Você está na página 1de 4

Gabriel Sebastião

Fisioterapia

Doenças Vasculares
✓ Tabagismo;
✓ Hipertensão;
✓ Sedentarismo;

Periféricas ✓ História familiar.

Quadro Clínico:
DOENÇA ARTERIAL 20% a 50% dos pacientes com DAOP são
OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: assintomáticos, as vezes por não serem ativos o
suficiente para deflagrar isquemia do membro
inferior.
No entanto, se o suprimento sanguíneo falhar em
atender aos requisitos metabólicos contínuos,
como consequência do estreitamento arterial,
ocorrerão sintomas cuja gravidade depende:
• Grau de obstrução arterial;
• Número de artérias afetadas;
• Nível de atividade do paciente.
O termo DAOP refere-se a qualquer processo
patológico que acometa as artérias do corpo, Sintomas:
excluindo-se coronárias e vasos cerebrais. Tem
Dor:
como principal etiologia a doença
aterosclerótica. Essa responsável por levar a Dor causada por alteração local no vaso:
obstrução da artéria periférica. provocada ou exacerbada pela compressão
digital, decorrente de um processo
A aterosclerose, está associada ao acúmulo inflamatório da parede arterial;
de gordura nas paredes arteriais. Há uma
Dor causada por isquemia dos tecidos:
formação de um depósito de cálcio na placa
depende em parte do balanço do grau de
ateromatosa- áreas ou elevações amarelas,
endurecidas bem demarcadas na superfície obstrução arterial e o grau de desenvolvimento
da túnica intima das artérias. O da circulação colateral. Quando a quantidade
estreitamento arterial e a irregularidade de sangue que chega nos tecidos é insuficiente
superficial que se seguem pode resultar em para manter sua vitalidade.
trombose, que pode ocluir a artéria ou ser
levado para a corrente sanguínea e obstruir Se há um agravamento dessa
vasos menores distais na forma de êmbolo. isquemia, instala-se a dor em
repouso, em geral obriga o paciente
a manter o membro pendente para
A (DAOP) é caracterizada pelo depósito de alívio de dor.
gordura, cálcio e outros elementos na parede das Claudicação intermitente: é descrita como
artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um sensação dolorosa associada com a marcha.
déficit sanguíneo às extremidades como braços e Esse desconforto ocorre num grupo muscular
pernas, sendo mais comum o acometimento nos distal à oclusão arterial. A sensação de dor na
membros inferiores do que nos superiores. claudicação é progressiva quando o paciente
Fatores de Risco: caminha, mas diminui rapidamente no
repouso.
Os fatores de risco mais frequentes são:
Esfriamento das extremidades:
✓ Avanço da idade (50-70 anos);
Na oclusão arterial, a diminuição ou parada do
✓ Sexo, predominante no sexo masculino;
fluxo sanguíneo para a extremidade e, portanto,
✓ Hiperlipidemia;
Gabriel Sebastião
Fisioterapia
diminuição ou parada do sangue, provoca descamativa; ausência de pelo nos
esfriamento das extremidades, pois uma das dedos ou dorso do pé; unhas secas
funções do sangue é manter a temperatura e quebradiças (alterações
corpórea. ungueais) e edema.

Alterações na coloração da pele: Palpação:

A ausência ou diminuição de sangue na circulação Temperatura cutânea;


periférica torna a pele pálida. Palpação das artérias;
Pulso artéria (estará diminuído ou ausente);
Sintomas de origem neurológica: Distúrbios sensitivos.
Os pacientes com obstrução arterial podem
apresentar queixas de parestesia, hipoestesia, Doença Venosa
anestesia, paresias e mesmo paralisia. Tais Crônica:
sintomas se devem a lesão isquêmica de fibra
nervosa que, se intensa e prolongada, pode tornar-
se irreversível.
Impotência erétil:
Classificação dos sintomas:

