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º o 5 : : D E Z e m b r o 2011
HOSPITAL DE BRAGA
NO INSTITUTOCUF
MULTIDISCIPLINARIEDADE
E INTEGRAÇÃO
NO SERVIÇO AO DOENTE
Vida Real Um Hospital novo
UMA VIDA NOVA
PARA O MANUEL com equipas experientes
03
nota de abertura
Etapas da
nossa história
Salvador de Mello A 5.ª edição da +VIDA tem como tema de fundo o novo hospital
Presidente do Conselho de Braga. Inaugurado em Maio deste ano, é o mais recente hospital
de Administração
da José de Mello Saúde púbico, gerido numa parceria público-privado com a José de Mello
Saúde. Mais do que um novo hospital, esta reportagem pretende
mostrar o que verdadeiramente diferencia esta Unidade de saúde: as
suas equipas. E são muitas as equipas que constituem o Hospital de
Braga, todas com um denominador comum: a competência. Como
refere o Presidente do Conselho de Administração do hospital, se a
equipa já era inquestionável em termos de diferenciação profissional,
neste momento, com esta nova infra-estrutura, o projecto tem todos
os ingredientes para prestar um serviço de excelência à população
da região do Minho. A toda a equipa do hospital de Braga quero
agradecer a dedicação que tiveram até hoje e desejar todo o sucesso
para o futuro.
Destaco também a rubrica Qualidade, uma forte aposta da José de
Mello Saúde que se materializa, nesta edição da +VIDA, em duas
vertentes: as campanhas de promoção da segurança e o projecto
SINAS, onde mostramos como as nossas Unidades se posicionam
neste rating. Mas quisemos ir mais longe no tema e entrevistámos o
Prof. Jorge Simões, Presidente do Conselho Directivo da Entidade
Reguladora da Saúde, entidade que desenvolve o projecto SINAS.
Ficámos ainda com mais certeza que o caminho da informação – do
qual o SINAS é um excelente exemplo - será um dos responsáveis
pelo progresso neste sector.
Convido-vos ainda a conhecer o Hospital de Vila Franca de Xira, a
ficha técnica
mais recente Unidade gerida pela José de Mello Saúde, também em
regime de parceria público-privado, revelado aqui na rubrica “Entre”.
DEZEMBR o 2 0 1 1 Mais um exemplo de equipas motivadas e projectos desafiantes.
:: directora Edla Ferreira Pires :: conselho editorial André Termino com uma referência ao “Vida Real”, onde mostramos uma
Oliveira, Carlos Costa, Filipa Almeida, Francisco Malheiro Reymão, história de enorme felicidade. A equipa de otorrinolaringologia do
Gonçalo Marcelino, Inácio Almeida e Brito, João Fernandes, hospitalcuf infante santo conseguiu trazer audição a um bebé de sete
João Ferreira, Jorge Mineiro, Luís Cardoso Menezes, Madalena meses que sofria de surdez bilateral. Um feito que alia o trabalho de
Correia Neves, Maria Burnay, Maria João de Mello, Pedro Lucena equipa a uma capacidade técnica inquestionável. Parabéns a todos os
e Valle, Rosário Frias, Rosário Sepúlveda, Vasco Luís de Mello :: envolvidos. Histórias como esta são a nossa razão de ser.
concepção, edição e paginação White Rabbit – Brand Stories ::
jornalistas Claúdia Pinto, Francisco Mota Ferreira, Sónia Laima, salvador de mello
Susana Marvão :: fotografia Cristina Pinto, Eduardo Martins,
Eduardo Ribeiro, José de Mello Saúde :: propriedade Grupo José
de Mello Saúde :: morada Av. do Forte, Edifício Suécia III, 2.º
2790-073 Carnaxide :: impressão e acabamento Lisgráfica
:: tiragem 10 000 exemplares :: depósito legal 308443/10
:: distribuição gratuita
d e z e m b r o 2011 : : + vida
04 Í nd i ce
06.
ENTRE!
A José de Mello Saúde
assumiu a gestão
03 :: nota de abertura 14 :: q
ualidade
do Hospital de Salvador de Mello, presidente As medidas que asseguram a
da Comissão Executiva da segurança em todas as unidades
Vila Franca de Xira José de Mello Saúde José de Mello Saúde
e já iniciou a
construção do 10 :: em foco 16 :: tema de capa
Apresentamos-lhe a equipa O novo Hospital de Braga abriu
novo edifício. de Angiologia e Cirurgia portas em Maio e já conta com
Vascular do hospitalcuf uma experiência alargada, quer
Saiba como descobertas. Nove dos seus profissionais, quer das
especialistas que procuram suas práticas clínicas
está a decorrer satisfazer diariamente as
necessidades dos doentes
esta nova fase
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
Ín d ic e 05
26 :: o
pinião 36 :: conte com eles 42 :: estilos de vida
Entrevista a Jorge Simões, presidente No institutocuf a unidade de Oncologia A actividade física é um elemento
do Conselho Directivo da Entidade funciona de forma integrada e essencial para a promoção da saúde em
Reguladora da Saúde multidisciplinar. Conheça esta equipa geral. A clínicacuf alvalade acompanha
especializada as pessoas na prossecução de uma vida
34 :: case study mais activa
Um artigo de Emídio Carreiro, pediatra 40 :: cuidar
do hospitalcuf porto sobre a consulta O programa de reabilitação ortopédica 44 :: ser mais
pré-natal de pediatria da Domus Vida Parede permite devolver As aventuras das nossas equipas
qualidade de vida a doentes que se missionárias e um artigo de reflexão
submeteram a uma cirurgia ou sofreram sobre decisões no fim da vida
uma lesão
49 :: breves
Notícias e novidades sobre as unidades
José de Mello Saúde
57 :: aconteceu
Eventos e iniciativas que merecem
registo
58 :: marque na agenda
Datas importantes nos próximos meses
3o.
vida real
A aventura de Manuel,
o mais jovem portador
de implantes cocleares
em Portugal. Graças à
intervenção no hospitalcuf
infante santo, hoje ele
escuta o Mundo em redor
d e z e m b r o 2011 : : + vida
06 A VISITA COMEÇA AQUI...
Entre!
Nova unidade
V
ila Franca de Xira vai ter um novo hospi-
tal a partir de Abril de 2013. Até lá, e des-
de Junho deste ano, a José de Mello Saúde
está a gerir a unidade, no actual edifício.
Perto de cinco meses passaram e o Hos-
pital já não é o mesmo, como explica
Vasco Luís de Mello, Presidente do Conselho de Admi-
nistração: “Foram já introduzidas quatro novas valências:
Otorrinolaringologia (orl), Oftalmologia, Pneumologia e
Neurologia, que vieram trazer à população abrangida uma
oferta mais completa e mais próxima, evitando a deslocação
aos hospitais de Lisboa. As novas áreas têm vindo a crescer
de forma sustentada acompanhando as necessidades da po-
pulação, sendo o ritmo claramente mais acentuado em ORL
e Oftamologia, conforme tínhamos previsto.”
Também o Serviço de Urgência foi uma prioridade e as al-
terações são visíveis. Foi feito um conjunto de intervenções
de remodelação no Serviço de Urgência, ao longo dos meses
de Agosto e Setembro. Esta renovação teve como objectivo a
A Comissão Executiva abraçou
melhoria da resposta assistencial do Hospital, tornando este o desafio de fazer mais e melhor apostando
espaço mais funcional para os profissionais e com melhores nas actuais equipas e profissionais
condições de atendimento para os utentes. Concretamente,
foi criada uma zona ampla de trabalho, dotada de 19 boxes
individuais e de uma nova área de terapêutica inalatória,
além de quatro novos gabinetes de consulta em estruturas
modulares. O pavimento e as instalações técnicas destas áre-
as foram também renovadas. Todas estas alterações preten-
deram dotar o Serviço de Urgência de um maior conforto
para os utentes e, ao mesmo tempo, de melhores condições
de trabalho para os profissionais. Para Vasco Luís de Mello
+ vida : : D E Z e m b r o 201 1
Entre 07
Maria José
Lourenço
(à esquerda)
enfermeira
directora, está
no Hospital
desde 1979.
Foi também
chefe do Serviço
de Urgência,
lugar ocupado
actualmente pela
enfermeira Rosa
Galvão. Ambas
valor se congratulam
com o resultado
jms
da remodelação
inovação
No Grupo José de Mello Saúde a Inovação é, sobretudo, o
espírito de antecipação e capacidade para gerar alternativas
e soluções novas. Os nossos profissionais procuram sempre
novas formas de fazer e não transformam a sua actividade
em rotina. Puxam pelos que os rodeiam; propõem, não
esperam que lhes peçam; nas reuniões de trabalho, os
temas discutem-se com paixão e respeito, aceitando-se as
diferenças e enriquecendo com elas.
O Serviço de
Neonatologia está
equipado com
quatro incubadoras,
cinco berços e
uma incubadora de
transporte
perto de si
++++++++++++++++++++++++++++
Hospital
Vila Franca de Xira
Rua Dr. Luís César Pereira
2600-178 Vila Franca de Xira
Telefone: 263 285 800
N
espírito de
equ�pa
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
Angiolo gia e Cirurgia Va scul ar : : E m Foc o 11
É
especialista em Angiologia e Ci-
rurgia Vascular há 30 anos. Filho
de um cirurgião geral foi o único de
seis irmãos que sentiu uma espécie
de chamamento para a Medicina.
“Desde os cinco anos que, quando
havia algum problema em casa, era o único que ficava
a ver o pai tratar um dos irmãos”, confessa Luís Mota
Capitão, coordenador da equipa de Angiologia e Ci-
rurgia Vascular do hospitalcuf descobertas. Gosta de
falar com as pessoas, de cuidar delas e o exemplo do
pai foi fundamental para a sua escolha profissional.
“Queria ser cirurgião e optei pela cirurgia vascular
pois é uma especialidade que exige muito dos médicos.
É completamente desafiante”, refere.
“Fiz vários estágios fora do país e sou um cirurgião vas-
cular realizado”, confessa. Nos tempos livres, divide-se
entre a caça e a produção de vinhos. Tem uma família
numerosa e nunca está parado: “Tenho sempre coisas
para fazer”, diz-nos.
A equipa tem
A equipa é constituída pelos seguin- especial atenção
tes médicos: Helena Gomes, Balta- aos doentes com
patologia nas
zar Caeiro, João A. Castro, Almeida carótidas para
d’Eça, José Daniel Menezes, Pedro prevenir os AVC
Barroso, Hugo Valentim, João A.
Martins e Luis Mota Capitão. Esta
especialidade
trata 70% a 80%
Prevenção precisa-se! dos doentes
Esta especialidade não deixa a medicamente
mas muitas
prevenção em mãos alheias. “Por vezes a solução
exemplo, na arteriosclerose, uma é cirúrgica
doença da longevidade, há muito
a fazer no que respeita ao controlo
dos factores de risco cardiovascu- “O que marca a nossa
lar. Temos especial atenção aos do-
entes com patologia nas carótidas
idade não é o Bilhete de
para podermos prevenir os AVC”, Identidade mas sim a
refere. O diagnóstico dos aneuris-
mas da aorta é fundamental no sen-
idade das artérias”
tido de evitar o perigo da sua rotura,
operando-os antes desta situação
ocorrer. (ver breve pág. 52)
Da mesma forma, se surgir numa
consulta uma mulher com varizes,
o primeiro passo é tratá-la medi-
camente. “Se o tratamento não for
suficiente, temos de avançar com a
cirurgia e prevenir depois o reapa-
recimento de varizes”, reforça Luís
Mota Capitão.
eco-doppler arterial e venoso, e arteriografias (ca-
Medicar ou operar? teterismos) tudo isto assegurado por uma equipa
Cerca de 70 a 80% dos doentes são com um coordenador e oito especialistas. É uma
tratados medicamente. Em deter- equipa multidisciplinar, preparada para executar
minada altura devemos intervir cirurgicamen- Elementos diferenciadores todas as vertentes da Angiologia e Cirurgia Vas-
te, bem como apostar na prevenção para evitar “Na cirurgia, hoje em dia, temos uma grande cular, desde a terapêutica convencional ao trata-
reincidências. capacidade de inovação. No hospitalcuf desco- mento endoluminal, entre outros também”.
“Quando a doença está muito avançada, o es- bertas tratamos os doentes por via aberta, por No hospitalcuf descobertas existe um apoio de ci-
pecialista tem de perceber se o doente tem in- via endovascular (cateterismo) e existem muitas rurgia vascular à urgência – em cada dia da sema-
dicação cirúrgica e operá-lo”, defende o coor- alternativas para tratar as varizes (por ablação na, há dois especialistas escalados para esse efeito.
denador. É necessário olhar para os doentes e mecânica ou por ablação térmica, laser, radiofre- Mota Capitão enfatiza que “o hospitalcuf desco-
percebê-los “como um todo”. E não é pouco fre- quência, pelo vapor…). bertas é um Hospital multidisciplinar e de gran-
quente que um doente desta especialidade seja Neste Hospital é possível fazer todo o diagnósti- de envergadura, reconhecido pela sua eficiência e
acompanhado ao longo da vida porque a sua co não invasivo e também invasivo das patologias boas práticas. A Angiologia e Cirurgia Vascular
patologia, por norma, vem para ficar. vasculares. “Temos capacidade para realizar o é uma especialidade importante no contexto de
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
Angiolo gia e Cirurgia Va scul ar : : E m Foc o 13
Para que tudo decorra da melhor forma , existe um importante espírito de equipa e de inter-ajuda.
l Coordenador da Especialidade de
“Estamos bem coordenados e conhecemos as competências específicas de cada especialista da equipa.
