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DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS


PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

AULA 02

ASSUNTO:
Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e
convalidação; discricionariedade e vinculação.

61. (FCC/Técnico de Controle Externo/TCE-GO/2009) São, dentre outros,


elementos do ato administrativo:
a) a forma, o mérito e a razoabilidade.
b) a discricionariedade, a vinculação e a arbitrariedade.
c) o objeto, o motivo e a finalidade.
d) o sujeito, a competência e o destinatário.
e) a autoexecutoriedade, a imperatividade e a presunção de legalidade.

Comentários:

Os requisitos ou elementos de validade do ato administrativo são


(CoFiFoMoOb): Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.
• Competência: é o conjunto de poderes concedidos por lei aos agentes
públicos para o exercício de suas funções.

• Finalidade: é o objetivo do ato administrativo, ou seja, o efeito


mediato produzido pelo ato administrativo.
Em sentido amplo, á a satisfação do interesse público. Já em
sentido estrito, é o objetivo previsto, implícita ou explicitamente,
na lei que determina ou autoriza a prática do ato administrativo.

• Forma: é o modo de existir do ato administrativo, ou seja, a maneira


como ele se manifesta externamente. Em regra, os atos
administrativos são escritos. Entretanto, excepcionalmente, são
admitidos atos administrativos não-escritos (orais, sonoros, gestuais
etc.)

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• Motivo: é a razão ou circunstância que autoriza ou determina a prática


do ato administrativo. Em outros termos, é o pressuposto de direito
(jurídico) e de fato (fático) que autoriza ou determina a produção do ato
administrativo.
O pressuposto de direito é a previsão em lei do motivo pelo qual um
ato pode ou deve ser praticado, enquanto o pressuposto de fato é a
concretização (ocorrência no mundo real) do pressuposto de direito.

• Objeto é a coisa ou relação jurídica sobre a qual o ato administrativo


incidirá, ou seja, o conteúdo, o núcleo do ato, aquilo que o ato
efetivamente cria, extingue, modifica ou declara. Diz-se que o objeto é o
efeito imediato do ato administrativo. Para que o ato administrativo seja
válido, seu objeto deve ser lícito, possível, determinado (ou
determinável).

Finalidade Objeto

Efeito mediato Efeito imediato

Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra c.

62. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-GO/2009) Considere que


determinado ato administrativo seja praticado mediante expressa invocação de
circunstância de fato que, se existente, realmente permitiria a prática regular
do ato. Todavia, posteriormente constatou-se que essa circunstância de fato
não existiu, embora no momento da edição do ato a autoridade estivesse
legitimamente convencida do contrário. Em tal situação, de acordo com a
doutrina e legislação aplicáveis à matéria, o ato administrativo em questão
a) é válido e regular, porque a autoridade agiu de boafé.
b) será válido e regular se as novas circunstâncias fáticas permitirem o
aproveitamento do ato já praticado.
c) poderá ser revogado, por motivo de superveniente interesse público.
d) é anulável, aplicando-se as regras pertinentes aos vícios do
consentimento.
e) deverá ser anulado, por inexistência dos motivos.

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Comentários:

São nulos os atos nos casos de (Lei Federal nº 4.717/65, art. 2º) :
• incompetência;
• vício de forma;
• ilegalidade do objeto;
• inexistência dos motivos;
• desvio de finalidade.

Ademais, o paragrafo único do referido artigo traz as seguintes regras:


• a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas
atribuições legais do agente que o praticou;
• o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou
irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
• a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em
violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
• a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de
direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado obtido;
• o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de
competência

IMPORTANTE:
A motivação de determinado ato administrativo invocou a ocorrência de um
determinado fato que, posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse
ato apresenta vício consistente em inexistência de motivos e em razão
disso cabe sua anulação pela Administração.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

63. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Com relação ao ato


administrativo, é INCORRETO afirmar:
a) É espécie do gênero ato da Administração.

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b) Está sujeito ao regime administrativo e é passível de controle


jurisdicional.
c) Nem sempre produz efeito jurídico.
d) Possui não só conteúdo formal, mas também material.
e) É todo ato lícito que tenha por fim adquirir, resguardar, transferir,
modificar ou extinguir direitos.

Comentários:

Segundo Hely Lopes Meirelles, “ato administrativo é toda manifestação


unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir,
modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.”
Portanto, são características dos atos administrativos:
• Manifestação unilateral de vontade da Administração Pública: diz-
se que o ato administrativo é unilateral porque ele é formado com a
vontade única da administração. Isso significa que a produção do ato
administrativo independentemente da manifestação do seu destinatário.
Os atos administrativos diferenciam-se, portanto, dos atos bilaterais (dos
quais são exemplos os contratos administrativos), firmados entre a
Administração e o particular ou outra entidade administrativa visando à
consecução de interesses públicos. Pois, a produção dos atos bilaterais
depende da manifestação de ambas as partes.
• Supremacia da Administração Pública: para o surgimento do ato
administrativo é necessário que a Administração Pública aja nessa
qualidade, usando de sua supremacia de Poder Público, decorrente
dos atributos dos atos administrativos.
• Produção de consequência jurídica: para o surgimento do ato
administrativo é necessário que a manifestação de vontade seja capaz de
produzir efeitos jurídicos para os administrados ou para a própria
Administração (“... tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria”).

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IMPORTANTE:
São características dos atos administrativos:
• Manifestação unilateral de vontade da Administração Pública;
• Supremacia da Administração Pública; e
• Produção de consequência jurídica.

Por fim, convém registrar as seguintes definições:


• Ato da Administração: é o ato praticado pela Administração Pública
com base em normas de direito público e de direito privado, ou seja,
se sujeita a um regime híbrido.
A Administração não faz uso de sua supremacia sobre o administrado.
São os denominados atos de gestão, dos quais são exemplos: compra
e venda de bens, aluguel de imóvel etc.
• Fatos administrativos: é toda realização material da Administração,
em cumprimento a determinada decisão administrativa. Isso significa que
o fato administrativo é, sempre, resultado do ato administrativo
que o determina.
Por exemplo: construção de um viaduto (fato administrativo)
decorrente de uma ordem de serviço da Administração Pública (ato
administrativo).

Logo, a resposta desta questão é a letra c.

64. (FCC/Analista Judiciário/TJ-PI/2009) O atributo do Ato Administrativo


que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução é a
a) discricionariedade vinculada.
b) auto-executoriedade.
c) eficácia.
d) presunção de veracidade.
e) imperatividade.

Comentários:
São atributos do ato administrativo: presunção de legitimidade,
imperatividade e autoexecutoriedade.

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1) Pelo atributo presunção de legitimidade, se presume que o ato


administrativo foi produzido em conformidade com a lei. Todavia, a
presunção de legitimidade é relativa, isto é, admite prova em contrário.
Por conseguinte, ocorre a inversão do ônus da prova, visto que cabe
ao particular provar que o ato é ilegal. Logo, a presunção de legitimidade
não impede o questionamento do ato administrativo perante o Poder Judiciário.
Enquanto não proferida a decisão, administrativa ou judicial, que
reconheça a ocorrência alguma ilegalidade, o ato administrativo permanece
eficaz, podendo ser imediatamente executado pela Administração Pública.
Ressalta-se que a presunção de legitimidade independente de
previsão em lei. Ademais, está presente não só nos atos administrativos,
praticado à luz do direito público, mas também nos atos de direito privado
praticados pela Administração Pública.
Segundo Di Pietro, esse atributo pode ser desmembrado da seguinte
forma:
• Presunção de legitimidade ou de legalidade: presume-se que a
interpretação e/ou a aplicação da norma jurídica foi correta; e
• Presunção de veracidade: presume-se que os fatos alegados pela
administração existem ou ocorreram, são verdadeiros.

PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE PRESUNÇÃO DE VERACIDADE


OU DE LEGALIDADE

Conformidade com a lei. Os fatos são verdadeiros.

2) O atributo da imperatividade resulta da posição de supremacia da


Administração Pública em relação ao particular, nas relações regidas pelo
direito público.
A imperatividade relaciona-se ao poder extroverso do Estado. Por esse
poder, a Administração Pública, unilateralmente, cria obrigações para o
administrado, aplica sanções e impõe restrições ao exercício de direitos e
atividades. Com efeito, esse atributo distingue os atos administrativos dos atos
praticados pelos particulares.
A imperatividade não se aplica a todos os atos administrativos. Pois, os
atos negociais e enunciativos não gozam desse atributo.

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3) A auto-executoriedade é a prerrogativa que possui a Administração


de executar seus atos independentemente de prévia manifestação do Poder
Judiciário. Com efeito, os atos que possuem esse atributo ensejam de
imediata e direta execução pela própria Administração.

Presume-se que o ato praticado está em conformaidade


com a lei. Esse atributo autoriza a imediata execução
Presunção de
do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios
legitimidade
ou defeitos.

Imperatividade O cumprimento do ato é obrigatório,


independentemente da anuência do administrado.
(ou coercibilidade)

Auto- Autoriza a imediata e direta execução do ato pela


executoriedade própria Administração, independentemente de
ordem judicial.

Portanto, a resposta desta questão é a letra e.

65. (FCC/Analista Judiciário/TJ-PI/2009) Quanto aos Atos


Administrativos, é INCORRETO afirmar:
a) Dentre os seus atributos, destaca-se o da autoexecutoriedade pelo qual
pode ser posto em execução pela própria Administração Pública, sem
necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
b) Permissão é o ato administrativo bilateral, vinculado e oneroso, pelo qual
é facultado ao particular a contratação de bem ou serviço público.
c) Complexo é o ato administrativo que resulta da manifestação de dois ou
mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade se funde
para formar um único ato.
d) Alvará é o instrumento pelo qual a Administração Pública confere licença
ou autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos ao
poder de polícia do Estado.
e) Sendo o motivo pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento
ao ato administrativo, a sua ausência ou a indicação de motivo falso
invalidam o ato.

Comentários:

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A letra a está certa. A autoexecutoriedade autoriza a imediata e


direta execução do ato pela própria Administração, independentemente de
ordem judicial.

A letra b está errada. Permissão é ato administrativo unilateral,


discricionário e precário, em que há o predomínio do interesse público,
mediante o qual a Administração possibilita ao particular interessado a
execução de serviços de interesse público ou a utilização de bem público. A
permissão pode ser onerosa ou gratuita.

A letra c está certa. Quanto à formação de vontade, os atos classificam-


se em:
• Simples: decorre da manifestação de vontade de um único órgão ou
agente público. Esse órgão pode ser singular (quando integrado por um
só agente) ou colegiado (quando integrado por mais de um agente, de
forma que a vontade do ato provém de concurso de várias vontades
unificadas em um mesmo órgão). Exemplos: nomeação de um servidor
público, demissão, exoneração, licença para dirigir etc.
• Complexo: resulta da manifestação de vontade de dois ou mais
diferentes órgãos. Todas as vontades exprimidas são principais, ou seja,
não há vontade acessória. Isso significa que isoladamente nenhum dos
órgãos é capaz de produzir o ato. Exemplos: investidura de Ministro do
STJ, que resulta da soma da vontade do próprio Tribunal, na formação da
lista tríplice, com a vontade do Presidente da República na escolha de um
nome dessa lista; Portaria Conjunta SRF/STN.
• Composto: resulta da manifestação de um só órgão, contudo a produção
de seus efeitos depende de outro ato que o aprove. Esse segundo ato é
um ato acessório que torna eficaz o ato principal. Exemplos: a nomeação
de Ministro do STF pelo Presidente da República depende de aprovação do
Senado Federal (lembram-se da recente “sabatina” do Ministro Dias
Tóffoli no Senado Federal?), a mesmo procedimento ocorre na nomeação
do Procurador-Geral da República. A nomeação é o ato principal e a
aprovação prévia é o ato acessório.

