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apresenta
em
“Estamos diante de um momento crítico na história
da Terra, numa época em que a humanidade deve
escolher o seu futuro. É imperativo que nós, os
povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade
uns para com os outros, com a grande comunidade
da vida e com as futuras gerações.”
Carta da Terra
Do motivo
O que mais nos preocupou durante a criação dessa história foi como tratar de
um tema tão grave e tão discutido em todas as mídias sem ser didático ou
panfletário. A solução foi pedir ajuda ao encantado, à música, à poesia.
Você já viu um guardião de Nhá Terra? Eles e seus muitos filhotes não se
parecem com nada parecido e nasceram dos caminhos, do ar, da água, do
mato, da floresta. Na sua missão de proteger Nhá Terra se confrontam com
uma trupe de jovens humanos , nascidos na era da internet, da poluição, do
aquecimento global. O que esse encontro desencadeia? Bem, não vou
estragar a sua surpresa de escutar o disco ou assistir ao espetáculo.
Prá Nhá Terra é um musical que coloca em cena 50 artistas, entre eles 36
crianças e uma banda de 4 músicos.
Como uma extensão deste cenário, cada guadião porta um bambu como
continuação de seu corpo. Tarefa difícil viver acoplado a uma haste de três
metros! Mas aos poucos, depois de horas incontáveis de ensaio, de muitas
dores musculares, de pequenos e maiores machucados, aquelas compridezas
rígidas e desajeitadas foram ganhando leveza e chegaram de ser borboletas,
girassóis, água. Se deu certo? Você há de descobrir, afinal “glória e beleza das
coisas o olho é que põe.”
Babaya, mais uma vez, preparou as vozes para que o canto soasse a pássaros.
O disco
O CD Pra Nhá Terra foi gravado ao vivo, de 6 a 10 de março de 2007, no Instituto
São Miguel, na Borda do Campo, pela unidade móvel da ARP Studios, São Paulo.
A gravação das músicas foi feita num auditório onde, com panos e tecnologia,
improvisamos um estúdio. Afinal, em qual estúdio caberiam 50 pessoas? E se
houvesse algum desse porte, haveria jeito dos meninos, nos intervalos da
gravação, procurarem o buraco do Tatu, em meio às árvores? Ou correrem pelos
campos modo tivessem comido canela de cachorro?
Não poderia faltar neste disco um que já provou ter forte parentesco com os
passarinhos.
Em Nhá Terra, Milton Nascimento nos presenteou, além da nobreza de sua voz,
com um vocalize, de 23 segundos, inventado por ele. Foi ele ainda que sugeriu a
gravação de Estrelada e foi tão acertada a escolha que essa canção tornou-se o
tema de Nhá Terra.
O público de São Paulo conhece o trabalho desses grupos pelo CD Roda que
Rola, que virou uma referência e que foi considerado por especialistas,
convidados pelo revista Crescer, ”um dos dez discos que não pode faltar na
vida de seu filho”, pelo DVD e o espetáculo Ser Minas tão Gerais, que tem
participação especial de Milton Nascimento e que se apresentou em São
Paulo, em 2005, no Teatro Alfa, com enorme sucesso.
Se quiser saber mais sobre essa história leia “Da história quase encantada dessa gente” e o
release do Ponto de Partida, em anexo.