Cirurgia Vascular do hospitalcuf
Todos os dias há consulta de cirurgia vascular, o que é uma enorme mais-valia pois nem todos os
descobertas desde 2001.
hospitais contam com este elemento diferenciador”, comenta Luís Mota Capitão.
l Adjunto do Director Clínico do
hospitalcuf descobertas para a área
da Cirurgia de 2001 a 2003.
l Director do Serviço de Angiologia
e Cirurgia Vascular do Centro
Hospitalar de Lisboa Central –
Hospital de Santa Marta desde
2004.
l Chefe de Serviço de Angiologia e
Cirurgia Vascular do Hospital de
Santa Marta desde 1997.
O hospitalcuf descobertas l Especialista de Angiologia e Cirurgia
adquiriu um novo aparelho de
Vascular desde 1981.
Imagiologia que aumenta a segurança
nas cirurgias l Presidente da Comissão de Ensino
Medico do Hospital de Santa Marta
de 2000 a 2003.
l Presidente da Comissão de
A articulação com outros Coordenação da Qualidade do
especialistas é muito importante Hospital de Santa Marta de 2003
a 2005.
um grande Hospital. Por ano, a especialidade nha o envelhecimento das pessoas . O que marca l Adjunto do Director Clínico do
soma cerca de 5000 consultas”. a nossa idade não é o Bilhete de Identidade mas Hospital de Santa Marta
sim a idade das nossas artérias”, explica. (Dr. Borges de Oliveira) para a área
Projectos para o futuro Actualmente o hospitalcuf descobertas está a de- da Cirurgia de 1998 a 2001.
Mota Capitão deseja que, num futuro próximo, senvolver a cirurgia venosa em ambulatório. Este
l Director Clínico do Hospital de
esta equipa de Angiologia e Cirurgia Vascular projecto, já em execução, vai crescendo progres-
S. Luís (Lisboa) de 1986 a 2001.
passe a serviço permanente e de forma integrada sivamente. “Por outro lado, a administração do
no Hospital. “A patologia venosa é muito preva- Hospital comprou um novo aparelho de Imagio- l Presidente da Sociedade
lente em Portugal e no mundo ocidental, além de logia que nos permite fazer gestos endovascula- Portuguesa de Cirurgia
ser extremamente incapacitante. Há muito tra- res com mais segurança durante uma cirurgia”, Cardiotorácica e Vascular de 2008
balho para fazer num grupo etário relativamente conclui Luís Mota Capitão. E continua: “Vão, a 2010.
novo. Por outro lado, a arteriopatia oclusiva ou com certeza, aparecer novas áreas de diferencia-
aneurismatica (sobretudo doença aterosclerotica ção, num futuro próximo, que progressivamente
das artérias) é muito prevalente a partir da 6.ª dé- irão criar mais-valias para os doentes e também
cada de vida, sendo uma patologia que acompa- para o Hospital.”
d e z e m b r o 2011 : : + vida
qualidade
Projecto SINAS
Avaliação de Rating de
Excelência
qualidade em saúde Clínica -
Unidades José
A José de Mello Saúde é, desde a primeira hora, liação são calculados para cada uma das seguintes de Mello Saúde:
parceira e participante do Sistema Nacional áreas, em cada organização:
de Avaliação em Saúde da Entidade Reguladora da
Saúde (SINAS), tendo aderido ao mesmo Áreas de avaliação a decorrer: Nível III
em 2009, ainda na sua fase piloto, através “Excelência clínica” Ortopedia – Hospital de
da participação do hospitalcuf descobertas, por avaliação das especialidades clínicas de forma Braga, Hospital Vila Franca de
convite expresso da Entidade Reguladora da Saúde individualizada, através da avaliação de pro- Xira, hospitalcuf infante santo
cedimentos clínicos/tratamento de patologias
Cirurgia de Ambulatório –
“A José de Mello Saúde entende a qualidade como mais prevalentes, de maior relevo técnico
Hospital de Braga
elemento fundamental da prestação de cuidados ou de maior complexidade;
de saúde de excelência.” Esta afirmação, presente
na política da qualidade da organização, traduz o Áreas de avaliação em preparação:
Nível II
investimento que esta faz na oferta de uma pres- “Segurança do doente” avaliação de indica-
O que é tação de cuidados assente nas mais reconhecidas dores de resultados específicos desta temática. Ortopedia – hospitalcuf
o SINAS? boas práticas e nos melhores padrões de qualida- descobertas, clínicacuf cascais
O SINAS visa avaliar, de, com vista à obtenção dos melhores resultados “Instalações e conforto“ avaliação das Cirurgia de Ambulatório
de forma objectiva e e à manutenção de uma posição diferenciada e condições de oferta de serviços nesta área. – hospitalcuf infante
consistente, a qualidade reconhecida no mercado dos cuidados de saúde. santo, hospitalcuf
dos cuidados de saúde Em prol da transparência na comunicação com os “Satisfação dos utentes” avaliação do grau descobertas,clínicacuf
em Portugal com base seus clientes e parceiros, era um desejo antigo da de satisfação dos clientes através dos resultados torres vedras
em indicadores de José de Mello Saúde poder ter a sua qualidade de obtidos nesta área, nomeadamente entre outros AVC (acidente vascular
avaliação que permitam prestação de cuidados de saúde avaliada no âmbi- dos inquéritos de avaliação da satisfação de cerebral) – Hospital de Braga,
obter um rating dos to da realidade nacional, ombreando com todos os clientes. Hospital Vila Franca de Xira,
prestadores. outros prestadores de serviços, por uma identida- hospitalcuf infante santo
A publicação deste rating de idónea e com responsabilidades formalizadas “Focalização no doente” avaliação do grau EAM (enfarte agudo do
garante o acesso dos na regulação do sector. de orientação dos serviços prestados para as miocárdio)– Hospital de Braga,
clientes a informação O modelo do SINAS avalia prestadores do Servi- necessidades dos clientes e seus familiares/ hospitalcuf infante santo
adequada e inteligível ço Nacional de Saúde e do sector privado e social. acompanhantes.
Ginecologia – Hospital de
acerca da qualidade dos Compara os resultados de uma unidade, face a
Braga, hospitalcuf infante
cuidados de saúde nos um valor de média nacional, apresentando este Os indicadores em avaliação têm uma base sólida
santo, hospitalcuf descobertas
diversos prestadores, resultado num formato facilmente compreensí- e rigorosa, assente na evidência científica dispo-
promovendo a tomada vel pelo público. Este rating avalia globalmente nível, estando alinhados com as melhores práti- Obstetrícia – Hospital de
de decisões mais as áreas abaixo indicadas com “uma estrela” ou cas internacionais, e são definidos com base num Braga, hospitalcuf descobertas
informadas e a melhoria ausência da mesma e, num segundo nível, dentro processo de consensualização com os prestadores Pediatria – Hospital de Braga,
contínua dos cuidados da área, na atribuição de sinais mais, que podem ir participantes e outros agentes da sociedade neste Hospital Vila Franca de Xira,
prestados. de 1 (+) a 3 (+++). Os resultados do rating em ava- campo. hospitalcuf descobertas
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
15
Segurança na SAÚDE
Segurança em campanha
nova campanha interna da José de Mello Saúde visa reforçar
a cultura de segurança existente em todas as nossas unidades
Hospital
Braga
de
No
centro
dos
cuidados
de saúde
d e z e m b r o 2011 : : + vida
18 Te m a d e Ca p a ::
H
á sete meses a população
de Braga passou a contar
com um novo Hospital,
com serviços de saúde di-
ferenciados. Mas o traba-
lho desenvolvido é ante-
rior à data de inauguração. “De Setembro de 2009
a Maio de 2011 gerimos a antiga infra-estrutura,
iniciando-se a construção do novo Hospital - que
demorou exactamente os 27 meses previstos - e
preparou-se todo o processo de transferência”,
afirma Rui Assoreira Raposo, Presidente do Con-
selho de Administração do Hospital.
A experiência vivida antes da inauguração do
novo Hospital foi essencial e permitiu alcançar
níveis de desempenho muito diferentes dos do
passado. “A acessibilidade ao hospital melhorou
muito e a população viu os tempos de espera re-
duzirem drasticamente. A título de exemplo, o
número de doentes operados aumentou em 55%
entre 2009 e 2010. Houve um reforço da equipa
no antigo Hospital e foram introduzidos novos
métodos de gestão. Tivemos a capacidade de, em
conjunto, mobilizar uma vasta equipa de médi-
cos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais”,
acrescenta Rui Assoreira Raposo. Para o Presi-
dente do Conselho de Administração esta é uma
experiência vantajosa nas várias vertentes: “desde
logo, o modelo de parceria público-privado traz
vantagens para os utentes, como pode ser visto
nos exemplos que referi, mas também para o Es-
Como todas as unidades A acessibilidade tado e contribuintes, já que ao abrigo do Contrato
José de Mello Saúde, o Hospital de Braga ao Hospital melhorou muito e a de Gestão estabelecido cada doente tratado custa
procura oferecer serviços de qualidade, população viu os tempos de espera em média menos 25% do que noutros Hospitais
que se diferenciam da oferta existente. drasticamente reduzidos. Devido
Em Braga destaca-se a excelência do aos novos processos de gestão e ao da rede pública.
corpo clínico, onde se inclui toda a equipa reforço da equipa, em 2010 São cerca de 2000 os colaboradores do Hospital
e a qualidade das instalações, um motivo foi possível realizar mais 55% de de Braga que assumiram como seu o desafio de
de orgulho para a organização cirurgias do que no ano anterior
contribuir para um Hospital cada vez melhor.
D e z EMBRO 2011 : : + vida
20 Te m a d e Ca p a ::
João Ferreira
novo Presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga.
Desde o início de Novembro que o Hospital de Braga
conta com um novo Presidente da Comissão Executiva,
João Ferreira, licenciado em Economia pela Faculdade de
Economia da Universidade do Porto.
Casado e pai de 2 filhos ainda pequenos, João Ferreira
foi Presidente do Conselho de Administração do Centro
Hospitalar de Gaia/Espinho desde a sua constituição
como Entidade Pública empresarial, no início de 2007,
e anteriormente do Centro Hospitalar de Gaia em 2006.
Tem uma experiência diversificada na área financeira e foi
coordenador do projecto EuroPharm, no âmbito da Estrutura
de Gestão de Projectos Telemáticos da União Europeia para
a área farmaceutica, entre 2004 e 2006
Hospital de Braga Com uma área clínica de 140 000 m2, 705 camas administrativo ao médico, determina a satisfação
e 60 gabinetes de consulta, “esta grande casa” veio do utente. Não há elementos na equipa que sejam
os números responder às necessidades da população não ape- de menor importância. O papel que cada um de-
nas do distrito de Braga mas de todos os conce- sempenha é essencial em toda a cadeia de valor
lhos limítrofes. na prestação de cuidados de saúde.” E acrescenta:
actualmente
“Os serviços são dotados de elevada diferenciação
Equipa motivada técnica e clínica. Neste momento, existem mais
Cerca de... As melhorias são notórias. “O novo Hospital e as dois elementos diferenciadores que concorrem
1 600
novas instalações são motivo de entusiasmo adi- para a imagem global do Hospital: a qualidade
cional. Temos um enorme orgulho no projecto da infra-estrutura e a plataforma tecnológica.
e se a equipa já era inquestionável em termos de Estamos a falar dos equipamentos mais avan-
consultas por dia diferenciação profissional, neste momento está çados ao serviço da medicina e também de um
560
acrescida de um empenho e de uma motivação edifício confortável, moderno e que transmite a
que faz com que, mês após mês, os objectivos es- solidez e confiança que se pretende de uma insti-
tejam a ser concretizados”, defende Rui Assoreira tuição de saúde.”
doentes que vão
Raposo.
à urgência por dia
Os primeiros meses tiveram o claro objectivo de Formação dos colaboradores
80
doentes são operados
“arrumar a casa” e fazer com que toda a equipa se
ambientasse rapidamente. Rui Assoreira Raposo
explica-nos que “foi importante adaptar a equipa
O Hospital de Braga tem como objectivos claros
a qualidade inquestionável de todos os actos mé-
dicos, a satisfação dos utentes e dos profissionais
diariamente aos novos processos e circuitos. A maioria dos e a sustentabilidade económico-financeira do
colaboradores tem as mesmas funções mas com projecto. “Se não houver equilíbrio nas contas o
alterações profundas, porque o espaço mudou e projecto tende a desintegrar-se. Estes três pilares
objectivos até
ao final do ano
a estrutura é diferente”. têm de caminhar de forma harmoniosa”, explica
Rui Assoreira Raposo.
