4.alterações Hemodinâmicas

Alterações Hemodinâmicas
Licenciatura em Dietética e Nutrição

- 2019/20 -
• São distúrbios (alterações) relacionados com a distribuição do sangue no
organismo que levam a alterações de perfusão de células e órgão
• Das quais resulta um quadro patogênico.
• Hiperemia
• Hemorragia
• Edema
• Choque
• Embolia
• Trombose
• Enfarte
• Aterosclerose
- PRINCIPIOS BÁSICOS DA CIRCULAÇÃO -
O FLUXO SANGUÍNEO é
• Diretamente proporcional à pressão
• Inversamente proporcional à resistência
A MICROCIRCULAÇÃO é organizada em
unidades funcionais, controladas pelo sistema
adrenérgico e hormonal, além de mecanismos
de regulação autonomos, metabólicos e
miogénicos
HEMOSTASE
Processo fisiológico de controle do extravasamento sanguíneo quando

ocorre lesão vascular
HEMOSTASE
Processo fisiológico de controle do extravasamento sanguíneo quando

ocorre lesão vascular
HEMOSTASE
PAREDE VASCULAR
• É indispensável para manter a fluidez normal do
sangue
• As células endoteliais tem atividade trombolítica
• Endotélio integro impede a interação das plaquetas
com o fator de von Willebrand (região sub-endotelial)
e o contacto do plasma com o colagénio (região sub-
endotelial)
HEMOSTASE
HEMOSTASE
Sistema de coagulação
A reação fundamental do
processo de coagulação - é a
transformação do
fibrinogênio (sintetizado no
fígado) em fibrina insolúvel
HEMOSTASE
• Conjunto de fatores que visa estancar a rutura
• Período curto de vasoconstrição (< subs. vasodilatadoras)
• Coagulação sanguínea em resposta à lesão
• 1) Adesão de plaquetas (fator de vonWillebrand)
• 2) Colagénio sub-endotelial ativa via intrínseca
• 3) Células endoteliais lesadas liberam tromboplastina (via extrínseca)
• 4) Liberação de fatores pró-coagulantes pelas plaquetas
Formação de um tampão temporário que após polimerização da fibrina se

torna permanente
- HIPEREMIA -
• Ativa (arterial) - aumento provisão/ fluxo de sangue a um órgão,
normalmente fisiológico
• Ex: exercício
• Passiva (venoso)
congestão de um órgão por sangue venoso, normalmente, é o
resultado de alterações funcionais do ventriculo esquerdo o que, por
sua vez, conduz à insuficiência ventricular direita
- HIPEREMIA -
- HIPEREMIA -
- HIPEREMIA -
- HIPEREMIA -
• Congestão passiva vs edema do tecido pulmonar
- HIPEREMIA -
• Congestão passiva do tecido hepático
Alterações Homodinâmicas
HEMORRAGIA
• É a saída de sangue dos compartimentos

vasculares (vasos ou coração) para o exterior
do corpo, interstício, ou cavidade pré-
formadas.
• Desencadeia um mecanismo compensatório

de resposta inicial do sistema cárdio-vascular
à perda aguda de sangue, isto é, ocorre
vasoconstrição cutânea, muscular e visceral,
para tentar manter o fluxo sanguíneo para os
rins, coração e cérebro, órgãos mais
importantes para a manutenção da vida.
© 2000, J.L. Fishback, M.D.

- Hemorragia -
• Pode ser provocado:
• Trauma (inclusive cirurgiões)
• Defeitos congénitos (aneurisma)
• Defeito da parede do vaso (aterosclerose,
vasculite)
• Hipertensão
• Coagulopatia (Hemofilia A)

- Hemorragia -
EXTERNAS
São as que ocorrem para o exterior do corpo ou para cavidades em
comunicação com o exterior
• Gastrorragia e enterorragia: hemorragia para a luz do estômago ou

dos intestinos.
• Hematêmese: hemorragia na parte alta do tubo digestivo, lançada ao exterior
na forma de vômito.
• Melena: hemorragia em que o sangue digerido sai com as fezes, tendo
aspecto caracteristicamente comparado ao de borra de café.

- Hemorragia -
EXTERNAS
São as que ocorrem para o exterior do corpo ou para cavidades em
Comunicação com o exterior
• Hematúria: hemorragia lançada ao exterior com a urina.

