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Material Teórico
Fibro Edema Geloide
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Fibro Edema Geloide
• Definição;
• Etiopatogenia do FEG;
• Classificação;
• Avaliação de FEG;
• Princípios Ativos para FEG;
• Eletroterapia x FEG;
• Recursos Manuais x FEG.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar o FEG determinando tipos, graus e alterações;
• Selecionar recursos de tratamento adequados, seguros e eficazes de modo individual
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e eficaz o FEG;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Fibro Edema Geloide
Definição
O Fibro Edema Geloide (FEG), conhecido popularmente como celulite (termo
inadequado para a afecção estética, pois não se trata de inflamação ou infecção
do tecido subcutâneo (AFONSO, TUCUNDUVA, PINHEIRO e BAGATIN, 2010)),
é uma alteração do tecido conjuntivo, tecido adiposo e do sistema circulatório que
envolve aspectos inestéticos, acometendo preferencialmente o sexo feminino.
O FEG tem grande prevalência nas mulheres, pois é desencadeado pela influ-
ência dos estrógenos. Sendo assim, sua localização tem preferência por áreas que
estão sob influência deste hormônio, como coxas, glúteos e quadris, mas também
pode ser encontrada em mamas, nuca, abdômen e braços.
80 a 90% das mulheres são acometidas pelo FEG. A que você atribui isso?
Etiopatogenia do FEG
A etiopatogenia do FEG não está totalmente esclarecida, mas uma variedade de
causas contribui para seu desenvolvimento, incluindo fatores estruturais, circulató-
rios e hormonais.
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Muitos fatores podem predispor o organismo à instalação do FEG. Os princi-
pais são:
• Hereditariedade: os genes determinam toda a nossa constituição, inclusive
características do organismo, como o equilíbrio da produção hormonal, a qua-
lidade da circulação sanguínea e o biotipo corporal, que estão envolvidos na
formação do FEG.
• Fatores Hormonais: o hormônio estrogênio é considerado um dos principais
causadores no desenvolvimento do FEG, atuando como desencadeador, per-
petuador e agravante do processo.
• Fatores Circulatórios: a permeabilidade aumentada dos vasos sanguíneos
constitui um dos fatores desencadeantes da afecção estética.
• Fatores Inflamatórios: alguns autores sugerem um componente inflamatório
dependente do grau de FEG (graus III e IV). Estes fazem esta defesa pois rela-
tam um aspecto inflamatório difuso crônico, com presença de macrófagos e
linfócitos, nos septos fibrosos, a partir de biópsias da pele.
Histopatologia
A epiderme não sofre alterações. Na derme, observa-se discreto infiltrado linfo-
citário perivascular. As fibras colágenas apresentam-se edematosas, fibras elásticas
diminuídas no plexo subdérmico.
Classificação
Conforme a classificação de Nüremberg e Müller em 1978, o FEG pode ser
classificado em IV graus.
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UNIDADE Fibro Edema Geloide
Grau I
Essa é a fase inicial em que o FEG ainda não é perce-
bido. O processo ainda não causa alterações visíveis nem
palpáveis (Figura 1).
Grau II
Se o FEG progredir, inicia-se um com-
prometimento maior, já que a eliminação
das toxinas produzidas no metabolismo
celular tende a se alojar na substância
fundamental amorfa, modificando a sua
consistência de gel fluido para um gel
mais condensado. Neste estágio, as tro-
cas metabólicas começam a ficar com-
prometidas, dificultando a chegada de
nutrientes para as células que compõem Figura 2 – FEG grau II
este tecido, o que acarreta uma série de Fonte: Getty Images
Grau III
No grau III, ocorre a perda do limite entre derme e o tecido adiposo. O tecido
intersticial (substância fundamental amorfa) torna-se quase impermeável, as fibras
de colágeno enrijecem (esclerosam) progressivamente, envolvendo toda a estrutura
vascular, terminações nervosas e adipócitos.
A partir deste estágio, o aspecto conhecido como casca de laranja torna-se visí-
vel, sendo que na maioria das vezes o local não necessita ser pressionado para se
notar as ondulações “casca de laranja” (Figura 3).
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Figura 3 – FEG grau III
Fonte: GettyImages
Grau IV
Torna O FEG um estágio praticamente
irreversível, o tecido intersticial completa-
mente impermeável, as fibras colágenas e
elásticas esclerosadas se agrupam formando
cápsulas ao redor dos adipócitos, que, por
sua vez, aumentam de tamanho pelo excesso
de triglicerídeos estocados e das termina-
ções nervosas, causando dor sob palpação.
O FEG pode ser ainda classificado pelos tipos, que se diferem por sua consistên-
cia. Estes podem ser:
• FEG Dura: acomete mulheres jovens que fazem esportes regularmente. Estas
apresentam tecido firme e músculos bem delineados e não apresentam sinais
de flacidez. Não é muito aparente e, quando comprimida, observa-se que a
pele apresenta aspecto de “casca de laranja”. Normalmente causa dor.
• FEG Flácida: é comum ocorrer em mulheres que levam vida sedentária e que
emagrecem e engordam rápida e constantemente. É visível mesmo sem a com-
pressão, e a região acometida é mole e trêmula.
• FEG Edematosa: é o tipo mais grave de FEG, por ser doloroso. Apresenta
edema e nódulos e geralmente é causado por diabetes e distúrbios de tireoide,
de ovários ou do metabolismo.
• FEG Mista: abrange a mistura de alguns ou todos os tipos.
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UNIDADE Fibro Edema Geloide
Avaliação de FEG
A avaliação clínica de FEG é subjetiva e depende de muito treino do esteticista
que a realizará.
Os métodos de avaliação de FEG são diversos, desde simples e baratos, como men-
surações antropométricas, palpação e documentação fotográfica, até caros e comple-
xos, como ressonância nuclear magnética. No entanto, não existe método melhor ou
aceito unanimemente, pois tais conceitos dependem de variáveis, como custo, grau de
invasão, riscos, acessibilidade, etc. Por isso, tantos métodos têm sido descritos.
Para a avaliação clínica, podemos usar o teste de palpação, sinal de Godet (Figura 5).
É um sinal clínico, avaliado por meio da pressão digital sobre a pele, por pelo menos
5 segundos, a fim de se evidenciar edema. É considerado positivo se a depressão
(“cacifo”) formada não se desfizer imediatamente após a descompressão. Teste de
casca de laranja (Figura 6): pressiona-se o tecido adiposo entre os dedos polegar e
indicador ou entre as palmas das mãos e a pele adquire uma aparência rugosa, tipo
casca de laranja. Teste de preensão (Figura 7): após a preensão da pele juntamente
com a tela subcutânea entre os dedos, promove-se um movimento de tração. Se a
sensação dolorosa for mais incômoda do que o normal, este também é um sinal do
FEG, onde já se encontra alteração da sensibilidade.
Além de perimetria, é importante avaliar peso, altura e prega cutânea para melhor
controle do tratamento.
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Algo muito relevante na avaliação do FEG é a
bioimpedância (um equipamento que através de
corrente elétrica alternada percorre o corpo por
meio de eletrodos posicionados em membros su-
periores e inferiores e quantifica porcentagem de
massa magra, massa gorda e líquidos corporais).
Importante! Importante!
Embora no tratamento de FEG não tenhamos como foco a redução de medidas, esta redu-
ção de volume pode acontecer pela redução do edema ou do líquido no espaço intersticial!
Cabe ressaltar que na maior parte dos casos a eficiência de um princípio ativo
depende da sua capacidade de permear a pele e atingir seu local de ação. Tal capaci-
dade depende de fatores relacionados à estrutura da pele, ao próprio princípio ativo
e ao veículo adequado.
Sendo assim, podemos concluir que os princípios ativos são misturados aos veícu-
los para a obtenção do produto final desejado, o qual vai ter uma indicação específica.
Para o tratamento da FEG, utilizamos princípios ativos das classes que seguem.
Lipolíticos
Lipolíticos são substâncias (princípios ativos) coadjuvantes que atuam na lipólise
do adipócito.
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UNIDADE Fibro Edema Geloide
Enzimas
A função das enzimas é diminuir a energia de ativação necessária para que as
reações metabólicas ocorram e aumentar a velocidade das reações químicas. Con-
fira abaixo alguns exemplos de enzimas utilizadas na estética.
Ativadores da Microcirculação
São substâncias que têm como finalidade desencadear a vasodilatação e, conse-
quentemente, o aumento da temperatura do organismo em local pré-determinado.