O Hospital de Braga
Diferenças que marcam Para assegurar esta qualidade, a José de Mello
Como em todas as unidades José de Mello Saúde, Saúde tem, tradicionalmente, um cuidado muito
pretende realizar… o Hospital de Braga procura oferecer serviços de especial com a formação dos seus colaboradores a
303 000
qualidade, que se diferenciam da oferta existente. todos os níveis. “Queremos que haja uma actuali-
“Em primeiro lugar, destaco a qualidade do cor- zação permanente dos conhecimentos, de forma
consultas po clínico médicos, enfermeiros, técnicos, farma- a preparar os colaboradores para responderem
cêuticos mas também a equipa administrativa”, às exigências que mudam regularmente. É tão
21 600 cirurgias
assinala Rui Assoreira Raposo. A equipa admi-
nistrativa tem um trabalho fundamental. Muitas
vezes, é o primeiro contacto de um doente com
importante termos um administrativo a atender
bem como um enfermeiro a prestar bons serviços
de enfermagem ou um cirurgião a desempenhar
o Hospital. “Um mau contacto telefónico, por eficazmente a sua função”, assegura Rui Asso-
3 000 partos
exemplo, pode ser comprometedor da opinião
com que se fica do Hospital ou da organização.
O desempenho de todos os elementos, desde o
reira Raposo. E defende que gerir um Hospital
“é um exercício de permanente avaliação e melho-
ria de desempenho a que todos estão obrigados".
+ vida : : d e z EMBR o 201 1
:: Tema d e Cap a 21
O Centro Clínico
Académico aposta
na área dos
ensaios clínicos
e dispositivos
médicos, o que
transformará
esta região num
importante cluster
na área da saúde
Centro Clínico Académico
Carlos Alegria
excelência Clínica Director do Serviço de Neurocirurgia, trouxe para
o Hospital de Braga a experiência e a reconhecida
qualidade clínica do serviço que implantou em 1985
no antigo hospital. O serviço tem idoneidade para a
formação de neurocirurgiões há 19 anos
Nascer com
conforto e qualidade
Serviço de Neurocirurgia Desde a sua inauguração, no passado mês de
Maio, já foram realizados no novo Hospital de
Garantia Braga cerca de 1400 partos. Nascer neste espaço é
nascer com conforto e qualidade. “O Hospital de
de Qualidade Braga possui instalações modernas, funcionais e
espaçosas. Os acessos são fáceis e amplos. A dis-
• Tem idoneidade para a formação de ponibilidade de consultas especializadas e subes-
neurocirugiões há 19 anos, contando com o pecializadas é total, bem como a acessibilidade
Laboratório Cirúrgico da Escola de Ciências da às referidas consultas”, explica Jardim da Pena,
Saúde da Universidade do Minho (ECSUM), Director do Serviço de Ginecologia/Obstetrícia.
um “importante instrumento de formação dos A qualidade das instalações é tal que as partu-
internos da especialidade”, que conta com todas rientes internadas podem, se assim entenderem,
as condições para treino prático em laboratório. ter um acompanhante, uma vez que todas ficam
instaladas em quartos individuais com espaço
Neurocirurgia • Lançou há 11 anos os pioneiros cursos para o referido acompanhante.
Um quarto de século práticos Hands on Sulcy Giry and Ventricvles and “O pessoal de enfermagem é jovem, sem que
de tradição Dessecting Fibres, uma “mais-valia para o treino neste caso juventude signifique imaturidade ou
dos neurocirurgiões”. inexperiência. São profissionais com preparação
O Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Bra- para prestarem os cuidados necessários a cada
ga tem já uma forte “tradição” na região. Nasceu • Realiza, pela primeira vez em Portugal, em momento e com capacidade para tomarem ini-
pelas mãos de Carlos Alegria, no princípio de De- Outubro de 2012, o International Symposium on ciativas correctas em qualquer situação de emer-
zembro de 1985, quando o médico foi destacado Microcirugical Anatomy. gência”, explica Jardim da Pena. O corpo clínico
do Hospital Maria Pia, do Porto, para o Hospital tem todas as características que se impõem num
de São Marcos. A ideia partiu do então presiden- serviço de qualidade como este.
te do Conselho de Administração da unidade de
saúde bracarense, Gonçalves Ferreira, que con- Em que podemos ser úteis?
vidou Carlos Alegria a implementar o Serviço de te, no plano assistencial, a área de influência dos São 21 especialistas e 13 internos complemen-
Neurocirurgia, entretanto autorizado por des- restantes serviços do Hospital”. tares. Todos trabalham em equipa, de forma
pacho do Ministro da Saúde. “Tratava-se de um Desde então e até à presente data, toda a activi- coesa, para assegurar as exigências do serviço.
desafio aliciante”, lembra Carlos Alegria. “Tanto dade de Carlos Alegria e do Serviço pelo qual é “O grupo de assistentes operacionais destaca-
mais que o serviço iria ter capacidade integral responsável tem sido orientada no sentido de do para o serviço foi escolhido tendo em linha
para atendimento, investigação, tratamento e corresponder plenamente aos princípios e objec- de conta também as particularidades de uma
follow-up dos doentes do foro neurológico nas tivos definidos à partida para a implementação maternidade.”
suas múltiplas componentes e diferentes patolo- desejada. “Procurou-se - e conseguiu-se - dotar o O grande objectivo é fazer com que “a passa-
gias, ou seja, os traumatismos crânio-encefálicos, Serviço com o equipamento básico indispensável gem de uma família pelo nosso serviço deixe
a patologia tumoral, vascular, degenerativa, etc.” ao tratamento dos doentes, segundo os conceitos um rasto de boas recordações. Porque é toda
Evidentemente que um desafio desta ordem foi universalmente aceites tendo em vista a seguran- uma família, com o seu projecto de vida e de
desde logo acarinhado pelos mais altos respon- ça do doente e a garantia da qualidade dos servi- procura da felicidade, que nós estamos efec-
sáveis hospitalares, o que ajudou sobremaneira ços prestados”. Por outro lado, explica o director tivamente a atender. É frequente dirigirmo-
“a ultrapassar as inúmeras dificuldades com que de serviço, nunca se descuraram, bem pelo con- -nos a uma grávida e perguntarmos: 'Minha
a criação de um novo serviço altamente diferen- trário, as condições técnicas à investigação dos senhora, em que lhe podemos ser úteis?' ”
ciado sempre se enfrenta. É que, além do mais, o doentes através dos exames complementares de Destaca-se a existência autónoma de uma
Serviço de Neurocirurgia ultrapassava largamen- diagnóstico. Unidade de Senologia, cujos elementos são
+ vida : : d e z EMBR o 201 1
:: Tema d e Cap a 23
Jardim da Pena
O director do Serviço de Ginecologia e
Obstetrícia revela que o grande objectivo
da sua equipa é deixar um rasto de boas
recordações em cada família. “Porque é
toda uma família, com o seu projecto de
vida e de procura da felicidade, que nós
estamos efectivamente a atender”
Serviço de Neonatologia
21 especialistas e 13 internos
complementares trabalham em equipa,
de forma coesa, para assegurarem
as exigências do Serviço
d e z e m b r o 2011 : : + vida
24
da delicadeza
à infinita paciência
Para Jorge Correia-Pinto, um cirurgião Pediátrico tem de ter, em
primeiro lugar, mais delicadeza no acto médico-cirúrgico. Depois,
uma infinita paciência. “Colher a história de uma criança exige muitas
vezes perda de tempo, porque não conseguimos que ponha em
palavras o que um adulto diz facilmente. Há que conquistar a criança,
criar um ambiente empático apropriado.” a juntar a isto, há ainda
que convencer os pais, a maior parte das vezes desconfiados, pois o
filho está debilitado. Por isso, aconselhamos a manter o equilíbrio:
“Nem desleixo, nem super-preocupação. Não cair em extremos. Não
devem aceitar tudo o que lhe dizem mas também não é conveniente
colocarem-se numa posição defensiva.” Bom senso acima de tudo!
Cirurgia pediátrica
Uma excelência
minimamente invasiva
O Minho tinha uma necessidade real de um complexos os que dão necessariamente mais urgência dedicada
Serviço de Cirurgia Pediátrica. A rede de re- retorno, mesmo quando se fala de uma equipa Modelo que resulta
ferenciação é de perto de 1,2 milhões de habi- determinada pelo desenvolvimento e inovação, em maior eficiência
tantes e as crianças tinham de ser transferidas nomeadamente de técnicas minimamente in-
quase diariamente para os hospitais do Porto, vasivas. “Há casos simples de uma apendicite Urgência Dedicada. Duas palavras mágicas
dado não existir esta especialidade nos hospi- em que uma criança chega com dor abdominal, que Jorge Teixeira, Director do Serviço de Ur-
tais da região. Jorge Correia-Pinto, Director do em sofrimento evidente… Tratamos com la- gências, fez questão de implementar no Hospi-
Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de paroscopia [como aqui fazemos], e em dois ou tal de Braga. O modelo, desenvolvido por este
Braga, não podia, por isso, rejeitar o desafio de três dias a criança sai pelo seu pé, a dizer adeus médico há 11 anos no Hospital de São Sebas-
liderar a equipa. Afinal estava em causa estru- à equipa… Este é o melhor feedback que nos po- tião, em Santa Maria da Feira, já provou que
turar um serviço de raiz, à imagem daquilo que dem dar. Enche-nos de energia para trabalhar melhora a eficiência e a qualidade do Serviço.
acreditava ser o ideal em ambiente académico, mais e mais, todos os dias.” Jorge Teixeira vai ainda mais longe e diz que
dada a ligação à Escola de Ciências da Saúde da Jorge Correia-Pinto foi o responsável pela imple- este sistema de urgência dedicada consegue
Universidade do Minho. mentação do programa de cirurgia minimamente prestar um melhor serviço de forma menos
“O desafio clínico desta especialidade” centra-se invasiva no recém-nascido em Portugal, na altura onerosa, algo que, nos dias que correm, assume
na própria criança, explica Jorge Correia-Pinto, no Hospital de S. João, no Porto. “As malforma- particular relevância.
adiantando que os sintomas que ela expressa e ções congénitas graves, por exemplo, se forem tra-
a forma como a doença se manifesta nem sem- tadas com muito cuidado, podem deixar a criança Jorge Teixeira
pre são tão claros como os médicos gostariam. com poucas marcas. Nessas crianças, com esforço Director do Serviço de Urgência,
implementou recentemente
“Quando se queixam de dor abdominal, por e treino, podemos implementar um programa de um novo modelo de urgência dedicada
exemplo, é em toda a barriga. E às vezes a dor nem cirurgia neonatal minimamente invasiva como
vem daí. A caracterização dos sinais e sintomas a laparoscopia com instrumentos apropriados de
nas crianças é sempre um desafio e a estratégia 3 mm, que permite operar os recém-nascidos sem
para o conseguir pode constituir, por si só, motivo deixar sequelas nem cicatrizes.”
de satisfação e realização profissional.” Por outro O sucesso desta prática foi materializado num
lado, o médico diz que na Cirurgia Pediátrica curso da Escola de Ciências da Saúde da Uni-
nunca há um paciente. “Há, pelo menos, dois ou versidade do Minho de formação a cirurgiões de
três: a criança, o pai, a mãe e muitas vezes os avós.” todo o Mundo para precisamente divulgar estas
técnicas minimamente invasivas. “Já recebemos
Profissionais que sentem a visita, como formandos, de profissionais dos
São muitos os casos que obviamente tocam mais diversos países como Alemanha, Polónia,
estes profissionais, até porque estamos a falar Espanha, Países Árabes, Brasil, Nova Zelândia e
de crianças. E nem sempre são os casos mais Austrália, entre outros.”
+ vida : : d e z EMBR o 201 1
:: Tema d e Cap a 25
SUSTENTABILIDADE
Educação
e n t r e v i s t a a : : J o r g e S i m õ e s ,
P r e s i d e n t e d o C o n s e l h o D i r e c t i v o d a ERS
O Agente
da
Mudança
Jorge Simões
é o novo Presidente
do Conselho
Directivo da
Entidade Reguladora
da Saúde (ERS).
Cabe-lhe contribuir
para as mudanças
que se adivinham
no sector.
Para o professor
catedrático a
informação e a
pedagogia são
os principais
responsáveis pelo
progresso desejado
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
e n t r e v i s ta a j o r g e s i m õ e s : : O p in ião 27
N
omeado a 30 de Setembro, P O Sistema Nacional de Saúde é composto
Jorge Simões é a face visível por operadores públicos, privados e sociais, o
“A ERS possui
da Entidade Reguladora da que obriga naturalmente a uma intervenção mecanismos regulatórios
Saúde (ERS). Anterior co- aprofundada da ERS junto de todos os opera-
ordenador do Plano Nacio- dores. Entende que tem os mecanismos sufi- suficientes e adequados
nal de Saúde e consultor do
Presidente da República Jorge Sampaio, o pro-
cientes para responder a este enquadramento?
