O texto discute como a Igreja Católica, durante a Contra-Reforma, usava visitas pastorais e interrogatórios da população para fiscalizar a vida cotidiana e comportamentos, buscando prevenir a deserção para o protestantismo. A Igreja exercia controle social e normatizava a população por meio de punições espirituais e seculares. Na época, a distinção entre esfera pública e privada não existia, então tais investigações não eram vistas como invasão da privacidade.
O texto discute como a Igreja Católica, durante a Contra-Reforma, usava visitas pastorais e interrogatórios da população para fiscalizar a vida cotidiana e comportamentos, buscando prevenir a deserção para o protestantismo. A Igreja exercia controle social e normatizava a população por meio de punições espirituais e seculares. Na época, a distinção entre esfera pública e privada não existia, então tais investigações não eram vistas como invasão da privacidade.
O texto discute como a Igreja Católica, durante a Contra-Reforma, usava visitas pastorais e interrogatórios da população para fiscalizar a vida cotidiana e comportamentos, buscando prevenir a deserção para o protestantismo. A Igreja exercia controle social e normatizava a população por meio de punições espirituais e seculares. Na época, a distinção entre esfera pública e privada não existia, então tais investigações não eram vistas como invasão da privacidade.
"Confessar e devassar: a Igreja e a vida privada na poca
Moderna".
Grupo: Carolina Lessa Parrilha da Conceio;
Carolina Bacellar Romaneli; Iago Pitassi Zanon;
O texto "Confessar e devassar: a Igreja e a vida privada na poca Moderna"
do autor Joaquim Ramos de Carvalho, professor auxiliar no Departamento de Histria, Arqueologia e Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do Centro de Estudos Interdisciplinares do Sculo XX, da mesma universidade, traz a discusso da atuao das instituies clericais, trabalhando num recorte
do territrio portugus, no perodo em que o
movimento da Contra-Reforma estava em curso, principalmente ps Conclio
de Trento (1545-1563). O autor trabalha com os registros feitos pelos clrigos a partir das visitas pastorais, em que ocorriam interrogatrios a populao e aos procos locais como forma de vistoriar as parquias e a vida cotidiana da populao. Por meio dessas "devassas gerais"- explicitadas no texto por relato de uma devassa realizada em 19 de Julho de 1708, pelo reverendo Jos Freire de Faria - a Igreja buscava investigar e detectar os pecadores pblicos e iniciar a instruo formal de eventuais processos judiciais. A discusso gira em torno do poder que os bispos passam a ter, agindo como principais agentes da Contra-Reforma, fiscalizando as atuao da Igreja em um plano local. Dessa forma, acontecia um controle e normatizao de comportamentos da populao, buscando evitar a desero em massa para o movimento protestante, igual aconteceria em outros reinos europeus. O autor tambm explora os mecanismos pelos quais a Igreja exercia esse controle, assim como as formas de punio impostas a esses pecadores e herticos, tanto na parte espiritual, por meio das penitncias, quanto na forma de exposio pblica do pecado, multas e at priso do indivduo, j que este
podia estar sujeito tribunais eclesisticos e ao poder rgio. Esses dois
coexistiam no mbito jurdico ao ponto do autor apontar um "ajuda do brao secular'' para as aes sobre os leigos antes do Conclio de Trento. E, aps os decretos tridentinos, houve uma reordenao jurdica para incorporar os processos de controle e normalizadores associados ao novo poder episcopal. Outro ponto pertinente na anlise do autor, a noo de esfera pblica e esfera privada, que no existia naquele perodo como atualmemte, tal ideia s foi construda apartir do sculo XIX. Ento, pode-se concluir que as investigaes no eram tratadas como uma invaso da privacidade do indivduo, mas sim uma forma de colaborao, j que existia um vnculo de sigilo entre os confessores e confessados, alm do fato dos pecados privados no serem o foco das investigaes, pois estes podeira ser perdoados com as penitncias e os sermes. A real preocupao e motivo das devassas seria os pecados que eram cometidos publicamente, sem sinal de arrependimento ou receio. Estes botavam em risco a ordem e bom comportamento da populao, pois poderia estimular outros pecados e heresias.