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Ponto dos Concursos

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PACOTE DE EXERCÍCIOS
TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU/2010
MÓDULO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
PROF. EDSON MARQUES

Olá, pessoal,

Bem vindos ao nosso Pacote de Exercícios MPU/2010, voltado para o


cargo de Técnico Administrativo do Ministério Público da União.

É como muito prazer que nós vamos acompanhá-los nessa jornada,


que, com absoluta precisão, será um dos concursos mais disputados
dos últimos anos.

Deixe-me fazer uma breve apresentação. Meu nome é Edson Marques,


sou Defensor Público Federal, atuando no Superior Tribunal de Justiça,
sou professor de Direito Administrativo e Constitucional em cursos
preparatórios para concursos, na pós-graduação e graduação em
Brasília.

Minha vida de concurseiro começou lá em 1994, quando abandonei a


graduação, para fazer concursos públicos. Assim, de lá para cá, já
ocupei os cargos de Técnico de Finanças e Controle, Técnico
Judiciário no STJ, Analista Judiciário – Judiciária – no STF, Analista
Judiciário no STJ, Procurador da Fazenda Nacional e Advogado da
União, além do que atualmente ocupo (Defensor Público).

Além disso, obtive aprovação em diversos concursos públicos (PFN,


Delegado Federal, Analista Processual do MPU, Advogado CEF,
Técnico Judiciário do TST, Oficial de Justiça no TRF 1ª Região e TJDFT,
dentre outros).

Então, costumo dizer que a aprovação é questão de espírito, isto é, de


dedicação, dedicação e dedicação, com boa dose de senso de
humor e muita humildade.

Além disso, é preciso muita concentração para não escorregar nas


“pegadinhas do examinador”, afinal de contas as bancas não estão
interessadas simplesmente no candidato que é o mais inteligente.
Concurso é sistema de eliminação, tendo as bancas, especialmente o
CESPE, a finalidade de eliminar o maior número de candidatos que lhe
for possível.

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Devemos ter cuidado também para que não sejamos pegos pelo que
chamo de síndrome de Charlie Brown. É isso mesmo. Para quem não se
lembra ou não conhece, é o garotinho do desenho animado snoopy
que vivia disputando as competições para chamar a atenção da
garotinha ruiva, mas sempre que estava na frente, vencendo, se
distraía e, então, perdia o foco, o objetivo traçado, e acabava sempre
ficando em último lugar.

Isso também se aplica em concurso público na medida em que se


você perder o foco, a atenção, de seu objetivo, ou seja, perder a
concentração, poderá não obter o resultado pretendido.

Por isso, muita dedicação, realizando uma preparação adequada, e


concentração no seu objetivo.

Assim, tendo em consideração os pontos definidos no Edital anterior,


além da organização administrativa, ponto que considero de suma
importância para qualquer concurso, nossas aulas serão divididas em 4
(quatro) módulos, dispostas da seguinte forma:

AULA 01 – Organização Administrativa: Administração Direta e


Indireta. Princípios Administrativos.

AULA 02 - Atos Administrativos: conceito; requisitos; atributos;


classificação; invalidação.

AULA 03 - Licitações: modalidades (Lei nº 8.666/1993 e suas


alterações). Contratos Administrativos: idéia central sobre contrato;
formalização; execução.

AULA 04 - Servidor Público. Regime Jurídico dos Servidores Públicos


Civis (Lei nº 8.112/1990 e suas alterações).

Ressalto, ademais, que traremos questões de 2010, 2009 e 2008,


principalmente. Porém, é possível que se faça uso de questões mais
antigas, acaso o tema e a dificuldade de encontrar mais modernas
assim se apresente. De outro lado, como ainda não se sabe a Banca,

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poderemos trazer questões de bancas variadas, mas, destaco que


darei preferência às questões do CESPE e FCC.

Essa é uma aula demonstrativa, de modo que a quantidade de


questões abordadas não representa o que será discutido em uma
aula, haja vista que o conteúdo parece ser pequeno, mas não o é.

Então, segue a demonstração.

Grande abraço e espero por vocês!

QUESTÕES COMENTADAS

1. (PERITO MÉDICO – INSS – CESPE/2010) O sistema administrativo


ampara-se, basicamente, nos princípios da supremacia do interesse
público sobre o particular e da indisponibilidade do interesse público
pela administração.

Comentário:

A Constituição Federal, em seu art. 37, caput, determina que a


Administração Pública deverá observar os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, dentre outros,
na realização de suas atividades.