R Nos termos do seu regime jurídico a ERS
para uma intervenção
fessor catedrático é um dos responsáveis pelo regula todos os estabelecimentos prestadores aprofundada”
relatório elaborado em 2007 sobre a sustenta- de cuidados de saúde, quer sejam de nature-
bilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). za pública, privada ou social, sendo certo que
Agora enfrenta um mandato em que a reestru- a concretização dos seus objectivos e com-
turação dos serviços de saúde, mais do que ex- petências de regulação se faz sobre todo esse
pectável, é mandatória. Cabe à ERS assegurar universo de prestadores de cuidados de saúde.
que – mesmo em cenário de recessão aguda E quem estiver atento à actividade da ERS nos
– aos utentes são prestados os melhores cui- últimos anos certamente verificará que esta
dados em óptimas condições. Um equilíbrio tem incidido uniformemente sobre todo o tipo
para o qual concorrem operadores públicos, de prestadores regulados. Os mecanismos re-
privados e sociais que importa – antes do mais gulatórios ao dispor da ERS têm-se revelado ços, a ERS deve pronunciar-se sobre o montante
– sensibilizar para a prestação de um serviço suficientes e adequados, sobretudo depois da das taxas e preços de cuidados de saúde admi-
de excelência. reestruturação das suas atribuições, organiza- nistrativamente fixados ou estabelecidos por
Objecto de reestruturação das suas atribui- ção e funcionamento, conseguida com o regi- convenção entre o SNS e entidades externas, e
ções, organização e funcionamento através me jurídico que entrou em vigor em 2009. velar pelo seu cumprimento. Esta competência é
do novo regime jurídico com entrada em vi- uma das novidades do regime jurídico de 2009,
gor em 2009, “a ERS possui mecanismos re- P A ERS tem entre as suas atribuições a re- tendo sido exercida, por exemplo, relativamen-
gulatórios suficientes e adequados para uma gulação e supervisão do acesso aos cuidados te às alterações que a Administração Central do
intervenção aprofundada”, considera o seu de saúde, dos níveis de qualidade e da segu- Sistema de Saúde (ACSS) efectuou em Outubro
novo dirigente. Jorge Simões defende ainda o rança. Sabemos que algumas das áreas crí- de 2010 na tabela de preços para Meios Comple-
papel actuante da ERS no licenciamento das ticas no sector da saúde prendem-se com o mentares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT)
unidades de saúde e regulação dos preços. Mas licenciamento de unidades (garante da qua- convencionados.
sublinha que o agente da mudança é a infor- lidade) e a regulação de preços (garante da
mação e a pedagogia em todas as frentes. transparência). Em seu entender a ERS deve- P Em entrevistas dadas anteriormente de-
Desconhecimento por parte dos prestadores ria abranger estas áreas de actuação? fendeu que a ERS deve ter uma intervenção
da legislação e “até algum paternalismo face R A ERS já tem competências de actuação nes- mais pedagógica. Como garante esta posição
aos direitos e interesses dos utentes” são, no tas duas áreas, embora a sua actuação seja neste de prevenção em detrimento da sanção?
entender de Jorge Simões, “questões culturais momento mais visível no âmbito do licencia- R Ao longo dos anos a ERS tem verificado que
que resultam de um modelo de relacionamen- mento. Com efeito, a ERS tem um papel im- uma parte significativa das situações de condu-
to enraizado ao longo de décadas”. Passível de portante na concretização do processo do licen- ta irregular na prestação de serviços de saúde se
ser alterado por via de uma maior informação, ciamento das unidades privadas de saúde, em deve a algum desconhecimento, por parte dos
e não através de constrangimentos. Mudan- coordenação com as Administrações Regionais prestadores, da legislação e das normas a que es-
ça para a qual contribuem projectos como o de Saúde (ARS). Além disso, relembro que a in- tão vinculados, a um excessivo informalismo na
SINAS que compara unidades privadas, pú- tervenção da ERS foi fundamental para desblo- relação económica com os utentes e até a algum
blicas e sociais recorrendo à mesma grelha de quear a situação em que se encontrava o licen- paternalismo face aos direitos e interesses dos
avaliação. Jorge Simões aceitou conversar com ciamento, uma vez que o actual regime jurídico utentes. Estes são problemas essencialmente cul-
a +Vida sobre este e outros temas que se adivi- do licenciamento é largamente subsidiário da turais e que resultam de um modelo de relacio-
nham cruciais na transformação que se prevê recomendação ao Governo sobre este tema que a namento entre prestadores e utentes enraizado
no sector da saúde. ERS emitiu em 2007. Quanto à regulação de pre- na sociedade ao longo de décadas. Quando assim
d e z e m b r o 2011 : : + vida
28 Opinião :: e n t r e v i s ta a j o r g e s i m õ e s
Ana Monteiro
Mãe do Manuel
“O facto de ser
fisioterapeuta ajudou-me
a ter sensibilidade para
Em poucos meses os pais do Manuel perceber a importância
do factor tempo”
viveram o momento mais devastador
das suas vidas - ao saberem que o filho
sofria de surdez bilateral - e também uma
das maiores alegrias. Operado
pela equipa do Professor João Paço,
do hospitalcuf infante santo,
o bebé, então com 7 meses, tornou-se
a criança mais pequena em Portugal
a ser portadora de implantes cocleares.
Hoje Manuel «escuta o Mundo
em redor»
O
Som
da Vida
N
ada fazia adivinhar que o pequeno
Manuel, agora com um ano, pudesse
sofrer de surdez bilateral. Ana Luísa
Monteiro, 35 anos, fisioterapeuta, e Manuel
Paulo Marques, 45 anos, engenheiro Sempre foi um
bebé alegre que,
electrotécnico, não tinham anteceden- mesmo sem ouvir,
tes familiares de deficiências auditivas e a gravidez havia sorria e palrava
sido tão tranquila quanto bem vigiada. constantemente.
Depois da
“O Manuel foi sempre um bebé alegre e comunicativo”, colocação dos
recorda a mãe. “Custou-me a acreditar na possibilidade implantes, continua
porque ele sorria e palrava constantemente. Agora sei que a encantar toda a
família com a sua
o palrar é próprio das crianças, mesmo quando elas não boa disposição
escutam. Mas mediante aquilo que eu vivia no meu dia-a-
-dia com o Manuel, a surdez era uma hipótese que não se
colocava de todo.”
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
V id a Real 31
Paulo Marques
Pai do Manuel
Manteve sempre
a confiança no bom
Emoções fortes
resultado final e
na experiência da “Ser capaz de devolver a audição a um
equipa do hospitalcuf
ser humano é sempre motivo de grande
infante santo
satisfação para todos nós – gosto do plural
porque isto é sempre obra de muitos e resulta
de uma infra-estrutura com capacidade de
resposta – e o facto de esta criança ser a
mais pequena a fazer implantes bilaterais no
nosso país tornou-a ainda mais relevante”,
afirma o especialista. “Estas intervenções,
quanto mais cedo forem feitas melhor
porque a bilateralidade, a compreensão e a
discriminação auditiva é que nos conferem
a plenitude da audição”, alerta João Paço.
“O processo de aquisição de linguagem obriga
a que os sons cheguem ao córtex cerebral
auditivo o quanto antes. Os implantes são
uma tecnologia que possibilita a chegada dos
sons ao cérebro através de uma forma de
electricidade que é captada fora e transmitida
para o interior do ouvido. Depois este
impulso é ‘colado’ ao nervo auditivo. Cada
um destes implantes tem 22 anéis terminais
que são introduzidos no interior da cóclea
do bebé”, explica. “O momento em que o
Manuel ouviu pela primeira vez é para mim
único na vida. Sou pouco de manifestar
emoções, mas os olhos encheram-se-me
de lágrimas.”
Gabriela
Irmã do Manuel
Não poupa atenções
para com o irmão,
mesmo quando este
teve de enfrentar
os exames
d e z EM b r o 2011 : : + vida
32 Vi d a R e a l
Na primeira pessoa
Foi o resultado do rastreio auditivo neonatal que “Incansáveis e extraordinários” são as palavras que os
deu o primeiro sinal de alarme. Na unidade onde pais repetem para caracterizar a actuação da equipa que
o Manuel nasceu aconselha-se a sua realização e acompanhou o Manuel. O coordenador e Director Clínico
os pais acolheram bem a ideia. O exame acaba- do hospitalcuf infante santo, Professor João Paço não tem
ria por ser repetido quatro vezes porque, dada a dúvidas de que “isto é sempre obra de muitos e resulta
Hugo Sara Simas
pouca idade da criança e a falta de historial clíni- de uma infra-estrutura com capacidade de resposta”. Estibeiro Enfermeira
co que pudesse alertar para a hipótese da surdez, Médico instrumentista
pais e técnicos de saúde decidiram aguardar que Cirurgião ORL
o Manuel fizesse três meses.
No entanto, volvido esse tempo o bebé de Ana
Luísa e Paulo continuou a não passar nos exa-
mes auditivos. “Foi então que recorremos à con-
sulta de Otorrinolaringologia da unidade, onde defendem que os bebés implantados precoce-
éramos acompanhados para efectuar uma aná- mente nem necessitam de fazer terapia da fala
lise mais exaustiva”, recorda a mãe. “Conhecer o porque a recepção dos estímulos quase se torna
diagnóstico foi o momento mais devastador das idêntica à de uma situação normal. Daí ter-me
nossas vidas”, afirma. empenhado na realização da cirurgia”, diz Ana
“A pessoa nem sabe o que sente tal é o choque”, Luísa Monteiro.
adianta Ana Luísa. “Questiona-se e interroga. Aos 7 meseS, a 8 de Abril, o Manuel torna-se o
Tem dúvidas e faz a retrospectiva dos aconte- mais pequeno paciente da equipa do cirurgião
cimentos para tentar perceber onde se poderia João Paço, Coordenador do Centro de Otorri-
ter dado o episódio na origem do diagnóstico”, nolaringologia e Director Clínico do hospitalcuf
explica a mãe. “Mas não me detive a imaginar infante santo. Ao colo dos pais e sempre sobre
perspectivas menos positivas para o futuro do o olhar atento da irmã Gabriela, 8 anos, que se
Manuel porque até àquele momento já tinha co- desvela em atenções para com o irmão, a criança
meçado a trocar informações com duas terapeu- enfrenta a bateria de exames e a respectiva cirur-
tas em busca de soluções”, adianta Ana Luísa. gia para a colocação dos implantes cocleares.
A cirurgia para a colocação de implantes co- “Na hora em que ele entrou para o bloco ope-
cleares foi um horizonte que surgiu em Janeiro. ratório é que me vieram os medos e as insegu-
O casal ruma então a Espanha, para consultar ranças ao de cima”, recorda a mãe. “O Professor
um renomado especialista. É ele quem os in- João Paço e a equipa apoiaram-me sempre mui-
forma da adequação desta possibilidade para o to ao longo do processo. Para nos tranquilizar,
caso do Manuel e os encaminha para a consulta ele ligou-me quando colocaram o primeiro im-
de Otorrinolaringologia do Professor João Paço plante. Ficámos mais esperançados”, lembra.
no hospitalcuf infante santo. A recomendação é “Incansáveis e extraordinários” são as palavras
clara e explícita: “A intervenção devia ser reali- que os pais repetem para caracterizar a actua-
zada entre os 6 e os 8 meses”, adianta Ana Luísa. ção da equipa. “Permitiram-nos que pernoitás-
A corrida contra o tempo torna-se uma cons- semos no hospital para estar com o Manuel e o
tante na vida da família. tempo inteiro estiveram atentos ao que precisá-
“O facto de ser fisioterapeuta ajudou-me a ter vamos”, realça Ana Luísa.
sensibilidade para perceber a importância do Agora, é tempo de reabilitação. Ana Luísa dei-
factor tempo”, afirma Ana Luísa. “Tive ocasião xou de trabalhar para estar com o filho, e a fa-
de falar com pais na mesmas circunstâncias, e mília está mobilizada na tarefa de incentivar
verifiquei que as pessoas não sabem o quanto se o Manuel a comunicar. “Falamos com ele de
perde em adiar a intervenção. Mesmo do pon- frente porque a expressão facial sempre foi uma
to de vista do meu marido, o Manuel não tinha fonte de grande informação enquanto repeti-
sido operado de imediato por ser tão pequeno”, mos várias vezes as palavras. É cedo para falar,
conta a mãe. Eu, pelo contrário, estava ciente mas já começa a emitir sílabas. Nota-se também
que a diferença do desenvolvimento da capa- que compreende muito bem o que lhe dizemos,
cidade oral e verbal entre ser-se operado aos 6 o que é um progresso fantástico”, conclui a mãe
meses e com um ano é imensa. Vários médicos entusiasmada.