Crioterápicos
Possuem a capacidade de aumentar a circulação e a temperatura no local da apli-
cação após um resfriamento provocado por uma vasoconstricção local.
Termogênicos
São substâncias que possuem a capacidade de aumentar a circulação e a tempe-
ratura no local da aplicação.
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Em nível circulatório
• Aumento da circulação;
• Vasodilatação local;
• Aumento da oxigenação e nutrição dos tecidos;
• Aumento das trocas metabólicas do meio;
• Aumento da permeabilidade cutânea.
Eletroterapia x FEG
Recursos eletroterápicos são de fundamental importância para o tratamento
do FEG.
O recurso mais utilizado nesta afecção estética é o ultrassom de 3 Mhz, que tem
efeito tixotrópico quando utilizado no modo contínuo, que tem maior predominân-
cia de efeito térmico, que transformará a substância fundamental amorfa coloide gel
em sol, deixando-a em um estado mais amolecido e mais emulsificado (graus II e III
são os que mais se beneficiam deste efeito). O efeito mecânico, que promove uma
micromassagem no tecido, também traz benefício em relação a esta afecção, pois
facilita a retirada de catabólitos e oferta nutrientes.
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UNIDADE Fibro Edema Geloide
Pode ser usado no modo contínuo ou pulsado, dependendo do grau e tipo do FEG;
a literatura recomenda doses terapêuticas que giram em torno de 1,2 a 1.5 w/cm2.
Sugestões de dosimetria
• MODO CONTÍNUO: indicado para FEG graus III e IV (no local onde se tem
fibrose/nódulos).
• MODO PULSADO: indicado para FEG com presença de edema importante,
independentemente do grau.
• INTENSIDADE:
25% - se desejar mais efeito mecânico – FEG com grande presença de edema, sinal
de Godet +.
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Vasodilatação promove aumento da ultrafiltração, desta forma aumenta o extravasamento
Explor
Dosimetria
Frequência: 5 a 50Hz.
Tempo: 50 minutos.
Onda: retangular.
Frequência: 30 Hz.
Tempo: 10 minutos.
Após aplicar
Onda: retangular.
Frequência: 25 Hz.
Tempo: 30 minutos.
Finalização
Onda: trapezoidal.
Frequência: 5 Hz.
Tempo: 5 minutos.
Este protocolo pode ser aplicado até 3 vezes por semana, em dias alternados.
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UNIDADE Fibro Edema Geloide
Para o estímulo de drenagem, utiliza-se uma pressão negativa entre -30 e -50
mmHg, realizando movimentos no sentido do trajeto linfático do segmento a ser
drenado. Para os casos de FEG compacta, pode-se utilizar pressão negativa entre
-100 e -150 mmHg. Os movimentos podem ser ascendentes e em 8. Para os pon-
tos de fibrose, utiliza-se o método palper roller para mobilização deste tecido.
O LED âmbar trará benefícios nos casos de FEG flácida (flacidez tissular), este
pode ser utilizado por um tempo de aproximadamente 5 minutos, em quadrantes
de aproximadamente 20cm2.
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vasodilatação e consequente melhora da oxigenação e nutrição celular. É contrain-
dicada em FEG com presença de telangectasia, geralmente presente nos graus
III e IV.
O tratamento para FEG de grau I se basta apenas com DLM e uso de cosméticos
que estimulem a microcirculação; já o tratamento de FEG de graus II e III, além da
DLM, requer o uso de eletrofotermoterapia e cosméticos com todas as proprieda-
des já citadas anteriormente. Os pontos de FEG grau IV exigem um procedimento
médico chamado Sucision ou Subincisão.
Para FEG grau I, é suficiente nossa intervenção 1 vez por semana. Para FEG
graus II e III, de duas a três vezes por semana. Caso a cliente não tenha esta dispo-
nibilidade, deve-se intervir ao menos 1 vez por semana.
As orientações para esta cliente que esteja em tratamento para FEG são prática
de atividade física, consumo de doces e sódio reduzido, ausência de refrigerantes,
alimentação balanceada, redução do uso de roupas que reduzam a circulação linfá-
tica, ingestão de H2O adequada.
Em casa, a cliente deve ser instruída a utilizar cosméticos com ativos venolinfá-
ticos, lipolíticos, entre outros, duas vezes ao dia, preferencialmente após o banho.
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UNIDADE Fibro Edema Geloide
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Fisiobrasil
CHAVES, A. M. S.; VIANA, F.; MELO, P. M. Avaliação de medida abdominal
utilizando a técnica de destoxi-redução: estudo de caso. Fisiobrasil, ano 11 – Edição
87 – fevereiro 2008.
Leitura
Revista Saúde e Pesquisa
KRUPEK, T.; COSTA, C. E. M. Mecanismo de ação de compostos utilizados na
cosmética para o tratamento da gordura localizada e da celulite. Revista Saúde e
Pesquisa, v. 5, n. 3, p. 555-566, set./dez. 2012.
http://bit.ly/2M2Y4YV
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação
PIRES, V. A; ARRIEIRO, A. N; XAVIER, M. Fibro edema geloide: etiopatogenia, avaliação
e aspectos relevantes – uma revisão de literatura. XIII Encontro Latino Americano de
Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade
do Vale do Paraíba.
http://bit.ly/2X5pmik
Revista Inspirar. Movimento & Saúde
SANTANA, A. P.; UCHÔA, E. P. B. L. Avaliação fisioterapêutica em mulheres com fibro
edema geloide em uma clínica na cidade do Recife – PE. Revista Inspirar. Movimento &
Saúde. Vol. 7 – Número 4 – out/ nov/ dez 2015.
http://bit.ly/2M5yVN2
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Referências
BORGES, Fábio Santos. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfun-
ções estéticas. São Paulo: Phorte. 2010
CUCÉ, Luiz Carlos; FESTA NETO, Ciro. Manual de dermatologia. São Paulo:
Atheneu, 2001.
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Estética Corporal
Material Teórico
Flacidez Muscular
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Flacidez Muscular
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar a flacidez muscular, diferenciando-a de flacidez tissular;
• Selecionar recursos de tratamento adequados, seguros e eficazes, de modo individual
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e eficaz a flacidez muscular;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Flacidez Muscular
que possui um aspecto de filamentos fusiforme, tendo, no seu interior, muitos núcleos.
Assim, podemos dizer que um músculo esquelético é um pacote formado por longas fibras.
Disponível em: http://bit.ly/2JAbSH4
8
este resulta de um ato de vontade, porém, se o impulso parte de uma porção do
sistema nervoso sobre o qual o indivíduo não tem controle consciente, diz-se que
o músculo é involuntário.
Explor
Importante! Importante!
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UNIDADE Flacidez Muscular
Eletroestimulação na Musculatura
Estriada em Baixa Frequência
A base dessas correntes é a produção de contrações musculares semelhantes às
contrações dos exercícios ativos para aumento da força em geral, manutenção da
musculatura estriada e procedimentos estéticos de flacidez muscular.
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Correntes Variáveis de Baixa Frequência
Pulsadas (CVP) ou Correntes Polarizadas
Características:
• Tipos de onda – Unidirecional - retangular, senoidal e quadrada.
Na corrente pulsada, quando aplicada em soluções eletrolíticas, os íons são atra-
ídos constantemente de acordo com a polaridade oposta do eletrodo.
Os benefícios e os efeitos dessas correntes na musculatura estriada são indis-
cutíveis, mas temos que levar em conta alguns aspectos.
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UNIDADE Flacidez Muscular
Efeitos Fisiológicos
• Desenvolvimento da musculatura;
• Atua na circulação arterial e venosa;
• Produz um aumento da tonicidade muscular.
Corrente Russa
O termo Corrente Russa foi aplicado aos eletroestimuladores com uma saída
de corrente de onda senoidal com uma frequência portadora de aproximadamente
2.500 até 5.000 Hz, modulada de forma a produzir 50 bursts por segundo (bps).
Essa forma de estimulação foi promovida comercialmente como “estimulação russa”.
É improvável que o motivo para se usar uma frequência portadora de 2.500 Hz seja
apenas o fato de que tal frequência ser única em relação ao conforto da estimulação;
essa frequência foi escolhida porque uma frequência na faixa de 2.500 Hz implica
em pulsos cujas durações estão na ordem de 50 até 200 microssegundos, represen-
tando uma faixa relacionada a uma estimulação relativamente confortável.
