Alberto Goldman - Governador SEÇÃO I

Volume 120 • Número 115 • São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010 www.imprensaoficial.com.br

Agentes da Sabesp regularizam mais

de 30 mil ligações de água e esgoto
Por meio do programa Agente da Gente foi feito trabalho de educação e conscientização ambiental em bairros carentes

M
SABESP

ais de 30 mil ligações de água e

esgoto da Grande São Paulo foram
regularizadas pela Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp), por meio do programa Agente
da Gente. O resultado foi obtido graças ao
trabalho de convencimento e de educação
ambiental, feito de porta em porta pelos
agentes comunitários da Sabesp em 5.097
comunidades de baixa renda.
O programa beneficiou, apenas no ano
passado, 1,3 milhão de pessoas. Ao regulari-
zar as ligações, o morador tem dupla garan-
tia: recebe água de qualidade assegurada,
e não mais de ligações clandestinas (gatos),
e tem o esgoto coletado e destinado corre-
tamente, o que previne contra doenças de
veiculação hídrica.
Para a Sabesp, há também benefícios:
a água furtada pelos moradores pode cau-
sar contaminação na rede de distribuição e
aumentar o índice de perdas, pois o percurso
até o imóvel não é adequado. Outro fator pre-
ocupante para a empresa diz respeito aos esgo-
tos: se lançados incorretamente, comprome-
tem o meio ambiente e poluem cursos d’água.
Tarifa social – Agora, a conta de
água que passa a chegar para a popula-
ção de baixa renda vem com tarifa menor,
chamada de tarifa social. Aqueles que têm
direito ao benefício pagam somente R$ 4,62
por até 10 mil litros de água (consumo míni-
mo). Na tarifa residencial normal, o valor é
de R$ 13,64. Desde 1997, a empresa bene-
ficia mais de 600 mil pessoas carentes que
se enquadraram nos critérios estabelecidos
pela Agência Reguladora de Saneamento,
Visitas técnicas e palestras
Os agentes comunitários da Sabesp
intensificaram sua ação desde 2008,
quando 800 núcleos de baixa renda eram
abrangidos pelo programa Agente da
Gente. Atualmente, são 5.097 cadas-
trados. Na Região Metropolitana de São
Paulo, mais de 40 profissionais atuam
como agentes da companhia. No ano pas-
sado, do total de 33.266 ligações domi-
ciliares regularizadas, 23.246 foram de
água e 10.020, de esgoto. Esses agentes
realizaram em 2009 mais de 15 mil visitas
técnicas, 56 encontros com lideranças
comunitárias e 680 palestras educacionais.
como a renda salarial, tamanho da moradia
e consumo de energia elétrica.
Além das regularizações das ligações
domiciliares, os agentes comunitários dão
palestras sobre educação ambiental e dicas de
economia de água, descarte correto do óleo de
cozinha usado e também informações sobre
sistema tarifário e investimentos da Sabesp. Há
ainda a preocupação com a inclusão social. A
Sabesp desenvolve projeto para criação de hor-
tas comunitárias, nas quais os próprios morado-
res plantam, consomem e vendem os alimentos
e frutos. Para o descarte do óleo de cozinha,
a Sabesp conta com a parceria de Ongs. Elas
se encarregam de dar a destinação correta ao
óleo, que pode ser transformado em sabão e
até em combustível. Muitas vezes, a renda obti-
da é revertida para a comunidade.
Da Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de
Imprensa da Sabesp Água e esgoto: Sabesp realizou 23 mil regularizações de água e 10 mil de esgoto

Pesquisa sobre clima pode auxiliar atividades do agronegócio paulista

A investigação sobre a dinâmica climá- do ar e precipitação pluvial, bem como de cidades, o estudo mapeou os registros mete-
CAFÉPOINT

tica é importante para o planejamento das
atividades do agronegócio. Com o objetivo
de fornecer informações a respeito, o enge-
nheiro agrícola Gabriel Constantino Blain
descreveu, estatisticamente, as séries tem-
porais de precipitação pluvial e de tempera-
tura do ar (máxima e mínima) do Estado de
São Paulo nas últimas seis décadas.
O estudo considerou escalas anual,
mensal e absoluta, determinando as res-
pectivas probabilidades de ocorrência, pos-
síveis periodicidades, tendências e variações
climáticas. O trabalho foi apresentado ao
programa de pós-graduação em Física do
Ambiente Agrícola, da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade
de São Paulo (Esalq-USP).
Plantação de café: clima é importante
Por suas características, o setor agrícola é
muito vulnerável às adversidades meteoroló-
gicas. “O melhor conhecimento da probabili-
dade de ocorrência de valores de temperatura
possíveis tendências e variações climáticas pre-
sentes nessas séries meteorológicas, ajudam
a amenizar os efeitos adversos do clima na
produção agrícola”, comenta o pesquisador.
Urbanização – Considerando as esca-
las mensal e anual, nas séries de temperatu-
ra mínima, foram detectados os indícios mais
significativos de tendências de elevação tem-
poral nos últimos 60 anos. “De forma geral,
as análises estatísticas utilizadas no traba-
lho indicam marcante influência de fatores
de escala local, tais como o elevado grau de
urbanização ocorrido no Estado. Essas alte-
rações foram mais severas em Campinas,
Cordeirópolis, Ribeirão Preto e, especialmen-
te, em Ubatuba”, afirma Blain. Além dessas
orológicos em Piracicaba, Jundiaí, Mococa,
Pindorama e Monte Alegre do Sul.
“A elevação das temperaturas do ar,
observadas no mês de abril, indicam, por
exemplo, que as pesquisas voltadas às cultu-
ras como a do café devem enfocar a possível
influência dessa elevação na maturação desse
produto, e a consequente influência em sua
qualidade final”, diz o engenheiro agrícola.
“Os sistemas produtivos devem também
considerar a indicação de elevação nos totais
mensais de precipitação pluvial observada no
mês de maio em todas as localidades analisa-
das”, conclui o autor do trabalho.
Da Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de
Imprensa da Esalq-USP