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O presente seminário analisa brevemente a importância dos grandes eventos para as Relações
Internacionais, abordando casos específicos de temporadas, eventos e políticas culturais no exterior.
As relações internacionais são, de acordo com a visão tradicional, impulsionadas pelos Estados para a
concretização dos interesses econômicos, políticos e sociais em escala global. Dessa maneira, a
diplomacia funciona como um canal de persuasão e representatividade, tanto em termos militares
(ARON, 1986) quanto ideológicos. Nessa perspectiva, o poder do Estado pode ser medido por sua força
ou pela atração.
De acordo com os estudos de Nye, poderiam haver três formas de poder: Hard Power, Soft Power e
Smart Power. O Hard Power seria a utilização do poder bélico para os fins coercitivos, já o Soft Power é
a capacidade de atração pelo viés cultural e, por último, o Smart Power é a junção dos dois. A
Diplomacia Cultural, nesse sentido, se insere na utilização do poder pelo aspecto do Soft Power, ao
construir a influência com base na projeção de seus valores, princípios, costumes e de todo o conjunto
de aspectos não-militares.
Os estudos brasileiros pautados em diplomacia cultural ainda são bem escassos, com o intuito de
difundir o conhecimento sobre a área e o consecução de objetivos nacionais, Telles Ribeiro discorre
sobre as ferramentas necessárias para realizar a difusão cultural e cooperação técnica eficaz. (RIBEIRO,
1989) No entanto, a implementação de tais medidas requer investimento e o resultado é obtido a
longo prazo. Com isso, é responsabilidade do governo federal a criação de instituições que pudessem
se dedicar ao tema, além da habitual promoção do comércio.
Problema de pesquisa
O fluxo das relações internacionais fez com que os Estados tivessem interesse na democratização
cultural. Ainda mais diante de culturas imperialistas e colonialistas que, de maneira geral, se
sobrepõem sobre as demais. Como seria possível, no contexto de centro e periferia, estabelecer
consciência crítica? Portanto, o presente trabalho busca analisar a projeção do Estado a luz da
diplomacia cultural no exterior e como isto contribui para ampliar a diversidade da cultura em um
mundo marcado pela pluralidade.
Os festivais internacionais
Os festivais internacionais são centros de interculturalidade, que possuem como principal foco o
conhecimento de outras culturas e a participação da vida social. Além disso, demonstram o espírito de
uma época, propondo embates políticos-ideológicos da atualidade. (AGUIAR, 2011) Cabe ressaltar que
o contato entre as culturas estabelece o ordenamento de sistemas de referência, isso quer dizer que a
Fichamento: AGUIAR, J. H. C. M. Em direção ao diálogo entre culturas: temporadas culturais,
7 grandes eventos e festivais como políticas culturais internacionalistas, 2011. Disponível em:<
http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/palestras/Politicas_Culturais/II_Seminario_Int
ernacional/FCRB_JoaoHenriqueCatraio_Em_direcao_ao_dialogo_entre_culturas.pdf>. Acesso
em: 18 de nov. 2016
interação concretiza a imagem da identidade, memória e tantos outros aspectos entre os países.
(FREYMOND, 1980)
LESSA, Mônica L.; SUPPO, Hugo R. O estudo da dimensão cultural nas relações
internacionais. In: GONÇALVES, Williams da Silva; LESSA, Mônica L. (orgs.) História das
Relações Internacionais: Teoria e Processos. Rio de Janeiro: Ed.UERJ, 2007.