+ vida : : D e z e m b r o 201 1
V id a Real 33
JOÃO PAÇO Carla Ramalho Beatriz Rey Madalena António Relvas Teresa
Médico Cirurgião ORL, Enfermeira Enfermeira Januário Enfermeiro Cardoso
e Coordenador do Centro instrumentista Cuidados Intensivos Enfermeira Anestesista Médica
de ORL do hospitalcuf instrumentista Anestesista
infante santo
A equipa
que acompanhou
o processo do
Manuel procurou
dar o melhor
apoio a todos
os membros
da família
d e z EM b r o 2011 : : + vida
34 Case S t u d y
A cultura da prevenção
Emídio Carreiro
Pediatra
em pediatria cultura de segurança e preven-
ção sempre esteve presente na
minha actividade como pe-
Director do Centro da Criança A prevenção será sempre diatra e como cidadão. Ten-
e do Adolescente do hospitalcuf porto uma pedra basilar da medicina, do como formação base a
nomeadamente na pediatria. Pediatria e, dentro desta, a
O investimento na prevenção, subespecialidade de Cuidados Intensivos Pediá-
além de diminuir drasticamente tricos, pude, desde muito cedo na minha car-
os gastos com a saúde, permite reira clínica, avaliar a importância das medidas
que a criança, a família, preventivas nos diversos campos da medicina.
a comunidade e a sociedade O investimento na formação para crianças e
tenham uma vida mais adolescentes e respectivos pais deveria ser uma
prolongada, saudável atitude enraizada na nossa sociedade e em par-
e alegre. Como todos ticular na área da saúde. Se informarmos e for-
desejamos marmos as nossas crianças e adolescentes, segu-
ramente terão, quando adultos, uma vida com
mais dignidade e qualidade.
A actividade do pediatra nesta área começa ainda
antes do nascimento e prende-se com o incremen-
to que deve ser dado à – ainda pouco conhecida
– consulta Pré-Natal de Pediatria. O obstetra e a
enfermeira parteira têm uma grande responsabi-
MAIS INFORMAÇÃO lidade na orientação das grávidas para esta con-
As “opiniões de sulta, pois são os profissionais de saúde que estão
familiares e vizinhos”
levantam uma série de na primeira linha de contacto com estas.
conflitos que muitas
vezes desorientam Quais os objectivos desta consulta?
os pais. A consulta
Pré-Natal de Pediatria Este encontro entre pediatra e pais, sendo que
ajuda os pais a terem idealmente deve ser na presença de ambos, per-
segurança para mite criar um laço de aproximação e confiança
formarem a sua própria
opinião libertando-se de e um vínculo estreito com o pediatra. Este es-
ideias pré-concebidas pecialista é crucial como consultor, orientador
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
Case St u d y 35
a que se destina
a consulta
e facilitador do crescimento e desenvolvimento Por parte dos pais e do profissional, de acordo pré-natal
nas várias vertentes e etapas do seu tesouro mais
valioso até aos 18 anos (actual idade do âmbito
com o volume de informação a ser fornecida po-
derão concluir da necessidade de uma segunda
de Pediatria?
da pediatria). consulta mais perto do parto. Todas as grávidas beneficiarão desta consulta,
Assim, quando forem à primeira consulta pós- No cerne desta consulta está uma medicina an- que eu aconselho pelas 32 a 36 semanas.
-nascimento já sabem “com o que contam” do tecipatória de muitas dúvidas que nos são co- Os pais na sua primeira gravidez serão aqueles
pediatra, que lhes deverá dar a conhecer a sua locadas, e principalmente de situações que nós que mais beneficiarão.
forma de trabalho, horários, disponibilidade e profissionais sabemos que surgirão nos primei-
Grávidas adolescentes que, associado ao
hospital das suas relações para recorrerem em ros dias de vida.
desconhecimento – como qualquer outra mãe –
caso de necessidade. A visita a esta instituição Ao estabelecerem, com a ajuda do pediatra, as
têm ainda o problema da “imaturidade” materna e
hospitalar permitirá aos pais conhecerem a par- linhas de orientação para a educação global da
como mulher.
te física e de apoio instrumental e humano nas criança, os pais ficarão mais libertos das “opi-
várias possibilidades de atendimento. niões de todos os familiares e vizinhos” que tan- Toda a grávida que em anteriores situações
Quando saem do hospital após o parto, os pais tos conflitos levantam. tenha tido morte perinatal ou que se preveja
têm um período de uma semana até à primeira Não existem “perguntas estúpidas”, mas sim alguma complicação ou gestação múltipla.
consulta com o pediatra, que aconselho que de- dúvidas reais que terão que ser esclarecidas. Os casais que se propõem a fazer adopção,
corra nos primeiros 7-10 dias. Durante este pe- Os pais deverão perguntar TUDO o que lhes deviam ser obrigados a ter o comprovativo desta
ríodo surgirão imensas dúvidas e preocupações. levanta dúvidas. consulta que, mesmo não sendo pré-natal, é
Este é um dos períodos em que irão dar muito Alguns estudos têm demonstrado que esta con- igualmente importante.
valor aos conhecimentos que previamente lhe sulta, além de melhorar a qualidade de vida dos Na verdade todos os pais beneficiam com a
foram transmitidos e à possibilidade de contac- pais e saúde das crianças, diminui o número de realização desta consulta.
tar o seu pediatra por telefone. vezes que estes irão recorrer nos primeiros me-
Esta consulta permite-lhes reduzir, ou mesmo ses aos apoios de urgência, quer de consultórios
eliminar, a insegurança nos primeiros momen- quer das diferentes entidades hospitalares.
tos em que ficam a sós com o seu filho e também Presentemente o hospitalcuf porto e o instituto-
decidir se o pediatra que têm à sua frente é, de cuf têm profissionais com experiência na con-
facto, o profissional que pretendem para acom- sulta Pré-Natal de Pediatria, em vários dias da
panhar o seu filho. semana, onde poderão acorrer todas as grávidas,
independentemente da instituição ou do consul- perto de si
Alguns tópicos tório de obstetra em que estejam a ser vigiadas.
que devem ser abordados.
Além de todas as dúvidas que os pais apresen- Consulta
de Pediatria
tem, o pediatra irá fazer várias perguntas, que
para além de servirem para conhecer os eventu- Muitos tratamentos são HOSPITALcuf infante santo
T. 213 926 100
ais riscos do período neonatal serão também o
esqueleto de um manancial de informações que
necessários devido à falta
devem ser dadas. de prevenção HOSPITALcuf descobertas
T. 210 025 200
HOSPITALcuf porto
T. 220 039 000
institutocuf
deste acto que irá ocupar muito do Prevenção de acidentes (cadeira de habitação, ambiente familiar T. 220 033 500
tempo diário da mãe. Antecipação transporte no automóvel, carrinho, e socialização com parentes.
das dúvidas que sabemos surgirem alcofa, tomadas eléctricas, etc. …). Saídas da mãe e do filho para clínicacuf Alvalade
neste maravilhoso acto. Na opção O Banho (temperatura da água, diferentes ambientes. T. 210 019 500
ou necessidade de recorrer ao ambiente, material aconselhável, Primeiras vacinas.
clínicacuf cascais
leite adaptado, toda a logística de duração e periodicidade). Diagnóstico precoce. T. 211 141 400
material, tipo de leite e quantidades. A chupeta (quando, qual, até Síndrome de morte súbita.
Cuidados com o umbigo e outras quando). Suporte Básico de Vida Pediátrico. clínicacuf torres vedras
partes do corpo. A cama (como escolher, tempo Massagens do bebé. T. 261 008 000
Produtos de higiene e tipos de roupa de sono, posição de dormir). E, sobretudo, todos os que os futuros
(para os primeiros dias e não só). Ambiente e temperatura da pais quiserem abordar.
d e z e m b r o 2011 : : + vida
::respeito ::experiência ::competência
Multidisciplinariedade e integração
distinguem Serviço de Oncologia
A tradição já não é, definitivamente, o que era. Hoje, temos um prestador de saúde privado
com um serviço de oncologia multidisciplinar e integrado. Um desafio que Carlos
Sottomayor, responsável pelo departamento no institutocuf, dá como superado
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
Con t e c om E l es 37
No institutocuf
C
a unidade de
arlos Sottomayor integra a
equipa de Oncologia do ins-
oncologia funciona
titutocuf desde a sua génese. de forma integrada
Viu o projecto nascer e, desde
logo, abraçou o desafio. Que
e multidisciplinar.
não era pequeno: criar uma Algo inédito já que,
unidade de Oncologia no sector privado que
funcionasse em excelentes condições, de uma entre os operadores
forma integrada e multidisciplinar. Algo iné-
dito, já que esta especialidade, entre os opera-
privados, esta
dores privados, além de muito pouco frequen- especialidade é muito
te, é fragmentada. “Não há uma integração e
multidisciplinariedade real. Aliás, não se con-
pouco frequente e
seguiam fazer todos os tratamentos na mesma bastante fragmentada
instituição. E era este o nosso desafio.”
O projecto acabou por chamar a atenção de
Carlos Sottomayor. “Era aliciante construir
algo de grande qualidade que fosse multidis- Carlos Sottomayor admite que esta é a pri-
ciplinar. No institutocuf conseguimos reunir meira vez que uma instituição privada do
a radioterapia, a oncologia médica, a medi- Norte do país consegue a tão almejada mul-
cina nuclear e o Hospital de Dia com todos tidisciplinariedade e integração deste ramo
os tratamentos para esta patologia em regi- da medicina. “O que existia eram algumas
me de ambulatório. O hospitalcuf porto, por unidades privadas que tinham quimiotera-
sua vez, oferece a cirurgia oncologica e ainda pia… mas não tinham todas as valências, era
uma completa área de cuidados paliativos que preciso ir fazer fora”.
reúne todas as condições para o internamento
destes doentes.” Ou seja, Instituto e Hospital, Amor à verdadeira arte
em conjunto, oferecem um largo espectro de A Oncologia não é propriamente uma área
oferta. da saúde fácil de se lidar. Os casos de sucesso
lutam com as estatísticas do insucesso para
além da palavra cancro ser percebida, desde
logo, como uma fatalidade inevitável. O que
A EQUIPA DE ONCOLOGIA DO INSTITUTOCUF leva então um profissional de saúde a optar
INTERACÇÃO. Os especialistas que compõem a equipa de por Oncologia? Para Carlos Sottomayor a es-
Oncologia do institutocuf garantem a multidisciplinariedade colha não terá sido muito difícil até porque,
que o Director do Serviço, Carlos Sottomayor, entende ser
explica, gosta do esforço do diagnóstico e da
fundamental à prestação dos melhores cuidados de saúde
arte da terapêutica. “A oncologia surge numa
área em que a clínica é muito importante e
a abordagem de diagnóstico é extremamente
relevante.”
Nesta Unidade a correcta orientação do
tratamento do doente é, desde o primeiro
2 momento, vital. “No tratamento do doente
1 4
3 Legenda
1 Dr. Moreira Pinto
2 Dr. José Diniz
3 Dra. Adelina Costa (radioterapia)
4 Dr. Carlos Sottomayor
d e z e m b r o 2011 : : + vida
38 Con t e co m E l es
Uma equipa
multidisciplinar
São ao todo cinco os especialistas
que compõem a equipa de oncologia
do institutocuf e hospitalcuf
porto, que ficou completa com
Manuela Brochado e Pinto Ribeiro.
O objectivo desta equipa, mais
do que conseguido, segundo
Carlos Sottomayor, foi garantir
garantir a cobertura de todas as
áreas da oncologia. Margarida
Damasceno (Senologia), Moreira
Pinto (aparelho digestivo), Pedro
Teixeira (oncologia geral), José Dinis
(cabeça, pescoço e pulmões) e Juan
Melides (oncologia geral) garantem
a multidisciplinariedade que a
Unidade procurava. “A qualidade e
excelência da equipa é a mais-valia
desta Unidade. Temos capacidade oncológico é muito importante um diagnós-
para abordar praticamente todas as tico preciso e uma avaliação inicial o mais
patologias que podem ser tratadas exacta possível. Só assim podemos tomar a No tratamento
em ambulatório”. De fora, segundo
o especialista, ficam apenas as
melhor decisão. Qualquer resolução errada
no início pode ser fatal para o doente. Se ele
do doente oncológico
leucemias agudas e linfomas mais não for operado no timing ideal, se não co- é muito importante
meçar a fazer a quimioterapia certa no mo-
agressivos. A equipa fica completa
com os hematologistas Manuela mento exacto, ou se não cumprir os prazos um diagnóstico
Brochado e Pinto Ribeiro. da radioterapia, a doença pode, no futuro, ter
um peso muito grande.”
preciso e uma avaliação
Outro factor que leva muitos profissionais a inicial o mais exacta
optarem por Oncologia é o facto de ser uma
área em que há uma grande componente de
possível
investigação científica e de avanço real na
ciência médica. “Conseguimos aliar uma clí-
nica interessante a uma situação de investi-
valor
gação científica e evolução quase diária nos
jms
tratamentos e abordagem do doente.”