- Hemorragia Externa -
• Hemoptise: hemorragia oriunda dos
pulmões ou de outras partes do trato
respiratório.
• Otorragia: hemorragia através do canal
auditivo externo;

• Epistaxe: hemorragia através das
narinas, geralmente oriunda da
mucosa nasal.
• Menorragia, hipermenorréia ou
polimenorréia: hemorragia
menstrual abundante.
• Metrorragia: hemorragia nos
períodos intermenstruais, ou na
menopausa.

As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.
• Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo, rico em oxigênio, e a
perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas do coração.
Esse tipo de hemorragia é particularmente grave pela rapidez com que a perda de
sangue se processa.
• As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro,
pobre em oxigênio, e a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São
menos graves que as hemorragias arteriais, porém, a demora no tratamento
pode ocasionar sérias complicações.
• As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em vasos de
pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo.
REAÇÃO ORGÂNICA À HEMORRAGIA
A resposta inicial do sistema cárdio-vascular à perda aguda de sangue é um

mecanismo compensatório, isto é,
• ocorre vasoconstrição cutânea, muscular e visceral,
• para tentar manter o fluxo sanguíneo para os rins, coração e cérebro, órgãos
mais importantes para a manutenção da vida
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com o volume de sangue perdido, as hemorragias são classificadas em 4
classes.
CLASSIFICAÇÃO
O humano saudável, em média, 7% do seu peso em sangue
Hemorragia classe I
Perda de, até 15% volume.

Pessoa com 70 kg = até 400ml
SINTOMAS
Ligeiro aumento de frequência cardíaca
CLASSIFICAÇÃO
Hemorragia classe II
Perda de, 15 a 30% volume.

Pessoa com 70 kg = de 750 a 1.500 ml
SINTOMAS
Taquicardia, taquipneia, < Ta, < pressão do pulso, leve diminuição da diurese
REPOSIÇÃO
Cristaloides, raramente + transfusão
CLASSIFICAÇÃO
Hemorragia classe III
Perda de, 30 a 40% volume.

Pessoa com 70 kg = de 1.500 a 2000 ml
SINTOMAS
Os da classe II + os sintomas de hipoperfusão (< nível de consciência, palidez,
sudorese fria)
REPOSIÇÃO
Cristaloides , provavelmente + transfusão
CLASSIFICAÇÃO
Hemorragia classe IV
Perda de, > 40% volume.

Pessoa com 70 kg = > 2000 ml
SINTOMAS
É um quadro de hipovolémia marcado (doente fica sem sangue). Apresenta taquicardia
extrema, queda de TA, pulso fraco, sem débito urinário, perda de consciência
REPOSIÇÃO
cristaloides, transfusão e cirurgia urgente
- Hemorragia -
INTERNAS
são mais difíceis de serem reconhecidas porque o sangue acumula-se nas

cavidades do corpo, tais como: estômago, pulmões, bexiga, cavidades craniana,
torácica, abdominal e etc.
SINTOMAS
• fraqueza;
• sede;
• frio;
• ansiedade ou indiferença.
- Hemorragia Internas -
SINAIS
• Alteração do nível de consciência ou inconsciência;
• agressividade ou passividade;
• tremores e arrepios do corpo;
• pulso rápido e fraco;
• respiração rápida e artificial;
• pele pálida, fria e humida;
• sudorese;
• pupilas dilatadas.
- Hemorragia Internas -
IDENTIFICAÇÃO
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja hemorragia
interna quando houver:
• acidente (acidente automoveis);
• ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete,
principalmente no tórax ou abdome;
• acidente em que o corpo suportou grande pressão (soterramento,
queda).
• Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe suspeita
de uma hemorragia no cérebro.
- Hemorragia -
INTERNAS-intersticio
• Petéquia - hemorragia puntiforme (capilar) na pele ou em outro lugar,

normalmente secundária a coagulopatia ou vasculite.
pontilhado hemorrágico.

- Hemorragia -
• Púrpura - hemorragia superficial

difusa na pele, com até 1 cm em
diâmetro. Grupo de doenças
caracterizadas por hemorragias na
pele com coloração purpúrica ou
vermelho acastanhadas. Causas
muito variadas, p. ex. distúrbios da
coagulação (púrpura
trombocitopênica).

