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Aprendizagem Acelerada

Elisabete Schramm Szenészi (e-mail bete@metaprocessos.com.br)

O que é aprender mais em menos tempo

O desenvolvimento científico acelerado, a necessidade de maior quantidade de conhecimentos, a demanda


de qualidade profissional num mercado de trabalho cada vez mais exigente. Como aprender mais em
menos tempo?

Felizmente a pesquisa científica tem revelado muita coisa. Já descobrimos muito sobre o modo como o
cérebro e a mente funcionam e sobre como os fatos podem ser mais rapidamente fixados na memória.
Criam-se oportunidades de aprender com técnicas hoje conhecidas com o nome de Aprendizagem
Acelerada. Técnicas que proporcionam o uso de todo o cérebro, nos seus dois hemisférios e de forma
integrada, facilitando a compreensão e memorização de maneiras nunca antes experimentadas.

O ensino convencional determinava que o aprendizado só se daria se o aluno estivesse completamente


concentrado e fazendo repetições freqüentes de idéias ou palavras – o conhecido "decorar". A
compreensão passava pela seqüência lógica e pelo raciocínio. Na Aprendizagem Acelerada, por outro lado,
ao aluno aprende a obter um estado de relaxamento alerta e a lidar com um conjunto simultâneo de
informações. No estado de relaxamento, a mente interior entra em ação e o cérebro fica mais aberto e
disponível para o aprendizado.

Pesquisas feitas por Don Schuster, professor de psicologia na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos,
constataram que alunos que passaram pelo processo da Aprendizagem Acelerada tiveram um rendimento
muito maior na velocidade e na eficácia da aprendizagem do que os alunos que tinham aprendido pela
maneira convencional.

Os dois lados do nosso cérebro, nossos dois "cortex", são ligados por uma fantástica cadeia de fibras
nervosas vinculadas a diferentes tipos de atividades mentais. Na maioria das pessoas, o cortex esquerdo
lida com a lógica, com as palavras, o raciocínio, os números e as chamadas "atividades acadêmicas".
Enquanto o cortex esquerdo desenvolve essas atividades, o cortex direito lida com o ritmo, as imagens, as
cores, a música e as artes. A maioria das pessoas tem predominância de um ou de outro lado do cortex.
Einstein, por exemplo, assim como outros grandes cientistas, tinham o lado esquerdo do cortex dominante.
Picasso, Cézanne e outros grandes artistas e músicos tinham o lado direito dominante.

Em fins da década de 60 e início dos anos 70, Sperry e Ornstein, pesquisadores do Instituto de Tecnologia
da Califórnia interessados no funcionamento do cérebro, constataram ainda que algumas pessoas, os
chamados "grandes cérebros", em vez de um lado só, usavam os dois lados do cérebro com extrema
habilidade. Leonardo da Vinci é um exemplo do quanto estes dois hemisférios cerebrais são capazes de
serem desenvolvidos simultaneamente. Na sua época, da Vinci era inquestionavelmente exímio em artes,
escultura, fisiologia, arquitetura, mecânica, anatomia, física, meteorologia, geologia e engenharia. Também
tocava, compunha e cantava de maneira espontânea, quando as cortes européias lhes ofereciam algum
instrumento de cordas. Ao invés de separar estas duas áreas diferentes de suas habilidades latentes, ele as
combinava e as integrava. Seus cadernos de anotações científicas eram repletos de imagens e desenhos
tri-dimensionais. E não menos interessante, os projetos finais de suas grandes obras de arte sempre
pareciam projetos arquitetônicos com linhas retas, ângulos, curvas e números, incorporando a matemática e
a lógica.

Estudando as estratégias de como as pessoas podem lembrar de algumas coisas após uma simples
exposição e esquecer de outras informações depois de repetir dúzias de vezes, foi desenvolvida uma nova
forma de aprendizagem. Através desta técnica, associações mentais poderosas são criadas de modo que
os alunos percebem que eles podem visualizar e sentir o que acabaram de ouvir. Tony Buzan, professor e
pesquisador internacionalmente reconhecido por suas técnicas de aprendizagem, criou na década de 70
uma de suas mais influentes técnicas, a dos Mapas Mentais. São esquemas em forma de desenho onde os
alunos representam os conteúdos aprendidos através de mapas ou redes de idéias.
Ao se elaborar um mapa mental, o estudante organiza a idéia ou assunto principal no centro do mapa e,
através de ramificações, as idéias secundárias vão sendo colocadas em torno, usando-se cores, símbolos e
gravuras. Esta técnica, inicialmente usada pelo seu criador como ferramenta para ajudar os alunos a
fazerem anotações de forma mais eficiente, mostrou-se uma nova e poderosa maneira de melhorar as
habilidades de pensar, memorizar e desenvolver a criatividade.

As técnicas de Aprendizagem Acelerada estão sendo aplicadas hoje como ferramenta para os estudos em
todos os níveis, para a leitura acelerada de livros e para o aprendizado acelerado de línguas estrangeiras.
Por suas características e aplicações, e por conseguir resultados tão imediatos, a Aprendizagem Acelerada
faz com que o aprendizado se torne agradável, satisfatório, divertido e muito motivador. O preconceito de
que estudar é algo penoso e difícil está sendo derrubado pela rapidez, pelo prazer e pela descontração.

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