IMPORTANTE:
Enquanto no ato complexo há um único ato, integrado por manifestações
homogêneas (não há ato principal e acessório), no ato composto existem
dois atos, um principal e outro acessório. Esse ato acessório visa a
aprovar o ato principal, dando-lhe eficácia, tornando-o exequível.

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A letra d está certa. Alvará é o instrumento formal expedido pela


Administração, que, através dele, expressa aquiescência (anuência,
consentimento) no sentido de ser desenvolvida certa atividade pelo
particular. Seu conteúdo é o consentimento dado pelo Estado, e por isso se
fala em alvará de autorização, alvará de licença etc. (José dos Santos
Carvalho Filho).

A letra e está certa. São nulos os atos nos casos de (Lei Federal nº
4.717/65, art. 2º) : incompetência; vício de forma; ilegalidade do objeto;
inexistência dos motivos; e desvio de finalidade.

Por isso, a resposta desta questão é a letra b.

66. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Em tema de atributos dos atos


administrativos, considere:
I. Legitimidade é atributo segundo o qual o ato administrativo se impõe ao
particular, independentemente de sua concordância.
II. Depois de editado o ato, ele produz seus efeitos como se válido fosse até a
impugnação administrativa ou jurisdicional.
III. Auto-executoriedade significa que a Administração Pública pode executar
suas decisões, com coercitividade, desde que submeta o ato previamente ao
Poder Judiciário.
É correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.

Comentários:

Os itens I e III estão errados.

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Presume-se que o ato praticado está em conformaidade


com a lei. Esse atributo autoriza a imediata execução
Presunção de
do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios
legitimidade
ou defeitos.

Imperatividade O cumprimento do ato é obrigatório,


independentemente da anuência do administrado.
(ou coercibilidade)

Auto- Autoriza a imediata e direta execução do ato pela


executoriedade própria Administração, independentemente de
ordem judicial.

O item II está certo. A presunção de legitimidade é relativa, isto é,


admite prova em contrário. Logo, esse atributo não impede o
questionamento do ato administrativo perante o Poder Judiciário. Contudo,
enquanto não proferida a decisão, administrativa ou judicial, que reconheça a
ocorrência alguma ilegalidade, o ato administrativo permanece eficaz,
podendo ser imediatamente executado pela Administração Pública.

Assim, a resposta desta questão é a letra b.

67. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009/Adaptada) O conteúdo do ato


corresponde ao seu efeito jurídico.

Comentários:

O objeto, também chamado de conteúdo, é a alteração no mundo


jurídico que o ato administrativo se propõe a processar.
Por isso, a assertiva está certa.

68. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Espécie de ato administrativo da


competência exclusiva dos Chefes do Executivo, destinado a prover situações
gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou
implícito, pela legislação. Trata-se de
a) resolução.

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b) regulamento.
c) provimento.
d) instrução normativa.
e) decreto.

Comentários:

Decretos são atos administrativos da competência exclusiva dos


Chefes do Executivo (Presidente da República, Governador e Prefeito),
destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente
previstas de modo expresso ou implícito pela legislação (Hely Lopes
Meirelles).
Logo, a resposta desta questão é a letra e.

69. (FCC/Analista Judiciário/TJ-SE/2009) A convalidação do ato


administrativo
a) é sempre possível quando o vício diz respeito à forma.
b) não é possível se o vício decorre de incompetência do agente que o
praticou.
c) pode ocorrer se o vício recair sobre o motivo e à finalidade.
d) é admitida nas hipóteses de incompetência em razão da matéria.
e) é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos retroativos à
data em que este foi praticado.

Comentários:

A convalidação (também denominada de aperfeiçoamento ou


sanatória) é o processo de que se vale a Administração Pública para
aproveitar atos administrativos com vícios sanáveis, de modo a confirmá-los
no todo ou em parte. Produz efeitos ex tunc (retroage ao momento em que foi
praticado o ato originário).
São pressupostos da convalidação:
• ausência de prejuízo a terceiros.
• existência de defeitos sanáveis.

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• ausência de má-fé.
• ausência de lesão ao interesse público
• juízo de conveniência e oportunidade da autoridade competente.
• exercício de competência discricionária.
• não pode ser determinada pelo Poder Judiciário.

IMPORTANTE:
Segundo a doutrina, são defeitos sanáveis: a competência não-exclusiva
e a forma não-essencial, razão pela qual admitem a convalidação. Os
demais defeitos são insanáveis. Por isso, não podem ser convalidados.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

70. (FCC/Analista Judiciário/TRE-PI/2009) A licença, a autorização e a


permissão são espécies de atos
a) normativos.
b) negociais.
c) ordinatórios.
d) enunciativos.
e) punitivos.

Comentários:

A letra a está errada. Atos normativos são aqueles que contêm um


comando geral do Poder Executivo, visando à correta aplicação da lei. Por isso,
não podem inovar o ordenamento jurídico criando direitos ou deveres para os
administrados que não se encontrem previstos em lei. Exemplos: decretos
regulamentares, regimentos, resoluções etc.

A letra b está certa. Atos negociais são aqueles produzidos quando


uma determinada pretensão do particular coincide com a manifestação
de vontade da Administração, mesmo que o interesse da Administração seja
apenas indireto. Exemplos: licença, permissão, autorização etc.

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Esses atos contêm uma declaração de vontade da Administração apta a


concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao
particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público.
Portanto, não há imperatividade nos atos negociais. Todavia, esses
atos não são contratos. São manifestações unilaterais de vontade da
Administração Pública (normalmente provocadas por requerimento ou
solicitação do particular) que coincidem com o interesse do particular

A letra c está errada. Atos ordinatórios são atos administrativos


internos, que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a
conduta funcional de seus agentes (Hely Lopes Meirelles). Exemplos:
circulares, instruções, avisos, portarias, ordens de serviços, ofícios,
despachos etc.

A letra d está errada. Atos enunciativos são aqueles atos cujos efeitos
certificam ou atestam um fato, ou opinam sobre determinado assunto, sem
se vincular a Administração Pública ao seu conteúdo. Exemplos: certidões,
atestados, pareceres administrativos.

A letra e está errada. Atos punitivos são aqueles que contêm uma
sanção aplicada a infratores de normas administrativas. Exemplo: portaria de
demissão de servidor público.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra b.

71. (FCC/Analista Judiciário/TRE-PI/2009) Sobre a revogação do ato


administrativo, é correto afirmar que
a) existem atos que são irrevogáveis.
b) não é privativo da Administração que praticou o ato revogado.
c) a revogação produz efeitos a partir da data do ato revogado.
d) a revogação tem fundamento no poder vinculado.
e) o Judiciário pode revogar ato administrativo emanado do Poder Executivo,
se for provocado.

Comentários:

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ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

O poder de revogação da Administração Pública não é ilimitado. Pois,


há determinados atos que são insuscetíveis de revogação. São
irrevogáveis:
• Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos;
• Os atos vinculados;
• Os atos que já geraram direitos adquiridos;
• Os atos que integram um procedimento;
• Os meros atos administrativos.

Por isso, a resposta desta questão é a letra a.

72. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) Quanto à


discricionariedade e vinculação do ato administrativo, é correto que
a) ato discricionário é aquele em que o administrador tem certa liberdade de
escolha, especialmente quanto à conveniência e oportunidade.
b) discricionariedade e arbitrariedade são expressões sinônimas.
c) no ato vinculado a lei estabelece quase todos os requisitos e condições de
sua realização, deixando pouca margem de liberdade ao administrador.
d) quanto aos elementos competência e finalidade do ato administrativo a lei
pode deixar à livre apreciação da autoridade tanto no ato discricionário
quanto no ato vinculado.
e) o Poder Judiciário pode apreciar o ato administrativo quanto aos aspectos
da conveniência e oportunidade.

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Comentários:

A letra a está certa.

Ato vinculado Ato discricionário

Ato em que a lei estabelece todos os Ato que o administrador pode


requisitos e as condições de sua praticar com certa liberdade de
realização, sem deixar qualquer escolha quanto à conveniência e
margem de liberdade para o oportunidade.
administrador.

A letra b está errada. Discricionariedade (prática de atos conforme os


limites da lei) não se confunde com arbitrariedade (prática de ato contrário, ou
não previsto em lei).

As letras c e d estão erradas. Nos atos administrativos discricionários,


os elementos Motivo e Objeto (“MoOb”) são discricionários, enquanto os
elementos Competência, Finalidade e Forma (“CoFiFo”) são vinculados.
Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos
(CoFiFoMoOb) são vinculados.

ELEMENTOS ATOS DISCRICIONÁRIOS ATOS VINCULADOS

Competência vinculado vinculado

Forma vinculado vinculado

Motivo discricionário vinculado

Finalidade vinculado vinculado

Objeto discricionário vinculado

A letra e está errada. O Poder Judiciário não pode apreciar o ato


administrativo quanto aos aspectos da conveniência e oportunidade (controle
de mérito).

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Assim, a resposta desta questão é a letra a.

73. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) A anulação do ato


administrativo
a) pode ser feita por conveniência e oportunidade.
b) pode se feita tanto pela Administração quanto pelo Poder Judiciário.
c) não pode ser feita pelo Poder Judiciário, mesmo que provocado pelo
interessado.
d) vale a partir da decisão anulatória, não retroagindo os seus efeitos.
e) é privativa da autoridade no exercício de função administrativa.

Comentários:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por


razões de conveniência e oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

74. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) Quando se fala em


ato administrativo discricionário, quer dizer que
a) o controle judicial é impossível, pois, a autoridade tem liberdade de
atuação na prática do ato administrativo.
b) a lei deixa certa margem de liberdade de decisão para a autoridade,
diante do caso concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre
várias soluções possíveis.

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c) a autoridade competente tem arbitrariedade para atuar, podendo, desde


que justificadamente, ultrapassar os limites estabelecidos na lei.
d) a autoridade tem liberdade de atuação quanto à finalidade, em sentido
estrito, do ato administrativo.
e) na parte referente à conveniência, a autoridade não tem liberdade de
escolha, devendo obedecer ao que dispõe a lei.

Comentários:
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “a atuação é discricionária quando
a Administração, diante do caso concreto, tem a possibilidade de apreciá-lo
segundo critérios de oportunidade e conveniência e escolher uma dentre duas
ou mais soluções, toda válidas para o direito”.
Logo, a resposta desta questão é a letra b.

75. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) João, como


autoridade competente do Tribunal Regional do Trabalho, previamente
autorizado, cedeu, gratuitamente, o uso de uma sala no imóvel desse Tribunal
para o funcionamento de um serviço de utilidade pública. Um mês depois,
verificou que o usuário da referida sala não tinha poderes para firmar o ajuste e
desprovido de qualquer habilitação para o serviço, caracterizando um ato ilegal.
Nesse caso, João deverá
a) anular o ato em face das razões de oportunidade e conveniência, e não
por eventual ilegalidade, facultando-se pelos efeitos ex tunc ou ex nunc.
b) revogar o ato tendo em vista a ilegalidade desse ato administrativo, que
vai gerar efeitos en tunc.
c) revogar o ato, que é ilegal, e, em face das razões de oportunidade e
conveniência, que vai gerar efeitos ex nunc.
d) anular o ato tendo em vista a ilegalidade desse ato administrativo, o qual
produzirá efeitos ex tunc.
e) requerer à Presidência desse Tribunal que revogue o ato administrativo,
por ser inconveniente e ilegal, facultando-se pelos efeitos ex nunc ou ex
tunc.

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ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

Portanto, a resposta desta questão é a letra d.

76. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Em relação às espécies de ato administrativo, é


correto afirmar:
a) Aprovação é ato unilateral e vinculado via do qual a Administração exerce
o controle de outro ato administrativo, antes ou depois de o mesmo ter
sido praticado.
b) Certidão é ato de natureza constitutiva de direito ou de obrigação
expedida pela autoridade competente.
c) Autorização é ato administrativo unilateral e vinculado por meio do qual a
Administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício
de uma atividade.
d) Homologação é ato unilateral e vinculado mediante o qual a
Administração reconhece a legalidade de ato ou de procedimento
administrativo.
e) Licença é ato administrativo unilateral e discricionário pelo qual a
Administração faculta ao particular o desempenho de atividade material,
em princípio vedada.

Comentários:

A letra a está errada. Aprovação é ato unilateral e discricionário por


meio do qual a Administração Pública exerce o controle prévio ou posterior
de outro ato administrativo.

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A letra b está errada. Certidão é ato de natureza enunciativa (apenas


atesta determinada situação de fato ou de direito) por meio do qual a
Administração Pública declara um fato constante em seus registros que
seja de interesse do administrado.

A letra c está errada. Autorização: é ato administrativo unilateral,


discricionário e precário, em que há o predomínio do interesse
particular, mediante o qual a Administração Pública constitui certas situações
jurídicas, facultando ao administrado interessado o exercício de determinada
atividade material (ex. porte de armas, serviço de taxi), ou para facultá-lo a
utilizar bem público em caráter privado (instalar banca de jornal em
determinada praça), ou para prestar serviço público (CF, art. 21, XI e XII).

A letra d está certa. Homologação é ato unilateral e vinculado pelo


qual a Administração Pública, em atividade de controle, reconhece a legalidade
de um ato ou procedimento já praticado.
Ela é sempre posterior e analisa apenas o aspecto de legalidade, razão
pela qual se distingue da aprovação a posteriori, que tem fundamento em um
juízo de conveniência e oportunidade.
Por exemplo, se o concurso público ou a licitação estiverem de acordo
com as normas legais, serão homologados.

IMPORTANTE:
Enquanto a aprovação a posteriori é ato discricionário, a homologação é
ato vinculado.

A letra e está errada. Licença é ato administrativo unilateral,


vinculado e definitivo mediante o qual a Administração Pública, verificando
que o interessado cumpriu todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho
de atividades ou a realização de fatos materiais antes vedados ao particular.
Por exemplo: o exercício de determinadas atividades profissionais
depende de licença (OAB, CRM, CREA etc.); a construção de um imóvel
depende de licença.

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IMPORTANTE:
Na licença, satisfeitas as exigências legais, a Administração pública está
vinculada a concedê-la (ato vinculado). Há direito do particular à obtenção
da licença.
Distingue-se, portanto, da autorização, que será concedida pela
Administração Pública conforme exame de conveniência e oportunidade (ato
discricionário). Não há direito do particular à obtenção da autorização.

Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra d.

77. (FCC/SEFAZ-SP/2009) A respeito dos requisitos, ou elementos, do ato


administrativo, considere:
I. Competência é o poder legal conferido ao agente público para o desempenho
específico das atribuições de seu cargo.
II. Delegação de competência é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para
si o exercício temporário de parte da competência atribuída originariamente a
um subordinado.
III. Motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a
realização do ato administrativo.

É correto o que se afirma em


a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.

Comentários:

Competência É o poder legal conferido ao agente público para o desempenho


específico das atribuições de seu cargo.

Motivo É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento


ao ato administrativo.

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Avocação O superior hierárquico traz para si o exercício temporário de


parte da competência atribuída originariamente a um
subordinado.

Delegação O superior hierárquico transfere o exercício temporário de


parte de sua competência para um subordinado.

Assim, a resposta desta questão é a letra b.

78. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) Com referência às espécies do


ato administrativo, considere:
I. Atos ordinatórios são atos administrativos internos, que visam a disciplinar o
funcionamento da Administração e a conduta funcional dos seus agentes.
II. As circulares internas, os avisos e as ordens de serviço são exemplos de atos
normativos.
III. Nos atos negociais encontra-se presente o atributo da imperatividade.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) II.
e) III.

Comentários:

O item I está certo. Atos ordinatórios são atos administrativos


internos, que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a
conduta funcional de seus agentes (Hely Lopes Meirelles). Exemplos:
circulares, instruções, avisos, portarias, ordens de serviços, ofícios, despachos
etc.

O item II está errado. Atos normativos são aqueles que contêm um


comando geral do Poder Executivo, visando à correta aplicação da lei. Por isso,
não podem inovar o ordenamento jurídico criando direitos ou deveres para os

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administrados que não se encontrem previstos em lei. Exemplos: decretos


regulamentares, regimentos, resoluções etc.

O item III está errado. Atos negociais são aqueles produzidos quando
uma determinada pretensão do particular coincide com a manifestação de
vontade da Administração, mesmo que o interesse da Administração seja
apenas indireto. Exemplos: licença, permissão, autorização etc.
Esses atos contêm uma declaração de vontade da Administração apta a
concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao
particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público.
Portanto, não há imperatividade nos atos negociais. Todavia, esses
atos não são contratos. São manifestações unilaterais de vontade da
Administração Pública (normalmente provocadas por requerimento ou
solicitação do particular) que coincidem com o interesse do particular.

Por isso, a resposta desta questão é a letra a.

79. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) A anulação do ato administrativo


NÃO pode ocorrer
a) por questão de mérito administrativo.
b) nos atos vinculados.
c) com efeito retroativo, valendo a anulação a partir da data da sua
decretação.
d) por iniciativa da própria Administração.
e) por determinação do Poder Judiciário, mesmo que provocado pelo
interessado.

Comentários:

A letra a está certa. O mérito administrativo consiste na margem de


liberdade concedida pela lei ao agente público para que ele avalie a
conveniência e a oportunidade da prática de um ato administrativo, bem
como defina o seu conteúdo.
Em outras palavras, é a margem de liberdade conferida por lei ao
agente público nas competências discricionárias. Assim, por questões de

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mérito administrativo, ocorre a revogação do ato administrativo. A anulação


deve ocorrer por questões de legalidade ou legitimidade.

A letra b está errada. Nos atos vinculados, os cinco elementos dos


atos administrativos (CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei.
Por conseguinte, não há qualquer margem de liberdade para o agente
público decidir acerca da oportunidade e conveniência da prática do ato. Assim,
havendo vício em qualquer elemento, o ato deve ser anulado.

A letra c está errada. A anulação consiste na supressão do ato


inválido e dos seus efeitos invalidamente produzidos. Destarte, os efeitos
da anulação são ex-tunc, retroagindo para desfazer todos os efeitos
pretéritos. Portanto, a anulação retroage a origem do ato administrativo.

As letras d e e estão erradas. A anulação pode ser feita pela própria


Administração (controle interno), de ofício ou mediante provocação, ou
pelo Poder Judiciário (controle externo), mediante provocação.

Portanto, a respostas desta questão é a letra a.

80. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) Tocante à revogação e extinção


do ato administrativo emanado do Poder Executivo, é correto afirmar que:
a) verifica-se a extinção natural quando desaparece o próprio objeto do ato
praticado.
b) a revogação pode ser determinada pelo Poder Judiciário à vista da
ilegalidade do ato.
c) o Poder Judiciário pode revogar o ato por inconveniente se for provocado
por terceiro prejudicado.
d) ocorre a extinção subjetiva quando se verifica o cumprimento normal dos
efeitos do ato.
e) a revogação é ato exclusivo da Administração e tem cabimento quando o
ato tornou-se inoportuno ou inconveniente.

Comentários:

As letras a e d estão erradas.

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Extinção natural Decorre do cumprimento normal dos efeitos do ato.


Ex: autorização por prazo certo para exercício de
atividade. Expirado o prazo, há extinção natural do ato.

Extinção subjetiva Ocorre com o desaparecimento do sujeito que se


beneficiou do ato.
Ex: a morte do permissionário.

Extinção objetiva Ocorre com o desaparecimento do objeto do ato.


Ex: proprietário extingue estabelecimento comercial
interditado.

A letra b está errada. A anulação (desfazimento do ato ilegal) pode


ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo
Poder Judiciário.

A letra c está errada e a letra e está certa. A revogação


(desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade)
só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato.

Portanto, a resposta desta questão é a letra e.

81. (FCC/Oficial de Justiça/TJ-PA/2009) A anulação e a revogação do ato


administrativo sujeitam-se às seguintes regras:
a) Ato administrativo emanado do Poder Executivo pode ser anulado pela
própria Administração, de ofício ou a requerimento do interessado, ou
pelo Poder Judiciário, nesta última hipótese.
b) A anulação do ato administrativo não pode ser decretada se o ato for
vinculado.
c) A revogação do ato administrativo produz efeito ex tunc; a anulação
efeito ex nunc.
d) Revogação é a supressão de um ato administrativo por ilegítimo e ilegal.
e) Todo e qualquer ato administrativo pode ser revogado.

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Comentários:

A letra a está certa. A anulação pode ser feita pela própria


Administração (controle interno), de ofício ou mediante provocação, ou
pelo Poder Judiciário (controle externo), mediante provocação.

A letra b está errada. Nos atos vinculados, os cinco elementos dos


atos administrativos (CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei.
Por conseguinte, não há qualquer margem de liberdade para o agente
público decidir acerca da oportunidade e conveniência da prática do ato. Assim,
havendo vício em qualquer elemento, o ato deve ser anulado.

As letras c e d estão erradas.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

A letra e está errada. O poder de revogação da Administração Pública


não é ilimitado. Pois, há determinados atos que são insuscetíveis de
revogação. São irrevogáveis:
• Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos;
• Os atos vinculados;
• Os atos que já geraram direitos adquiridos;
• Os atos que integram um procedimento;
• Os meros atos administrativos.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra a.

82. (FCC/Analista/MPE-SE/2009) A Administração Pública pode editar atos


administrativos e cumprir suas determinações sem necessidade de oitiva ou

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autorização prévia do Poder Judiciário ou de qualquer outra autoridade. Tem-se


aí a definição de um dos atributos do ato administativo, consistente na
a) auto-executoriedade.
b) insindicabilidade.
c) inexorabilidade de seus efeitos.
d) inafastabilidade do controle jurisdicional.
e) presunção de legitimidade.

Comentários:

Autoexecutoriedade: é a prerrogativa que possui a Administração de


executar seus atos independentemente de prévia manifestação do Poder
Judiciário. Com efeito, os atos que possuem esse atributo ensejam de
imediata e direta execução pela própria Administração.
A resposta da questão, portanto, é a letra a.