- Hemorragia -
• Sufusões hemorrágicas - hemorragias maiores, difusas ou espalhadas

pelo interstício.

- Hemorragia -
• Equimose (contusão) –
descrições:
• hemorragia superficial da pele > 1
cm em tamanho.
• Sufusão hemorrágica cutânea de
origem traumática
• hemorragia na pele, maior que
uma petéquia/ púrpura,
independente da causa).

- Hemorragia -
• Hematoma - coleção de
sangue dentro de um tecido
(frequentemente músculo)/
hemorragia em que o sangue
que se acumula forma uma
nova cavidade.

- Hemorragia -
PARA CAVIDADES PREVIAMENTE EXISTENTES DO ORGANISMO
• hemotórax
• hemopericárdio
• hemoperitoneu
• Hematosalpinge (trompa uterina)
• hemartrose (cavidades articulares).
- Hemorragia -
• hemopericárdio
- Hemorragia -
• hemoperitoneu
- Hemorragia -
• hemotórax
- Hemorragia -
• hemartrose (cavidades articulares).

- Hemorragia -
APOPLEXIA
É uma hemorragia que se dá na

intimidade de um órgão com
destruição parcial ou total deste
e com manifestações súbitas e
graves.
O exemplo mais conhecido é a
hemorragia cerebral na
hipertensão arterial
(hemorragia cerebral
hipertensiva.)

FLUIDOS CORPORAIS:
Água corporal total - 42 L
• Intracelular - 28 L
• Extracelular - 14 L
• Intravascular - 4-5 litros
• Intersticial - 10 L
EDEMA
Acumulação de líquido no interstício ou em cavidades do organismo como
consequência do aumento da permeabilidade vascular.
Pode ser localizado ou sistémico
Quando em cavidades recebe nomes específicos: Hidrotórax, hidroperitoneo
- EDEMA -
Acumulação de líquido no interstício ou em cavidades do organismo como consequência do
aumento da permeabilidade vascular.
• Transudado
• liquido com baixo teor de proteínas (< 1.020 mg/dL).
• A Permeabilidade vascular está preservada e ocorre a passagem de água.
• A causa é o aumento da pressão hidrostática ou redução das proteínas plasmáticas.
• As possíveis causas são insuficiência cardíaca, renal e hepática
• Exsudado
• líquido com alto teor de proteínas (> 1.020 mg/dL).
• Aumento da permeabilidade vascular que permite a saída de líquidos orgânicos através das
paredes e membranas celulares
• Pode ocorrer por lesão ou por inflamação
• No caso de exsudação sanguínea por ferimento há passagem de proteínas, de plasma,
leucócitos, plaquetas e hemácias.
- EDEMA -
- EDEMA -
- EDEMA -
A lei de “Starling”:
“a pressão hidrostática do
sangue normalmente é
equilibrada pela pressão
de oncótica das proteínas
plasmáticas”
- EDEMA -
Edema forma-se pelos seguintes mecanismos:
1)Aumento da pressão hidrostática intravascular
2)Redução da pressão oncótica do plasma
3)Aumento da permeabilidade capilar
4)Obstrução da drenagem linfática

- EDEMA -
Edema tem seguintes causas:
1)Redução da pressão oncótica

Desnutrição, lesões gastrointestinais, doenças hepáticas que
causam hipoproteinemia
2)Insuficiência cardíaca
Causa mais comum de edema generalizado
Diminuição do débito cardíaco e diminuição da filtração renal
(retenção sódio e água)
- EDEMA -
Edema tem seguintes causas:
3)Doença renal
Diminuição da excreção de sódio e água, aumento da pressão
hidrostática, perda albumina
4)Cirrose hepática
Redução da síntese proteíca pela lesão hepática, diminuição da
pressão oncótica
- EDEMA -
PATOGÉNESE
Edema não-inflamatório:
• Edema pulmonar devido a insuficiência cardíaca (aumento da pressão hidrostática
sedundária aldosteronismo)
• Síndrome Nefrótica (diminuição da pressão oncótica)
Edema inflamatório:
• Lesão direta, irreversível - todos os vasos (queimadura)
• Aumento transitório da permeabilidade vascular (efeito de mediadores químicos)
- EDEMA -
CLASSIFICAÇÃO
• Edema local - característico da inflamação

aguda
- EDEMA -
CLASSIFICAÇÃO
• Edema generalizado - afeta

órgãos viscerais e áreas do
tronco e das extremidades -
classicamente visto na ICC
- EDEMA -
CLASSIFICAÇÃO
• Edema generalizado - afeta