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A Corrente Russa (corrente de média frequência modulada em baixa frequência)
tem a função de produzir eletroestimulação na musculatura estriada, e possui as
seguintes características:
• Frequência portadora: 2.500 Hz;
• Modulação: 20 Hz, 50 Hz;
• Tipo de pulso: Retangular;
• Intervalo: 10 ms.
A rampa tem como função dar um aspecto mais fisiológico à contração eletroes-
timulada, pois, diferentemente das correntes sem rampas, ditas correntes de pulso
brusco, a contração inicia e termina de forma abrupta, proporcionando desconforto
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UNIDADE Flacidez Muscular
Intensidade (Amplitude)
Os controles de amplitude de corrente são rotulados de “intensidade” ou “volta-
gem”, e num determinado aparelho, os números expressos no controle de emissão
de corrente, variando de 1 até 10, por exemplo, indicam o nível de saída de estimu-
lação, do mais baixo ao mais alto.
Corrente Aussie
A Corrente Aussie é classificada como uma corrente alternada de média frequên-
cia, modulada em bursts de curta duração. A corrente pode ser utilizada para a es-
timulação sensorial e motora. Para a estimulação motora, a frequência de 1KHz até
4 KHz e duração de bursts iguais a 2ms são os parâmetros de eleição. A frequência
de modulação dos bursts deve ser igual a 50 Hz, podendo ser modificada de acordo
com a avaliação clínica do paciente, entre valores de 20Hz até 70Hz. A modulação
em rampa é necessária para que a fadiga e lesões musculares sejam evitadas.
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Protocolo de Eletroestimulação com Corrente Russa – Dosimetria
• Frequência 2500 Hz;
• Tempo: 20 minutos;
• Rise: 2;
• Decay: 2;
• Time ON: 5;
• Time OFF: 5.
Correlacionando Informações
Aprendemos sobre flacidez, que esta pode ser classificada como tissular (quando
compreende pele) e muscular (quando compreende músculo). Mas, como identificar
e diferenciá-las?
A flacidez tissular se identifica com aspecto de pele “solta”, com perda de con-
torno do segmento. A melhor forma de avaliar é fazendo o teste de pinçamento
(Figura 5 – Teste de pinçamento).
Neste, realizamos uma prega com os dedos indicador e polegar, realizando uma pin-
ça e verificando o quanto este tecido cede e quanto tempo demora a voltar ao seu esta-
do normal. Neste teste, podemos identificar flacidez tissular leve, moderada ou intensa.
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UNIDADE Flacidez Muscular
Podemos ainda ter a associação dos dois tipos de flacidez. O que é necessário
entender é que cada tratamento tem focos diferentes e recursos que possuem meca-
nismos de ação diferentes para que possamos atingir as duas afecções estéticas.
O recurso que a esteticista tem a seu favor para auxiliar na melhora da tonicida-
de muscular é a estimulação elétrica neuromuscular. A corrente mais utilizada na
estética para EENM é a corrente russa.
A corrente russa pode ser realizada até 3 vezes por semana, com intervalo de pelo menos
24 horas.
Para a flacidez tissular, temos como padrão ouro para o tratamento de flacidez
tissular a radiofrequência, associada ou não a outros recursos.
Ainda explorando a flacidez tissular, temos os recursos cosméticos que nos auxi-
liam neste tratamento. Exemplos disso, temos a argila amarela que, além de hidra-
tar a pele, auxilia na firmeza desta por influência do silício nela presente. Para os
tratamentos que utilizem a radiofrequência, recomenda-se o uso de ácido ascórbico,
que estimula a liberação de substâncias precursoras de colágeno, como procoláge-
no e tropocolágeno, que estimularão a síntese de colágeno de melhor qualidade.
Hidratação e ativos firmantes são imprescindíveis para uma boa resposta bioló-
gica ao tratamento.
Os clientes que tratam flacidez muscular devem ser orientados a realizar ativida-
de física sob orientação de um educador físico.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Eu sei Eletroterapia
AGNE, J. E. Eu sei Eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2011.
Eletrotermofototerapia
AGNE, J. E. Eletrotermofototerapia. Santa Maria: O Autor, 2013.
A Eletroestimulação pode ser considerada uma Ferramenta Válida para Desenvolver Hipertrofia Muscular?
PERNAMBUCO, A.P.; CARVALHO, N.M.; SANTOS, A.H. A eletroestimulação pode ser
considerada uma ferramenta válida para desenvolver hipertrofia muscular? Fisioter Mov. 2013
jan/mar, p.123-31.
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UNIDADE Flacidez Muscular
Referências
BORGES, F. S. Dermato Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções
Estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2010.
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Estética Corporal
Material Teórico
Estrias
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Estrias
• Definição;
• Etiologia;
• Histopatologia da Estria;
• Avaliação das Estrias;
• Cosmetologia Aplicada ao Tratamento de Estrias;
• Eletrotermofoterapia Aplicada ao Tratamento de Estrias;
• Microagulhamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar as estrias determinando coloração e tipos;
• Selecionar recursos de tratamento adequados, seguros e eficazes, de modo individual
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e eficaz as estrias;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Estrias
Definição
As estrias atróficas – striae distensae – popularmente conhecidas como estrias,
podem ser definidas como um processo degenerativo cutâneo, considerado benigno,
e cuja cor varia conforme a fase evolutiva.
Estria é uma atrofia tegumentar adquirida, em forma de linha sinuosa, a princípio
avermelhada (estrias rubras – Figura 1), que posteriormente se torna esbranquiçada
(estrias brancas – Figura 2) ou brilhante (estrias nacaradas – Figura 3). Pode ainda
apresentar-se violácea e, isto denota depósito de hemossiderina.
As estrias podem ser raras ou numerosas, paralelas umas às outras e perpen-
diculares às linhas de clivagem da pele (linhas de Langer), demonstrando um dese-
quilíbrio elástico localizado. As fibras elásticas, localizadas na derme, se rompem e
conferem um aspecto inestético.
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pele normal, possuem redução significativa de fibrilina, colágeno e elastina, poden-
do apresentar-se rubras, esbranquiçadas ou violáceas, sendo de início avermelhadas
e, após um período que varia entre 4 a 18 meses, tornam-se albas, podendo ser
ou não nacaradas. A coloração depende da associação do componente microvas-
cular e do tamanho e atividade dos melanócitos. Em pacientes de fototipo mais alto
(a partir de V), as estrias recentes costumam ser hipercrômicas.
As estrias nada mais são do que um tipo de sintoma apresentado pela pele em
estado de atrofia, podendo ser causado pela redução da atividade dos fibroblastos
na produção de matriz extracelular de boa qualidade e na ruptura de fibras já exis-
tentes. Outro importante motivo pelo qual surgem está relacionado com a desidra-
tação cutânea, uma vez que os tipos de pele mais secos possuem maior predispo-
sição para o surgimento das estrias.
Sua localização ocorre, com maior frequência, em regiões com alterações teci-
duais como glúteos, mamas, abdome, coxas, região lombossacral (comum nos ho-
mens), podendo também ocorrer em regiões menos comuns como fossa poplítea,
tórax, região ilíaca, antebraço, porção anterior do cotovelo.
Os sintomas iniciais demonstram prurido, dor (em alguns casos), erupção pa-
pular plana levemente eritematosa. Nesta fase inicial, são denominadas de estrias
rubras ou avermelhadas. Na fase seguinte, o processo de formação está pratica-
mente estabelecido, e as lesões se tornam esbranquiçadas, sendo denominadas
de estrias albas. Podem evoluir ainda para um aspecto de papel crepom, o qual
denominamos estrias nacaradas. Na evolução das estrias, após o período inicial de
inflamação, o tecido pode se apresentar arroxeado, ao qual denominamos estrias
violáceas. Este aspecto se dá pelo depósito de hemossiderina.
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UNIDADE Estrias
Etiologia
A etiologia das estrias é bastante controversa, existindo quatro teorias que ten-
tam justificá-la:
Teoria Mecânica
O estiramento constante da pele, com ruptura ou perda da qualidade das fibras
elásticas dérmicas, é tido como fator básico da origem das estrias.
Ainda incerta, essa teoria sugere que a maior prevalência nas mulheres se deve
ao fato de as microfibrilas das fibrilinas serem mais frágeis nas mulheres mais jovens,
e que o estiramento da pele geraria uma lesão maior nessas mulheres, tornando-as,
portanto, mais suscetíveis à ruptura desse tecido.
