ondas que interferem.
Vamos considerar apenas os raios centrais, pois a figura de interferncia s ntida nas vizinhanas do
centro da lente ( 0).
Os lugares geomtricos dos pontos de igual espessura da camada de ar entre a lente e a lmina (tipo
ponto A), so crculos concntricos ao ponto de contato (raio r), portanto as franjas de interferncia so
circulares e concntricas em relao ao mesmo ponto. Essas franjas foram estudadas por Newton e so
mostradas na fotografia que reproduzida na figura abaixo.

Note que, para a incidncia normal, a diferena de percurso ptico igual a 2d, portanto a condio de
mximos corresponde s circunferncias dos anis claros, e a condio de mnimos, corresponde s
circunferncias de anis escuros.
Podemos tambm utilizar a relao

2d = m.

AR
. Logo,
2

d = m.

AR
4

se m for mpar temos condio de mximo (anis claros); caso m seja par temos condio de mnimo (anis
escuros).

Vamos encontrar uma expresso para o clculo dos raios dos anis de Newton:

O que queremos encontrar o valor de r, associado aos anis de Newton. Portanto, no tringulo COP,
2

temos: OC + OP = PC . Da, vem: (R d) + r = R . Logo,


2

r 2 2
d = R R 2 r 2 = R R 1
R
Sabemos que (r/R) <<1. Portanto, vale a aproximao: (1 x) 1 nx . Da, vem:
n

1 r 2 r 2
d = R R 1
2 R 2R
combinando o resultado com a expresso que j temos para a formao dos anis:

r2

=m
2
2R
2

r= m R
2

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