83. (FCC/Assessor Jurídico/TCE-PI/2009) Dos elementos do ato


administrativo classicamente apontados por parte considerável da doutrina
administrativista, a finalidade, o objeto e o motivo assumem sentidos
diferentes, podendo-se afirmar que
a) o motivo consiste no efeito jurídico imediato que o ato administrativo
produz e a finalidade consiste no efeito mediato.
b) o objeto consiste no efeito jurídico imediato que o ato administrativo
produz e o motivo consiste no efeito mediato.
c) o motivo antecede a prática do ato administrativo, enquanto que a
finalidade a sucede, correspondendo a algo cujo alcance é pretendido pela
Administração.
d) o objeto consiste no efeito jurídico mediato que o ato administrativo
produz e deve ser lícito, possível e determinado.
e) a validade do ato administrativo não se vincula aos motivos
eventualmente indicados pela Administração como seu fundamento
quando a lei não exigir tal motivação.

Comentários:

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As letras a, b e d estão erradas.

Finalidade Objeto

Efeito mediato Efeito imediato

A letra c está certa.

Finalidade É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática


do ato.

Motivo É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao


ato administrativo.

A letra e está errada.

IMPORTANTE:
A motivação de determinado ato administrativo invocou a ocorrência de um
determinado fato que, posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato
apresenta vício consistente em inexistência de motivos e em razão disso
cabe sua anulação pela Administração.

Por isso, a resposta desta questão é a letra c.

84. (FCC/Assessor Jurídico/TCE-PI/2009) A convalidação


a) produz efeitos retroativos à data em que foi praticado o ato
administrativo.
b) consiste na validação concomitante de no mínimo dois atos
administrativos relacionados entre si quanto ao objeto.
c) consiste na reposição ao mundo jurídico de um ato administrativo
anteriormente declarado inoportuno e inconveniente.
d) não é possível em casos de vício de competência.

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e) depende da apreciação jurisdicional para ser aplicada aos atos


administrativos.

Comentários:

A convalidação (também chamada de aperfeiçoamento ou sanatória)


é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos
administrativos com vícios superáveis, de forma a confirmá-los no todo ou
em parte. O ato que convalida tem efeitos ex tunc, uma vez que retoage, em
seus efeitos, ao momento em que foi praticado o ato originário (José dos
Santos Carvalho Filho).
Por isso, a resposta desta questão é a letra a.

85. (FCC/Oficial de Chancelaria/MRE-PI/2009) As portarias, as


autorizações e as resoluções são consideradas, respectivamente, espécies de
atos administrativos:
a) normativos, ordinatórios e negociais.
b) punitivos, ordinatórios e normativos.
c) normativos, negociais e ordinatórios.
d) ordinatórios, negociais e normativos.
e) ordinatórios, normativos e negociais.

Comentários:

ESPÉCIES EXEMPLOS

Ordinatórios Circulares, instruções, avisos, portarias, ordens de serviços,


ofícios, despachos etc.

Negociais Licença, permissão, autorização etc.

Normativos Decretos regulamentares, regimentos, resoluções etc.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra d.

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86. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Quanto à administração


pública, o atributo do ato administrativo que garante seu integral cumprimento,
a terceiros, independentemente de sua concordância, inclusive, se necessário
for, com exigibilidade coercitiva, é o denominado de
a) tipicidade.
b) presunção de veracidade.
c) auto-executoriedade.
d) imperatividade.
e) presunção de legitimidade.

Comentários:

A imperatividade (ou coercibilidade) é o atributo que torna obrigatória


para o administrado a observância do ato administrativo,
independentemente de sua anuência.
Por isso, a resposta desta questão é a letra d.

87. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) O juízo de conveniência e


oportunidade, presente no ato discricionário, compreende o mérito
administrativo,
a) ficando o agente público sujeito aos termos da lei quanto às condições e
ao momento da prática do ato.
b) ficando ao arbítrio do agente público a prática do ato.
c) mas o agente público deve obedecer a todos os elementos estabelecidos
na lei para a prática do ato.
d) mas não afasta a necessidade de submissão do agente público ao
princípio da legalidade e ao atendimento do interesse público.
e) ficando ao talante do agente público a conduta quanto à finalidade da
norma.

Comentários:

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Ato discricionário é aquele pode ser praticado pela Administração


Pública com certa margem de liberdade, nos limites da lei, em relação ao
seu conteúdo, modo de realização, sua oportunidade e conveniência.
Com base no poder discricionário, a Administração Pública dispõe de
liberdade na valoração do motivo e na escolha do objeto do ato
administrativo. Tal libertadade de ação da Administração Pública integra o
denominado mérito administrativo.
Considerando, especificamente, os atos administrativos discricionários, o
núcleo do mérito administrativo é formado pelos elementos Motivo e
Objeto.
Deve ficar claro, porém, que o ato discricionário, como qualquer outro ato
administrativo, sujeita-se à apreciação judicial. Portanto, não fica afastada a
necessidade de submissão do agente público ao princípio da legalidade e ao
atendimento do interesse público.
Assim, a resposta desta questão é a letra d.

88. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Sobre as espécies do ato


administrativo, considere:
I. Licença é ato administrativo vinculado por meio do qual a Administração
confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa atividade.
II. Permissão é ato administrativo vinculado e definitivo, pelo qual a
Administração consente que o particular execute serviço de utilidade pública ou
utilize privativamente bem público.
III. Autorização é ato administrativo pelo qual a Administração consente que o
particular exerça atividade ou utilize bem público no seu próprio interesse.
É correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) II.
e) II e III.

Comentários:

Licença É ato administrativo vinculado por meio do qual a Administração

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confere ao interessado consentimento para o desempenho de


certa atividade.

Permissão É ato administrativo discricionário e precário, em que há o


predomínio do interesse público, mediante o qual a
Administração possibilita ao particular interessado a execução
de serviços de interesse público ou a utilização de bem público.

Autorização É ato administrativo pelo qual a Administração consente que o


particular exerça atividade ou utilize bem público no seu próprio
interesse.

Assim, a resposta desta questão é a letra b.

89. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Atos normativos são


a) aqueles editados em situações nas quais uma determinada pretensão do
particular coincide com a manifestação de vontade da Administração.
b) atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos, que
veiculam determinações atinentes ao adequado desempenho de suas
funções.
c) os que contêm comandos gerais e abstratos aplicáveis a todos os
administrados que se enquadrem nas situações nele previstas.
d) atos que não contêm uma manifestação de vontade da Administração.
e) aqueles pelos quais a Administração pode impor diretamente sanções a
seus servidores ou aos administrados em geral.

Comentários:

Atos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Poder


Executivo, visando à correta aplicação da lei. Por isso, não podem inovar o
ordenamento jurídico criando direitos ou deveres para os administrados que
não se encontrem previstos em lei. Exemplos: decretos regulamentares,
regimentos, resoluções etc.
Com efeito, a resposta desta questão é a letra c.

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90. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-SP/2008) Sendo um dos requisitos do


ato administrativo, a competência é
a) modificável por vontade do agente.
b) transferível.
c) irrenunciável.
d) prescritível.
e) de exercício não obrigatório.

Comentários:

De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, são características da


competência:
• É irrenunciável: o exercício da competência é obrigatório para os órgãos
e agentes públicos. Ou seja, sempre que necessário, os agentes e órgãos
públicos devem exercer suas competências.
• É inderrogável: a titularidade da competência não pode ser alterada
mediante transação (acordo de vontades) entre os agentes públicos.
Isso quer dizer que a competência é imodificável pela vontade do agente.
Por exemplo, um Analista não pode fazer um acordo com um Técnico
visando à troca de algumas atribuições que lhes são outorgadas por lei.
• É improrrogável: os agentes públicos não podem agir além de suas
competências definidas em leis. Desta forma, o fato de um órgão ou
agente praticar um ato para o qual seja incompetente não faz com que
ele passe a ser considerado competente para exercer tal atribuição. A
improrrogabilidade, portanto, refere-se ao exercício da competência.
Em regra, os agentes públicos não podem praticar atos para os quais a lei
não lhes outorgou competência. Contudo, excepcionalmente, são
admitidas a delegação e a avocação.
• É intransferível: tendo em vista que a delegação e a avocação
relacionam-se tão-somente ao exercício, e não à titularidade, a
competência também é caracterizada pela intranferibilidade. Isso significa
que a titularidade da competência não pode ser transferida.
• É imprescritível: as competências podem/devem ser exercidas a
qualquer tempo. Ou seja, independentemente do período de inércia, o
não exercício da competência não a extingue. Com efeito, a titularidade
da competência permanece sob a titularidade do sujeito a que a lei a
outorgou.

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Portanto, a resposta desta questão é a letra c.

91. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-SP/2008) No que concerne aos atributos


do ato administrativo, é INCORRETO afirmar que a
a) presunção de legitimidade depende de previsão legal.
b) presunção de legitimidade do ato administrativo é relativa.
c) imperatividade implica que a imposição do ato independe da anuência do
administrado.
d) auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos atos
administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria
Administração.
e) presunção de legitimidade não impede o questionamento do ato
administrativo perante o Poder Judiciário.

Comentários:

A letra a está errada. A presunção de legitimidade independente de


previsão em lei.

As letras b e e estão certas. A presunção de legitimidade é relativa,


ou seja, admite prova em contrário. Cabe ao particular provar que o ato é
ilegal. Logo, esse atributo não impede o questionamento do ato administrativo
perante o Poder Judiciário.

A letra c está certa. A imperatividade (ou coercibilidade) é o atributo


que torna obrigatória para o administrado a observância do ato
administrativo, independentemente de sua anuência.

A letra d está certa. A autoexecutoriedade é a prerrogativa que possui a


Administração de executar seus atos independentemente de prévia
manifestação do Poder Judiciário. Assim, os atos que possuem esse atributo
ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração.

Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra a.

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92. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2008) Sobre as espécies de


atos administrativos, analise:
I. Atos que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a
concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao
particular.
II. Atos que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta
funcional de seus agentes.
III. Atos que contêm um comando geral do Executivo, visando à correta
aplicação da lei.
Essas afirmações referem-se, respectivamente, aos atos administrativos
a) negociais, ordinatórios e normativos.
b) ordinatórios, normativos e negociais.
c) normativos, negociais e ordinatórios.
d) negociais, normativos e ordinatórios.
e) ordinatórios, negociais e normativos.

Comentários:

Atos negociais contêm uma declaração de vontade da Administração apta


a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir
certa faculdade ao particular.

Atos ordinatórios visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a


conduta funcional de seus agentes.

Atos normativos contêm um comando geral do Executivo, visando à correta


aplicação da lei.

Portanto, a resposta desta questão é a letra a.

93. (FCC/Analista Judiciário/ TRT-18ªRegião/2008) Sobre os atributos do


ato administrativo, considere:
I. Autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de
vícios ou defeitos.

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II. É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos


atos administrativos.
III. Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de
imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de
ordem judicial.
As assertivas I, II e III referem-se, respectivamente, aos seguintes atributos:
a) presunção de legitimidade, imperatividade e auto-executoriedade.
b) imperatividade, auto-executoriedade e presunção de legitimidade.
c) auto-executoriedade, presunção de legitimidade e imperatividade.
d) presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade.
e) auto-executoriedade, imperatividade e presunção de legitimidade.

Comentários:

Presunção de Autoriza a imediata execução do ato administrativo,


legitimidade mesmo que eivado de vícios ou defeitos.

