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PROBLEMAS LABORAIS

RELACIONADOS AOS
MEMBROS INFERIORES

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO


PRINCIPAIS PROBLEMAS
DIAGNOSTICADOS NOS
MEMBROS INFERIORES
1. VARIZES
2. EDEMA PERIFÉRICO
3. TROMBOSE VENOSA
4. DORES NAS PERNAS
5. CÃIBRAS

DESTACAREMOS NESTE TRABALHO O


EDEMA E AS VARIZES
EDEMA DE
MEMBROS
INFERIORES
É também conhecido como edema periférico
EDEMA EM É o inchado que acomete pernas, joelhos,
tornozelos e/ou pés
MEMBROS É caracterizado por ser um aumento do volume
de fluido intersticial na região das pernas.
INFERIORES O problema pode surgir como um processo
natural do envelhecimento ou como resultado de
uma série de possíveis doenças
1. Várias razões podem levar uma pessoa a
desenvolver um edema, sendo que ele é
PRINCIPAIS mais comum em pessoas de idade avançada.

CAUSAS
2. Pessoas que trabalham em pé ou
permanecem sentadas por muito tempo
também podem apresentar este problema
devido a dinâmica do fluxo circulatório nos
membros inferiores.
1. As pessoas que sofrem desse mal, no geral,
possuem um inchaço em uma ou ambas as
pernas, podendo atingir uma parte ou a
totalidade do membro.
2. O edema pode se instalar rapidamente ou
progressivamente, podendo ser doloroso e
SINTOMAS acompanhado de formigamentos, rigidez e
ulceração da pele.
3. O principal indício de que um paciente possui
essa doença é quando, diante de uma pressão
feita com um ou mais dedos, forma-se uma
depressão no local e que demora a retomar
para o formato original
1. O tratamento dessa doença varia de acordo com
gravidade do caso. Há situações nas quais
apenas o uso de uma meia de compressão
resolve, porém existem condições que exigem
intervenção cirúrgica.
TRATAMENT 2. Para evitar o aparecimento desse problema,

O algumas das medidas simples podem ser bem


eficazes. Como, por exemplo, comer pouco sal,
não fumar, evitar a ingestão de álcool, fazer
atividades físicas todos os dias por, pelo menos,
30 minutos, evitar ficar de pé ou sentado por
longos períodos e dormir com as pernas
elevadas
VARIZES DE
MEMBROS
INFERIORES
VARIZES DE MEMBROS
INFERIORES

 Doença circulatória que acomete aproximadamente 40% da população, sendo mais


comum nas mulheres. Na maioria das vezes acomete as duas pernas de forma
semelhante, mas pode acometer um dos membros com maior intensidade

 São caracterizadas por veias tortuosas, dilatadas, insuficientes e alongadas que


tornam-se mais aparentes e deixam de conduzir o sangue de forma adequada,
trazendo desconforto.

 As varizes são decorrentes de anormalidades no funcionamento do sistema venoso


que ocorrem pela incapacidade valvular associada ou não à obstrução de fluxo
venoso.

 São classificadas em varizes primárias, influenciadas pela tendência hereditária, e


as varizes secundárias, que aparecem por doenças adquiridas no decorrer da vida e
são de difícil tratamento.
 A função das veias é levar o sangue pobre em oxigênio, rico em gás carbônico e
repleto de produtos do metabolismo formados durante o funcionamento constante
de nossos músculos de volta ao coração.
 A função das veias é trazer o sangue de volta ao coração, após ele ter cumprido sua
função de trocas metabólicas e térmicas no nível dos tecidos.

COMO AS  A maioria das veias dos membros inferiores é de pequeno e médio calibre e

VEIAS
apresentam diâmetro de 1 a 9 mm. No subcutâneo, as veias reticulares formam um
plexo que corre paralelo à pele, com amplas anastomoses, distribuindo-se por toda a
superfície dos membros.

