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A greve ocorreu em fevereiro deste ano e foi motivada pelo no pagamento da primeira parcela da
participao nos lucros e resultados, prevista em um acordo coletivo assinado com o Sindicato dos
Trabalhadores. A empresa recorreu ao TRT da 15 Regio, em Campinas, pedindo que 70% dos
empregados continuassem a prestao de servios durante a paralisao. E ainda solicitou que a Justia
declarasse a abusividade da greve, descontando os dias parados.
O Regional julgou procedente o pedido da manuteno de 70% da categoria trabalhando durante a greve,
mas no identificou abuso no exerccio do direito de paralisao. O TRT ainda determinou que a Sanasa
pagasse os salrios do perodo, pois a greve era legtima, adequada e eficaz.
A empresa ento recorreu ao TST. A relatora do caso na SDC, ministra Maria de Assis Calsing, avaliou que
a greve suspendeu os efeitos do contrato de trabalho, inclusive, quanto remunerao. Por essa razo, o
desconto salarial era legal.
A ministra ainda destacou que apesar de a Sanasa ter descumprido a norma coletiva, atrasando o
pagamento da PLR, a categoria exerceu de maneira irregular o direito de greve. Isso porque apenas 18%
dos trabalhadores continuaram em atividade durante a paralisao e no cumpriram o prazo de 72h de
antecedncia para comunicar o incio do movimento, conforme prev a Lei de Greve para servios
essenciais.
Por esse motivo, a relatora autorizou o desconto salarial dos empregados grevistas durante os dias parados.
O voto foi acompanhado por unanimidade.
Reportagem: Priscilla Peixoto
Locuo:Simone Garcia
A Seo Especializada em Dissdios Coletivos composta por nove ministros. So necessrios pelo menos cinco ministros para o julgamento de
dissdios coletivos de natureza econmica e jurdica, recursos contra decises dos TRTs em dissdios coletivos, embargos infringentes e agravos de
instrumento, alm de reviso de suas prprias sentenas e homologao das conciliaes feitas nos dissdios coletivos.
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