É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento


ou execução de certos atos administrativos. Ou seja, o
Imperatividade
cumprimento do ato é obrigatório,
independentemente da anuência do
administrado.

Consiste na possibilidade que certos atos


administrativos ensejam de imediata e direta
Autoexecutoriedade
execução pela própria Administração,
independentemente de ordem judicial.

Logo, a resposta desta questão é a letra a.

94. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-18ªRegião/2008) Quanto à liberdade


que o administrador tem na prática dos atos administrativos, considere:
I. Ato em que a lei estabelece todos os requisitos e as condições de sua
realização, sem deixar qualquer margem de liberdade para o administrador.
II. Ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto
à conveniência e oportunidade.

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Esses conceitos referem-se, respectivamente, ao ato administrativo


a) vinculado e de império.
b) de império e de gestão.
c) discricionário e de gestão.
d) vinculado e discricionário.
e) de gestão e de expediente.

Comentários:

Ato vinculado Ato discricionário

Ato em que a lei estabelece todos os Ato que o administrador pode praticar
requisitos e as condições de sua com certa liberdade de escolha quanto
realização, sem deixar qualquer à conveniência e oportunidade.
margem de liberdade para o
administrador.

Desta forma, a resposta da questão é a letra d.

95. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-AL/2008) Ao praticar um ato


administrativo a autoridade deve fazêlo de acordo com a lei. Quando a lei
estabelece todos os requisitos e condições, não deixando ao Administrador
nenhuma liberdade de escolha, estamos diante de um ato
a) discricionário ou vinculado a critério do agente que pratica o ato.
b) discricionário.
c) vinculado.
d) arbitrário.
e) hierárquico.

Comentários:

Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos


(CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte,

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não há qualquer margem de liberdade para o agente público decidir acerca


da oportunidade e conveniência da prática do ato.
Por outro lado, nos atos discricionários, apenas os elementos “CoFiFo”
estão detalhadamente previstos em lei. Nos demais (“MoOb”), o agente
público dispõe de certa margem de liberdade (dentro dos limites da lei)
quanto à conveniência, à oportunidade e ao conteúdo do ato.
Desta forma, a resposta desta questão é a letra c.

96. (FCC/Assistente/TCE-AM/2008) A motivação de determinado ato


administrativo invocou a ocorrência de um determinado fato que,
posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato apresenta vício
consistente em
a) inexistência de motivos e em razão disso cabe sua anulação pela
Administração.
b) inexistência de motivos e em razão disso cabe sua revogação pela
Administração.
c) ausência de motivação e em razão disso cabe sua revogação pela
Administração.
d) ausência de motivação e em razão disso cabe sua anulação pela
Administração.
e) ilegalidade do objeto e em razão disso cabe sua anulação pela
Administração.

Comentários:

São nulos os atos nos casos de (Lei Federal nº 4.717/65, art. 2º) :
• incompetência;
• vício de forma;
• ilegalidade do objeto;
• inexistência dos motivos;
• desvio de finalidade.

Ademais, o paragrafo único do referido artigo traz as seguintes regras:


• a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas
atribuições legais do agente que o praticou;

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• o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou


irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
• a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em
violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
• a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de
direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado obtido;
• o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de
competência

IMPORTANTE:
A motivação de determinado ato administrativo invocou a ocorrência de um
determinado fato que, posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato
apresenta vício consistente em inexistência de motivos e em razão disso
cabe sua anulação pela Administração.

Assim, a resposta desta questão é a letra a.

97. (ESAF/ATA/MF/2009) Associe os elementos do ato administrativo a seus


conceitos, em linhas gerais. Ao final, assinale a opção correspondente.
1. Sujeito
2. Objeto ou conteúdo
3. Forma
4. Finalidade
5. Motivo
( ) É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato
administrativo.
( ) É o efeito jurídico imediato que o ato produz.
( ) É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato.
( ) É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.
( ) É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser observadas
durante o processo de sua formação.
a) 2, 4, 3, 1, 5

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b) 2, 5, 1, 3, 4
c) 5, 2, 4, 1, 3
d) 5, 4, 2, 1, 3
e) 3, 1, 4, 2, 5

Comentarios:

Sujeito ou É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.


Competência

Finalidade É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática


do ato.

Forma É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser


observadas durante o processo de sua formação.

Motivo É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento


ao ato administrativo.

Objeto É o efeito jurídico imediato que o ato produz.

Assim, a resposta da questão é a letra c.

98. (ESAF/Analista/ANA/2009) Quanto ao regime jurídico a que se


submetem os atos administrativos no ordenamento brasileiro, assinale a opção
incorreta.
a) Configura desvio de finalidade a prática de ato administrativo visando a
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de
competência.
b) Em virtude de sua presunção de legitimidade, até prova em contrário,
presume-se que os atos administrativos foram emitidos em conformidade
com a lei.
c) A conveniência e a oportunidade da prática do ato constituem o mérito
administrativo e apenas estarão passíveis de ponderação nos atos
discricionários.

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d) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática que


determinou e justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a
sua validade.
e) Todos os atos administrativos nulos ou anuláveis são passíveis de
convalidação ou saneamento, desde que a prática do novo ato supra a
falta anterior.

Comentários:

A letra a está certa. De acordo com Hely Lopes Meirelles, “o abuso de


poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato,
ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidades
administrativas”.
Portanto, o abuso de poder pode ocorrer em duas hipóteses:
• Vício no elemento competência: o agente público atua fora dos limites
de sua competência. Nesse caso, diz-se que ocorreu abuso de poder na
modalidade excesso de poder.
• Vício no elemento finalidade: o agente público, embora competente,
atua de forma contrária à satisfação do interesse público. Nesse caso, diz-
se que ocorreu abuso de poder na modalidade desvio de poder (ou
desvio de finalidade).

Para facilitar o entendimento de vocês, deixo a tabela abaixo:

Abuso de poder

Desvio de poder Excesso de poder


(ou desvio de finalidade)

Vício no elemento finalidade. Vício no elemento competência.

A letra b está certa. Pelo atributo presunção de legitimidade, se


presume que o ato administrativo foi produzido em conformidade com a
lei.
Enquanto não proferida a decisão, administrativa ou judicial, que
reconheça a ocorrência alguma ilegalidade, o ato administrativo permanece
eficaz, podendo ser imediatamente executado pela Administração Pública.

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A letra c está certa. O mérito administrativo é a margem de


liberdade, nos limites da lei, que a Administração Pública possui na valoração da
conveniência e oportunidade para a prática de ato administrativo discricionário.
Considerando, especificamente, os atos administrativos discricionários, o
núcleo do mérito administrativo é formado pelos elementos Motivo e
Objeto. Ou seja, nos atos discricionários, apenas os elementos “CoFiFo”
estão detalhadamente previstos em lei.
Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos
(CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte,
não há qualquer margem de liberdade para o agente público decidir acerca
da oportunidade e conveniência da prática do ato.

A letra d está certa. Motivo e motivação não se confundem. Motivo é o


pressuposto de direito (jurídico) e de fato (fático) que autoriza ou determina a
produção do ato administrativo. A motivação é a indicação, no próprio ato,
dos pressupostos de fato e de direito que autorizaram ou determinaram
a prática de determinado ato.
O art. 50 da Lei nº 9.784/90 cita um rol mínimo de atos que
necessariamente serão motivados. Percebam que os atos que sempre serão
motivados, em regra, apresentam uma das seguintes características: diminuem
direitos; aumentam obrigações; decidem algo; contrariam opiniões anteriores;
e geram risco de lesão aos cofres públicos.

LEI Nº 9.784/99, ART. 50:


Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

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Como disse acima, esses atos citados nos incisos do art. 50 da Lei
representam um rol mínimo de atos que sempre serão motivados. Na verdade,
a motivação é necessária para todos os atos administrativos, sejam
discricionários, sejam vinculados.
Todavia, a Constituição Federal cria algumas exceções ao princípio da
motivação obrigatória dos atos produzidos no âmbito da competência
discricionária da Administração. Por exemplo: os cargos em comissão são de
livre nomeação e exoneração, isto é, independem de motivação (diz-se
nomeação e exoneração ad nutum).
Ainda assim, quando a Administração declara o motivo que determinou a
prática de um ato discricionário, que, em princípio, não precisava ser
expressamente motivado, ele fica vinculada à existência do motivo declarado.
Isso significa que se houver desconformidade entre a realidade e o
motivo declarado, tornar-se-á possível a declaração de invalidade do ato pelo
Poder Judiciário, bem como pela própria Administração Pública. Essa é a
chamada Teoria dos Motivos Determinantes.

A letra e está errada. Segundo o art. 55 da Lei nº 9.784/99, em decisão


na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão
ser convalidados pela própria Administração.

IMPORTANTE:
Segundo a doutrina, são defeitos sanáveis: a competência não-exclusiva
e a forma não-essencial, razão pela qual admitem a convalidação. Os demais
defeitos são insanáveis. Por isso, não podem ser convalidados.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

99. (ESAF/STN/AFC/2008) Quanto à discricionariedade e à vinculação da


atuação administrativa, pode-se afirmar corretamente:
a) a discricionariedade presente num ato administrativo nunca é total, pois,
em geral, ao menos a competência, a forma e a finalidade são elementos
definidos em lei e, portanto, vinculados.

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b) o ato administrativo será discricionário quando a lei não deixar margem


de liberdade para a atuação do administrador e fixar a sua única maneira
de agir diante do preenchimento de determinados requisitos.
c) a conveniência e a oportunidade de realização dos atos constituem o
mérito administrativo, presente nos atos vinculados e passível de controle
pelo poder judiciário.
d) quando o motivo for um aspecto discricionário do ato administrativo,
ainda que expressamente indicado pela administração pública para a
prática de determinado ato, não estará passível de controle pelo poder
judiciário.
e) a admissão de servidor público é ato administrativo discricionário típico,
assim como a permissão de uso de bem público é exemplo clássico de ato
administrativo vinculado.

Comentários:

A letra a está certa e as letras b e c estão erradas. Já vimos que, nos


atos administrativos discricionários, o núcleo do mérito administrativo é
formado pelos elementos Motivo e Objeto. Isto é, nesses elementos
(“MoOb”) o agente público dispõe de certa margem de liberdade (dentro
dos limites da lei) quanto à conveniência, à oportunidade e ao conteúdo do
ato. Todavia, os elementos Competência, Finalidade e Forma (“CoFiFo”)
estão detalhadamente previstos em lei.
Nos atos vinculados, os cinco elementos dos atos administrativos
(CoFiFoMoOb) estão detalhadamente previstos em lei. Por conseguinte,
não há qualquer margem de liberdade para o agente público decidir acerca
da oportunidade e conveniência da prática do ato.

A letra d está errada. A discricionariedade administrativa é limitada pela


lei. Com efeito, o ato administrativo discricionário pode ser analisado
pelo Poder Judiciário. Nessa situação, o resultado da atividade jurisdicional é
a anulação do ato administrativo viciado.

A letra e está errada. Em regra, a admissão de servidor público é ato


administrativo vinculado. Já a permissão é ato administrativo unilateral,
discricionário e precário, em que há o predomínio do interesse público,
mediante o qual a Administração possibilita ao particular interessado a
execução de serviços de interesse público ou a utilização de bem público. A
permissão pode ser onerosa ou gratuita.