FUNCIONA
 Este trajeto é longo e faz-se contra a gravidade quando estamos sentados ou em pé.
 As veias apresentam válvulas unidirecionais, que permitem a passagem do sangue
em seu caminho ao coração e não permite que ele volte para as pernas, seguindo a

M?
inércia da gravidade.
 Quando estas válvulas não funcionam corretamente, o sangue retorna
constantemente para os membros inferiores pela força da gravidade. Este processo
é chamado de refluxo, causa um aumento da pressão nas veias das pernas.
 Ao longo do tempo, isto resulta no aparecimento das varizes dos membros
inferiores.
 Podemos dizer que as varizes dos membros inferiores são o resultado de um
aumento constante prolongado da pressão nas veias dos membros inferiores, como
resultado do mal funcionamento de suas válvulas.
SINTOMAS
Na grande maioria das vezes a queixa principal é a estética pois na posição de pé as veias ficam dilatadas,
tortuosas e muito visíveis.

Além disso, outros sinais e sintomas podem estar presentes:

•presença de veias azuladas e muito visíveis abaixo da pele;


• agrupamentos de finos vasos avermelhados
• queimação nas pernas e planta dos pés;
• inchação, especialmente nos tornozelos ao final do dia;
• prurido ou coceira;
• cansaço ou sensação de fadiga nas pernas;
• sensação de peso nas pernas;
• câimbras.
COMPLICAÇÕES
•Quando não tratadas de forma correta as varizes podem progredir e desenvolver severas complicações.

Entre estas podemos citar:

Eczema: geralmente se inicia com coceira;


• Dermatite;
• Flebite e trombose (coágulo): flebite significa inflamação da veia. Varicoflebite consiste na inflamação das varizes;
• Pigmentação e escurecimento da pele;
• Hemorragias – a pele e a parede das varizes muitas vezes ficam tão finas que facilmente se rompem. Quando isto acontece pode ocorrer
uma importante perda de sangue;
• Úlceras – a complicação mais temida pela população é a formação de feridas nas pernas denominadas úlceras. No início cicatrizam com
certa facilidade, mas, com o tempo e se tratadas de forma indevida, vão se tornando mais complexas.
As varizes surgem quando
há falhas no SISTEMA DE
BOMBA VENOSA
COMO SURGEM
AS VARIZES DOS
MEMBROS
INFERIORES?
O QUE É O SISTEMA
DE BOMBA A bomba venosa é um conjunto de músculos
VENOSA? esqueléticos que ajuda o coração na circulação
sanguínea.
É especialmente importante aumentar o retorno
venoso ao coração, mas também pode
influenciar o fluxo sanguíneo arterial.
Esta função é realizada nos músculos das pernas e
nas válvulas venosas. Como uma válvula, estas
impedem que o sangue tenha um fluxo de retorno
para a perna.
Se este sistema começar a falhar, o sangue se
acumula nas pernas.
O QUE ACONTECE
• Caso haja uma incompetência das válvulas dessas veias, estas
podem se tornar veias varicosas.

QUANDO O • A bomba venosa torna-se ineficaz para impulsionar o sangue para


cima – já que, na ausência de válvulas, o sangue venoso é

SISTEMA DE impulsionado tanto para cima quanto para baixo pela contração
muscular.

BOMBA VENOSA • Com a influência da gravidade, esse sangue passa a se acumular


entre as válvulas e a parede venosa.

FALHA? • Em virtude da falência dessa bomba, a pressão venosa continua


aumentando progressivamente, gerando um processo inflamatório
que pode levar à destruição total da função valvular.

