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GRUPO III
TEXTO 2
Os crticos do utilitarismo [] encontram por vezes defeito no seu padro,
considerando-o demasiado elevado para a humanidade. Afirmam que exigir
que as pessoas ajam sempre com o intuito de promover os interesses gerais
da sociedade pedir de mais. Mas isto no entender o prprio significado de
um padro de moralidade e confundir a regra de ao com o seu motivo. O
objeto da tica dizer-nos quais so os nossos deveres, ou por que meios
podemos conhec-los; mas nenhum sistema de tica exige que o motivo de
tudo o que faamos seja um sentimento de dever. Pelo contrrio, noventa e
nove por cento das nossas aes so realizadas por outros motivos, e est
muito bem assim, se a regra do dever no as condena.
John Stuart Mill, Utilitarismo [1861], Lisboa, gradiva,
2005, p. 65.