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Por isso, a resposta desta questão é a letra a.

100. (ESAF/AFC/STN/2008) O Diretor-Geral do Departamento de Vigilância


Sanitária de uma cidade brasileira anulou o ato de concessão de licença de
funcionamento de um restaurante ao constatar uma irregularidade em um dos
documentos apresentados para sua obtenção, existente desde o momento em
que foi apresentado. Em relação a essa situação hipotética, marque a opção
correta.
a) Sendo o Diretor-Geral a autoridade competente para a concessão da
licença, apenas uma autoridade superior a ele poderia tê-la anulado.
b) A invalidação da licença tem efeitos ex nunc, ou seja, não retroativos, em
respeito aos atos já dela decorridos até então.
c) Por haver repercussão no campo de interesses individuais, a anulação da
licença deve ser precedida de procedimento em que se garanta o
contraditório àquele que terá modificada sua situação.
d) Ainda que o documento seja novamente apresentado, desta vez
regularmente constituído, não será possível a convalidação da licença
anteriormente concedida por ser absolutamente nula.
e) Tendo sido uma manifestação legítima de controle de mérito da
Administração Pública, avaliados os critérios de conveniência e
oportunidade, não é cabível indenização.

Comentários:

As letras a e b estão erradas. A anulação é extinção do ato


administrativo ilegal pela própria Administração Pública que o editou
(princípio da autotulela), ou pelo Poder Judiciário. Seus esfeitos serão
retoativos (ex-tunc).
A letra c está certa. Segundo a doutrina, em respeito aos princípios do
contraditório e da ampla defesa (CF, art 5º, LV), deve ser oferecida
oportunidade de manifestação ao particular eventualmente atingido pelo ato
extintivo.

A letra d está errada. Em decisão na qual se evidencie não


acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração (Lei nº 9.784/99, art. 55).

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A letra e está errada. Há dois erros na questão. A anulação resulta do


controle de legalidade (e não do controle de mérito). Ademais, em relação ao
destinatário do ato, diretamente atingido pela anulação, pode haver ou não o
direito à indenização.
Quando a anulação antecede despesas feitas pelo administrado, não há
dever de indenizar para a Administração. Contudo, se for posterior a ocorrência
de gastos pelo administrado, este terá direito à indenização pelos prejuízos
decorrentes da anulação, desde que não tenha agido com dolo ou culpa, nem
com má-fé.

Portanto, a resposta desta questão é a letra c.

101. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista/2007) Assinale a forma de extinção do ato


administrativo motivado pela revisão do mérito administrativo.
a) Anulação
b) Revogação
c) Cassação
d) Contraposição
e) Caducidade

Comentários:

JURISPRUDÊNCIA DO STF:
"A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." (Súmula nº 473)

A anulação é extinção do ato administrativo ilegal pela própria


Administração Pública que o editou (princípio da autotulela), ou pelo
Poder Judiciário. Seus esfeitos serão retoativos (ex-tunc).

Segundo Hely Lopes Meirelles, “revogação é a supressão de um ato


administrativo legítimo e eficaz, realizada pela Administração – e somente por
ela – por não mais lhe convir sua existência.”

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Dito de outra forma, a revogação é a extinção de um ato administrativo


válido e discricionário (atos vinculados são irrevogáveis), por motivo de
conveniência ou oportunidade. Por isso, a revogação só pode ser
realizada pela própria Administração responsável pela prática do ato e
só pode incidir sobre ato discricionário. Além disso, seus esfeitos serão
proativos (ex-nunc).
Deve ficar claro que a discricionariedade administrativa é limitada pela lei.
Com efeito, o ato administrativo discricionário pode ser analisado pelo
Poder Judiciário. Nessa situação, porém, o resultado da atividade jurisdicional
é a anulação do ato administrativo viciado, e não a revogação.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

Amigos(as), por fim, vejamos as seguintes definições:


• Cassação: é a extinção de um ato válido porque o destinatário
descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de
dar continuidade à situação jurídica.
• Contraposição: é a extinção do ato administrativo em virtude da
superveniência de outro ato com efeito contrário. Por exemplo: o
ato de exoneração provoca a extinção do ato de nomeação por
contraposição.
• Caducidade: é a extinção do ato administrativo em função da edição de
lei superveniente incompatível.

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

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102. (ESAF/Analista/SEFAZ-CE/2007) Assinale a opção que contenha os


elementos do ato administrativo passíveis de reavaliação quanto à conveniência
e oportunidade no caso de revogação.
a) Competência/finalidade
b) Motivo/objeto
c) Forma/motivo
d) Objeto/finalidade
e) Competência/forma

Comentários:

IMPORTANTE:
Nos atos administrativos discricionários, o núcleo do mérito administrativo
é formado pelos elementos Motivo e Objeto. Isto é, nesses elementos
(“MoOb”) o agente público dispõe de certa margem de liberdade (dentro
dos limites da lei) quanto à conveniência, à oportunidade e ao conteúdo do
ato.

Por isso, a resposta desta questão é a letra b.

103. (ESAF/Analista/SEFAZ-CE/2007) São pressupostos para a


convalidação do ato administrativo, exceto:
a) ausência de discricionariedade.
b) ausência de prejuízo a terceiros.
c) existência de defeitos sanáveis.
d) ausência de má-fé.
e) ausência de lesão ao interesse público.

Comentários:

Em relação à convalidação de atos defeituosos, a Lei nº 9.784/99, que


disciplina o processo administrativo no âmbito federal, prevê duas
possibilidades. São elas:

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• Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de
convalidação chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração.
Transcorrido o prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da
Administração, o ato será tacitamente convalidado.
• Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração (art. 55).

No que tange à convalidação tácita, no caso de efeitos patrimoniais


contínuos, o prazo de decadência será contado da percepção do primeiro
pagamento (art. 54, §2º).
Por exemplo: imagine que um servidor, mensalmente, receba uma
determinada quantia a que não faça jus. Considerando que não haja má-fé
deste servidor, o prazo de 5 anos será contado a partir do recebimento do
primeiro pagamento.
Portanto, a resposta desta questão é a letra a.

104. (ESAF/Administrador/ENAP/2006) Um dos requisitos e/ou elementos


essenciais de validade dos atos administrativos, que constitui o seu necessário
direcionamento a um fim de interesse público, indicado expressa ou
implicitamente na norma legal, embasadora de sua realização, é
a) a competência.
b) a finalidade.
c) a forma.
d) o motivo.
e) o objeto.

Comentários:

Finalidade é o objetivo do ato administrativo, ou seja, o efeito


mediato produzido pelo ato administrativo. Em sentido amplo, á a
satisfação do interesse público. Já em sentido estrito, é o objetivo

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previsto, implícita ou explicitamente, na lei que determina ou autoriza a


prática do ato administrativo.
Logo, a resposta desta questão é a letra b.

105. (ESAF/Analista/SUSEP/2006) A revogação é a supressão de um ato


discricionário, fazendo cessar seus efeitos jurídicos, o que ocorre quando ele
(ato) era
a) ilegal e ineficaz.
b) ilegítimo e ineficiente.
c) legítimo e eficaz.
d) inválido e anulável.
e) de vigência exaurida.

Comentários:
Segundo Hely Lopes Meirelles, “revogação é a supressão de um ato
administrativo legítimo e eficaz, realizada pela Administração – e somente por
ela – por não mais lhe convir sua existência.”
Logo, a resposta desta questão é a letra c.

106. (ESAF/ANEEL/Técnico/2006) São formas de extinção do ato


administrativo, exceto:
a) A revogação.
b) A rescisão.
c) A contraposição.
d) A cassação.
e) A anulação.

Comentários:

A recisão é a forma de extinção do contrato (e não do ato)


administrativo.
Assim, a resposta desta questão é a letra b.

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107. (CESPE/TCU/2009) De acordo com a teoria dos motivos determinantes,


o agente que pratica um ato discricionário, embora não havendo
obrigatoriedade, opta por indicar os fatos e fundamentos jurídicos da sua
realização, passando estes a integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a
administração, aos motivos ali expostos.

Comentários:

CERTO. Quando a Administração declara o motivo que determinou a


prática de um ato discricionário, que, em princípio, não precisava ser
expressamente motivado, ele fica vinculada à existência do motivo declarado.
Isso significa que se houver desconformidade entre a realidade e o
motivo declarado, tornar-se-á possível a declaração de invalidade do ato pelo
Poder Judiciário, bem como pela própria Administração Pública. Essa é a
chamada Teoria dos Motivos Determinantes.

108. (CESPE/TCU/2009) Não é possível o controle de legalidade exercido


pelo Poder Judiciário na hipótese de remoção de servidor público de ofício, mas
com características de perseguição política, em razão de a motivação atender
ao interesse da administração.

Comentários:

ERRADO. A remoção de ofício só pode ser praticada com o objetivo de


suprir carência de pessoal. Assim, independentemente das justificativas
apresentadas, a remoção de ofício de servidor realizada com propósito diverso
desse ofenderá, sempre, o princípio da finalidade.
Os atos eventualmente praticados em desobediência aos princípios
administrativos são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela
própria Administração que o haja editado ou pelo Poder Judiciário.

109. (CESPE/TRE-MA/2009) A permissão é ato administrativo bilateral e


vinculado pelo qual a administração faculta ao particular a execução de serviço
público ou a utilização privativa de bem público.

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Comentários:

ERRADO. Permissão é ato administrativo unilateral, discricionário e


precário, em que há o predomínio do interesse público, mediante o qual a
Administração possibilita ao particular interessado a execução de serviços de
interesse público ou a utilização de bem público. A permissão pode ser
onerosa ou gratuita.

110. (CESPE/TRE-MA/2009) Todo ato administrativo é autoexecutável.

Comentários:

ERRADO. A Administração Pública não pode se valer da auto-


executoriedade (ou executoriedade) em relação à cobrança de multas não
quitadas espontaneamente pelo administrado.
A Administração, valendo-se da executoriedade pode aplicar a multa ao
administrado. Todavia, se ele não efetuar o pagamento voluntariamente, a
cobrança dessa multa somente pode ser realizada por meio de ação judicial.

IMPORTANTE:
A cobrança de multa administrativa é exemplo de ato administrativo desprovido
de executoriedade.

111. (CESPE/TJ-RJ/2008) A presunção de legitimidade do ato administrativo


transfere à administração o ônus de provar que o ato administrativo é legítimo.

Comentários:

ERRADO. Todavia, a presunção de legitimidade é relativa, isto é,


admite prova em contrário. Por conseguinte, ocorre a inversão do ônus da
prova, visto que cabe ao particular provar que o ato é ilegal. Logo, a
presunção de legitimidade não impede o questionamento do ato administrativo
perante o Poder Judiciário.

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112. (CESGRANRIO/DNPM/2006) O requisito necessário à formação do ato


administrativo que consiste na situação de direito ou de fato que determina ou
autoriza a sua realização é a(o):
a) competência.
b) finalidade.
c) forma.
d) motivo.
e) objeto.

Comentários:

Motivo é a razão ou circunstância que autoriza ou determina a prática do


ato administrativo. Em outros termos, é o pressuposto de direito (jurídico) e de
fato (fático) que autoriza ou determina a produção do ato administrativo.
O pressuposto de direito é a previsão em lei do motivo pelo qual um
ato pode ou deve ser praticado, enquanto o pressuposto de fato é a
concretização (ocorrência no mundo real) do pressuposto de direito.
Portanto, a resposta desta questão é a letra d.

