Você está na página 1de 6

→ Artérias

Sistema Vascular → Veias Transportam o sangue para: • Nutrir os tecidos;


• Retirar os produtos excedentes do
→ Capilares metabolismo celular;
• Permitir que o fluxo linfático drene do
tecido para a circulação;
• Retornar ao coração para circular
novamente

• O fluxo sanguíneo depende da eficiência do coração como bomba e da permeabilidade


dos vasos sanguíneos.
• A doença vascular nas extremidades pode afetar o sistema arterial ou o sistema venoso.

→ Doença Vascular Periférica


As afeções do sistema vascular geralmente interferem na circulação até aos tecidos, levando a
manifestações clínicas características.

Insuficiência arterial Insuficiência Venosa

Há menor fluxo de sangue até aos O sangue chega ao tecido, mas o


tecidos, produzindo isquémia. retorno do sangue ao coração está
reduzido, levando à congestão e
Há interferências nos nutrientes que estase venosa.
chegam aos tecidos, levando a úlceras
isquémicas e alterações na pele. A congestão venosa leva a edema,
alterações na pele e úlceras de estase.

→ Doença Arterial Periférica


Arteriosclerose: qualquer doença arterial que envolve o espessamento da parede dos vasos com perda
da elasticidade.
Fatores de risco:

• Tabagismo;
• Hiperlipemia;
• Idade;
• História Familiar;
• Género;
• Sedentarismo;
• Diabetes; Artérias mais afetadas
• HTA.
Definição: Doença degenerativa das artérias, provocada pela aterosclerose. Envolve o progressivo
estreitamento do lúmen arterial, e por fim, a obstrução das artérias das extremidades.
Aterosclerose: Desenvolvimento de placas de gordura ou ateroma nas artérias. O início é assintomático.
Os sintomas da doença arterial estão relacionados com a gravidade da interrupção do fluxo sanguíneo,
que impede o fornecimento de O2 e nutrientes aos tecidos.

Manifestações:

• Palidez
• Arrefecimento
• Dor

Dor isquémica: É um aviso ou um sinal útil de que ocorreu uma lesão.


Resulta da falta de aporte sanguíneo nas extremidades.
Esta pode ser:

• Claudicação intermitente: Característica principal da insuficiência


arterial periférica. É uma dor forte nos músculos dos membros inferiores, que surge em esforço de
caminhar, alivia com o repouso.
• Dor em repouso: Dor intensa e permanente que obriga a permanecer na posição “de pé pendente”.
O membro fica vermelho cianótico, quando está pendente.
• Dor de necrose: Dor lancinante muito intensa, sem posição de alívio. O membro apresenta lesões
necróticas que aumentam progressivamente de extensão, até à região onde o tecido é irrigado
adequadamente. Há risco iminente de perda da extremidade.

→ Classificação de Fontaine
Estágio I – Assintomático
Estágio II - Claudicação intermitente (limitante ou incapacitante)
Estágio III – Dor Isquémica em repouso
Estágio IV – Lesões tróficas

→ Classificação de Rutherford
Categoria 0 – Assintomático
Categoria 1 – Claudicação leve
Categoria 2 – Claudicação moderada
Categoria 3 – Claudicação severa
Categoria 4 – Dor em repouso
Categoria 5 – Lesão trófica pequena
Categoria 6 – Necrose extensa
→ Intervenções de Enfermagem
→ Exame físico – observação
• Coloração da pele (palidez, cianose) / Palidez com a elevação do membro;
• Perda de pelos no membro inferior afetado;
• Unhas dos pés espessas, quebradiças e de crescimento lento;
• Pele brilhante, pálida, seca e descamativa;
• Fissuras isquémicas dos pés, úlceras no maléolo e calcâneo
- Presença de angiomas e petéquias;
- Presença de atrofia muscular: medir o diâmetro muscular e comparar com o lado oposto.

→ Exame físico – palpação


• Temperatura cutânea (pele fria);
• Pulsos periféricos ausentes ou fracos.

→ Exame físico – Auscultação


• Pulsos periféricos ausentes ou fracos
- Exames mais utilizados:
→ Índice de pressão tornozelo /braço (IPTB)
•Normal ≥0,9 a 1,3 mmHg
•Claudicante ≥ 0,5 e < 0,9 mmHg
•Isquémia Critica < 0,5 mmHg
𝑷𝑨𝑺 𝒃𝒓𝒂𝒒𝒖𝒊𝒂𝒍
→ Eco – Doppler
𝑷𝑨𝑺 𝑻𝒐𝒓𝒏𝒐𝒛𝒆𝒍𝒐
→ Angiografia

Diagnóstico de Enfermagem: Perfusão tecidular periférica


ineficaz

Objetivo: Promover a perfusão tecidular periférica

Intervenções de Enfermagem

• Posicionar a pessoa com os membros inferiores a um nível mais baixo que o coração, na posição
de sentado, os membros devem ficar pendentes;

• Ensinar a pessoa a evitar cruzar a perna ao nível do joelho (região poplítea);

• Ensinar a pessoa a evitar o uso de roupas e acessórios apertados;

• Ensinar a pessoa a não aplicar qualquer fonte de calor direta sobre as extremidades;

• Informar a pessoa que deve evitar o tabaco, a cafeína, emoções fortes e o

arrefecimento do membro;

• Ensinar a pessoa a fazer exercício físico lento e progressivo (estimula a

circulação colateral aumentando o fluxo sanguíneo até à área isquémica);

• Interromper o exercício somente quando surgir dor, descansar e retomar o exercício físico, só
depois da dor ter desaparecido completamente;
• Efetuar os exercícios de Buerger – Allen (Exercícios com amplitude de movimento) - Estimulam
a formação da circulação colateral e uma melhoria da irrigação à extremidade.