Aliás, uma das áreas onde se têm feito mais
avanços da medicina é a Oncologia. “E é tam- um contexto humano e de acompanhamen-
bém onde se tem investido mais porque tem to muito intensivo que às vezes é desgastante.
Competência um grande peso na saúde pública e na quali- No sector público, a responsabilidade dilui-
No Grupo José de Mello Saúde, competência é: dade de vida das pessoas.” -se um pouco, são instituições muito grandes.
Concretizar com determinação e rigor. Aqui o médico é o grande responsável pela
Ter a realização como marca do conhecimento e da experiência. A responsabilidade do privado articulação de todas as etapas do tratamento.”
Querer ser exemplo e demonstrar que em cada dificuldade existe Neste momento, há poucos profissionais de On- Em vez de ver isto como um “entrave”, Carlos
uma oportunidade. Os nossos colaboradores trabalham orienta- cologia a quererem trabalhar no sector privado. Sottomayor diz que este é, precisamente, mais
dos para a concretização: querem obter resultados e atingir objec-
tivos. Sempre atentos à coerência entre palavras e acção, procuram
Para Carlos Sottomayor a explicação é simples. um desafio.
entregar ao Cliente o que ele quer em qualidade, prazo e valor. O grau de responsabilidade de um médico no A Oncologia é uma especialidade dispendio-
privado é muito maior. “Quer o doente, quer a sa, até pelo preço dos fármacos utilizados.
família requerem muita atenção, temos de ter No entanto, o número de doentes tem vindo a
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
atendimento Con t e c om E l es 39
Para o Director do
Serviço os timings
e os prazos dos
tratamentos têm
de ser cumpridos
à risca
é espantoso.”
Hospital
de dia
No institutocuf
o cliente dispõe
de todos os
tratamentos
para a patologia
oncológica
em regime de
ambulatório
d e z e m b r o 2011 : : + vida
cuidar
recuperações ortopédicas
Satisfazer
as necessidades
dos residentes
Serenidade, tranquilidade e paz é o que se sente ao
entrar na Domus Vida Parede. A sua localização junto
ao mar e os seus elementos diferenciadores fazem
Luísa Loureiro
Directora da Domus Vida com que os residentes se sintam verdadeiramente
Parede em casa. “O grosso da nossa população é residente
permanentemente. Mas temos muita procura no
Verão, na Páscoa e no Natal, quando os cuidadores
ou os filhos dessas pessoas vão de férias ou quando,
pura e simplesmente, querem passar uma temporada
diferente e acabam por ficar cerca de 2 meses”,
diz-nos Luísa Loureiro, Directora da unidade.
d e z EM b r o 2011 : : + vida
Estilos de Vida
42
30 minutos
de actividade
Dr. Paulo Beckert física de moderada
Director Clinico da clínicacuf avalade intensidade,
Especialista em Medicina Física e de Reabilitação 5 dias por semana,
Especialista em Medicina Desportiva são uma forma
de se obterem
Inactivo? Activo?
impactos
consistentes na
saúde em geral
O
apelo crescente para a crescente número de frequentadores de ins- tarefa fácil. É preciso
necessidade de “praticar
desporto”, “fazer exercício
talações desportivas (ginásios, piscinas) ou
de indivíduos que se vêem a praticar marcha,
motivação, persistência
físico”, “ser activo”, “ter corrida ou exercício ao ar livre. e acompanhamento
hábitos de vida saudáveis e Que benefícios posso esperar do exercício
de exercício”, “mexer-se”, físico? Que exercício físico devo praticar? adequado
etc., veiculado na comunicação social ou Quanto tempo de exercício devo realizar?
através dos mais variados tipos de organiza- Como posso prevenir lesões? Qual o melhor tenção de peso, requerem mais do que os ci-
ções, com maior ou menor rigor científico, exercício para a minha idade? Estas são al- tados 30 minutos diários.
é uma realidade que obriga a uma reflexão gumas das questões que se colocam a quem Por actividade física entende-se todo e qual-
neste campo de confluência da medicina, do deseja deixar o estatuto de “inactivo” e me- quer tipo de movimento acima dos níveis de
exercício e da saúde. lhorar a sua saúde e condição física recorren- repouso. Trata-se de um conceito abrangente
Estamos em crer que a inactividade física é do ao exercício físico. que inclui todo o tipo de movimentos físicos,
um dos problemas de saúde pública mais im- Prestigiadas instituições internacionais desde os efectuados nas actividades da vida
portantes do século XXI, em particular nas como a American College of Sports Medici- diária até às actividades programadas/organi-
sociedades ditas mais desenvolvidas. ne (ACSM) e a American Heart Association zadas sob a forma de exercícios ou desportos.
O impacto que a actividade física pode ter na (AHA) recomendam a realização de 30 mi- Este conceito, associado às recomendações
saúde individual ainda é seguramente subes- nutos de actividade física de moderada in- referidas, está na base da elaboração das pro-
timado e desvalorizado por largas faixas da tensidade, 5 dias por semana, por forma a se postas de programas de exercício físico para
população mas, felizmente, o desejo de ser obterem impactos consistentes na saúde em todos aqueles que se propõem alterar o seu
mais activo e mais saudável recorrendo ao geral e na condição física das pessoas inac- estilo de vida, nomeadamente incorporando
exercício físico, é cada vez maior na popula- tivas, enquanto mais expressivos ganhos de a actividade física como elemento essencial
ção portuguesa, como se pode verificar pelo saúde, como por exemplo a perda ou manu- para a promoção da saúde em geral, da condi-
+ vida : : D e z e m b r o 201 1
actividade física :: E st il os d e V id a 43
A oferta da
clínicacuf alvalade
A clínicacuf alvalade é uma unidade
saúdecuf que integra na sua estrutura
ção física e qualidade de vida. Na escolha do (inactivo mas com a intenção de mudar nos o Centro de Medicina e Traumatologia
tipo de actividade física deve-se ter conhe- próximos 6 meses), “preparação” (envolvido Desportiva vocacionado para a
cimento da componente de condição física em alguma actividade mas não re- gularmen- prestação de serviços especializados
e respectivo tipo exercícios mais recomen- te), “acção” (fisicamente activo de forma regu- de avaliação da aptidão para a prática
dados (ver tabela) e ter em consideração as lar mas há menos de 6 meses) e, finalmente, de exercício físico, de clínica médica
“doses” e “tipo” de exercício mais adequado “manutenção” (regularmente activo fisica- do desporto ou de diagnóstico e
para a sua faixa etária e condição física por mente por mais de 6 meses). Superar cada fase tratamento de lesões desportivas.
forma a prevenir o principal “efeito secun- depende fortemente da motivação, dos meios Estes serviços são acessíveis a
dário” da utilização do “exercício como um disponíveis e do acompanhamento adequado, todos os praticantes de exercício
medicamento”, ou seja, as lesões. seja clínico — na indicação, avaliação da apti- independentemente do seu nível
A mudança de comportamento em relação ao dão, detecção de factores de risco e avaliação exigência ou do escalão etário do
exercício físico não é fácil. Há que ultrapas- dos efeitos benéficos ou adversos do exercício praticante.
sar fases que vão desde a não desejada fase de —, seja dos profissionais do exercício — plani-
“pré-projecto” (onde se é inactivo e não exis- ficação, administração, acompanhamento e consultas: Ortopedia, Fisiatria,
CLÍNICACUF ALVALADE
+ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Estádio Alvalade XXI,
Exercícios de alongamentos entre as portas 3 e 4
Flexibilidade estáticos e dinâmicos, Rua Prof. Fernando Fonseca
técnicas especiais, Pilates 1600-618 Lisboa
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Telefone 210 019 500
Exercícios contra site: www.saudecuf.pt
Força e Resistência
resistências (pesos, N
Muscular GPS
máquinas) W
S
E
Otorrinolaringologia
Em Missão Humanitária
a São Tomé e Príncipe
dedicação e espírito de missão, uma equipa
de dois médicos, dois enfermeiros do bloco
operatório e um audiologista, deslocam-se,
desde o início do ano e de três em três meses,
a São Tomé e Príncipe
bloco operatÓrio
onde foi realizada uma missão destes profissionais é lizadas 214 consultas, 30 cirurgias e 152 exames
cirurgia otológica e o fazerem de tudo um pouco no complementares de diagnóstico, nomeadamen-
microscópio estava ligado
ao monitor permitindo o que diz respeito à Otorrino- te audiogramas e timpanogramas.
acompanhamento da cirurgia laringologia. Um trabalho Em São Tomé pouco se tem feito nos últimos
pelos elementos da sala, árduo mas recompensador, anos em Otorrinolaringologia, tanto a nível de
realizando-se assim uma
actividade formativa que levou a que o Serviço consultas como de exames complementares de
de Otorrinolaringologia do hospitalcuf infan- diagnóstico, e ainda menos de cirurgia. Nada
te santo, passasse a garantir o seu apoio nas que assustasse, porém, os nossos missionários
ilhas deste arquipélago do continente africa- que, em face das carências existentes, imple-
no. (Ver caixa). mentaram um mini-serviço que passou pela
Liderada pelo Professor João Paço, esta equipa aquisição de todo o material necessário para a
médica já conseguiu que, com a deslocação de realização dos actos cirúrgicos e exames.
duas equipas em Fevereiro e Maio, fossem rea- Este é, por isso, um desafio “apaixonante”, nas
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
missões : : Ser M ais 45
1.ª missão
Prof. João Paço, Dr. Edgar SAÚDE PARA TODOS
Neves, Enf. Isabel Aragoa,
Audiologista Diogo Ribeiro,
Enf. Sandra Paço e
Dra. Cristina Caroça
Missão
(18 a 25 Fevereiro 2011)
Humanitária
Esta equipa foi inserida no projecto
“Saúde para Todos”, que pretende
melhorar a qualidade e promover
a sustentabilidade dos cuidados
preventivos e primários em São Tomé
2ª missão
e Príncipe.
Audiologista Vera Lourenço, O Instituto Marquês de Valle Flor
Enf. Sara Simas, Enf. Carla (IMVF). que promove o Projecto, tem
Ramalho, Enf. Álvaro, Dra.
Maria Manuel Henriques,
tido uma presença constante nesta
Enf. Maria, Dr. João Bacelar. ilha, sendo um dos responsáveis pelo
(28 de Maio a 4 de Junho 2011) controlo de doenças, nomeadamente
da malária, e por outro lado da
revitalização dos Centros de
Saúde enquadrando populações e
disciplinando o acesso aos serviços
centrais de saúde.
Entre as iniciativas, destaca-se a
deslocação a São Tomé e Príncipe,
em missões solidárias, de médicos,
técnicos e enfermeiros da José de
Mello Saúde. Além de prestarem
Exames
Na realização de assistência nos hospitais e centros
exames audiométricos de saúde estes profisisonais realizam
os profissionais de
sessões de formação e capacitação
saúde locais foram
integrados nas de médicos e técnicos são-tomenses,
actividades da Missão apoiam a realização de campanhas de
informação e educação para a saúde
e, sempre que necessário, prestam
assistência médica aos cooperantes
portugueses em missão no âmbito
de outros projectos do IMVF.
O projecto “Saúde para Todos”
visa apoiar a população são-
palavras do Professor João Paço, e que passou -tomense a atingir os objectivos de
por uma adaptação às difíceis condições locais desenvolvimento do milénio na área
e à necessidade de improvisar em alguns casos. da saúde, bem como melhorar as
Os resultados estão à vista. Nas palavras deste condições de prestação de cuidados
responsável, “toda a patologia que observámos, médicos especializados e a formação
com excepção da tumoral, foi ali operada, no- dos médicos e técnicos são-tomenses,
meadamente: amigdalectomia, adenoidectomia, preocupações partilhadas pelos
colocação de tubos transtimpanicos, timpano- mentores deste projecto.
plastias, cirurgia de otosclerose, microcirurgia
endolaríngea e cirurgia nasal”.