113. (CESGRANRIO/DECEA/2006) Acerca da invalidação dos atos


administrativos é correto afirmar que a(os):
a) revogação funda-se no poder discricionário de que dispõe a Administração
para rever sua atividade e adequá-la à realização de seus fins.
b) anulação de ato pela própria Administração não pode ser efetuada de
ofício, dependendo de manifestação do interessado.
c) anulação de um ato jurídico exige a apuração de ilegalidade ou
ilegitimidade da entidade que o praticou, podendo ser declarada apenas
pelo próprio emissor do ato.
d) atos administrativos não podem ser revogados pela própria entidade que
os praticou.
e) efeitos da revogação de um ato administrativo pela própria Administração
retroagem à data da realização do ato.

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Comentários:

A letra a está certa. A revogação é a extinção de um ato administrativo


válido, por motivo de conveniência ou oportunidade. Por isso, diz-se que ela
funda-se no poder discricionário de que dispõe a Administração para rever
sua atividade e adequá-la à realização de seus fins.
As letras b e c estão erradas. A anulação deve ocorrer quando houver
vício no ato, referente à legalidade ou à legitimidade. A anulação pode ser feita
pela própria Administração (controle interno), de ofício ou mediante
provocação, ou pelo Poder Judiciário (controle externo), mediante provocação.
A letra d está errada. Somente a Administração Pública pode revogar o
ato administrativo por ela praticado. Isso não significa que os Poderes
Legislativo e Judiciário não podem revogar atos administrativos. No exercício de
suas funções administrativas, o Legislativo e o Judiciário também podem
revogar os seus próprios atos administrativos.
Todavia, no desempenho de suas funções típicas, os Poderes Judiciário
(julgar) e Legislativo (legislar) não podem revogar atos administrativos.
A letra e está errada. Já vimos que a revogação incide apenas sobre
atos válidos. Poe isso, ela produz efeitos ex-nunc, ou seja, para o futuro,
não retroagindo. Preservam-se, portanto, os efeitos pretéritos do ato
administrativo.
Desta forma, a resposta desta questão é a letra a.

114. (CESGRANRIO/ANP/2005) Com relação à discricionariedade, a


doutrina define que “a atuação é discricionária quando a Administração, diante
do caso concreto, tem a possibilidade de apreciá-lo segundo critérios de
oportunidade e conveniência e escolher uma dentre duas ou mais soluções,
toda válidas para o direito” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito
Administrativo, 14ª edição, São Paulo, Ed. Atlas, 2002).
Diante desse conceito, pode-se concluir que os elementos do ato administrativo
em que a discricionariedade costuma se fazer mais presente são:
a) sujeito e objeto.
b) sujeito e finalidade.
c) motivo e objeto.
d) forma e finalidade.
e) forma e motivo.

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Comentários:

Ato discricionário é aquele pode ser praticado pela Administração


Pública com certa margem de liberdade, nos limites da lei, em relação ao
seu conteúdo, modo de realização, sua oportunidade e conveniência.
Com base no poder discricionário, a Administração Pública dispõe de
liberdade na valoração do motivo e na escolha do objeto do ato
administrativo. Tal libertadade de ação da Administração Pública integra o
denominado mérito administrativo.
Considerando, especificamente, os atos administrativos discricionários, o
núcleo do mérito administrativo é formado pelos elementos Motivo e
Objeto.
Desta forma, a resposta desta questão é a letra c.

115. (CESGRANRIO/ANP/2005) NÃO se considera ato administrativo a:


a) decisão proferida por órgão colegiado de julgamento administrativo.
b) exoneração de funcionário público.
c) autorização de porte de arma.
d) declaração de utilidade pública de um imóvel.
e) consulta médica nos hospitais da rede pública.

Comentários:

Como visto, ato administrativo é toda manifestação unilateral de


vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Com base no conceito acima, concluímos, facilmente, que consulta
médica nos hospitais da rede pública não é considerada ato administrativo.
Afinal, neste fato, não estão presentes as características dos atos
administrativos.
Portanto, a resposta desta questão é a letra e.

Até a próxima aula!

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

61. (FCC/Técnico de Controle Externo/TCE-GO/2009) São, dentre outros,


elementos do ato administrativo:
a) a forma, o mérito e a razoabilidade.
b) a discricionariedade, a vinculação e a arbitrariedade.
c) o objeto, o motivo e a finalidade.
d) o sujeito, a competência e o destinatário.
e) a autoexecutoriedade, a imperatividade e a presunção de legalidade.

62. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-GO/2009) Considere que


determinado ato administrativo seja praticado mediante expressa invocação de
circunstância de fato que, se existente, realmente permitiria a prática regular
do ato. Todavia, posteriormente constatou-se que essa circunstância de fato
não existiu, embora no momento da edição do ato a autoridade estivesse
legitimamente convencida do contrário. Em tal situação, de acordo com a
doutrina e legislação aplicáveis à matéria, o ato administrativo em questão
a) é válido e regular, porque a autoridade agiu de boafé.
b) será válido e regular se as novas circunstâncias fáticas permitirem o
aproveitamento do ato já praticado.
c) poderá ser revogado, por motivo de superveniente interesse público.
d) é anulável, aplicando-se as regras pertinentes aos vícios do
consentimento.
e) deverá ser anulado, por inexistência dos motivos.

63. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Com relação ao ato


administrativo, é INCORRETO afirmar:
a) É espécie do gênero ato da Administração.
b) Está sujeito ao regime administrativo e é passível de controle
jurisdicional.
c) Nem sempre produz efeito jurídico.
d) Possui não só conteúdo formal, mas também material.
e) É todo ato lícito que tenha por fim adquirir, resguardar, transferir,
modificar ou extinguir direitos.

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64. (FCC/Analista Judiciário/TJ-PI/2009) O atributo do Ato Administrativo


que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução é a
a) discricionariedade vinculada.
b) auto-executoriedade.
c) eficácia.
d) presunção de veracidade.
e) imperatividade.

65. (FCC/Analista Judiciário/TJ-PI/2009) Quanto aos Atos


Administrativos, é INCORRETO afirmar:
a) Dentre os seus atributos, destaca-se o da autoexecutoriedade pelo qual
pode ser posto em execução pela própria Administração Pública, sem
necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
b) Permissão é o ato administrativo bilateral, vinculado e oneroso, pelo qual
é facultado ao particular a contratação de bem ou serviço público.
c) Complexo é o ato administrativo que resulta da manifestação de dois ou
mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade se funde
para formar um único ato.
d) Alvará é o instrumento pelo qual a Administração Pública confere licença
ou autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos ao
poder de polícia do Estado.
e) Sendo o motivo pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento
ao ato administrativo, a sua ausência ou a indicação de motivo falso
invalidam o ato.

66. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Em tema de atributos dos atos


administrativos, considere:
I. Legitimidade é atributo segundo o qual o ato administrativo se impõe ao
particular, independentemente de sua concordância.
II. Depois de editado o ato, ele produz seus efeitos como se válido fosse até a
impugnação administrativa ou jurisdicional.
III. Auto-executoriedade significa que a Administração Pública pode executar
suas decisões, com coercitividade, desde que submeta o ato previamente ao
Poder Judiciário.
É correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II.

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c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.

67. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009/Adaptada) O conteúdo do ato


corresponde ao seu efeito jurídico.

68. (FCC/Técnico Judiciário/TJ-PI/2009) Espécie de ato administrativo da


competência exclusiva dos Chefes do Executivo, destinado a prover situações
gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou
implícito, pela legislação. Trata-se de
a) resolução.
b) regulamento.
c) provimento.
d) instrução normativa.
e) decreto.

69. (FCC/Analista Judiciário/TJ-SE/2009) A convalidação do ato


administrativo
a) é sempre possível quando o vício diz respeito à forma.
b) não é possível se o vício decorre de incompetência do agente que o
praticou.
c) pode ocorrer se o vício recair sobre o motivo e à finalidade.
d) é admitida nas hipóteses de incompetência em razão da matéria.
e) é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos retroativos à
data em que este foi praticado.

70. (FCC/Analista Judiciário/TRE-PI/2009) A licença, a autorização e a


permissão são espécies de atos
a) normativos.
b) negociais.
c) ordinatórios.
d) enunciativos.
e) punitivos.

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71. (FCC/Analista Judiciário/TRE-PI/2009) Sobre a revogação do ato


administrativo, é correto afirmar que
a) existem atos que são irrevogáveis.
b) não é privativo da Administração que praticou o ato revogado.
c) a revogação produz efeitos a partir da data do ato revogado.
d) a revogação tem fundamento no poder vinculado.
e) o Judiciário pode revogar ato administrativo emanado do Poder Executivo,
se for provocado.

72. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) Quanto à


discricionariedade e vinculação do ato administrativo, é correto que
a) ato discricionário é aquele em que o administrador tem certa liberdade de
escolha, especialmente quanto à conveniência e oportunidade.
b) discricionariedade e arbitrariedade são expressões sinônimas.
c) no ato vinculado a lei estabelece quase todos os requisitos e condições de
sua realização, deixando pouca margem de liberdade ao administrador.
d) quanto aos elementos competência e finalidade do ato administrativo a lei
pode deixar à livre apreciação da autoridade tanto no ato discricionário
quanto no ato vinculado.
e) o Poder Judiciário pode apreciar o ato administrativo quanto aos aspectos
da conveniência e oportunidade.

73. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) A anulação do ato


administrativo
a) pode ser feita por conveniência e oportunidade.
b) pode se feita tanto pela Administração quanto pelo Poder Judiciário.
c) não pode ser feita pelo Poder Judiciário, mesmo que provocado pelo
interessado.
d) vale a partir da decisão anulatória, não retroagindo os seus efeitos.
e) é privativa da autoridade no exercício de função administrativa.

74. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) Quando se fala em


ato administrativo discricionário, quer dizer que
a) o controle judicial é impossível, pois, a autoridade tem liberdade de
atuação na prática do ato administrativo.

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b) a lei deixa certa margem de liberdade de decisão para a autoridade,


diante do caso concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre
várias soluções possíveis.
c) a autoridade competente tem arbitrariedade para atuar, podendo, desde
que justificadamente, ultrapassar os limites estabelecidos na lei.
d) a autoridade tem liberdade de atuação quanto à finalidade, em sentido
estrito, do ato administrativo.
e) na parte referente à conveniência, a autoridade não tem liberdade de
escolha, devendo obedecer ao que dispõe a lei.

75. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2009) João, como


autoridade competente do Tribunal Regional do Trabalho, previamente
autorizado, cedeu, gratuitamente, o uso de uma sala no imóvel desse Tribunal
para o funcionamento de um serviço de utilidade pública. Um mês depois,
verificou que o usuário da referida sala não tinha poderes para firmar o ajuste e
desprovido de qualquer habilitação para o serviço, caracterizando um ato ilegal.
Nesse caso, João deverá
a) anular o ato em face das razões de oportunidade e conveniência, e não
por eventual ilegalidade, facultando-se pelos efeitos ex tunc ou ex nunc.
b) revogar o ato tendo em vista a ilegalidade desse ato administrativo, que
vai gerar efeitos en tunc.
c) revogar o ato, que é ilegal, e, em face das razões de oportunidade e
conveniência, que vai gerar efeitos ex nunc.
d) anular o ato tendo em vista a ilegalidade desse ato administrativo, o qual
produzirá efeitos ex tunc.
e) requerer à Presidência desse Tribunal que revogue o ato administrativo,
por ser inconveniente e ilegal, facultando-se pelos efeitos ex nunc ou ex
tunc.