• Isso ocorre com frequência quando há alta pressão venosa


prologada, distendendo essas veias por longos períodos,
provocando perda de elasticidade.
• Mecanismos como esse podem ocorrer na gravidez ou quando o
indivíduo passa a maior parte do tempo em pé ou sentado.
COMPLICAÇÕ
ES DAS
VARIZES

A presença de veias varicosas pode predispor


à trombose venosa, que corresponde à
coagulação intravenosa do sangue com
obstrução parcial ou total do lúmen de uma
veia. Isso se deve à estase sanguínea e à lesão
endotelial associada, que aumentam
a coagulabilidade sanguínea.
MEDIDAS • Medidas comuns para prevenir eventos trombóticos
nas veias são: elevação das pernas, que favorece o

DE
retorno venoso por gravidade;
• Uso de meias de compressão, que buscam

PREVENÇÃO mimetizar a ação da bomba musculoesquelética,


prevenindo eventos como edema e suas sequelas.
AS VARIZES
A literatura sugere que muitos problemas de
NA SAÚDE saúde ocupacional estão associados com a
permanência da postura em pé e inúmeras
DO são as situações de trabalho que requerem a
manutenção desta postura por um longo
TRABALHAD período de tempo, sendo adotada em vários
postos de trabalho da indústria e do comércio
OR
A postura parada em pé exige o trabalho

AS VARIZES estático da musculatura envolvida para


manutenção dessa posição, provocando
facilmente a fadiga muscular
NA SAÚDE também é causa de dores e desconfortos nas

DO costas e nos membros inferiores.


A fadiga e o desconforto, mesmo que não
TRABALHAD levem a uma incapacidade, podem diminuir a
resistência dos trabalhadores, levando-os a
OR adquirir doenças e até mesmo sintomas de
origem ocupacional, como varizes e edema de
membros inferiores
E COMO A POSTURA DE TRABALHO
SE APLICA NA ODONTOLOGIA?
A ergonomia é derivada do grego, onde ergon
ERGONOMIA PARA (trabalho) e nomos (regras).
As condições ergonômicas devem proporcionar uma
DENTISTAS situação de trabalho que não prejudique as condições
de saúde daqueles que o fazem, podendo desta forma
exercer suas competências e evitar riscos à saúde.
Os cirurgiões-dentistas estão sujeitos a desenvolverem
Lesões por Esforços Repetitivos (LER), e Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
São classificados entre a classe de profissionais que
mais tem predileção a desenvolverem estas doenças.
Essa tendência a desenvolverem tais distúrbios é
devido a trabalharem constantemente em posturas
inadequadas e principalmente com poucos períodos
de repouso.
O trabalho estático é aquele que exige contração
muscular contínua para que a posição seja mantida.
ERGONOMIA Na Odontologia, devem-se contrair os músculos dos
PARA ombros e dos pés para que seja mantida a cabeça para
frente, como por exemplo, ficar durante um longo
DENTISTAS tempo em pé, ficar com os braços estendidos no
sentido horizontal, acionando o pedal com uma perna e
fazendo movimentações para frente e para trás, tal
como movimentos de lateralidade.
Esses movimentos são comumente realizados durante a
prática odontológica e podem ser reversíveis ou
irreversíveis, dependendo da intensidade com que são
executados.
A falta de cuidado com a ergonomia no consultório faz
com que o cirurgião-dentista esteja mais exposto às
inúmeras doenças ocupacionais e posturais existentes.

Assim, o profissional pode relatar quadros de:


• dor em regiões específicas do corpo, como cabeça,
coluna e membros inferiores e superiores;
• cansaço excessivo, especialmente na região das
pernas;
• surgimento de varizes e outras alterações de ordem
vascular e circulatória, etc.
AS DOENÇAS • Pernas cansadas;

VASCULARES • Edema nas pernas e nos pés;


• Varizes;
NAS PERNAS E • Trombos.
PÉS MAIS • Sendo assim, é fundamental para o dentista
reconhecer os sintomas e tratar a doença, para que
COMUNS NA não ocorra os sintomas mais graves.  Afinal, a má
circulação pode ser agravada por problemas como
ODONTOLOGIA hipertensão, diabetes e colesterol alto.
SÃO:
• O ângulo formado entre a coxa e a perna deve estar entre 90o e 120o ,
sendo que cada dentista deve fazer o ajuste da altura de seu mocho de
maneira a satisfazer a exigência corporal individual.
• Porém, é importante salientar que quando maior de 90o for o ângulo,

ERGONO maior será a compressão da circulação venosa de retorno e,


conseqüentemente, aumentando o risco de varizes, maior será o apoio
sobre as pernas e menor o apoio da pélvis.