Um trabalho de missão que só tem sido possí-
vel graças ao trabalho do Instituto Marquês de
Valle Flôr.
d e z e m b r o 2011 : : + vida
46 Se r M a i s : : responsabilidade
ética
Decisões na
fase final da vida
Pedro Ponce
Responsável pela Unidade
de Cuidados Intensivos do
hospitalcuf infante santo
U
m estudo recente, que primido, sem interesse ou vontade em partici-
analisou o que os doentes par nesse processo decisório.
desejam na fase final da Coloca-se então o problema de como dar auto-
vida, concluiu que os votos nomia decisória àqueles que a não conseguem
expressos mais repetida- exercer, sem nunca a impor aqueles que pres-
mente foram: Que afinal cindem de a utilizar?
não fosse ainda o fim da vida, mesmo os que Em geral, recorremos a familiares directos (rara-
estão cansados de sofrer e sem perspectivas de mente amigos designados para o efeito), que nos
alívio, podem olhar para a morte como a única deveriam desvendar quais as concepções e pre-
solução, mas sem nunca a desejarem; O alívio ferências do doente incapacitado, na decurso de de campo mais recentes, só 35% dos doentes
do sofrimento; Reduzir a carga e os encar- uma doença grave, eventualmente prenuncio da desejam morrer no domicilio e menos de 50%
gos para os que ficam, esta foi curiosamente fase final da sua vida. querem prescindir a priori de usufruírem de
a razão mais vezes evocada por idosos que no Ora a literatura médica está repleta de sólida todos os meios oferecidos pela medicina mo-
estado de Oregon, EUA optaram pelo suicídio evidência científica, mostrando como quer o derna para conservar a vida.
assistido; Estreitar os laços com a família, o familiar representante do doente, quer o seu O Testamento Vital surge como a resposta ló-
que não é fácil conseguir à pressa nos últimos médico assistente, são muito falíveis a inter- gica à necessidade sentida de outorgar o direi-
momentos; e a Sensação de controlo na sua pretar a sua vontade e preferências no que diz to à autonomia àqueles que estão incapazes de
vida e decisões, isto é, o exercício pleno do seu respeito a opções diagnósticas ou terapêuticas, decidir. Uma parte integrante deste testamento
direito de autonomia. transmitindo-nos antes as suas próprias opini- vital, quanto a mim a fundamental, para além
Confrontados com dilemas assistenciais de ca- ões, enviesadas por experiências recentes, con- duma descrição mais ou menos detalhada das
rácter ético, o primado do modelo clássico da vicções religiosas, juízos morais, ou interesses várias preferências terapêuticas face a múl-
beneficência, segundo o qual o médico é que económicos. tiplas doenças ou incapacidades severas, é a
sabe e tudo o que ele aconselhava e decidia era Familiares e médicos assistentes quantificam nomeação de um elemento, familiar ou não,
no melhor interesse do doente, foi substituído a qualidade de vida do doente sempre muito
progressivamente pelo princípio da autonomia. abaixo do que ele faria. Acresce que as prefe-
No entanto, quando se põe o problema de rências dos doentes não são estáveis, à medida
uma decisão difícil, em que em nome do res- que ficam mais velhos ou doentes, aumenta a O Testamento Vital não é
peito pela autonomia, nós médicos sentimos sua preferência por um nível mais elevado de
que deveríamos partilhá-la com o doente, este cuidados. No nosso imaginário de médicos, as- um instrumento perfeito,
raramente está em condições de exercer esse
direito, ou porque apresenta um quadro de de-
sumimos que os doentes preferem morrer no
domicílio, rodeados pela família, sem dor ou
surpreendentemente,
mência, ou confusão mental, ou por estar sob sofrimento, mas sem serem submetidos a téc- mesmo em países que
doses elevadas de sedativos, por estar severa-
mente doente, quantas vezes conectado a uma
nicas dolorosas, dispendiosas e de resultados
incertos, com o objectivo limite de conservar
o implementaram há
prótese ventilatória, ou até profundamente de- a vida a todo o custo. No entanto, em estudos décadas
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
responsabilidade : : Ser M ais 47
A suspensão
de terapêutica
de suporte distingue-se
da eutanásia, porque na
suspensão não há intenção
de por fim à vida
com quem o testamenteiro assume a responsa- a sua continuação se for julgada inútil em rela-
bilidade de ter discutido as suas preferências e ção aos objectivos pretendidos, por outro lado,
convicções referentes à doença e ao fim da vida.
O testamento vital não é, no entanto, um
A literatura médica ao termos optado iniciá-la em vez de pura e
simplesmente a negar, quando a suspendemos
instrumento perfeito, surpreendentemente, está repleta de sólida em seguida provámos a nós mesmos e à família
mesmo em países que o implementaram há que mesmo com a terapêutica recomendada, o
décadas, frequentemente não é cumprido, frus-
evidência científica, doente não retirou qualquer benefício.
trando o seu objectivo de devolver a autonomia mostrando como quer o Atenção que o direito a recusar terapêuticas
aos incapazes de a exercerem. não implica o direito de as exigir, se forem jul-
As decisões difíceis de que falamos são tipifi- familiar representante gadas inapropriadas pelos médicos.
cadas pela suspensão de cuidados de supor-
te na fase final da vida, que englobam o não
do doente, quer o seu A suspensão de terapêutica de suporte distin-
gue-se da eutanásia, porque na suspensão não
iniciar técnicas terapêuticas mais agressivas médico assistente, há intenção de por fim à vida, mas sim a ces-
julgadas fúteis, isto é, incapazes de atingir os
objectivos que nos tínhamos proposto para um
são muito falíveis sação de intervenções que não estão a trazer
benefício expectável para o doente.
determinado doente, ainda que com potencial a interpretar a sua Em toda esta delicada problemática, nem sem-
para prolongar a vida ou adiar a morte, ou sus- pre consensual, recomenda-se pois prudência a
pender cuidados de suporte de vida já depois vontade e preferências julgar a qualidade de vida dos outros, a opinar
de iniciados e, como tal, porventura acelerar o sobe o que outros quereriam para o fim da sua
fim da vida. Pergunta-se se é aceitável fazê-lo, a sociedade, são bastante imperfeitos no papel vida e a evitar o cinismo de agendas escondi-
quem decide e que tipo de cuidados podem ser de defensores da vontade e interesse do doente. das, como a poupança de recursos da família,
interrompidos. Presentemente, é unanimemente aceite que o da sociedade ou do sistema de saúde, que por
Na ausência de um testamento vital, também valor bioético de não iniciar uma terapêutica é vezes nem são assim tão significativos e têm
aqui se levanta o problema de quem decide, idêntico à sua interrupção uma vez iniciada e um preço elevadíssimo na violação de princí-
sendo que está demonstrado que quer o mé- revelada ineficaz, ou até causadora de maiores pios éticos e crispação da relação entre os inter-
dico, a família, ou os tribunais, representando danos ou sofrimento. O seu inicio não obriga venientes no processo.
d e z e m b r o 2011 : : + vida
Breves
: : a p r e n d e r : : c o m u n i c a r : : i n o va r
49
NOVA UNIDADE
INVESTIGAÇÃO
OBSTETRÍCIA FISIOTERAPIA
saúdecuf
ALERGIAS
A unidade de Ginecologia e Obstetrícia do institutocuf
diagnóstico e tratamento e a unidade de pediatria do Picadas de abelhas e vespas
hospitalcuf porto promoveram, no passado dia 1 de causam 95% das reacções
Outubro, uma sessão de esclarecimento dirigida a alérgicas a insectos
grávidas que decorreu no auditório do institutocuf.
Na Europa, mais de 95% das reacções alérgicas provocadas
“Estes encontros revelam-se muito importantes
por insectos são resultantes da picada de abelhas e vespas.
para as futuras mamãs pois, além de esclarecerem
Os mosquitos, moscas, pulgas e percevejos podem Osteoporose
dúvidas, servem para partilhar experiências, receios em foco no
provocar reacções quase sempre locais não provocando,
e expectativas. Pode-se esperar um debate informal institutocuf
habitualmente, uma verdadeira alergia. “Para um
sobre tudo aquilo que afecta a mulher durante o
diagnóstico eficaz é fundamental conhecer a história clínica O institutocuf
processo de gravidez e após o nascimento do bebé”,
do doente, caracterizando o tipo de reacção, identificando inaugurou a
referiu Teresa Mascarenhas, coordenadora da unidade
os factores de risco individuais e também o insecto que primeira unidade
de Ginecologia e Obstetrícia do institutocuf.
provocou a reacção alérgica. Os testes cutâneos em picada multidisciplinar
são os métodos mais sensíveis de diagnóstico”, refere João de osteoporose de
Fonseca, coordenador das Unidades de Imunoalergologia Portugal. Veja na
do institutocuf e hospitalcuf porto. página 49.
INOVAÇÃO
A
SAÚDE DO HOMEM In
P
Institutocuf diagnóstico e su
NOVO SERVIÇO
d e z e m b r o 2011 : : + vida
52 B re v e s : : josé de mello saúde
FISIOTERAPIA
PREVENÇÃO
Hospital de
Iniciativa da campanha
AORTA É VIDA no hospitalcuf Braga assinala
descobertas
Dia Mundial
Numa iniciativa inédita, o hospitalcuf descobertas e
a campanha AORTA É VIDA promoveram, nos dias
da Fisioterapia
7 e 11 de Novembro, a I Semana de Sensibilização O Hospital de Braga assinalou o Dia Mundial da Fisioterapia com uma série
para o Aneurisma da Aorta Abdominal. de iniciativas promovidas pelos fisioterapeutas do Serviço de Medicina Física
Estas acções de consciencialização e rastreio para e de Reabilitação destinadas aos colaboradores desta unidade hospitalar.
esta doença grave tiveram como objectivo informar e Diariamente, cerca de 250 utentes frequentam sessões de fisioterapia no
rastrear os clientes saúdecuf — sobretudo homens — Hospital de Braga, que assegura piscina, ginásio de adultos, ginásio pediátrico,
com idade igual ou superior a 65 anos e historial de electroterapia, hidroterapia, reabilitação cardio-respiratória e tratamento de
tabagismo. Todos os rastreios foram gratuitos. reabilitação do pavimento pélvico.
sustentabilidade
Hospital
de Braga
doa
OFTALMOLOGIA
mobiliário
Hospitalcuf clínico a
infante santo maternidade
assinala Dia no Congo
Mundial da O Hospital de Braga
Retina associou-se ao Lions
Clube de Braga na
No âmbito do Dia Mundial da Retina, o hospitalcuf
“Missão: Solidariedade
infante santo alertou para a doença mais comum,
por Lukala”, na República
SAÚDE DA CRIANÇA E DO JOVEM a Degenerescência Macular relacionada com a
Democrática do Congo,
Idade (DMI).
Dormir bem em Luís Gouveia Andrade, médico oftalmologista do
doando material clínico
para o Centre Hospitalier
hospitalcuf infante santo, salienta que “a prevenção e
tempo de aulas o diagnóstico precoce são a única forma de impedir
— Maternité de Lions
Club, em Lukala.
a progressão da doença para um estado de perda da
ajuda a melhorar visão central altamente incapacitante. Um doente
produtividade com esta perturbação preserva apenas a visão lateral
ou periférica do olho, ficando incapacitado de ler,
Dormir a quantidade certa de horas de sono é conduzir e ver televisão”. A DMI é uma doença
fundamental para o bom desenvolvimento das degenerativa da mácula, uma pequena área na retina
crianças, nomeadamente para um bom sucesso responsável pela visão central (que permite ver
escolar e um dia-a-dia equilibrado. “A privação do nitidamente pequenos pormenores), que conduz a
sono necessário, principalmente se for repetida, um estado de cegueira parcial. Uma vez destruída
perturba a capacidade de concentração, a memória a mácula é irrecuperável, por isso, esta doença
de trabalho, a criatividade e o pensamento não tem cura. “O diagnóstico precoce assume um
abstracto, que se reflectem na capacidade de papel determinante no combate à DMI, pelo que ao
aprender e no comportamento. Por isso, as crianças primeiro sinal denunciador é fundamental consultar
com perturbações importantes do sono têm piores um oftalmologista”, conclui Luís Gouveia Andrade.
resultados na escola”, alerta Filipe Glória e Silva, Sinais como visão distorcida, irregular ou áreas
pediatra no hospitalcuf descobertas. obscurecidas justificam uma consulta o quanto antes.
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
josé de mello saúde : : Br ev es 53
ANESTESIOLOGIA
PALESTRA
CLÍNICACUF ALVALADE COM
Cirurgião Carlos ESPAÇO REFORÇADO
Procurando melhorar o serviço prestado ao
Irisarri de Castro cliente, a clínicacuf alvalade reforçou o seu
no Hospital de Braga espaço alargando a sua área para o piso -1.
Neste novo piso a clínica passou a contar com
O Dr. Carlos Irisarri Castro, conceituado médico um espaço diferenciado para receber crianças
especialista em Cirurgia Ortopédica e Traumatologia, e adolescentes.
realizou, dia 9 de Setembro no Hospital de Braga,
uma palestra subordinada ao tema Doença de
FORMAÇÃO
Kienböck.
Especializado na Cirurgia da Mão, Carlos Irisarri de
Hospital de Braga organiza
Castro exerce actualmente na Unidad de Cirugía de
la Mano, do Centro Médico El Castro y del Hospital
curso com Escola de Ciências da Saúde
Fátima, em Vigo. É autor de diversas publicações na Decorreu, em Setembro, na Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, a
área da Traumatologia da Mão e membro fundador Pós-Graduação de Microsurgical Anastomosis, em que foram abordados os princípios
da Asociación Española de Microcirugía, do Grupo técnicos da Microcirurgia, a sua aplicação clínica e, sobretudo, a sua prática em animal
IberoLatinoAmericano de Cirugía de la Mano e da de experiência.