Diagnóstico de Enfermagem: Risco de compromisso da integridade cutânea

Objetivo: Manter a integridade cutânea

Intervenções de Enfermagem

• Ensinar a pessoa a observar os pés para despistar a presença de soluções de


continuidade, pele seca, sinais inflamatórios, ulceração, infeção… (uso de espelho
ou lupa);

• Ensinar a pessoa que deve fazer uma higiene diária adequada;

• Ensinar a pessoa a usar meias de lã quando está frio, sapatos adequados e confortáveis;

• Não andar descalço;

• Ensinar a pessoa como deve cortar a unhas.

Diagnóstico de Enfermagem: Dor presente

Objetivo: Diminuir a dor

Intervenções de Enfermagem

• Ensinar a pessoa a caracterizar a dor;

• Ensinar a pessoa acerca das posições de alívio/ técnicas de relaxamento;

• Ensinar a pessoa a equilibrar o exercício e o repouso;

• Ensinar a pessoa a gerir a sua analgesia;

• Esclarecer dúvidas e proporcionar o apoio emocional.

Diagnóstico de Enfermagem: Conhecimento não demonstrado sobre a DAOC

Objetivo: Proporcionar a aquisição de conhecimentos sobre a DAOC

Intervenções de Enfermagem

• Ensinar e incentivar a pessoa aderir a todas as intervenções

• Incentivar a pessoa a consultar os serviços de saúde periodicamente para avaliação da sua saúde/doença

• Incentivar a melhorar os hábitos alimentares / cessação tabágica / excesso de peso, de acordo com a
situação de cada pessoa;

• Envolver a família no plano de ensino.


→ Tratamento não farmacológico (atuar nos fatores de risco da aterosclerose)
• Mudança de Hábitos:
• Cessação Tabágica;
• Sedentarismo
• Alimentação pobre em gorduras saturadas
• Obesidade
• Controlo da Diabetes;
• Controlo da HTA;
• Controlo da Hiperlipidémia.

→ Tratamento farmacológico

• Antiagregantes plaquetários- Previnem a formação de coágulos. Ex.: Aspirina, Clopidogrel,


Ticlopidina;
• Derivados de Xantina- Aumenta a flexibilidade eritrocitária (altera a forma dos eritrócitos), diminui a
viscosidade do sangue, melhorando o fluxo sanguíneo e aumentando o aporte de sangue oxigenado
ao tecido isquémico;
• Vasodilatadores- Aumenta o lúmen das artérias dos membros inferiores e inibe a agregação
plaquetário. Ex.: Citostazol;
• Anti- hipertensores;
• Anti- dislipidémicos;
• Anti- diabéticos orais, insulina;
• Analgésicos.

→ Tratamento cirúrgica convencional

Endarterectomia: Incisão direta na artéria, para remover a placa aterosclerótica.

Derivação/enxerto (Bypass): Enxerto autólogo da veia safena do próprio


doente. A veia é removida e depois invertida, para que as válvulas na veia
permitam que o sangue flua no sentido desejado. Também se utilizam os
enxertos sintéticos: Goretex (politetrafluoretileno), usados com sucesso.

→ Tratamento cirúrgica endovascular

Angioplastia Transluminal Percutânea: Consiste na passagem de um cateter com um balão de


dilatação na extremidade. Faz-se a insuflação do balão, para eliminar a obstrução causada pela
aterosclerose. Neste procedimento também se pode deixar colocado um stent, na área estreita da artéria
para mantê-la aberta.
Intervenções de Enfermagem especificas após o tratamento cirúrgico
• Avaliar a temperatura, cor, sensibilidade, mobilidade e dor do membro;
• Avaliar os pulsos periféricos bilateralmente;
• Manter os membros quentes, mas sem aplicar calor direto;
• Manter os membros em posição horizontal, ou ligeiramente em declive, para promover a irrigação à
extremidade;
• Ensinar a não cruzar as pernas pelo joelho ou tornozelo;
• Despistar sinais de hemorragia interna e externa.

→ Aneurismas: pontos de enfraquecimento, dilatação localizada nas artérias.

Causas:

• Aterosclerose,
• Traumatismo,
• Anomalias congénitas dos vasos,
• Alteração no tecido conjuntivo que provocam a debilidade da parede dos vasos,
• Tabagismo,
• HTA
• Fatores genéticos

A aorta abdominal é o local mais comum de formação do aneurisma.

→ Tipos de aneurisma

Sacular Dissecante
Fusiforme

Ocorre dilatação da Ocorre uma dilatação em Desenvolve-se a partir da rotura na


parede do vaso por forma de bolsa, apenas íntima da artéria, o que provoca
todo o perímetro e tem de um lado da artéria. acumulação de sangue, na
forma uniforme. cavidade recém-formada entre a
íntima e a média. Associados a
HTA, sendo mais comuns na aorta
torácica

Após o diagnóstico de Aneurisma, o objetivo é prevenir a rotura


do Aneurisma e posteriormente efetuar a reparação cirúrgica:

Abertura de incisão no Inserção de enxerto Sutura da parede aórtica


saco aneurismático sintético sobre o enxerto
Aneurisma que
sintético
sofreu rotura

Você também pode gostar