Você está na página 1de 37

MANEJO DE EDEMAS NO PÓS

OPERATÓRIO E NAS LESÕES


ORTOPÉDICAS

Rafaela Gouveia Rezende


Fisioterapeuta
CREFITO 206.852-F
Pós graduada em Fisioterapia Dermatofuncional
Pós graduanda em Osteopatia
Rafaela Gouveia Rezende
• Pós Graduada Fisioterapia em Dermatofuncional.

• Pós graduanda em Osteopatia.

• Formação no Método Drenagem por Joana Medrado.

• Formação em Massoterapia Linfática Social.

• Formação Completa em Estética Facial e Corporal.


SISTEMAS

VICERAL NERVOSO LINFÁTICO MUSCULAR ÓSSEO CIRCULATÓRIO


SISTEMA LINFÁTICO
• Emil e Estrid Vodder (1920) começaram a se aprofundar nessa estrutura. Outras
pessoas começaram a desenvolver técnicas baseadas nos estudos do casal.

• O sistema linfático (SL) é encarregado por equilíbrio dos líquido do nosso


corpo, ele devolve esses fluidos intersticiais em excesso para a corrente
sanguínea (age paralelamente ao sistema cardiovascular)

• Até 2015, acreditava-se que os vasos linfáticos era ausentes nos ossos, dentes,
coração e Sistema Nervoso Central (SNC).

• Em 2015 foi publicado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos


EUA – HHS a existência desses vasos.

• Tem função vital para o corpo

• Disfunção no SL acumulo de liquido no espaço intersticial

EDEMA
ESTUDOS –AVANÇOS-CURIOSIDADES

• Em um estudo  feito por Paul Ehrlich no século XIX, foram colocados
corantes solúveis em água e injetados na circulação periférica,
percebendo-se que manchavam todos os órgãos, menos o cérebro
(indicando de que SNC era anatomicamente separado do resto do corpo).

• Em outra pesquisa feita por Edwin Goldman, foi injetado novamente


corante no fluido espinhal identificando que também não manchava tecidos
periféricos, confirmando a idéia de Paul.
ESTUDOS –AVANÇOS-CURIOSIDADES
• Antoine Louveau provou a ligação entre o corpo e o cérebro através da descoberta
de vasos linfáticos no SNC (LOUVEAU et al., 2015).

• Com isso, o sistema linfático das meninges (glinfático) oferece novos alvos
terapêuticos para melhorar a drenagem cerebral e o controle imunológico em
doenças do SNC humano.

• Ou seja, o cérebro estaria conectado com o sistema imunitário via vasos linfáticos.
O que implicará na melhor compreensão sobre a regulação de processos imunes e
inflamatórios no cérebro. Além de doenças neurológicas como Alzheimer.

•  Maiken Nedergaar, afirmou: “a limpeza de resíduos é de vital importância para


todos os órgãos e há muito tempo temos perguntas sobre como o cérebro se desfaz
de seus resíduos.”
SISTEMA CIRCULATÓRIO
• ARTERIAL E VENOSO
• Coração propulsor do sistema sanguíneo.
• O ciclo cardíaco sofre influências de fatores intrínsecos e extrínsecos.
Sendo o SNA o principal componente extrínseco que exerce importante
modulação da atividade cardíaca.

• Em um estudo foi aplicado DLM com pressão leve e outra moderada tanto
em homens como mulheres. A DLM com pressão suave aumentou o tônus
simpático e a DLM com pressão moderada ativação do parassimpático .

• Essas alterações no SNA refletem no equilíbrio hemodinâmico e


hidroeletrolítico do corpo.
FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
• Capilares linfáticos ou
vasos linfáticos iniciais

• Vasos pré-coletores

• Vasos coletores

• DúctoTorácico

• Linfangion
LINFANGION
• Músculo que contrai 6 a 7 vezes por minuto e
possuem contração própria (encontra-se nos
vasos coletores e pré-coletores)
LINFA
•Quando o sangue sai do coração e é distribuído para o corpo ( plasma
sanguíneo- rico em O2 e nutrientes-), chega no capilar arterial e sofre uma
pressão hidrostática ( extravasamento do plasma) para o espaço intersticial