Teoria Infecciosa
Essa teoria sugere que processos infecciosos poderiam causar estrias. Ela não é
muito aceita pela maioria dos estudiosos da teoria endócrina, pois estes consideram
que o tratamento efetuado à base de corticoides seria o verdadeiro desencadeante
da atrofia.
Pré-disposição Genética
A teoria de pré-disposição genética sugere que determinados genes que são deter-
minantes para que a formação das proteínas colágeno, elastina e fibronectina este-
jam diminuídos em pessoas com estrias, ocasionando uma alteração no mecanismo
do fibroblasto.
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Histopatologia da Estria
As linhas de força naturais da pele (linhas de Langer ou linhas de clivagem) dire-
cionam as fibras do tecido conjuntivo. O estiramento excessivo, além do limite des-
sas linhas, faz com que o tecido sofra uma ruptura (Figura 5). Após essa ruptura, é
possível identificarmos algumas alterações como colágeno fragmentado, substância
fundamental amorfa abundante, fibroblastos globulares e quiescentes.
Colágeno
Pele sem elasticidade
e com rupturas
Pele
Colágeno
11
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UNIDADE Estrias
FICHA CLÍNICA
Cor da pele: Branca ( ) Parda ( ) Negra ( ) Amarela ( )
Ano da menarca:
Número de gestações:
Faz uso de medicamentos: À base de corticoides ( ) Anti-histamínico
( ) Esteroides ( ) Anti-inflamatórios ( ) Outros _____________________
Apresenta algum tipo de disfunção hormonal? Qual? _____________________
Diabetes: Sim ( ) Não ( ) Hemofilia: Sim ( ) Não ( )
Transtornos circulatórios e /ou de cicatrização: _____________________
Propensão a queloides: Sim ( ) Não ( ) Patologias dérmicas:
__________________________________________
Alergia: ( ) Corrente elétrica ( ) Produtos Qual? _____________________
Tratamentos anteriores (tipo): _____________________
Resultado dos tratamentos: __________________________________________
Tipo de alimentação: Normal ( ) Vegetariana ( )
Palpação: ( ) Normal ( ) Alterada Obs.:_____________________
Elasticidade, grau de hidratação da pele: ( ) Hidratada ( ) Desidratada
Cosmetologia Aplicada
ao Tratamento de Estrias
Os peelings químicos são substâncias que possuem pH menor que o da pele
e modificam-na para uma região ácida, causando uma esfoliação química. São
classificados como muito superficial, superficial, médio e profundo, dependendo
tanto da concentração do princípio ativo, quanto do pH da formulação. Esteticistas
atuam com o peeling muito superficial para o tratamento de estrias, e é recomen-
dado o uso de ácido glicólico, lático, mandélico.
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O peeling de Ácido Glicólico foi um dos primeiros peelings químicos superficiais
a se tornar popular, sendo o mais indicado na estética para estrias. É utilizado de
forma segura, desde que verificado o fototipo cutâneo (aplicar até fototipo III) e
aplicado com a concentração ideal. É capaz de estimular a síntese de colágeno já
que o ácido glicólico é o mais simples dos alfa-hidroxiácidos (AHAs) e levemente
irritante para pele e mucosas, quando utilizado em alta concentração e/ou baixo
pH. Também é considerado um verdadeiro queratolítico, uma vez que apresenta
uma estrutura química pequena (baixo peso molecular – molécula muito pequena)
e possui grande poder de penetração cutânea. No tratamento para estrias, leva-se
em conta que as áreas corporais apresentam elementos pilossebáceos em menor
quantidade e, portanto, estão mais predispostas a complicações quando usados
métodos mais agressivos. O peeling de Ácido Glicólico age na diluição do cimento
celular interno, responsável pela queratinização anormal. Facilita o desprendimento
de células mortas, reduz a coesão dos corneócitos, o espessamento da camada cór-
nea, além de melhorar a hidratação cutânea, aumentando a captação de umidade
e a capacidade de interação com a água. A ocorrência desses fenômenos se deve
à ativação do ácido glicólico e do ácido hialurônico contido na pele, conhecido por
reter uma grande quantidade de água, a qual é elevada quando em contato com o
ácido glicólico, e, consequentemente, a capacidade da pele é expandida. Com o uso
prolongado ocorre uma melhora da textura da pele, o que pode ser parcialmente
explicado por sua capacidade de induzir síntese dérmica de ácido hialurônico e de
glicosaminoglicanos pelos fibroblastos, resultando numa melhora na hidratação e
espessura desta camada. Porém, devem ser observados diversos fatores antes de
realizar o peeling, tais como: características pessoais do cliente, integridade da
barreira epidérmica, produto e técnica empregada. Por conter propriedade eficaz
para reparação tecidual, é indicado para estrias, sendo confiável, de caráter natural
e benéfico, uma vez que os resultados no procedimento são positivos. Em geral, são
necessárias algumas sessões, com intervalo de 7 a 15 dias.
13
13
UNIDADE Estrias
O silício orgânico faz parte de diversos ativos utilizados em cosméticos, dentre eles:
hidratantes, anti-radicais livres e também os regeneradores do tecido conjuntivo.
14
» Biowhite: inibe a atividade de tirosinase.
• Antioxidantes: uso durante o tratamento
Eletrotermofoterapia Aplicada
ao Tratamento de Estrias
Para o tratamento desta afecção estética, temos alguns recursos, conforme segue:
Corrente Galvânica
A corrente galvânica é uma corrente contínua, pois a fonte de energia mantém
entre seus polos uma diferença de potencial constante. Sua onda é polarizada ou
unidirecional, ou seja, a corrente flui em um único sentido. A galvanopuntura tam-
bém é chamada popularmente de “microgalvânica” ou eletrolifting. Pelo fato de ser
uma micro corrente polarizada, o aparelho utiliza uma corrente contínua e intensi-
dade diminuída ao nível de microampères. É uma técnica que associa os benefícios
da corrente galvânica, como a estimulação sensorial, hiperemia capilar, aumento
da circulação, nutrição da área e aceleração do processo de reparação tecidual, aos
efeitos do processo inflamatório, induzido pela puntura da agulha, sendo este o
principal meio pelo qual a corrente penetrará pela pele na estria.
15
15
UNIDADE Estrias
Utiliza-se o polo negativo como eletrodo ativo pois, este tem maior proprieda-
de irritativa ao tecido e, desta forma, atrai maior quantidade de neutrófilos para o
local. Iniciando o processo inflamatório imediato após a aplicação deste recurso.
A intensidade da corrente elétrica, e também a capacidade racional do paciente,
são fatores determinantes quanto à intensidade e duração da reação inflamató-
ria, sendo esta intensidade variável, levando em consideração a sensibilidade do
cliente/paciente, mas, contudo, a literatura sugere entre 150 e 200 microampères.
O trauma causado pela inflamação eleva a atividade metabólica local, estimulando
a síntese de colágeno, com regresso da sensibilidade fina, devido ao preenchimento
da área degenerada.
Importante! Importante!
A corrente galvânica pode ser aplicada com uma caneta (eletrodo ativo) de ponta fina,
que traz o benefício do trauma mecânico e a passagem da corrente, ou com uma caneta
(eletrodo ativo) com uma agulha específica para este fim, que promove maior processo
inflamatório pois, traz o benefício da corrente, da puntura e do levantamento da pele.
16
peeling químico, diminuindo a barreira mecânica da pele, favorecendo a penetra-
ção do agente e otimizando os resultados.
Utiliza-se uma pressão negativa entre – 100 mmHg e 200 mmHg, devendo-se
levar em consideração a sensibilidade da pele e o fototipo (deve-se ter maior cautela
na abrasão de fototipos a partir de IV).
Contraindicações: a técnica não deve ser muito enérgica, para evitar um des-
conforto, devendo ser mais cuidadosa no momento em que apresentar eritema ou
vermelhidão. Por isso, deve-se evitar a exposição solar nas 48 horas, tanto antes,
quanto após o procedimento. É desaconselhado o uso em lesões tegumentares se-
guidas de processo inflamatório. Deve-se ter controle do uso de cosméticos ou cos-
mecêuticos que contenham ácidos, evitando uma grande sensibilização epidérmica.
Assim como associação de peelings químicos ou produtos queratolíticos às sessões
de microdermoabrasão sem o prévio conhecimento do profissional responsável.