O sistema venoso, por sua vez, exerce a função de


drenagem sanguínea, conduzindo o sangue
utilizado pelos tecidos de volta para o coração
para ser oxigenado e bombeado. Nos MMII, a
drenagem venosa é realizada contra a força da
gravidade, principalmente quando o indivíduo está
em posição sentada ou ortostática.
Exame físico: Para auxiliar na função de drenagem as veias
dessa região possuem válvulas unidirecionais para
Inspeção: evitar o refluxo de sangue e diminuir a pressão
venosa no tornozelo. Além disso, a força de
Alterações de cor da extremidade: contração dos músculos da panturrilha funciona
Palidez e cianose como uma bomba periférica para impulsionar o
Alterações tróficas: sangue em direção ascendente para o coração,
razão pela qual é chamada de coração periférica.
Gangrena: cor escura e Dessa maneira, os problemas que podem afetar as
aspecto coriáceo, ocorre
veias dos MMII são incompetência da função das
quando tecido isquêmico já
sofreu necrose. válvulas em manter o fluxo unidirecional para o
coração ou devido a presença de obstruções nessas
veias, que impedem o retorno pelas vias
Ulceras convencionais, ou combinação desses dois
isquêmicas distúrbios: refluxo e obstrução.

Atrofia muscular por desuso e pela


própria isquemia; pele seca e
Gabriel Sebastião
Fisioterapia
Conceito: Veias reticulares: são veias pequenas
A doença venosa crônica consiste em um grande superficiais, dilatadas e tortuosas;
espectro de apresentações clínicas,
compreendendo desde as telangiectasias,
conhecidas como vasinhos, passando por veias
grandes e tortuosa como as varizes a grandes
úlceras venosas incapacitantes.
Insuficiência venosa crônica: incapacidade do
sistema de retorno de sangue;
Varizes;
Trombose Venosa Profunda (TVP): formação
de trombo nos vasos Telangiectasias: vênulas intradérmicas,
formando redes ou aranhas vasculares.
Hipercoagulabilidade

Tríade de
Virchow

Estase Alteração no
venosa endotélio

A classificação de CEAP permite estratificar a Queixas de dor:


doença clinicamente em: Dor localizada no trajeto venoso;
C1 Telangiectasias ou Edema:
veias reticulares Aumento perceptível de volume de líquido na pele
C2 Veias varicosas e no tecido subcutâneo.
C3 Edema (já é Hemorragia:
considerado Ferimento perfurocortante da veia.
insuficiência venosa Prurido:
crônica)
Coceiras
C4 Alterações tróficas da
pele sem ulcerações;
Inspeção:
C5 Úlcera cicatrizada
C6 Úlcera ativa Veias varicosas;
Alterações de cor;
Queixas de varizes: • Rubor intenso: vermelhidão;
Um grande coeficiente de doentes relata queixas • Cianose;
nos MMII de varizes que podem ser: • Palidez:
Veias varicosas: dilatações saculares das veias • Hiperpigmentação: escurecimento
que são frequentemente dilatadas; pigmentar acastanhado da pele;
• Machas;
Edema;
Alterações tróficas;
• Eczema: dermatite, descamação ou
rachaduras;
Gabriel Sebastião
Fisioterapia
• Dermatosclerose: fibrose progressiva de Sinal de Stemmer: esse sinal consiste no
pele e subcutâneo. espessamento cutâneo da base do segundo
artelho e é obtido pelo examinador quando
se tenta realizar a preensão da pele nessa
região. Em pacientes com linfedema,
consegue-se perceber que existe infiltração
dos tecidos, impedindo a pressão adequada
da pele.
• Úlcera venosa;
• Necrose
Palpação:
Temperatura: tem-se um aumento da
temperatura devido a congestão dos tecidos
pela obstrução venosa;
Edema: aparecimento da depressão da cútis;

Doenças Linfáticas:
O Sistema linfático é um sistema de circulação
secundário compostos por pequenos vasos que
tem como objetivo transportar a linfa até os Esse sinal é particularmente
gânglios e assim manter o equilíbrio de líquido e importante no diagnostico de
proteínas no organismo. linfedemas primários incipientes.
É a primeira linha de defesa do contra
microrganismos invasores que prejudicam
o bom funcionamento do organismo
Etiologia:
Primários: linfedemas congênitos;
Secundários: provocado por algum fator
desencadeante, trauma, picada etc.

Exame físico:

Palpação:
Consistência e textura da pele são facilmente
analisadas com a palpação. Essas características
podem variar amplamente, desde a pele com
aspecto próximo a normalidade até membros cuja
palpação reflete consistência lenhosa, revelando
extensa fibrose tecidual.
Sinal de godê: a profundidade obtida
reflete o acúmulo líquido na área afetada.
Em linfedemas avançados, com grande
grau de fibrose, esse sinal pode estar
ausente.

Você também pode gostar