órgãos viscerais e áreas do
tronco e das extremidades -
classicamente visto na ICC
- EDEMA -
CLASSIFICAÇÃO
• Anasarca - edema generalizado e

severo - normalmente um resultado
da insuficiência renal
CHOQUE
• Situação sistémica aguda de falência progressiva do sistema cardiovascular que

leva á queda abrupta da pressão arterial
• associada a grave distúrbio da microcirculação
• hipoperfusão generalizada de órgãos e tecidos levando á hipoxia celular
• < disponibilidade de O2 e nutrientes + remoção inadequada de catabolitos +

matabolismo aeróbico -> aeróbito
• Se não tratado rapidamente -> MORTE

- CHOQUE -
ETIOLOGIA
• Distúrbio da macrocirculação (cardiogénico ou hipovolémico)
• Distúrbio na microcirculação
- CHOQUE -
• Distúrbios da macrocirculação
• CHOQUE CARDIOGÉNICO
• Coração incapaz de bombear adequadamente
o sangue
• Destruição extensa do miocárdio (40%),
arritmias
• Debito cardíaco bastante reduzido
- CHOQUE -
• Distúrbios da macrocirculação
• CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Perda súbita de grandes quantidades de
líquidos
• hemorragia:
• interna (digestiva)
• externa (trauma)
• Desidratação
• Diarreia
• Vómitos
• Queimadura
• Cativação em cavidade (peritonite,
pancreatite,
- CHOQUE -
• Distúrbios da
macrocirculação
2018, Patologia, Geraldo Brasileiro filho

- CHOQUE -
• Distúrbios da microcirculação
ENDOTOXINAS – choque sético (óbito 50% dos casos)

• Infeção bacteriana resistente a antibióticos
• Vasodilatação sistémica (produção e libertação de NO)
• < força contrátil do coração
• Edema periférico
• Diminuição do volume sanguíneo
- CHOQUE -
• ANAFILAXIA – choque anafilático
• Reação exagerada a substância estranha
• Mediada por IgE
• Libertação de substâncias vasoativas
• Edema periférico
• Diminuição do volume sanguíneo
• Hipotensão arterial-> diminuição do fluxo na microcirculação
-> choque
- CHOQUE -
2018, Patologia, Geraldo Brasileiro filho

- CHOQUE -
• CHOQUE NEUROGÉNICO
• Causado pela insuficiência circulatória periférica aguda de causa neurológica.

Acontece nos casos de sofrimento intenso do tronco cerebral causado por
lesão medular ou cerebral.
• Geralmente precede a morte encefálica, com falência hemodinâmica e

vasodilatação generalizada.
- CHOQUE -
SINTOMAS de compensação imediata
Sinais de compensação:
• Taquicardia;
• Taquipneia;
• Hipertermia;
• Hipotermia;
• Inquietação, ansiedade, irritabilidade;
• Pele pálida e fria (hemorrágico) ou quente e ruborizada (séptico, anafilático,
neurogênico).
- CHOQUE -
SINTOMAS de compensação progressiva
Sinais progressivos:
• Apatia, confusão mental;
• Taquicardia; pulso irregular;
• Queda da pressão arterial sistêmica;
• Respiração rápida;
• Diminuição intensa da temperatura corporal;
• Confusão e incoerência na fala ou perda da consciência;
• Midríase com reação lenta;
• Respiração lenta, superficial e irregular.
ATEROSCLEROSE
• Doença das artérias de

grande e médio calibre
caracterizada por
alterações representadas
pela acumulação de
lipídeos, hidratos de
carbono, componentes do
sangue e material
intercelular
TROMBOSE
Processo patológico caracterizado pela

solidificação do sangue dentro dos vasos ou
do coração, em indivíduo vivo.
Trombo – massa sólida formada pela

coagulação, no interior dos casos
Coágulo – massa não estruturada de sangue,

fora dos vasos
- TROMBOSE -
Ativação patológica do processo normal
de coagulação sanguínea
Causas:
1)Alteração do fluxo sanguíneo