•Este líquido se une a macromoléculas, que não são absorvidas pelo capilar
venoso e então é absorvido pelo capilar linfático (gerando a linfa)
LINFONODOS
• Pequenas estruturas ovais que possuem um filtro biológico (retém ou
elimina vírus, bactérias, fungos).
• Filtra a linfa fazendo com que retorne à circulação. O que vai ser
reutilizado vai para corrente sanguínea e o que não, será eliminando.
• Produzem linfócitos T e B ( células de defesa)
• Temos de 600 a 700 pelo corpo
• Ínguas
AXILARES
POPLÍTEO
TIBIAIS
ÓRGÃO DO SISTEMA
LINFÁTICO
• Baço: tem presença de tecido linfóide.

• Timo: tem presença de tecido linfóide. Localizado na região retroesternal.

• Envolvidos no sistema de defesa do organismo


FISIOPATOLOGIA DO EDEMA
• FISIOLOGIA:
1. O capilar arterial possui uma pressão hidrostática um pouco maior do
que o capilar venoso, o que favorece a saída de líquidos do capilar
arterial, para que os tecidos possam ser nutridos.
2. No capilar venoso, a pressão hidrostática vai diminuindo e favorece o
retorno de uma parte desse líquido para ele, o que chamamos de
reabsorção.

• FISIOPATOLOGIA
1. Edema é o aumento no volume de liquido intersticial e/ou
cavidades corporais, resultante de um desequilíbrio das pressões
hidrostáticas e oncótica que atuam para mover o liquido para o
capilar sanguíneo.
FISIOPATOLOGIA DO EDEMA
• O edema linfo venoso está ligado ao sistema arterial ou venoso e ligado a
pressão hidrostática e a pressão oncótica.

• Esse tipo de edema (linfo venoso ou vascular), aparece muito em quem tem
varizes; em pessoas que ficam na posição ortostática por muito tempo.

• O edema linfático é provocado por uma insuficiência do sistema linfático por


acumular no espaço intersticial.

• Além de líquido contem também proteínas no meio .

• A proteína é hidrofílica. Se esse edema não for tratado, ele pode dar origem à
fibrose (típico de pós operatório- uma diminuição da atividade do sistema
linfático.) Proteinas estimulam a produção de acido ...
SINAL DE GODET/ CACIFO
LINFEDEMA
• O linfedema é o edema causado por uma falha no sistema linfático, de
forma crônica.
• Pode ocorrer no pós operatório tardio de cirurgias ortopédicas.
• DLM melhora a qualidade da pele e deixa o edema mais maleável e
melhora trocas nesse tecido.
• Primários: congênitos/ idiopáticos. Secundário: Pós cirúrgico e pós
radioterapia/ filariose/ erisipela/ traumatismos/ celulites.
• Em 1% dos casos podem se tornar tumores malignos com alta taxa de
mortalidade.
DLM- DRENAGEM LINFÁTICA
MANUAL
• Trata-se de uma técnica de massagem manual que visa estimular o correto
funcionamento do SL, aumentando a oxigenação tecidual e diminuído o
edema causado por acumulo de liquido (SOUZA et al.,2015).

• De acordo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017), as manobras de