MIA PARA
• Numa visão geral, a postura sentada poderia ser considerada vantajosa
em relação à postura em pé, porque cansa menos, exige menor gasto
energético, diminui os movimentos das pernas, assim como outras
vantagens. No entanto, ela sobrecarrega o corpo, principalmente

DENTISTA
quando se permanece muito tempo nessa mesma postura e em
condições nada ergonômicas.

S
• •Sentar no mocho com a parte das coxas paralelas ao chão, formando um
ângulo de 90º com as pernas e os pés apoiados no chão. Acima de 90º há
maior compressão da circulação venosa de retorno, o que resulta no
aparecimento de varizes.
• A melhor maneira de prevenir a incidência das doenças
COMO PREVENIR AS ocupacionais e posturais é incluir na rotina todas as orientações de
ergonomia na odontologia.
DOENÇAS OCUPACIONAIS • Desta forma, conseguimos agir de maneira preventiva, evitando as
E POSTURAIS NA lesões, e não apenas corretiva, tratando as doenças.
ODONTOLOGIA? • Além disso, é fundamental a prática regular de atividade física,
especialmente aquela que estimula o funcionamento da panturrilha.
A panturrilha é responsável pelo bombeamento do sangue na região
dos membros inferiores.
• É ela que faz com que o sangue circule de forma ascendente, de
baixo para cima. Por isso, deve ser estimulada com a prática
frequente de caminhadas, corridas e outros exercícios aeróbicos e
musculares.
• Seguindo essas orientações, o cirurgião-dentista consegue fortalecer
sua estrutura óssea e muscular e proteger sua coluna lombar,
cervical e membros superiores e inferiores da incidência de doenças
diversas já citadas.
Ajustar o mobiliário
• as bancadas de trabalho devem permitir que
ORIENTAÇÕES o corpo trabalhe na posição vertical, sem
IMPORTANTES curvar o tronco e sem elevar os membros
superiores;
PARA OS • organizar e adaptar os móveis de forma que
eles possibilitem posições ergonômicas, sem
DENTISTAS atrapalhar a atividade desempenhada;
Corrigir a postura
• adotar postura ergonomicamente correta;
• alternar procedimentos que precisam de maior e
menor esforço;
ORIENTAÇÕES • evitar ficar em posição estática por muito tempo;
IMPORTANTES • realizar procedimentos sem flexionar a coluna
vertebral para frente;
• executar procedimentos em posição próxima à altura
do cotovelo.
Adquirir hábitos diários
• Realizar pequenas pausas entre os
procedimentos para descansar
• Os intervalos entre os procedimentos aliviam a
ORIENTAÇÕES tensão muscular e previnem a dor, também
servindo como um momento de descanso,
IMPORTANTES necessário ao profissional e à manutenção da
sua saúde.
• Realizar alongamentos antes e depois dos
procedimentos ou, ao menos, em um intervalo
maior entre eles;
• BARRETO, H. J. J. Como prevenir as lesões mais comuns do
CirurgiãoDentista. Revista Brasileira de Odontologia, v. 58, n. 1,
p. 6-7, jan./fev. 2001.

Referencias • CALDEIRA-SILVA, A.; BARBOZA, H. F. G.; FRAZÃO, P. Lesões por


Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados

Bibliograficas
ao Trabalho na prática odontológica. In: FELLER, C.; GORAB, R.
Atualização na clínica odontológica: módulos de atualização.
São Paulo: Artes Médicas, 2000. v.1, cap. 17, p. 512-33.
• Journal of Oral Investigations, Passo Fundo, vol. 6, n. 1, p. 15-
28, Jan.-Jun., 2017 - ISSN 2238-510X

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