Entretanto, além desses princípios expressos, existem outros princípios


implícitos, sendo importante destacar o princípio da supremacia do
interesse público sobre o privado e da indisponibilidade do interesse
público, considerados por parte da doutrina como superprincípios na
medida em que dão origem aos demais princípios administrativos e ao
próprio regime jurídico administrativo.

Significa dizer que o regime jurídico de direito público está assentado


em dois postulados primordiais, a supremacia do interesse público e a
indisponibilidade desse interesse.

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O princípio da supremacia do interesse público traduz-se na idéia de


que o interesse público deve prevalecer sobre o interesse particular, de
modo que, em regra, quando houver um confronto entre o interesse
público e o particular, deve-se dar primazia ao interesse público.

Diz-se, em regra, tendo em vista que a Constituição estabeleceu uma


série de direitos e garantias individuais, que mesmo em confronto com
o interesse público devem ser respeitados, resguardados, conforme
título dos direitos e garantias individuais previsto na Constituição.

Com efeito, é em razão do princípio da supremacia do interesse


público que se fundam as prerrogativas ou poderes especiais
conferidos à Administração Pública.

De outro lado, o princípio da indisponibilidade do interesse público


orienta a Administração Pública impondo-lhe restrições, limitações, ou
seja, não lhe é dado dispor desse interesse, ela não é proprietária,
detentora do interesse público, apenas o tutela, o protege, ou seja,
apenas representa a coletividade, de modo que não pode dispor do
que não lhe pertence.

Significa dizer que, de um modo geral, não há possibilidade de a


Administração Pública abdicar, dispor, abrir mão, daquilo que se refere
ao interesse público. Por isso, a sujeição da administração pública a
restrições especiais ou diferenciadas, tal como dever de prestar
contas, concurso público, licitações etc.

É por força da supremacia que a Administração Pública atua com


superioridade em relação ao particular, por exemplo, impondo-lhe
obrigações de forma unilateral, criando cláusulas exorbitantes em
contratos administrativos, conferindo presunção de legitimidade aos
atos da Administração etc.

No entanto, como dito, junto a tais poderes, surgem limitações,


restrições à atuação da Administração Pública, traduzindo-se na idéia
que a Administração Pública não é proprietário, é mera gestora do
interesse público, por isso, não lhe é dado abdicar, dispor, negociar o
interesse público.

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Portanto, pode-se afirmar que o sistema administrativo está fundado


nesses dois princípios primordiais, ou seja, na supremacia e na
indisponibilidade do interesse público.

Gabarito: Certo.

2. (AUXILIAR DE PROCURADORIA – PGE/PA – CESPE/2007) A doutrina


aponta como princípios do regime jurídico administrativo a supremacia
do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade do interesse
público.

Conforme vimos, a Constituição Federal estabeleceu princípios


constitucionais orientadores da administração pública, havendo os
expressos, constantes do art. 37, e outros implícitos.

Dessa forma, é princípio que orienta o regime jurídico administrativo a


supremacia do interesse público, revestida do entendimento de que a
Administração Pública goza de poderes, prerrogativas a fim de que
bem possa atuar em defesa do interesse coletivo, e o princípio da
indisponibilidade, o qual vincula à imposição de restrições, limitações
ou deveres especiais para a Administração.

Gabarito: Certo.

3. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANAC – CESPE/2009) A inserção de


nome, símbolo ou imagem de autoridades ou servidores públicos em
publicidade de atos, programas, obras, serviços ou campanhas de
órgãos públicos fere o princípio da impessoalidade da administração
pública.

Comentário:

Estabelece o art. 37, §1º, CF/88, que:

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§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços


e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.

Disso, pode-se extrair a aplicação do princípio da publicidade, quando


diz que este terá caráter educativo, orientador e informativo, mas de
igual forma, na parte final, dispõe que não poderá a propaganda e a
publicidade conter nomes ou símbolos que caracterizem promoção
pessoal, sob pena de violação ao princípio da impessoalidade.

