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Epidemiologia
Pessoas com idade avançada são mais comumente afetadas pela insuficiência
venosa.
A prevalência relatada de doença venosa crônica é maior entre as mulheres na
maioria dos estudos.
No Brasil, estima-se que 3% da população seja portadora da IVC.
No Brasil, estudos epidemiológicos evidenciam dados associados à
predominância da Doença Venosa Crônica (DVC) em 35,5% da população.
Etiologia
A insuficiência venosa pode ser causada por doença venosa primária, doença
venosa secundária ou devido a uma anomalia congênita.
A causa é multifatorial, incluindo fatores como aumento da pressão venosa
hidrostática, insuficiência das válvulas nas veias, obstruções venosas profundas,
diminuição da função das bombas musculares esqueléticas, processos
inflamatórios e disfunção endotelial.
Com a insuficiência venosa, o fluxo sanguíneo unidirecional efetivo e o
esvaziamento das veias profundas não ocorrem. Se as bombas musculares forem
ineficazes, o sangue pode seguir na direção retrógrada. A insuficiência
secundária das veias comunicantes e superficiais torna os tecidos subcutâneos
sujeitos a pressões elevadas.
Fatores de risco
Idade avançada.
Obesidade
História familiar de doença venosa crônica.
N gestações.
Sexo feminino.
Fisiopatologia
Para algumas pessoas, a força gravitacional faz com que as paredes das veias das pernas
se dilatem com o tempo, o que tende a separar essas válvulas. Se essas válvulas não
fecharem corretamente, elas podem permitir que o sangue retorne e se acumule nas
veias, o que pode fazer com que mais válvulas estiquem e falhem. Sendo assim o
refluxo de sangue faz com haja uma hipertensão no sistema venoso. Já para outras
pessoas esta incompetência valvular se deve ao trauma ou alterações congênitas.
No entanto, a hipertensão venosa também pode ser devida à obstrução do fluxo venoso
ou falha da bomba muscular da panturrilha. Durante a contração muscular, o sangue flui
corretamente, de baixo para o coração. Durante o relaxamento muscular, devido à
incompetência das válvulas, o sangue flui para baixo, aumentando a pressão e
sobrecarregando as veias superficiais. Nas varizes temos problemas estruturais e
hemodinâmicos: a incompetência das válvulas gera inversão de fluxo, de cima para
baixo e do sistema venoso profundo para o superficial com aumento da pressão, já que a
parede da veia só tem uma pequena quantidade de músculo elástico e liso e é incapaz de
lidar com o aumento da pressão, fazendo com que as veias superficiais se tornem
tortuosas e dilatadas (veias varicosas).
A inversão do fluxo e dos shunts veno-venosos, não só alteram a estrutura dessas veias,
mas também alteram a função de drenagem. As toxinas que geralmente são eliminadas
pelo sistema venoso estagnam e causam inflamação (produção de mediadores
inflamatórios), causando dor e prurido. À medida que o tempo passa, o ambiente
tecidual nas regiões mais acometidas começa a se tornar deletério às próprias células e
paralelamente a isso o progressivo aumento da pressão no interstício passa a causar a
diminuição de fluxo na microcirculação com consequente diminuição de oxigenação e
trocas metabólicas, produzindo dores nas pernas, cãibras noturnas, inchaço dos
tornozelos, edema e úlceras da pele e outros problemas.
A dermatite ocre é resultado da lise das hemácias, que libera hemoglobina que no
espaço extracelular e é degradada a um subproduto, a hemossiderina, que dá coloração
castanha à pele. Por fim ocorre um processo de lipodermatoesclerose secundário à
grande concentração de líquido e principalmente proteínas que ficaram retidas no
interstício celular, levando primeiro ao endurecimento e aumento do poder oncótico
intersticial e posterior à fibrose da pele e principalmente do tecido celular subcutâneo.
Manifestações clínicas
Dor
Inchaço
Sensação de dor/latejante
Inquietação
Peso/fadiga
Coceira
Queimação/formigamento
Cãibras noturnas nas pernas
A dor nas pernas geralmente piora quando esta em pé e aliviada com elevação,
caminhada e uso de meias de apoio.
Pele
Pigmentação da pele
Edema
Lipodermatoesclerose
Eczema
Atrofia branca (placas claras de tecido cicatricial)
Úlcera venosa
• Outras causas comuns de úlceras dos membros inferiores são a insuficiência arterial,
neuropatia (muitas vezes devido ao diabetes) e úlceras de pressão.
• Pessoas com insuficiência venosa de longa data também podem sofrer enrijecimento
da articulação do tornozelo e perda de massa e força muscular.
• No interior das veias da perna há válvulas que fazem com que o sangue flua em apenas
uma direção, para o coração. Contudo, essas válvulas vão se enfraquecendo conforme a
pessoa envelhece, o que permite que o sangue acabe fluindo na direção contrária e se
emposse nos pés ou pernas. Essa situação e chamada de insuficiência venosa ou estase
venosa, o que leva a uma inflamação no local, que é a dermatite ou úlcera de estase.
• Algumas zonas da pele podem se romper e acabar formando uma ferida aberta
(úlcera).
diagnóstico muitas vezes pode ser feito clinicamente por achados consistentes
com classificações CEAP específicas de doença venosa crônica.
A ultrassonografia duplex é o teste diagnóstico confirmatório inicial
recomendado.
O ultrassom duplex pode ser usado para detectar:
o Refluxo venoso
o Trombose aguda ou crônica
o Padrões de fluxo obstrutivo
o Alterações pós-trombóticas
A pletismografia venosa é recomendada para avaliação do sistema venoso em
pacientes com doença venosa crônica avançada se o duplex scan não fornecer
informações definitivas sobre a fisiopatologia.
Tratamento
A fisioterapia pode minimizar os danos causados pela IVC, através de uma abordagem
global do portador, com melhora do edema, dor e mobilidade, consequentemente
melhorando as atividades funcionais.
A fisioterapia utiliza-se de várias técnicas para o tratamento da Insuficiência venosa
crônica, sendo estas, Posicionamento, Cinesioterapia, Drenagem Linfática Manual
(DLM), Compressões elásticas e inelásticas, Mecânica e Hidroterapia.
Ablação térmica endovenosa.
As telangiectasias e as veias reticulares são tratadas através da escleroterapia.
Já as veias varicosas são tratadas cirurgicamente, com a retirada das veias
dilatadas e a interrupção dos pontos de refluxo através das safenectomias interna
e externa e de eventual ligadura das veias perfurantes insuficientes.
Os sintomas isolados que necessitam tratamento apresentam melhora clínica
com o uso de medicamentos flebotômicos.
Complicações
Dermatite
Malignidade
Dor
Ansiedade
Depressão
Tromboflebite superficial.
Trombose venosa profunda.
Dermatite ocre.
Lipodermatoesclerose.
Úlceras de estase: ao redor no maléolo medial, bordos irregulares, rasas, com
base vermelha e exsudato serohemático ou seropurulento e pigmentação ao
redor. Estas geralmente não são dolorosas, a não ser que haja infecção.