Fototipos mais altos (a partir de IV) têm uma maior probabilidade de desenvolver hiper-
pigmentação pós inflamatória, pois os melanócitos são mais ativos, e, desta forma, a
reação bioquímica acontece com mais intensidade e libera eumelanina (pigmento de cor
marrom/negro).
Utiliza-se o laser vermelho (650 nm) com uma dosimetria de 2 J/cm2, com apli-
cação pontual, em todo trajeto da estria.
Vacuoterapia
Utiliza-se um aparelho de vácuo, em torno de – 300 mmHg, com ventosa bico
de beija-flor ou bico de pato. Realiza-se movimentos de vai e vem por todo o traje-
to da estria, até que cause uma hiperemia intensa. A vacuoterapia reorganizará a
estrutura do tecido e estimulará a circulação sanguínea no local da aplicação, me-
lhorará a oxigenação do tecido e, se associada a cosméticos, estimulará a síntese
de colágeno.
17
17
UNIDADE Estrias
Pessoas com grande fragilidade capilar não devem usar este recurso. Isto pode acusar hematomas. Um
indicativo que a hiperemia já está suficiente é o aparecimento de petéquias (pontinhos avermelhados
que precedem o aparecimento de hematomas).
Microagulhamento
O microagulhamento utiliza um roller, ou caneta, que contém agulhas finas e
longas, que alcancem a derme. Ao fazê-lo, teremos o aparecimento de peque-
nos pontos de sangue (a que chamamos de orvalho sangrante, ou “Pin Points”).
Nesse momento há liberação de fatores de crescimento como TGFα, TGFβ, IGF,
VEGF, que estimulam a síntese de colágeno e posterior melhora do aspecto das
estrias. O resultado do tratamento é amplamente enriquecido com a associação
cosmética (cosméticos específicos para microagulhamento). Além da liberação dos
fatores de crescimento durante o microagulhamento (também conhecido como In-
dução Percutânea de Colágeno) há o processo inflamatório que tem um papel rele-
vante e de suma importância na melhora do aspecto da pele com estrias.
Importante! Importante!
Sugere-se que antes de iniciar o tratamento para estrias, atróficas ou não, seja realizado
um preparo da pele, que deve ser iniciado três semanas antes do tratamento na clínica,
com a finalidade de uniformizar a camada córnea, descompactar os queratinócitos para
melhor penetração dos princípios ativos, reduzir a produção da melanina (evitando-se
assim hipercromias), estimular o metabolismo (aumento da circulação e do crescimento
epidérmico) e induzir maior ritmo de produção do fibroblasto.
O uso tópico do ácido ascórbico (Vitamina C) deve sempre estar presente nos tratamentos de estrias.
Além de sua ação antioxidante (que será importante para o combate a Espécies Reativas de Oxigênio
ou Radicais Livres, liberados durante o processo inflamatório), ele também estimula a liberação de
Procolágeno e Tropocolágeno, que são substâncias precursoras do Colágeno.
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O intervalo entre as sessões para tratamento de estrias é variável, e depende do
processo inflamatório desencadeado. Este intervalo oscila entre 7 e 30 dias, depen-
dendo do recurso utilizado.
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UNIDADE Estrias
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Abordagem clínica e abordagem terapêutica das estrias
AZULAY, M.; AZULAY, D. Abordagem clínica e abordagem terapêutica das estrias.
In: KEDE, M.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu,2004.
p. 363-8.
Leitura
Estrias de distensão na gravidez: fatores de risco em primíparas
MAIA, M. et al. Estrias de distensão na gravidez: fatores de risco em primíparas.
Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 84, n. 6, nov./dez. 2009.
http://bit.ly/2IbwXHe
A fisioterapia dermato-funcional no tratamento de estrias: revisão da literatura
MOREIRA, J.; GIUSTI, H. A fisioterapia dermato-funcional no tratamento de
estrias: revisão da literatura. Revista Científica da UNIARARAS v. 1, n. 2/2013.
http://bit.ly/2Ia6kSJ
Effects of ascorbic acid on proliferation and collagen synthesis in relation to the donor age of human dermal fibroblasts
PHILLIPS C.; COMBS, S.; PINNELL, S. Effects of ascorbic acid on proliferation
and collagen synthesis in relation to the donor age of human dermal fibroblasts.
The Journal of Investigative Dermatology, v. 103, n. 2, p. 228-32, Aug. 1994.
http://bit.ly/2IdxZ5v
Análise dos efeitos da utilização da microgalvanopuntura e do microagulhamento no tratamento das estrias atróficas
SILVA, M.; ROSA, P.; SILVA, V. Análise dos efeitos da utilização da microgalva-
nopuntura e do microagulhamento no tratamento das estrias atróficas. BIOMO-
TRIZ, v. 11, n. 01, p. 49-63 /2017.
https://bit.ly/31vb3X2
20
Referências
BORGES, F. S. Dermato-Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções
Estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2010.
21
21
Estética Corporal
Material Teórico
Hipercromias Corporais
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Hipercromias Corporais
• Discromias Corporais;
• Tratamentos e Despigmentantes.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar hipercromias corporais determinando tipo e localização;
• Selecionar recursos de tratamentos adequados, seguros e eficazes de modo individual
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e eficaz as hipercromias corporais;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Hipercromias Corporais
Discromias Corporais
As discromias são alterações da pigmentação da pele causadas por disfunções na
produção ou na distribuição de melanina pela pele. O principal fator desencadeador
das discromias, em especial das hipercromias, é a radiação solar. A exposição pro-
longada e sem proteção à radiação solar, especialmente na praia, pode resultar em
queimaduras e danos celulares.
Quanto mais clara for a pele, maiores serão os danos. É comum o aparecimento
de hipercromias corporais decorrentes de atritos provocados pelo uso de roupas
justas, atritos de depilação (cera / lâmina) – (Figura 1 - Hipercromia axilar desen-
cadeada por atrito), presença de foliculites e atritos corporais como o atrito das
coxas, por exemplo.
Epiderme
Camada mais superficial da pele, que tem contato tanto com meio externo quanto
com meio interno.
Células da Epiderme
Encontraremos na epiderme quatro tipos de células diferenciadas estrutural e
funcionalmente: os queratinócitos, os melanócitos, as células Langerhans e as cé-
lulas de Merkel.
8
Queratinócitos
São células dominantes da epiderme que se sobrepõem, formando as seguintes
camadas epidérmicas:
• Camada Germinativa (ou camada basal): É na camada germinativa, através
da mitose, em média entre 28 a 40 dias (conforme a idade), que são originados
os queratinócitos, formando as outras camadas da epiderme;
• Camada Espinhosa: Considerando de baixo para cima, após a camada ger-
minativa, vamos encontrar a camada espinhosa;
• Camada Granulosa: As estruturas citoplasmáticas da célula encontram-se con-
sideravelmente modificadas e a membrana celular torna-se mais espessa. Dentro
da célula surgem os grãos de ceratoialina (queratina);
• Camada Lúcida: A camada lúcida é mais abundante nas regiões da palma das
mãos e na planta dos pés;
• Camada Córnea: É a camada mais superficial da epiderme. As células são
completamente planas, sem as estruturas citoplasmáticas e estão completa-
mente cheias de queratina e impregnada de pigmentos, conforme Figura 2.
Ceratinócitos
Camada espinhosa
Melanina
Prolongamentos
do melanócito
Célula de Merkel
Camada Basal
Lâmina Basal
Figura 2 – Epiderme
Fonte: Getty Images
9
9
UNIDADE Hipercromias Corporais
Melanócitos
Os melanócitos encontram-se na camada basal (entre os queratinócitos na camada
germinativa) e apresentam o corpo celular globuloso com várias prolongações cito-
plasmáticas que se introduzem entre os queratinócitos, ilustrados na Figura 3.
São células responsáveis por produzir pigmentos, as melaninas, que vão dar cor
à pele.
Figura 3 – Melanócito
Fonte: Getty Images
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Após as reações enzimáticas entre a tirosina e a tirosinase, ocorre a síntese
completa da melanina. O melanossoma perde a atividade da tirosina, recebendo o
nome de grão de melanina.
Mesmo sem qualquer exposição solar, a pele possui uma cor natural que é deri-
vada do depósito de melanina, denominada pigmentação da pele. A pigmentação
da pele é um fator de grande relevância na procura de uma aparência saudável e
consiste na combinação de vários fatores que vão desde a condição da epiderme até
à quantidade de pigmentos existentes.
11
11
UNIDADE Hipercromias Corporais
Classificação de Fitzpatrick
Fitzpatrick criou uma forma de classificação da pele de cada indivíduo, de acordo
com a coloração que vai de I a VI.