DLM exercem uma força no retorno do líquido intersticial e das proteínas
para dentro dos capilares linfáticos, melhorando o edema.
DLM- DRENAGEM LINFÁTICA
MANUAL
• Aumento da oxigenação dos tecidos
• Melhora da eliminação de toxinas e metabolitos
• Melhora as condições de absorção intestinal
• Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais- Edema
• Produção células do sistema imunológico (linfócitos, monócitos, etc)
• Ajuda na cicatrização dos tecidos
• Aumento da qualidade de vida
• Ajudar na recuperação de lesões musculares e articulares
• Ajuda na renovação celular
• Relaxamento e bem estar– liberação de ocitocina, dopamina, serotonina
• Melhora o sono
• Reduz a dor e estresse
CONTRA INDICAÇÕES
• Tromboses/ embolia
• Infecções/ gripe forte;
• Insuficiência cardíaca descompensada;
• HAS descompensada
• Febre;
• Feridas abertas na pele;
• Insuficiência renal aguda;
• Neoplasias
• Tuberculose
• Hipertireoidismo não tratado
DRENAGEM NÃO DEIXA HEMATOMAS!!!
NÃO É REALIZADA COM FORÇA!!!!
DLM E LESÕES ORTOPÉDICAS
• Diminuição do edema e hematoma
• Melhora da mobilidade articular
• Melhora da oxigenação no músculo (circulação local e
sistêmica)
• Melhora da rigidez muscular
• Ajuda na cicatrização
• Acelera o processo de cicatrização (reparo tecidual de músculos
e tendões)
• Relaxamento- liberação de ocitocina pelo toque
• Redução da atividade simpática (promove a vasodilatação).
• Redução do espasmo muscular
• Melhora na capacidade de extensão do tecido conjuntivo/
fáscias
ASSOCIAÇÕES COM A DLM
• Bandagem elástica
• Bombeamento Tibio-Társico
• Meias Compressivas
• Caminhadas
• Elevação dos membros
• Exercícios Terapêuticos
• Terapia Compressiva Pneumática
BANDAGEM ELÁSTICA
ELEVAÇÃO DE MEMBROS
TERAPIA COMPRESSIVA PNEUMÁTICA
DRENAGEM LINFÁTICA X
ENDERMOLOGIA/VÁCUO
O QUE PRECISO PARA FAZER A DLM?

MÃOS E TÉCNICA!
REFERÊNCIAS
• GODOY, J. M. P.; Godoy, M.F.G. Drenagem linfática manual: uma nova abordagem. São Paulo: Riocor, 1999;

• GODOY, J.M. P de, Godoy M.F. G, Belczak CEQ. Reabilitação linfovenosa. Rio de Janeiro: Di-Livros Editora Ltdaps,.208;
2005.

• GODOY, J. R. P. de; SILVA, V. Z. M. ; SOUZA, H. A. Linfedema: revisão da literatura. 2013. Disponível em: . Acesso em: 29
mar. 2016.

• Efeito Agudo da Drenagem Linfática Manual sobre a Natriurese e Lipólise de Mulheres Jovens

• MARQUES, T. M. L. S.; SILVA, A. G. Anatomia e fisiologia do sistema linfático: processo de formação de edema e técnica de
drenagem linfática. Scire Salutis, v.10, n.1, p.1-9, 2020. DOI: http://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2020.001.0001

• ESTUDO DO EFEITO AGUDO DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL EM HOMENS E MULHERES: avaliação hidroeletrolítica,
hormonal e modulação autonômica cardíaca- Èrica Aparecida Mariano Camargo- Campinas, SP: (s.n), 2020,

• Módulo Joana Medrado e DLM.

• A Paravascular Pathway Facilitates CSF Flow Through the Brain Parenchyma and the Clearance of Interstitial Solutes,
Including Amyloid β Leia mais em: https://veja.abril.com.br/saude/cientistas-descobrem-sistema-que-elimina-residuos-do-
cerebro/
REFERÊNCIAS
• Protocolo de reabilitação em linfedema de membro superior Ann Ital Chir Set-Out 2002; 73 (5): 479-84. FREGNANI, J. H. T.
G. & MACÉA, J. R.

• Lymphatic drainage of the breast: from theory to surgical practice. Int. J. Morphol., 27(3):873-878, 2009.

• Rehabilitation protocol in upper limb lymphedema.Leduc O, Leduc A.Ann Ital Chir. 2002 Sep-Oct;73(5):479-84.

• Impact of manual lymphatic drainage on hemodynamic parameters in patients with heart failure and lower limb edema.Leduc
O, Crasset V, Leleu C, Baptiste N, Koziel A, Delahaie C, Pastouret F, Wilputte F, Leduc A.Lymphology. 2011 Mar;44(1):13-
20.

• Eficácia clínica da bandagem cinesiológica na redução do edema de membros inferiores em pacientes tratados com o método
ilizarov - relatório preliminar. Białoszewski D,Woźniak W ,Zarek S Ortopedia, Traumatologia, Rehabilitacja , 31 de dezembro
de 2008 , 11 (1): 46-54 PMID: 19240683 

• DA TÉCNICA DE LEDUC NO TRATAMENTO DO FIBRO EDEMA  Leduc A, Leduc O. Drenagem linfática teoria e prática


2. ed. São Paulo: Manole; 2000. 7.
PRÁTICA
OBRIGADA!

Você também pode gostar