• obstrução do fluxo – agregação de
plaquetas e estase de fatores de
coagulação
• Aceleração do fluxo e turbulência – lesa
o endotélio e permite o contato de
plaquetas com a superfície sub-
endotelial dos vasos (pressão arterial
elevada)
- TROMBOSE -
Ativação patológica do processo normal de coagulação sanguínea
Causas:
2)Lesão endotelial
• Endotélio é essencial para manutenção da homeostase vascular
• Pode ser lesão morfológica ou apenas disfunção
• Endotélio saudável produz – antiagregantes de plaquetas e vasodilatadores (NO e PGI2)
3)Hipercoagulabilidade do sangue
• Aumento do número de plaquetas
• Alterações de fatores da coagulação
• Fator genético ou politraumatismos e cirurgias extensas
EMBOLIA
Embolia é a passagem através das circulação, venosa ou arterial, de qualquer material

(sólido, liquido ou gasosos) capaz de ser retido num vaso sanguíneo e assim obstruir o
seu lúmen
Embolo (do grego, tampão ou rolha)

é qualquer corpo estranho à corrente sanguínea ou linfática, transportado por ela e que
fica retido em um vaso de calibre menor.
90% dos casos os êmbolos tem origem em trombos
Embolia
Ocorre quando há oclusão do vaso por um embolo e o após ramificação vascular com <
do calibre do lúmen
- EMBOLIA -
- EMBOLIA -
CLASSIFICAÇÃO
• Trombo-embolismo (mais comum)

• Embolia gordurosa
• Embolia por líquido amniótico
• Embolia gasosa
• Embolia por colesterol
• Embolia séptica
• Embolia por corpo estranho
• Embolia por medula óssea
- EMBOLIA -
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)
• há uma obstrução do fluxo venoso pela

formação de trombo em veia profunda dos
MI(90%) ou MS, veias ilíacas e cavas
• Quando o trombo é liberado na corrente
sanguínea e obstrui a circulação arterial
pulmonar ->TEP
• O TEP é uma das principais causas diretas de
óbito em indivíduos hospitalizados
• Em média 78,6% dos achados de TEP em
necropsias não eram acompanhados de
diagnóstico clínico
- EMBOLIA -
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)
- EMBOLIA -
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)
• Fonte habitual são as veias profundas da

perna - FleboTromboses ou Tromboflebites
• Destino do trombo-embolismo pulmonar
• Embolia pulmonar volumosa (embolo de sela),
com fibrilação ventricular
• Enfarte pulmonar
• Embolia sem enfarto
• Embolo paradoxal (quando o embolo passa da
circulação arterial para a venosa, ou vice-versa,
sem atravessar a rede capilar)
- EMBOLIA -
TROMBOEMBOLIMO PULMONAR (TEP)
Normalmente origina-se de trombos formados nas veias ileo-femurais e as
consequências variam com o tamanho do trombo
• Êmbolos grandes – obstrução tronco artéria pulmonar

Quando mais de 60% do leito arterial é obstruído o tromboembolismo é fatal
• Êmbolos médios – alojam-se nos ramos pulmonares de médio calibre

Pode ser assintomático, artérias brônquicas evitam a necrose
• Êmbolos pequenos – pequenos, mas múltiplos, podem obstruir a circulação

Oclusão maior que 30% causa hipertensão pulmonar, podem ser lisados
- EMBOLIA -
São particularmente frequentes em doentes acamados e após cirurgias extensas.

Razão por que se promove o levante precoce dos doentes, se recorre a meias
elásticas e a hipocoagulação (heparina) como forma de prevenção.
- EMBOLIA -
- EMBOLIA -
EMBOLIA GASOSA
Presença de bolhas de gás que obstruem os vasos sanguíneos da circulação venosa