Fototipo I: Muito branca. sempre queima e nunca bronzeia (Figura 5).
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Fototipo III: Morena clara. Queima e bronzeia pouco. (Figura 7)
13
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UNIDADE Hipercromias Corporais
Figura 11 – Acromia
Fonte: Getty Images
Figura 12 – Hipocromia
Fonte: Getty Images
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As manchas apresentam-se numa tonalidade acastanhada e aparecem quan-
do os mecanismos de pigmentação estão debilitados, mais especificamente,
quando existe um aumento da produção de melanina. Se a melanina em ex-
cesso se acumula, já não é distribuída uniformemente na superfície da pele, o
que faz com que se acumule em alguns locais, levando à formação de manchas
desagradáveis e inestéticas.
Figura 13 – Hipercromia
Fonte: Getty Images
15
15
UNIDADE Hipercromias Corporais
Hidratação Corporal
Uma das alterações que apresentam elevada frequência é a xerose (Figura 15).
Dentre as características da pele seca estão: descamação, pruridos, fissuras, ten-
são, vermelhidão, rachaduras e repuxamento, podendo ocorrer sangramentos oca-
sionalmente. Entretanto, o ressecamento anormal (pele seca, danificada) do tecido
cutâneo pode ser desencadeado também por fatores genéticos, endógenos, de-
sordens na estrutura e na função da epiderme ou mesmo por fatores ambientais,
como umidade e temperatura baixas e por fatores comportamentais, como expo-
sição a produtos químicos, tensoativos, ácidos e bases, e por falta de adaptação a
produtos cosméticos.
Portanto, o que faz a pele permanecer saudável, macia, com flexibilidade e elas-
ticidade é o equilíbrio que existe no mecanismo de sua hidratação, na capacidade
que o organismo tem de promover a renovação celular e nas substâncias que com-
põem a epiderme.
Quando a pele está adequadamente hidratada, ela está apta para cumprir efeti-
vamente todas as suas funções e permitir a homeostase cutânea. A manutenção da
hidratação cutânea, bem como a capacidade de renovação celular do organismo,
é imprescindível para a conservação da saúde, maciez, flexibilidade, elasticidade e
jovialidade cutânea.
16
O equilíbrio adequado entre os componentes do filme hidrolipídico e do cimento
intercelular presente no estrato córneo é fundamental para o balanço de hidratação
da pele. Portanto, o organismo possui um mecanismo de hidratação próprio que
são compostos de substâncias umectantes, intensamente higroscópicas, e por meio
das quais a água intracelular é retida, por isso as camadas externas conseguem a
hidratação suficiente, evitando a desidratação provocada pelo ambiente. Esse pro-
cesso ocorre devido ao fator de hidratação natural que está presente nos corneóci-
tos e no filme hidrolipídico.
Para manter a integridade da barreira cutânea é necessário hidratá-la, para que isso
ocorra, há vários mecanismos de hidratação que vão atuar protegendo-a, dentre eles
estão as substâncias umectantes e emolientes presentes nos produtos cosméticos hi-
dratantes que agem por mecanismos de captação de água e oclusão respectivamente.
Tratamentos e Despigmentantes
Despigmentantes são produtos que ajudam a reduzir a hiperpigmentação da pele,
através da intervenção no processo da melanogênese. O tratamento baseia-se na
utilização de substâncias despigmentantes, os quais podem ser combinados com cla-
readores que são substâncias que promovem renovação celular (peeling), varrendo
do tecido células repletas de grânulos de melanina.
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UNIDADE Hipercromias Corporais
Importante! Importante!
Fototerapia
A fototerapia consiste na utilização de luzes especiais como forma de tratamento.
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Deixar agir por 5 a 15 minutos de acordo com as orientações do fabricante.
• Peeling Duplo: Aplicar máscara de ácido glicólico + ácido salicílico, retirar;
• Reequilíbrio: umedecer máscara de gaze ou TNT com a Loção Calmante ou
Água de Coco.
19
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UNIDADE Hipercromias Corporais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Como e porquê fazer esfoliação e hidratação corporal
https://youtu.be/_I2cncu7AX0
Leitura
Efeito do peeling de diamante no tratamento das hipercromias dérmicas
BATISTA HAF, VIDAL GP. Efeito do peeling de diamante no tratamento das
hipercromias dérmicas. Temas em Saúde, Volume 17, número 3, 2017.
http://bit.ly/2I6MpV2
Tratamento de hipercromia pós-inflamatória com diferentes formulações clareadora
GONCHOROSKI DD, CÔRREA GM. Tratamento de hipercromia pós-inflamatória
com diferentes formulações clareadoras. Infarma, v.17, nº 3/4, 2005.
http://bit.ly/2I6hAzC
Estratégias de reposição hídrica: revisão e recomendações aplicadas
MARQUEZI, Marcelo Luis; LANCHA JUNIOR, Antonio Herbert. Estratégias de
reposição hídrica: revisão e recomendações aplicadas, São Paulo, n.12, nov.1998.
http://bit.ly/2I7ecEM
Hipercromia pós-inflamatória associada à psoríase
Souza ERP, Souza MCA, Côrtes Júnior JCS, Côrtes PPR, Vilagra SMBW, Silva CPO.
Hipercromia pós-inflamatória associada à psoríase. Relato de caso. Medicina
(Ribeirão Preto, Online.) 2017;50(6):377-81.
http://bit.ly/2I7DSRA
20
Referências
BORGES, Fábio Santos. Dermato Funcional – Modalidades Terapêuticas nas
Disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.
CUCÉ, Luiz Carlos; NETO, Ciro Festa. Manual de Dermatologia. São Paulo:
Atheneu, 2001.
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21
Estética Corporal
Material Teórico
Lipodistrofia Localizada
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Lipodistrofia Localizada
• Definição e Classificação;
• Avaliação;
• Alteração Postural x Lipodistrofia Localizada;
• Massagem Modeladora;
• Cosmetologia Aplicada ao Tratamento de Lipodistrofia Localizada;
• Eletrotermofototerapia Aplicada a Lipodistrofia Localizada;
• Orientações aos Clientes.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar LDL determinando tipo, densidade e localização;
• Selecionar recursos de tratamento adequados seguros e eficazes de modo individual
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e eficaz a LDL;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Lipodistrofia Localizada
Definição e Classificação
Tecido Adiposo
O tecido adiposo, também denominado tecido subcutâneo, é um tipo especial
de tecido conjuntivo onde predominam células adiposas e localiza-se logo abaixo
da derme. É o maior depósito de energia (sob a forma de triglicerídeos) do corpo e
apresenta uma intensa atividade metabólica denominada Lipossíntese / Lipogênese,
que é a formação e reserva de triglicerídeos.
Lipodistrofia Localizada
Lipo: gordura
Distrofia: alteração
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Gordura visceral (Figura 2), localiza-se entre os órgãos e vísceras. Redução atra-
vés de atividade física aeróbica e/ou dieta.
Biotipo Androide
Tem sido observado o predomínio de adipócitos na região abdominal e peitoral.
Biotipo Ginoide
Acúmulo dos adipócitos nas regiões femorais, glúteas, infraumbilicais, quadris e coxas.
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UNIDADE Lipodistrofia Localizada
Gordura Compacta
Uma gordura mais rígida e mais difícil de realizar a prega. Não é acompanhada
por flacidez de pele e é predominante no biotipo androide.
Gordura Flácida
Gordura mais amolecida, com consistência de gelatina. Fácil de realizar prega.
Geralmente vem acompanhada de flacidez de pele e ou flacidez muscular. Mais pre-
dominante em biotipo ginoide.
Avaliação
Cálculo de Índice de Massa Corpórea – IMC
Calcula-se o índice de massa corporal sem diferenciar massa gorda de massa
magra. Através desse cálculo, é possível ter uma base se o cliente/paciente está
abaixo do peso, com peso ideal, em sobrepeso, obeso ou obeso mórbido.
Quadro 1 – IMC
IMC Classificação
abaixo de 18,5 abaixo do peso
entre 18,6 e 24,9 peso ideal (parabéns)
entre 25,0 e 29,9 levemente acima do peso
entre 30,0 e 34,9 Obesidade grau I
entre 35,0 e 39,9 Obesidade grau II (severa)
acima de 40 Obersidade III (mórbida)
Perimetria
Realizada com fita métrica, afere-se a circunferência do segmento corporal a
ser avaliada, conforme figura 4. A perimetria deve ser realizada bilateralmente nos
membros e sempre com a mesma fita métrica; o mesmo profissional deverá fazer
todas as medições, no início do tratamento e no final.