Nesse sentido, é o entendimento do Supremo Tribunal Federal,


vejamos:

"Publicidade de caráter autopromocional do


Governador e de seus correligionários, contendo nomes,
símbolos e imagens, realizada às custas do erário. Não
observância do disposto na segunda parte do preceito
constitucional contido no art. 37, § 1º." (RE 217.025-AgR,
Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 18-4-00, 2ª
Turma, DJ de 5-6-98)

"Publicidade de atos governamentais. Princípio da


impessoalidade. (...) O caput e o parágrafo 1º do artigo
37 da Constituição Federal impedem que haja qualquer
tipo de identificação entre a publicidade e os titulares
dos cargos alcançando os partidos políticos a que
pertençam. O rigor do dispositivo constitucional que
assegura o princípio da impessoalidade vincula a
publicidade ao caráter educativo, informativo ou de
orientação social é incompatível com a menção de
nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que
caracterizem promoção pessoal ou de servidores
públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo da
divulgação com o partido político a que pertença o
titular do cargo público mancha o princípio da

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impessoalidade e desnatura o caráter educativo,


informativo ou de orientação que constam do
comando posto pelo constituinte dos oitenta." (RE
191.668, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-4-
08, 1ª Turma, DJE de 30-5-08)

Gabarito: Certo.

4. (ANALISTA DE TRANSPORTES URBANOS – SEPLAC/DFTRANS –


CESPE/2008). O Estado pode delegar o exercício do poder de polícia a
uma empresa privada.

Comentário:

Observem que essa questão volte e meia tem sido objeto de


questionamento pelo CESPE.

Então, deve se ressaltar que a competência para exercer o poder de


polícia é, em regra, da pessoa política à qual a Constituição conferiu o
poder de regular a matéria.

Assim, como regra, se o assunto é de interesse nacional a competência


é da União, se estadual, a competência é do Estado-membro.
Assuntos locais, a competência é do Município.

Por isso, a depender do interesse em jogo, o exercício do poder de


polícia será da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou dos
Municípios, sendo atividade típica do Estado, e, por isso, quando muito
poderá ser transferida (outorgada) para uma entidade administrativa.

No entanto, sempre se discute se o poder de polícia poderá ser


exercido por pessoa privada, por particular, ou seja, se é possível a
delegação do poder de polícia.

Nesse sentido, entende o professor Celso Antônio Bandeira de Mello


que, em regra, não se pode delegar os atos de poder de polícia a
particulares e essa tem sido a orientação jurisprudencial do próprio

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Supremo Tribunal Federal (ADI 1.717/DF) e do Superior Tribunal de


Justiça. Ilustrativamente:

PROCESSUAL CIVIL – CONFLITO DE COMPETÊNCIA –


CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL – PESSOA
JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO – PROCESSO LICITATÓRIO –
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
1. O Supremo Tribunal Federal, na ADIn 1.717/DF,
declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos da Lei
9.649/98, que alteraram a natureza jurídica dos
conselhos profissionais por ser indelegável a entidade
privada atividade típica de Estado, que abrange até
poder de polícia, de tributar e de punir, no que
concerne ao exercício das atividades profissionais
regulamentadas.
2. Mantida a natureza autárquica dos conselhos
profissionais permanece competente a Justiça Federal
para julgar mandado de segurança, ainda que o ato
impugnado seja de gestão e não de delegação, como
in casu.
3. Conflito conhecido para declarar-se competente o
Juízo Federal, suscitado. (CC 54.780/RR, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
28/06/2006, DJ 07/08/2006 p. 197)

O ilustre professor, no entanto, ressalva o caso de capitães de navios,


em que há o exercício do poder de polícia por pessoa privada. No
entanto, se trata de uma excepcionalidade.

Destaca-se, todavia, que é possível que se permita ao particular,


pessoa privada, a prática de atos materiais que precedam os atos
jurídicos do poder de polícia (colocação de fotossensores, radares,
pardais etc), conforme orientação jurisprudencial:

ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. MULTA DE


TRÂNSITO. NECESSIDADE DE IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE.
AUTO DE INFRAÇÃO.

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1. Nos termos do artigo 280, § 4º, do Código de Trânsito,