• Grande quantidade de ar penetra rapidamente pela veia
Punções, cirurgias, pneumotoráx, sistemas de infusão Arterial
• Injeção de ar nas contrações uterinas durante o parto (passagem para a circulação
arterial através dos capilares pulmonares)
• Mudanças bruscas de pressão (expansão dos gases sanguíneos - mergulho)
Nas descompressões súbitas (mergulhadores, aviadores e astronautas).
Quando sob pressurização, de acordo com a Lei de Henry (Volume de um gás dissolvido num líquido =
Pressão parcial deste gás X Coeficiente de solubilidade do gás), ocorre aumento do volume de gás
dissolvido no plasma. Com a descompressão súbita, o gás torna-se insolúvel na própria circulação.
Fenómeno semelhante ao de abrir uma garrada de refrigerante.
ISQUEMIA
Diminuição ou falta de chegada de sangue a

um determinado órgão ou estrutura. Surge
sempre que a chegada de sangue é menor que
a necessidade.
A sua gravidade depende do grau de
obstrução.
- ISQUÉMIA -
ETIOLOGIA
1) Obstrução vascular
Causa mais frequente e mais
importante
Obstrução anatómica:
compressão por tumor,
hematoma, decúbito,
espessamento da parede
arterial (aterosclerose),
trombos, coágulos
Espasmos vasculares:
disfunção ou lesão endotelial
- ISQUÉMIA -
ETIOLOGIA
2) Diminuição da pressão entre artérias e veias

Estados de choque por redução da pressão arterial -> Reduz o fluxo sanguíneo nos capilares
3) Aumento da viscosidade sanguínea

Diminui o fluxo especialmente na microcirculação (desidratação)
4) Aumento da necessidade
Geralmente sozinha não causa isquemia
Quando associado a outras das causas acima torna-se importante
- ISQUÉMIA -
1-Isquemia relativa temporária
Obstrução vascular parcial quando há aumento de atividade de um
órgão
• As células não morrem nem há sequelas
Ex.: angina de peito
- ISQUÉMIA -
2) Isquemia subtotal temporária
Obstrução vascular incompleta = fluxo sanguíneo mínimo
• Nível de energia próximo ao limite inferior
• Células não morrem mas perdem sua função
• Rápida perfusão pode salvar estas áreas
3) Isquemia absoluta temporária

Interrupção passageira do fornecimento sanguíneo
• Durante a isquemia o órgão entra em disfunção, mas as células não morrem
• Neurónios cortex 4-6 min
• miocardiócitos 20-40 min
• túbulos renais 60-180 min
- ISQUÉMIA -
4) Isquemia persistente
Bloqueio total por tempo
prolongado
• Placas de aterosclerose,
trombos, embolos
• Pode provocar enfarte =
necrose da área atingida
• EAM, AVC, mesentérica
- ISQUÉMIA -
4) Isquemia persistente
Bloqueio total por tempo
prolongado
• Placas de aterosclerose,
trombos, êmbolos
• Pode provocar enfarte =
necrose da área atingida
• EAM, AVC, mesentérica
ENFARTE
Área circunscrita de necrose
tecidual causada por isquemia
absoluta prolongada, por
obstrução arterial ou venosa
• Isquemia prolongada ->
Consumo das reservas
energéticas e de O2 -> morte das
células
ULCERAS
Úlcera é o nome genérico dado a quaisquer lesões superficiais em tecido cutâneo

ou mucoso, popularmente denominadas feridas.
Nessas lesões ocorre a ruptura do epitélio, de modo a haver exposição de tecidos
mais profundos à área rota.
• A afta, é uma úlcera na mucosa bucal
• A úlcera péptica, é lesão que ocorre na mucosa do estômago ou do duodeno (mais
frequente)
• A úlcera serosa, é uma lesão que ocorre nas membranas húmidas (ex: peritoneu)
• A úlcera cutâneas, é uma lesão na pele
ULCERAS cutâneas
• Ulceras de Estase Venosa

• Ulceras Arteriais (Pé Diabético)
• Ulceras por pressão
ULCERAS DE PRESSÃO
É uma lesão da pele, produzida quando é exercida pressão sobre uma região plana
ou proeminência óssea, provocando um bloqueio sanguíneo e, como
consequência, a isquemia que produz a degeneração rápida dos tecidos (tecido
subcutâneo, músculo, articulações, ossos) e consequente necrose.
Ocorrem geralmente nas regiões de proeminências ósseas e são graduadas em