Esse tal de ipê amarelo
Pra Nhá Terra se insere num projeto mais ambicioso do Centro Popular de
Cultura e Desenvolvimento, em Araçuaí, cidade dos meninos. O Arassussa é
uma plataforma que envolve várias Ong’s, que disponibilizam seu trabalho e
suas tecnologias, na busca de um desenvolvimento sustentável para a
comunidade, que de fato a transforme. O Arassussa apóia-se em dois
programas: Meu lugar é aqui e Cuidando dos Tataranetos. Cumprindo o
compromisso ambiental desses programas, o Arassussa desenvolve um
trabalho de permacultura e desencadeia o caminho das águas, que está
envolvido na preservação e recuperação das nascentes e da bacia do Rio
Araçuaí, na captação da água da chuva e na utilização racional das águas
existentes. (Maiores informações: www.cpcd.org.br)
Ponto de Partida:
TRUPE
Felipe Saleme . Frederico
Júlia Medeiros . Carmela
Lido Loschi . Mestre
Pablo Bertola . Rique
GUARDIÕES
Ana Alice Souza . Belona - Guardiã das sementes
Carolina Damasceno . Matita - Guardiã dos bichos cantantes
Dani Costa . Caburé - Guardiã dos bichos pequenos
Érica Elke . Zana - Guardiã dos bichos pequenos
João Melo . Iacamim - Guardião das estações
Lourdes Araújo . Nhá Terra e Apicum - Guardiã do mangue
Soraia Moraes . Artêmis - Guardiã das florestas
Regina Bertola . Bá - Guardiã dos filhotes
Renato Neves . Zéfiro - Guardião dos ventos
Ronaldo Pereira . Caapuã - Guardião dos bichos do mato
Soraia Moraes . Artêmis - Guardiã das florestas
Meninos de Araçuaí:
Amanda Pereira
Brendon Nunes Lucas Viana
Carlos Augusto da Silva Maria Luiza Santos
Cátia Silene Gomes Natália Edwiges
Cláudia dos Santos Néia de Pereira
Cléia Celestino Nélio Nascimento
Clésio Celestino Pitágoras Silveira
Diulliany Lemes Ramon Felipe
Franciele Coelho Rayane Fonseca
Higor Fonseca Renato Marques
Hyandra Gonçalves Ronézia Chaves
Isadora Miranda
Jéssica Santos Sabrina Pinheiro
João Batista Fernandes Sara Gonçalves
Joseph dos Santos Tamires Fernandes
Karine Montenegro Tarcízia Douglas
Yuri Hunas
Coordenadoras:
Pama Dourado
Jucélia Dourado
Banda
Felipe Moreira . teclado e escaleta
Leandro Aguiar . violão
Renato Marques . percussão e flauta doce
Yuri Hunas . percussão, bateria e flauta doce
Da história quase encantada dessa gente
Era uma vez... Não, essa história só parece, mas não é um conto de fadas! É a
história verdadeira de um grupo de crianças, educadores e artistas mineiros que
decidiram configurar o espaço do encantado, do sagrado, do humano, onde
mora a utopia, se encarna a esperança e, pela vontade e o ato do homem, apesar
de toda adversidade, o milagre é possível.
Pois veja, o Ponto de Partida é um grupo de teatro, mineiro, que quando nasceu,
em 1980, decidiu que não emigraria de Barbacena, mas também não aceitaria os
limites da província. Abriria picadas para romper o sertão, revisitaria a memória
para aspirar endereço no universo, investigaria uma linguagem que colocasse o
homem brasileiro no centro do palco, no papel principal.
O que esses dois grupos poderiam ter em comum? Nada, se há oito anos o CPCD
não convidasse o Ponto de Partida para preparar esse coro de meninos para uma
apresentação. Contrariando toda lógica, porque uns moram a 15 horas de
viagem dos outros, esse encontro se deu e, por obra do sagrado, nunca mais se
desfez.
Dirigido pelo Ponto o coro dos Meninos formou-se e trabalha com grandes artistas
mineiros e, junto com o Ponto de Partida, já tem uma carreira das mais
significativas. Gravou o CD Roda que Rola, que se tornou uma referência tanto
artística, como de pesquisa, registro e resgate da memória de uma música
brasileira que poucos conhecem e que foi eleito por especialistas convidados pela
revista Crescer como um dos “dez Cd’s que não pode faltar na vida de seu filho.”
Como continuará essa história? Quem há de saber? Acreditamos que esse novo
trabalho cumprirá seu desafio de cantar uma nova ordem que quer corromper,
irromper, irrigar e recompor a natureza, o homem, a vida.
Quanto aos Meninos, cada um deles traçará seu próprio caminho. Alguns
poderão se tornar músicos, cantores, artistas... Fazemos fé que todos se criem
seres humanos dignos e felizes! Pois com a coragem e a tenacidade que
arrancaram do Vale do Jequitinhonha percorrem mais uma vez os caminhos que
ligam o sertão ao sonho de São Paulo, não como retirantes, mas plenos de dons,
portadores de uma herança peculiar que faz de todos nós mais ricos e muito mais
brasileiros.
Prest’enção! Serviço
Datas:
28 de junho, sábado, 20h
29 de junho, domingo, 18h
Classificação: livre
Edson Franco
Presidente da Real Tokio Marine Vida&Previdência.
Patrocínio:
Apoio:
Realização:
Centro Popular
de Cultura e
Desenvolvimento