o agente da autoridade de trânsito competente para
lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil,
estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar
designado pela autoridade de trânsito com jurisdição
sobre a via no âmbito de sua competência. O aresto
consignou que toda e qualquer notificação é lavrada
por autoridade administrativa.
2. "Daí não se segue, entretanto, que certos atos
materiais que precedem atos jurídicos de polícia não
possam ser praticados por particulares, mediante
delegação, propriamente dita, ou em decorrência de
um simples contrato de prestação. Em ambos os casos
(isto é, com ou sem delegação), às vezes, tal figura
aparecerá sob o rótulo de "credenciamento". Adílson
Dallari, em interessantíssimo estudo, recolhe variado
exemplário de "credenciamentos". É o que sucede, por
exemplo, na fiscalização do cumprimento de normas de
trânsito mediante equipamentos fotossensores,
pertencentes e operados por empresas privadas
contratadas pelo Poder Público, que acusam a
velocidade do veículo ao ultrapassar determinado
ponto e lhe captam eletronicamente a imagem,
registrando dia e momento da ocorrência" (Celso
Antônio Bandeira de Mello, in "Curso de Direito
Administrativo, Malheiros, 15ª edição, pág. 726): 3. É
descabido exigir-se a presença do agente para lavrar o
auto de infração no local e momento em que ocorreu a
infração, pois o § 2º do CTB admite como meio para
comprovar a ocorrência "aparelho eletrônico ou por
equipamento audiovisual (...)previamente
regulamentado pelo CONTRAN." 4. Não se discutiu sobre
a impossibilidade da administração valer-se de cláusula
que estabelece exceção para notificação pessoal da
infração para instituir controle eletrônico.
5. Recurso especial improvido. (REsp 712.312/DF, Rel.
Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em
18/08/2005, DJ 21/03/2006 p. 113)

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Gabarito: Errado.

5. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Os órgãos


públicos são
(A) centros de competência dotados de personalidade jurídica.
(B) os agentes públicos que desempenham as funções da
Administração Pública.
(C) centros de competência instituídos para o desempenho de
funções estatais.
(D) unicamente os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
(E) as pessoas, os sujeitos de direitos e obrigações, dentro da
Administração Pública.

Comentário:

Vale citar a Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro que define órgão
público como uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos
agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a
vontade do Estado.

Na clássica lição de Hely Lopes Meirelles, órgãos são centro de


competências instituídos para o desempenho de funções estatais,
através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a
que pertecem.

De qualquer modo, temos uma definição legal dada a órgão pública,


conforme art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99, que assim estabelece:

Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o


processo administrativo no âmbito da Administração
Federal direta e indireta, visando, em especial, à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração.
........

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§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:


I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura
da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta;

Gabarito: “C”

6. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJDFT – CESPE/2008) O Poder


Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos
discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente
dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade
de persecução do interesse público.

Comentário:

Essa é uma questão que o CESPE, bem como as demais bancas,


adora!!!

O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos


discricionários quando este tiver algum vício de legalidade nos seus
elementos, em qualquer deles. Ou seja, tanto nos elementos ditos
vinculados, quanto naqueles que podem ser discricionários é possível o
controle judicial.

Veja que, em que pese o administrador utilizar-se do critério de


conveniência e oportunidade, que não seria passível de apreciação
pelo Judiciário, desviou da finalidade legal, significa dizer que tal
avaliação violou o elemento finalidade, sendo, portanto, o ato nulo.

Assim, cabe ao Judiciário verificar se o mérito do ato (conveniência e


oportunidade) respeita os fins perseguidos pela lei, senão, o ato é
passível de anulação, por desvio de finalidade.

Gabarito: Certo.

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7. (TECNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2008) Acerca da Lei nº 8.112/90.


A referida lei estabeleceu, para algumas carreiras específicas,
denominadas carreiras de Estado, o direito à vitaliciedade e à
inamovibilidade.

Comentário:

De fato a Constituição Federal estabeleceu para algumas carreiras


que exerçam função de Estado, ou seja, que exerçam parcela do
poder estatal, as garantias de inamovibilidade e vitaliciedade.

Dentre tais carreiras, estão a magistratura (juízes) e membros do


Ministério Público (promotores, procuradores da república) que gozam
da vitaliciedade e da inamovibilidade (art. 95, inc. I e II c/c art. 128, inc.
I, “a” e “b”, ambos da CF/88). Outrossim, também os Defensores
Públicos gozam da inamovibilidade, conforme estabelece o art. 134,
§1º, CF/88.

Assim, não foi o regime jurídico dos servidores civis da União (Lei nº
8.112/90) que estabeleceu referidas prerrogativas.

Gabarito: Errado.

8. (AUDITOR – TCE/AL – FCC/2008). “Qualquer modificação no edital


exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original,
reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das
propostas.” O art. 21, §4º, da Lei federal nº 8.666/93, transcrito acima,
ao garantir a reabertura do prazo para recebimento das propostas
sempre que alterado substancialmente o edital de licitação, revela a
aplicação do princípio:
a) do julgamento objetivo.
b) da impessoalidade.
c) da adjudicação compulsória.
d) da vinculação ao instrumento convocatório.
e) da ampla defesa.