SECOT (Sociedad Española Cirúgia Ortopédica & O curso foi organizado pela Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho,
Traumatología). Foi presidente da Sociedad Española em colaboração com a École de Chirurgie du fer à Molin de Paris e com o Serviço de
de Cirugía de la Mano em 1996 e 1997 e do Grupo Ortopedia do Hospital de Braga e conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa
GEPES (Grupo Estudio Patología de la Extremidad de Cirurgia da Mão e da Secção para o Estudo da Patologia do Punho e Mão da
Superior) entre 2003 e 2010. Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.
d e z e m b r o 2011 : : + vida
54 Breves :: josé de mello saúde
rede de Associados
de dois mundos
melhoria da qualidade de Vida”, explica o
fundador.
O modelo funcional da Sistemicare procura
A rede de associados saúdecuf VISA complementar aliviar a relação médico-paciente do ónus
a prestação de cuidados de saúde em clínicas e financeiro, conciliando o atendimento
consultórios privados. Amílcar Aleixo, médico tradicional ao acto com a possibilidade de
e fundador da clínica «Sistemicare» aponta a uma avença programada. Amílcar Aleixo
qualidade, eficácia e humanidade dos serviços esclarece: “o laço entre o profissional e o
como as razões que o levam a integrar a rede paciente é depurado. Na medida em que a
de associados da saúdecuf e a encaminhar, sem parte financeira foi previamente acordada
reservas, OS SEUS PACIENTES eliminam-se constrangimentos. Os clientes
passam a ser convocados de acordo com as
suas necessidades. A relação torna-se mais
igualitária e profícua porque subsiste apenas
a responsabilidade de oferecer o melhor
tratamento possível”, adianta o médico.
A parceria com a rede saúdecuf surge, para
a Sistemicare, como uma sinergia natural,
dada a comunhão do primado da pessoa
Os e da excelência no tratamento. Amílcar
especialistas Aleixo adianta: “A nossa relação é de total
da pessoa autonomia e funcionalidade. A cuf tem
um histórico sólido na medicina ao reunir
Amílcar Aleixo formou- tradição e capacidade inovadora. Enquanto
-se na Faculdade de associado saúdecuf tenho a total confiança
Ciências Médicas. Foi que os meus pacientes encontram rigor
assistente graduado na técnico aliado a humanidade, como no meu
ARS Lisboa e Presidente consultório”.
da Comissão de “Por outro lado, esta sinergia possibilita aos
Farmácia e Terapêutica expressão é a clínica meus doentes o acesso a procedimentos e
da sub-região Sul de Sistemicare. Dado o seu tecnologias que só fazem sentido integradas
Lisboa. vasto conhecimento no em estruturas com certa escala. Quando
E
No âmbito pedagógico terreno, Amílcar Aleixo eu os encaminho para um serviço e/ou
foi assistente da afirma: “Os médicos especialista, eles não se tornam um número.
Faculdade de Medicina que prestam cuidados m 2009, Amílcar Aleixo, Sinto que a máxima que me orienta na
de Lisboa e coordenador primários de saúde são especialista na prestação de assistência dada - para os meus clientes, o
do curso “Saúde dos os chefes de orquestra cuidados primários de saúde melhor em cada momento, - encontra eco na
Idosos”no Instituto do sistema. A sua com cerca de 30 anos de car- José de Mello Saúde.”
de Clínica Geral da função é harmonizar reira, optou por investir a sua Elogiando a qualidade técnica dos colegas de
zona Sul. Faz parte as necessidades de experiência num projecto em- profissão aos quais tem referenciado os seus
dos corpos sociais da saúde das pessoas e preendedor “centrado no primado da pessoa”. clientes, Amílcar Aleixo sublinha o facto de
Fundação Portuguesa a engrenagem que a A ideia partiu de uma questão simples, embora as pessoas serem a alma das instituições.
de Cardiologia e da proporciona. Voltados nunca de resposta fácil: “o que poderei fazer “A agradabilidade no contacto é notada e eu
Sociedade Portuguesa para fora em termos para ser o mais útil possível aos pacientes que sinto-me sereno com esta parceria.
de Geriatria e do seu posicionamento me procuram?” Daqui surgiu a Sistemicare. Do meu ponto de vista esta parceria é
Gerontologia. No âmbito no interface hospitalar Com abordagem holística, esta clínica relevante pois permite aos meus clientes terem
do sector privado foi conseguem auscultar assume-se como “um espaço boutique de o melhor de dois mundos: o acompanhamento
director de serviço. Em e interagir com a saúde onde o bem-estar da pessoa é visto personalizado do meu consultório e o
2009 dedicou-se ao seu comunidade. São os como uma constelação de factores da qual usufruto da eficácia e tecnologia ao dispor em
projecto pessoal cuja especialistas da pessoa.” faz parte a área clínica, mas também a estruturas de maior escala.”
+ vida : : d e z e m b r o 201 1
josé de mello saúde : : Br ev es 55
saúdecuf
Os nossos profissionais na TV
Nos últimos meses houve várias participações de profissionais da José de Mello Saúde em programas de televisão.
Os temas abordados foram os mais diversos e muito se fez pela prevenção da saúde.
tema: Partículas no Ar tema: Alergias Alimentares tema: Mudança da hora e impacto tema: Vida mais Saudável tema: Traqueia Sintética
canal: Regiões TV – Jornal Regional canal: RTP2 – Consigo no cérebro canal: RTP1 – Jornal da Tarde canal: TVI – Jornal das 8
médico: Prof. João Fonseca médico: Dr. Mário Morais canal: RTP1 – Bom Dia Portugal médico: Profª. Carla Rego médico: Prof. João Paço
especialidade: Imunoalergologia de Almeida médico: Dr. Martinho Pimenta especialidade: Pediatria especialidade: Otorrinolaringologia
unidade: hospitalcuf porto e especialidade: Imunoalergologia especialidade: Neurologia unidade: hospitalcuf porto unidade: hospitalcuf infante santo
institutocuf porto unidade: hospitalcuf descobertas unidade: clínicacuf belém
tema: Alergias a Insectos tema: Obesidade Infantil tema: Dia Mundial da Criança tema: Alergia a Insectos tema: Cirurgia Inédita
canal: Porto Canal - Consultório canal: Regiões TV – Jornal Regional canal: Regiões TV – Jornal Regional canal: RTP – Bom Dia Portugal no Hospital de Braga
médico: Prof. João Fonseca médico: Dra. Alexandra Sousa médico: Enfermeira Paula Moura médico: Dr. Mário Morais de Almeida canal: TVI – Jornal da Uma
especialidade: Imunoalergologia especialidade: Nutricão especialidade: Pediatria especialidade: Imunoalergologia médico: Dr. Rui Pratas
unidade: hospitalcuf porto e unidade: hospitalcuf porto unidade: hospitalcuf porto unidade: hospitalcuf descobertas especialidade: Otorrinolaringologia
institutocuf porto unidade: Hospital de Braga
tema: Cirurgia Inédita tema: Psoríase na Gravidez tema: Técnica Pioneira no tema: Dieta Mediterrânica tema: Dormir bem em Tempo de
no Hospital de Braga canal: RTP1 – Bom Dia Portugal Diagnóstico de Doenças do Fígado canal: RTP1 – Bom Dia Portugal Aulas
canal: Porto Canal – Consultório médico: Dr. Paulo Ferreira canal: Porto Canal – Consultório médico: Dra. Rita Gonçalves canal: RTP1 – Bom Dia Portugal
médico: Dr. Rui Pratas especialidade: Dermatologia médico: Dr. Alexandre Sarmento especialidade: Nutricão médico: Dra. Sónia Figueirôa
especialidade: Otorrinolaringologia unidade: hospitalcuf descobertas especialidade: Gastroenterologia unidade: hospitalcuf infante santo especialidade: Neuropediatra
unidade: Hospital de Braga unidade: hospitalcuf porto unidade: hospitalcuf porto
tema: Prevenção e controlo da asma tema: Aneurismas da Aorta tema: Dia Mundial da Fisioterapia tema: O Sono nas Crianças tema: Crianças perdem o medo de ir
canal: Porto Canal - Consultório Abdominal canal: Porto Canal – Consultório canal: TVI24 – Discurso Directo ao hospital
médico: Prof. João Fonseca canal: RTP1 – Portugal em Directo médico: Dra. Teresa Soares da Costa médico: Dr. Filipe Silva canal: RTP1 – Jornal da Tarde
especialidade: Imunoalergologia médico: Dr. João Albuquerque Castro especialidade: Medicina Física e especialidade: Pediatria médico: Dr. Rui Guimarães
unidade: hospitalcuf porto e especialidade: Cirurgia vascular Reabilitação unidade: hospitalcuf descobertas especialidade: Anestesiologia
institutocuf porto unidade: hospitalcuf descobertas unidade: institutocuf porto unidade: Hospital de Braga
d e z e m b r o 2011 : : + vida
56 B re v e s : : grupo josé de mello
responsabilidade social
donativos mobilidade
de € 50.000
entregues Brisa lidera
à Acreditar
O Grupo José de Mello entregou, em meados de Setembro, pela mão
projecto
do seu vice-presidente, Pedro de Mello, um conjunto de donativos
no valor total de 50 mil euros à Acreditar, representada pelo seu
na Holanda
presidente, João Bragança. Depois de uma primeira experiência em Roterdão, iniciada em 2009, a
Estes donativos foram reunidos no âmbito do 1.º Torneio de Golfe BNV Mobility, empresa participada em partes iguais pela Brisa e pela
José de Mello a partir de patrocínios, inscrições e outras doações. consultora holandesa Nedmobiel, está agora desenvolver um segundo
O 1.º Torneio de Golfe José de Mello, realizado em Belas no dia 3 de projecto de mobilidade em Utrecht.
Abril deste ano, reuniu um total de 116 participantes e teve origem Este projecto em Utrecht arrancou em Julho e, tal como em Roterdão,
numa iniciativa de alguns quadros de topo do Grupo José de Mello tem como objectivo incentivar as pessoas a não circular nas auto-
que assumiram o propósito das receitas reverterem integralmente estradas em hora de ponta, através da concessão de incentivos
para a Acreditar. financeiros aos condutores e trabalhadores para se deslocarem em
horários alternativos e para utilizarem mais os transportes alternativos
voluntários integrados nas (transporte públicos ou bicicletas) ou optarem por trabalhar em casa.
instituições seleccionadas Ambos os projectos são geridos, monitorizados e fiscalizados pela BNV
Na sequência de uma campanha interna de Mobility com recurso a smartphones que são entregues aos condutores
angariação e recrutamento que decorreu em e a sistemas de reconhecimento automático de matrícula.
Setembro nas empresas participadas do Grupo
José de Mello, foram integrados 70 voluntários
em quatro instituições seleccionadas: Associação
Coração Amarelo (16), ATL da Galiza (17), Centro
Comunitário da Paróquia de Carcavelos (17) e
Obra do Frei Gil (20).
Estes voluntários, oriundos da família e holding José de Mello,
Brisa, José de Mello Saúde, Efacec e CUF participaram, na segunda
quinzena de Outubro, numa acção de formação em voluntariado,
cabendo-lhes agora a responsabilidade de serem os primeiros
voluntários de um programa que começou a ser desenhado em 2010
com o apoio da Fundação Amélia de Mello.
iparque de coimbra
aniversário
58
01
Fevereiro 02
J 03 j
JORNADAS
Jornadas de Pediatria J 04
Março
do Centro da Criança
e do Adolescente do 05
hospitalcuf porto Março
3 e 4.02.2012
06
Edifício da Ordem
dos Médicos no Porto 07 A ASSINALAR
Dia da Mulher
REUNIÃO 08 R 08.03.2012
5ª reunião Pediátrica do Lembre-se de fazer
hospitalcuf descobertas Fevereiro
R 09 os seus rastreios de
JORNADAS PARA PAIS
Tema: Comunicar em Pediatria saúde anuais
Jornadas de
9, 10, 11.02.2012
R
10 J
JORNADAS Pediatria para Pais
Hotel Tivoli Oriente, Lisboa
R Jornadas Minhotas 03.03.2012
i
11 j Fevereiro
da Dermatologia Auditório do hospitalcuf porto
10 e 11.02.2012
12 Hospital de Braga
13 W
WORKSHOP
14 W Abril
3rd Minimally Invasive
Urological Surgical
15 Week & XVII Workshop
of Urological Oncology
13 e 14.04.2012
16
Hospital de Braga,
Serviço de Urologia
INAUGURAÇÃO 17
Inauguração da unidade de
neurocognição e demências Fevereiro
18
11.02.2012
Auditório do hospitalcuf porto 19
20
A ASSINALAR
CURSO ORL 21 C Fevereiro Carnaval
Curso teórico- 21.02.2012
prático sobre 22 F
Brincar e divertir-se
implantes de também faz bem à saúde
ouvido médio e F 23 F
osteointegrados
23 e 24.03.2012
Março F 24 F
COM CIRURGIA AO VIVO
hospitalcuf porto 25
26 CURSO
REUNIÃO
Março
Fetal and Neonatal
Reunião internacional 27 Endoscopic Surgery
de Medicina do (3rd edition)
Março
hospitalcuf porto 28 22 a 24.03.2012
30 e 31.03.2012 Hospital de Braga
Auditório do hospitalcuf porto 29
R 30
R 31
+ vida : : d e z e m b r o 201 1