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Figura 4 - Perimetria Segmento Abdominal
Fonte: GettyImages
Adipometria
Mensura dobras cutâneas através de um instrumento de avaliação denominado
adipômetro.
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UNIDADE Lipodistrofia Localizada
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Massagem Modeladora
A massagem modeladora atua como recurso manual auxiliar ao tratamento de
redução de medidas.
Pode ser realizada com as mãos, com recursos auxiliares como, por exemplo,
bambu e rolo de massagem com ventosas.
Cabe ressaltar que na maior parte dos casos, a eficiência de um princípio ativo
depende da sua capacidade de permear a pele e atingir seu local de ação. Tal ca-
pacidade depende de fatores relacionados à estrutura da pele, ao próprio princípio
ativo e o veículo adequado.
Sendo assim, podemos concluir que os princípios ativos são misturados aos veícu-
los para a obtenção do produto final desejado, o qual vai ter uma indicação específica.
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UNIDADE Lipodistrofia Localizada
Enzimas
A função das enzimas é diminuir a energia de ativação necessária para que
as reações metabólicas ocorram e aumentem a velocidade das reações químicas.
Confira a seguir alguns exemplos de enzimas utilizadas na estética. Exemplos: hia-
luronidase e thiomucase (aumento da atividade metabólica).
Ativadores da Microcirculação
São substâncias que tem como finalidade desencadear o aumento da temperatu-
ra do organismo em local predeterminado.
Podem ser:
• Crioterápicos: Possuem a capacidade de aumentar a circulação e a tempe-
ratura no local da aplicação após um resfriamento. Ação dos crioterápicos:
desencadeia um esfriamento local e contração dos vasos sanguíneos periféri-
cos, aumenta o fluxo sanguíneo, descongestionando os tecidos e diminuindo
a retenção de água. Devem ser aplicados e o cliente/paciente deve ficar em
repouso sem fazer atividade física durante 2 horas pós-aplicação. Exemplo:
Cânfora / Mentol;
• Termogênicos: São substâncias que possuem a capacidade de aumentar a
circulação e a temperatura no local da aplicação. Ação dos Termogênicos: au-
mento da oxigenação e nutrição dos tecidos; aumento das trocas metabólicas
do meio; aumento da permeabilidade cutânea (em nível celular); aumento da
oxigenação e nutrição dos tecidos; aumento das trocas metabólicas do meio;
aumento da permeabilidade cutânea (amento da circulação). Exemplo: Nicoti-
nato de Metila, pimenta negra, gengibre, canela.
Eletrotermofototerapia Aplicada
a Lipodistrofia Localizada
Eletrolipólise ou Eletrolipoforese
A eletrolipólise é uma técnica que se destina fundamentalmente ao tratamento de
acúmulo de gordura nos procedimentos de adiposidade localizada, produzindo um
incremento da lipólise no tecido adiposo.
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Efeito Joule
A corrente elétrica, ao circular por um condutor eletrolítico, realiza um trabalho
que produz calor nos tecidos, desencadeando os seguintes efeitos: contribui para a
instauração de uma vasodilatação e, consequentemente, aumento do fluxo sanguí-
neo; melhora a nutrição e a oxigenação dos tecidos; estimula o metabolismo celular
local, facilitando o gasto energético.
Efeito Eletrolítico
O campo elétrico gerado pela corrente induz a movimentação iônica que de-
sencadeia alteração na polaridade da membrana celular. Esta tende a manter o seu
potencial elétrico, promovendo um consumo de energia em nível celular.
Parâmetros para aplicação: a pele deve estar limpa e sem qualquer tipo de lesão.
Os eletrodos deverão formar um campo elétrico no local a tratar e a intensidade
deve ser aumentada em função da sensibilidade individual. Onda trapezoidal, tem-
po de 60 minutos, 25 Hz. Pode ser aplicada uma a duas vezes por semana.
Endermoterapia
Conjugação da Pressão Negativa (vácuo) com a Pressão Positiva (massagem)
sobre uma área da superfície corporal produzindo o movimento de apalpar e rolar
da massagem.
Atua sobre a pele e sobre os tecidos situados imediatamente por debaixo dela,
realizando uma massagem de dentro para fora, o que a diferencia das massagens
tradicionais que pressionam os tecidos de fora para dentro.
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UNIDADE Lipodistrofia Localizada
Ultrassom e ultracavitação
O ultrassom terapêutico é um equipamento que gera ondas sonoras em uma
frequência inaudível ao ouvido humano. Estas ondas se propagam através do tecido
biológico por condução terapêutica de um meio aquoso. Na estética, utiliza-se ul-
trassom em uma frequência de 3 MHz. Para tratamento de lipodistrofia localizada,
utiliza-se o modo contínuo que tem uma ação térmica.
O ultrassom de 3 MHz pode ser aplicado até 3 vezes por semana, já os ultra-
cavitadores só podem ser aplicados semanalmente devido à sobrecarga do fígado.
Todo processo de lipólise é metabolizado no fígado, portanto, indivíduos com níveis de co-
Explor
lesterol e triglicérides elevados e disfunção hepática não devem ser submetidos à tratamen-
tos que promovam lipólise.
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Intensidade para Tratamento de Lipodistrofia Localizada
A potência de saída de um equipamento gerador de ultrassom é medida em
watts (W) e representa a quantidade de energia produzida por um transdutor.
As doses de tratamento variam de 1,2 a 3,0 W/cm², isso dependerá da quantidade
e densidade da gordura a ser tratada.
Os movimentos com o transdutor devem ser suaves, lentos e rítmicos, com suave
pressão do transdutor sobre a pele.
Criolipólise
A criolipólise é baseada no conceito de criólise, conceito este que consiste em
destruição de células e tecidos desencadeados pelo frio.
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UNIDADE Lipodistrofia Localizada
A lipólise aconteceria nas células que não foram congeladas e com o intuito de
homeotermia ocorreria a lipólise. Com essa teoria, a metabolização da gordura que
sofre o processo de lipólise será metabolizada no fígado, mas vale ressaltar que isso
está em controvérsia científica e necessita de estudos para validação da teoria.
Importante! Importante!
Este não é um tratamento destinado a obesidade, mas somente para gordura localizada.
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O início da resposta inflamatória a partir de marcadores histológicos ainda é
discutido, acredita-se que acontece após 24 horas de submissão do paciente ao
procedimento. Para alguns autores, a grande maioria considera seu início dentro
de 3 dias, com picos em torno de 14 dias e fagocitose de até 30 dias. Os restos do
processo inflamatório, bem como os lipídeos, são seguramente metabolizados no
prazo de 90 dias
Não há tratamento estético milagroso para redução de medidas. Deve haver compro-
metimento do profissional e adesão séria do cliente/paciente ao tratamento proposto.
Cosméticos com ação lipolítica e termogênica devem ser indicados para uso
doméstico. Estes cosméticos devem ser aplicados na região acometida 2 vezes ao
dia, preferencialmente após o banho.
A ingesta de água também deve ser adequada para cada composição e peso corporal.
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UNIDADE Lipodistrofia Localizada
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Lasers in Surgery and Medicine
Boey, G. E.; Wasilenchuk, J. L. Enhanced clinical outcome with manual massage
following cryolipolysis treatment: A 4-month study of safety and efficacy. Lasers in
Surgery and Medicine. 2014; 46(1): 20–26.
Fundamentos de Criolipólise
Borges, F. C.; Scorza F. A. Fundamentos de criolipólise. Fisioterapia Ser. vol. 9 - nº 4. 2014.
Intensity Focused Ultrasound
Charles, S. Noninvasive Body Sculpting Technologies with an Emphasis on High-
Intensity Focused Ultrasound. Aesth Plast Surg. 35:901–912, 2011.
Noninvasive, external ultrasonic lipolysis
Coleman, K. M.; Coleman, W. P. III; Benchetrit, A. Noninvasive, external ultrasonic
lipolysis. Semin Cutan Med Surg. 28:263–267, 2009.
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Referências
FONSECA, Aureliano da; PRISTA, L. Nogueira. Manual de Terapêutica Derma-
tológica e Cosmetológica. Editora Roca, 2000.
CUCÉ, Luiz Carlos; NETO, Ciro Festa. Manual de Dermatologia. Ed. Atheneu, 2001.