estágios I, II, III e IV para classificar o grau de danos observados nos tecidos.
- ULCERA DE PRESSÃO -
Grau I
• eritema da pele intacta
Grau II
• perda parcial da pele envolvendo a
epiderme, derme ou ambas
• ulcera é superficial e apresenta-se como
uma abrasão, uma bolha ou uma cratera
rasa
Grau III
• Perda da pele na sua espessura total,
envolvendo danos ou necrose do tecido
subcutâneo, não chegando ao músculo
• Apresenta-se clinicamente como uma
cretera profunda
Grau IV
• Perda da pele na sua total espessura
com uma extensa destruição ou
necrose dos músculos, ossos ou
estruturas de suporte como tendões
ou cápsulas
A etiologia depende de:
1- Intensidade da Pressão
2- Duração da Pressão
3- Tolerância dos tecidos (fricção, humidade)
4- Estado Nutricional
A etiologia depende de:
4- Estado Nutricional
A desnutrição favorece o desenvolvimento da úlcera de pressão pois
• A hipoalbuminemia altera a pressão oncótica e favorece a formação de edema.
• A difusão de oxigênio no tecido edemaciado fica comprometida.
• Há uma diminuição da resistência a infecção devido ao comprometimento no sistema imunológico.
• A anemia afeta o transporte de oxigénio.
• As deficiências de vitaminas A, C e E também podem contribuir para o desenvolvimento da úlcera

de pressão devido ao papel que estas vitaminas tem na síntese do colagénio, imunidade e
integridade epitelial.
Prevenção passa por:
• Aporte nutricional adequado

• Reposicionar frequentemente as
pessoas imobilizadas (acamadas a
cada 2 h; em cadeira de rodas a cada
1h)
• Coloque as pessoas em risco, em
colchões ou almofadas que reduzam
ou alternam a pressão
TRATAMENTO
TERPAPIA COM PRESSÃO NEGATIVA

TRATAMENTO
TERPAPIA COM PRESSÃO POSITIVA

4.alterações Hemodinâmicas

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Licenciatura em Dietética e Nutrição

Processo fisiológico de controle do extravasamento sanguíneo quando

Processo fisiológico de controle do extravasamento sanguíneo quando

Formação de um tampão temporário que após polimerização da fibrina se

• É a saída de sangue dos compartimentos

• Desencadeia um mecanismo compensatório

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

• Gastrorragia e enterorragia: hemorragia para a luz do estômago ou

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

• Hematúria: hemorragia lançada ao exterior com a urina.

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

A resposta inicial do sistema cárdio-vascular à perda aguda de sangue é um

O humano saudável, em média, 7% do seu peso em sangue

Perda de, até 15% volume.

Perda de, 15 a 30% volume.

Hemorragia classe III

Perda de, 30 a 40% volume.

Perda de, > 40% volume.

são mais difíceis de serem reconhecidas porque o sangue acumula-se nas

• Petéquia - hemorragia puntiforme (capilar) na pele ou em outro lugar,

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

• Púrpura - hemorragia superficial

© 2000, J.L. Fishback, M.D.

• Sufusões hemorrágicas - hemorragias maiores, difusas ou espalhadas

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• hemartrose (cavidades articulares).

É uma hemorragia que se dá na

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Água corporal total - 42 L

1)Aumento da pressão hidrostática intravascular

2)Redução da pressão oncótica do plasma

3)Aumento da permeabilidade capilar

4)Obstrução da drenagem linfática

1)Redução da pressão oncótica

• Edema local - característico da inflamação

• Edema generalizado - afeta

• Edema generalizado - afeta

• Anasarca - edema generalizado e

• Situação sistémica aguda de falência progressiva do sistema cardiovascular que

• < disponibilidade de O2 e nutrientes + remoção inadequada de catabolitos +

• Se não tratado rapidamente -> MORTE

• Distúrbio da macrocirculação (cardiogénico ou hipovolémico)

2018, Patologia, Geraldo Brasileiro filho

ENDOTOXINAS – choque sético (óbito 50% dos casos)

2018, Patologia, Geraldo Brasileiro filho

• Causado pela insuficiência circulatória periférica aguda de causa neurológica.

• Geralmente precede a morte encefálica, com falência hemodinâmica e

• Doença das artérias de

Processo patológico caracterizado pela

Trombo – massa sólida formada pela

Coágulo – massa não estruturada de sangue,

1)Alteração do fluxo sanguíneo

Embolia é a passagem através das circulação, venosa ou arterial, de qualquer material

Embolo (do grego, tampão ou rolha)

• Trombo-embolismo (mais comum)

• há uma obstrução do fluxo venoso pela

• Fonte habitual são as veias profundas da