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Comentários:

Pois, trata-se de exigência de republicar o edital quando houver


alteração substancial. Então, devemos observar que a licitação se
prima por ser um procedimento que estabelece uma competição, a
qual visa permitir ampla participação a fim de se possibilitar a seleção
de proposta mais vantajosa para a Administração.

Dessa forma, quando a Administração, ao proceder à modificação


substancial no edital, divulga-a, estará permitindo que outros
interessados venham à esfera administrativa e manifeste seus interesses
fazendo propostas.

Ademais, a inobservância desse dever, levará a ofensa à


impessoalidade na medida em que a ação administrativa deve se
pautar pelo tratamento isonômico observando os fins públicos.

Gabarito: “B”.

9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – BIBLIOTECONOMIA – TRE/AM – FCC/2010)


NÃO é princípio expressamente previsto na Lei de Licitação (Lei nº
8.666/93):
a) supremacia do interesse público.
b) publicidade.
c) legalidade.
d) julgamento objetivo.
e) vinculação ao edital ou convite.

Comentários:

Então, vistos os desdobramentos iniciais, podemos ver que alguns


princípios licitatórios estão expressos na própria lei, tal como
legalidade, publicidade, julgamento objetivo e vinculação ao
instrumento convocatório.

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Todavia, outros estão implícitos, sendo que alguns estão implícitos não
na lei de licitações, mas na própria Constituição Federal, como é o
caso da supremacia do interesse público sobre o privado.

Devemos observar, no entanto, que o princípio da supremacia não é


um princípio específico da licitação, mas um princípio orientador de
toda a Atividade administrativa, ou seja, um balizador, ou, como
prefiro dizer, um fundamento do próprio regime jurídico-administrativo.

Gabarito: “A”.

Então, é isso aí!


Força total. Vamos em frente, fortes nos estudos, focados no objetivo
principal que é, dentre em pouco, tomar posse e entrar em exercício.
Fique com Deus
Grande abraço.
Prof. Edson Marques

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QUESTÕES SELECIONADAS

1. (PERITO MÉDICO – INSS – CESPE/2010) O sistema administrativo ampara-


se, basicamente, nos princípios da supremacia do interesse público
sobre o particular e da indisponibilidade do interesse público pela
administração.

2. (AUXILIAR DE PROCURADORIA – PGE/PA – CESPE/2007) A doutrina


aponta como princípios do regime jurídico administrativo a supremacia
do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade do interesse
público.

3. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANAC – CESPE/2009) A inserção de


nome, símbolo ou imagem de autoridades ou servidores públicos em
publicidade de atos, programas, obras, serviços ou campanhas de
órgãos públicos fere o princípio da impessoalidade da administração
pública.

4. (ANALISTA DE TRANSPORTES URBANOS – SEPLAC/DFTRANS –


CESPE/2008). O Estado pode delegar o exercício do poder de polícia a
uma empresa privada.

5. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Os órgãos públicos


são
(A) centros de competência dotados de personalidade jurídica.
(B) os agentes públicos que desempenham as funções da
Administração Pública.
(C) centros de competência instituídos para o desempenho de
funções estatais.
(D) unicamente os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
(E) as pessoas, os sujeitos de direitos e obrigações, dentro da
Administração Pública.

6. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJDFT – CESPE/2008) O Poder


Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos
discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente

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dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade


de persecução do interesse público.

7. (TECNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2008) Acerca da Lei nº 8.112/90. A


referida lei estabeleceu, para algumas carreiras específicas,
denominadas carreiras de Estado, o direito à vitaliciedade e à
inamovibilidade.

8. (AUDITOR – TCE/AL – FCC/2008). “Qualquer modificação no edital


exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original,
reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das
propostas.” O art. 21, §4º, da Lei federal nº 8.666/93, transcrito acima,
ao garantir a reabertura do prazo para recebimento das propostas
sempre que alterado substancialmente o edital de licitação, revela a
aplicação do princípio:
a) do julgamento objetivo.
b) da impessoalidade.
c) da adjudicação compulsória.
d) da vinculação ao instrumento convocatório.
e) da ampla defesa.

9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – BIBLIOTECONOMIA – TRE/AM – FCC/2010) NÃO


é princípio expressamente previsto na Lei de Licitação (Lei nº 8.666/93):
a) supremacia do interesse público.
b) publicidade.
c) legalidade.
d) julgamento objetivo.
e) vinculação ao edital ou convite.

GABARITO
5. “C”
1. C 6. C
2. C 7. E
3. C 8. “B”
4. E 9. “A”

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