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Estética Corporal
Material Teórico
Flacidez Tissular
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Flacidez Tissular
• Flacidez;
• Flacidez Tissular e Muscular Corporal;
• Radiofrequência;
• Microagulhamento;
• Fototerapia no Envelhecimento Cutâneo;
• Cosmetologia Aplicada ao Tratamento de Flacidez Tissular;
• Sugestão de Protocolos.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar flacidez tissular;
• Selecionar recursos de tratamento adequados seguros e eficazes de modo individual
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e eficaz a flacidez tissular;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Flacidez Tissular
Flacidez
A flacidez confere um aspecto envelhecido e “solto” à pele mas, nem sempre
esta flacidez é de pele ou tissular. Algumas vezes, temos flacidez muscular, que é
conferida pela falta de tonicidade da musculatura, outras vezes, flacidez tissular, que
é conferida pela degradação de colágeno e elastina e outras vezes, ainda temos os
dois tecidos acometidos por esta afecção estética.
Epiderme
A epiderme é a camada da pele que confere contato com o meio externo, através
da camada córnea e com meio interno, através da camada basal.
Tem como função principal, barreira para perda de líquido interno e entrada de
microorganismos. É dividida em camadas, como segue:
Células da Epiderme
Encontraremos na epiderme quatro tipos de células diferenciadas estrutural e
funcionalmente: os queratinócitos, os melanócitos, as células de Langerhans e as
células de Merkel.
• Queratinócitos: são as células dominantes da epiderme que se sobrepõem
formando as seguintes camadas epidérmicas:
»» Camada Germinativa (ou camada basal): por meio da mitose, que ocorre
entre 28 a 40 dias (conforme a idade), são originados os queratinócitos,
formando as outras camadas da epiderme;
»» Camada Espinhosa: considerando-se de baixo para cima, após a camada
germinativa vamos encontrar a camada espinhosa;
»» Camada Granulosa: as estruturas citoplasmáticas da célula encontram-se
consideravelmente modificadas, a membrana celular torna-se mais espessa.
Dentro da célula surge os grãos de ceratoialina (queratina);
»» Camada Lúcida: é a camada mais abundante nas regiões da palma das mãos
e na planta dos pés;
»» Camada córnea: é a camada mais superficial da epiderme. As células são
completamente planas, sem estruturas citoplasmáticas, estão completamente
cheias de queratina e impregnada de pigmentos.
• Melanócitos: encontram-se na camada basal (entre os queratinócitos na ca-
mada germinativa) e apresentam o corpo celular globuloso com várias prolon-
gações citoplasmáticas que se introduzem entre os queratinócitos. São células
responsáveis por produzir pigmentos e dar cor à pele, a melanina.
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Derme
A derme pode ser analisada em duas partes distintas: aquela que fica mais pró-
xima da epiderme, a derme papilar; e a que fica mais próxima do tecido adiposo,
a derme reticular.
Fibras
de colágeno
Retículo
endoplasmático
Citoplasmo rugoso
Núcleo Núcleo
Ribossomos
Grânulos de secreção
Mitocondria
Complexo Vesícula
de Golgi
Figura 1 – Fibroblasto
Fonte: Adaptado de Getty Images
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UNIDADE Flacidez Tissular
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Figura 3 – Flacidez Tissular
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Flacidez Tissular
Radiofrequência
Radiofrequência são as radiações compreendidas no espectro eletromagnético
entre 30 KHZ e 3 GHz, sendo as mais utilizadas nos tratamentos estéticos, entre
0,5 MHz e 1,5 MHz, mas encontramos no mercado equipamentos com frequência
em torno de 6 MHz e 40,68 MHz.
Sua forma de onda é bifásica sinusoidal e atua por conversão. Essa conversão é
gerada pelos fenômenos físicos:
• Movimento Iônico: as cargas elétricas são atraídas e repelidas ao mudar a
polaridade da corrente e, dessa forma, resulta em calor;
• Movimento da Rotação de Moléculas Dipolares: a molécula de H²O, quando
exposta a radiofrequência, gira em torno de seu eixo e aproxima as áreas de
carga ao eletrodo de polaridade oposta, causando colisão entre os tecidos e
consequentemente aumentando a temperatura;
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• Distorção Molecular: os elétrons em torno do núcleo são atraídos para
sofrer uma distorção de sua órbita, gerando uma conversão de energia elétrica
em calórica.
A temperatura do local deve ser aferida do início ao final da sessão com interva-
los máximos de 1 minuto.
Microagulhamento
O equipamento para realizar o microagulhamento é conhecido como Roller
(Figura 7 – Roller para microagulhamento) ou caneta para microagulhamento
(Figura 8 – caneta para microagulhamento).
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UNIDADE Flacidez Tissular
Os tamanhos de agulhas disponíveis no mercado são: 0,2; 0,3; 0,5; 1,0; 1,5;
2,0; 2,5 e 3,0 mm.
Para agulhas até 3 mm, pode ser usado até 3 vezes/semana com 0,5mm a
1,5mm e intervalo mínimo de 15 dias (tempo necessário para remodelação de co-
lágeno). Acima de 2,0 mm, a cada 6 meses, visto que as lesões são mais profundas.
A quantidade de sessões varia entre 3 a 8, dependendo da intenção do tratamento.
Mecanismo de ação
Atua como drug delivery (Sistema de Acesso Transdermal de Ingrediente) para
aumentar a permeação dos princípios ativos dos cosméticos (os cosméticos devem
ser fluidos ou sérum com ativos lipossomados ou com nanotecnologia) e a produ-
ção natural de colágeno através do processo de reparação tecidual.
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Temos 3 fases do processo:
• Injúria: após o microagulhamento, ocorre imediatamente a liberação de pla-
quetas e neutrófilos que são responsáveis pelos fatores de crescimento;
• Fase de Maturação: onde ocorre a angiogênese, epitelização e proliferação de
fibroblastos com produção de colágeno, elastina, glicosaminoglicanos (GAG’S),
essa fase se inicia 5 dias após a injúria;
• Fase de Remodelamento: onde o colágeno tipo III é substituído pelo colágeno
tipo I, que pode durar entre 6 meses a 2 anos.
Aplicação
Após a seleção do Roller ou caneta, deve-se realizar antissepsia local. Iniciar o
microagulhamento, dividindo a área a ser trabalhada em pequenas áreas.
Cosmetologia Aplicada ao
Tratamento de Flacidez Tissular
• DMAE Nanoencapsulado: proporciona firmeza, combate à flacidez, melhora
o aspecto da pele e tem efeito lifting através da biossíntese de um neurotrans-
missor que age na estrutura das fibras musculares. Por ser nanoencapsulado,
possui um poder de permeação maior, sendo mais eficaz e agindo na pele por
mais tempo;
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UNIDADE Flacidez Tissular
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Sugestão de Protocolos
Fototerapia e cosméticos
• Higienização;
• LED azul: aplicação por 5 minutos em um quadrante de 10 x 10 cm²;
• Aplicação de sabonete glicoativo;
• Laser Infravermelho 2 J/cm²: aplicação pontual com distância de 2 cm entre
os pontos;
• Aplicação de sérum de Vitamina C;
• Argila amarela;
• Laser vermelho 2 J/cm²: aplicação pontual com distância de 2 cm entre
os pontos;
• LED âmbar;
• Fotoproteção;
Radiofrequência e Fototerapia
• Higienização;
• Aplicação de LED azul: aplicação de 5 minutos por área de tratamento;
• Aplicação de Radiofrequência;
• Aplicação de LED âmbar;
• Aplicação de vitamina C;
• Fotoproteção.
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UNIDADE Flacidez Tissular
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Percutaneous collagen induction theraphy: na treatment for scars, wrinnkles, and sakin laxity
AUST, M. C.; FERNANDES, D.; KOLOKYTHAS, P.; KAPLAN, H. M.; VOGT, P. M.
Percutaneous collagen induction theraphy: na treatment for scars, wrinnkles, and sakin
laxity. Plast Reconstr Surg, 2008. Apr; 121(4):1421-9.
Radiofrequência: método não invasivo para tratamento da flacidez cutânea e contorno corporal
TAGLIOLATTO, S. Radiofrequência: método não invasivo para tratamento da flacidez
cutânea e contorno corporal. Surg Cosmet Dermatol, 2015;7(4):332-8. 332.
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Referências
BORGES, F. S. Dermato Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções
Estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2006.
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