76. (FCC/Especialista em Política Públicas/SEFAZ-SP/2009) Em relação


às espécies de ato administrativo, é correto afirmar:
a) Aprovação é ato unilateral e vinculado via do qual a Administração exerce
o controle de outro ato administrativo, antes ou depois de o mesmo ter
sido praticado.
b) Certidão é ato de natureza constitutiva de direito ou de obrigação
expedida pela autoridade competente.
c) Autorização é ato administrativo unilateral e vinculado por meio do qual a
Administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício
de uma atividade.

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d) Homologação é ato unilateral e vinculado mediante o qual a


Administração reconhece a legalidade de ato ou de procedimento
administrativo.
e) Licença é ato administrativo unilateral e discricionário pelo qual a
Administração faculta ao particular o desempenho de atividade material,
em princípio vedada.

77. (FCC/Especialista em Política Públicas/SEFAZ-SP/2009) A respeito


dos requisitos, ou elementos, do ato administrativo, considere:
I. Competência é o poder legal conferido ao agente público para o desempenho
específico das atribuições de seu cargo.
II. Delegação de competência é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para
si o exercício temporário de parte da competência atribuída originariamente a
um subordinado.
III. Motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a
realização do ato administrativo.
É correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.

78. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) Com referência às espécies do


ato administrativo, considere:
I. Atos ordinatórios são atos administrativos internos, que visam a disciplinar o
funcionamento da Administração e a conduta funcional dos seus agentes.
II. As circulares internas, os avisos e as ordens de serviço são exemplos de atos
normativos.
III. Nos atos negociais encontra-se presente o atributo da imperatividade.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) II.
e) III.

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79. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) A anulação do ato administrativo


NÃO pode ocorrer
a) por questão de mérito administrativo.
b) nos atos vinculados.
c) com efeito retroativo, valendo a anulação a partir da data da sua
decretação.
d) por iniciativa da própria Administração.
e) por determinação do Poder Judiciário, mesmo que provocado pelo
interessado.

80. (FCC/Auxiliar Judiciário/TJ-PA/2009) Tocante à revogação e extinção


do ato administrativo emanado do Poder Executivo, é correto afirmar que:
a) verifica-se a extinção natural quando desaparece o próprio objeto do ato
praticado.
b) a revogação pode ser determinada pelo Poder Judiciário à vista da
ilegalidade do ato.
c) o Poder Judiciário pode revogar o ato por inconveniente se for provocado
por terceiro prejudicado.
d) ocorre a extinção subjetiva quando se verifica o cumprimento normal dos
efeitos do ato.
e) a revogação é ato exclusivo da Administração e tem cabimento quando o
ato tornou-se inoportuno ou inconveniente.

81. (FCC/Oficial de Justiça/TJ-PA/2009) A anulação e a revogação do ato


administrativo sujeitam-se às seguintes regras:
a) Ato administrativo emanado do Poder Executivo pode ser anulado pela
própria Administração, de ofício ou a requerimento do interessado, ou
pelo Poder Judiciário, nesta última hipótese.
b) A anulação do ato administrativo não pode ser decretada se o ato for
vinculado.
c) A revogação do ato administrativo produz efeito ex tunc; a anulação
efeito ex nunc.
d) Revogação é a supressão de um ato administrativo por ilegítimo e ilegal.
e) Todo e qualquer ato administrativo pode ser revogado.

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82. (FCC/Analista/MPE-SE/2009) A Administração Pública pode editar atos


administrativos e cumprir suas determinações sem necessidade de oitiva ou
autorização prévia do Poder Judiciário ou de qualquer outra autoridade. Tem-se
aí a definição de um dos atributos do ato administativo, consistente na
a) auto-executoriedade.
b) insindicabilidade.
c) inexorabilidade de seus efeitos.
d) inafastabilidade do controle jurisdicional.
e) presunção de legitimidade.

83. (FCC/Assessor Jurídico/TCE-PI/2009) Dos elementos do ato


administrativo classicamente apontados por parte considerável da doutrina
administrativista, a finalidade, o objeto e o motivo assumem sentidos
diferentes, podendo-se afirmar que
a) o motivo consiste no efeito jurídico imediato que o ato administrativo
produz e a finalidade consiste no efeito mediato.
b) o objeto consiste no efeito jurídico imediato que o ato administrativo
produz e o motivo consiste no efeito mediato.
c) o motivo antecede a prática do ato administrativo, enquanto que a
finalidade a sucede, correspondendo a algo cujo alcance é pretendido pela
Administração.
d) o objeto consiste no efeito jurídico mediato que o ato administrativo
produz e deve ser lícito, possível e determinado.
e) a validade do ato administrativo não se vincula aos motivos
eventualmente indicados pela Administração como seu fundamento
quando a lei não exigir tal motivação.

84. (FCC/Assessor Jurídico/TCE-PI/2009) A convalidação


a) produz efeitos retroativos à data em que foi praticado o ato
administrativo.
b) consiste na validação concomitante de no mínimo dois atos
administrativos relacionados entre si quanto ao objeto.
c) consiste na reposição ao mundo jurídico de um ato administrativo
anteriormente declarado inoportuno e inconveniente.
d) não é possível em casos de vício de competência.
e) depende da apreciação jurisdicional para ser aplicada aos atos
administrativos.

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85. (FCC/Oficial de Chancelaria/MRE-PI/2009) As portarias, as


autorizações e as resoluções são consideradas, respectivamente, espécies de
atos administrativos:
a) normativos, ordinatórios e negociais.
b) punitivos, ordinatórios e normativos.
c) normativos, negociais e ordinatórios.
d) ordinatórios, negociais e normativos.
e) ordinatórios, normativos e negociais.

86. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Quanto à administração


pública, o atributo do ato administrativo que garante seu integral cumprimento,
a terceiros, independentemente de sua concordância, inclusive, se necessário
for, com exigibilidade coercitiva, é o denominado de
a) tipicidade.
b) presunção de veracidade.
c) auto-executoriedade.
d) imperatividade.
e) presunção de legitimidade.

87. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) O juízo de conveniência e


oportunidade, presente no ato discricionário, compreende o mérito
administrativo,
a) ficando o agente público sujeito aos termos da lei quanto às condições e
ao momento da prática do ato.
b) ficando ao arbítrio do agente público a prática do ato.
c) mas o agente público deve obedecer a todos os elementos estabelecidos
na lei para a prática do ato.
d) mas não afasta a necessidade de submissão do agente público ao
princípio da legalidade e ao atendimento do interesse público.
e) ficando ao talante do agente público a conduta quanto à finalidade da
norma.

88. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Sobre as espécies do ato


administrativo, considere:

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I. Licença é ato administrativo vinculado por meio do qual a Administração


confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa atividade.
II. Permissão é ato administrativo vinculado e definitivo, pelo qual a
Administração consente que o particular execute serviço de utilidade pública ou
utilize privativamente bem público.
III. Autorização é ato administrativo pelo qual a Administração consente que o
particular exerça atividade ou utilize bem público no seu próprio interesse.
É correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) II.
e) II e III.

89. (FCC/Analista Judiciário/TRT-SP/2008) Atos normativos são


a) aqueles editados em situações nas quais uma determinada pretensão do
particular coincide com a manifestação de vontade da Administração.
b) atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos, que
veiculam determinações atinentes ao adequado desempenho de suas
funções.
c) os que contêm comandos gerais e abstratos aplicáveis a todos os
administrados que se enquadrem nas situações nele previstas.
d) atos que não contêm uma manifestação de vontade da Administração.
e) aqueles pelos quais a Administração pode impor diretamente sanções a
seus servidores ou aos administrados em geral.

90. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-SP/2008) Sendo um dos requisitos do


ato administrativo, a competência é
a) modificável por vontade do agente.
b) transferível.
c) irrenunciável.
d) prescritível.
e) de exercício não obrigatório.

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91. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-SP/2008) No que concerne aos atributos


do ato administrativo, é INCORRETO afirmar que a
a) presunção de legitimidade depende de previsão legal.
b) presunção de legitimidade do ato administrativo é relativa.
c) imperatividade implica que a imposição do ato independe da anuência do
administrado.
d) auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos atos
administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria
Administração.
e) presunção de legitimidade não impede o questionamento do ato
administrativo perante o Poder Judiciário.

92. (FCC/Analista Judiciário/TRT-18ªRegião/2008) Sobre as espécies de


atos administrativos, analise:
I. Atos que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a
concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao
particular.
II. Atos que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta
funcional de seus agentes.
III. Atos que contêm um comando geral do Executivo, visando à correta
aplicação da lei.
Essas afirmações referem-se, respectivamente, aos atos administrativos
a) negociais, ordinatórios e normativos.
b) ordinatórios, normativos e negociais.
c) normativos, negociais e ordinatórios.
d) negociais, normativos e ordinatórios.
e) ordinatórios, negociais e normativos.

93. (FCC/Analista Judiciário/ TRT-18ªRegião/2008) Sobre os atributos do


ato administrativo, considere:
I. Autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de
vícios ou defeitos.
II. É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos
atos administrativos.

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III. Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de


imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de
ordem judicial.
As assertivas I, II e III referem-se, respectivamente, aos seguintes atributos:
a) presunção de legitimidade, imperatividade e auto-executoriedade.
b) imperatividade, auto-executoriedade e presunção de legitimidade.
c) auto-executoriedade, presunção de legitimidade e imperatividade.
d) presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade.
e) auto-executoriedade, imperatividade e presunção de legitimidade.

94. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-18ªRegião/2008) Quanto à liberdade


que o administrador tem na prática dos atos administrativos, considere:
I. Ato em que a lei estabelece todos os requisitos e as condições de sua
realização, sem deixar qualquer margem de liberdade para o administrador.
II. Ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto
à conveniência e oportunidade.
Esses conceitos referem-se, respectivamente, ao ato administrativo
a) vinculado e de império.
b) de império e de gestão.
c) discricionário e de gestão.
d) vinculado e discricionário.
e) de gestão e de expediente.

95. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-AL/2008) Ao praticar um ato


administrativo a autoridade deve fazêlo de acordo com a lei. Quando a lei
estabelece todos os requisitos e condições, não deixando ao Administrador
nenhuma liberdade de escolha, estamos diante de um ato
a) discricionário ou vinculado a critério do agente que pratica o ato.
b) discricionário.
c) vinculado.
d) arbitrário.
e) hierárquico.

96. (FCC/Assistente/TCE-AM/2008) A motivação de determinado ato


administrativo invocou a ocorrência de um determinado fato que,

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posteriormente, provou-se não ter acontecido. Esse ato apresenta vício


consistente em
a) inexistência de motivos e em razão disso cabe sua anulação pela
Administração.
b) inexistência de motivos e em razão disso cabe sua revogação pela
Administração.
c) ausência de motivação e em razão disso cabe sua revogação pela
Administração.
d) ausência de motivação e em razão disso cabe sua anulação pela
Administração.
e) ilegalidade do objeto e em razão disso cabe sua anulação pela
Administração.

97. (ESAF/ATA/MF/2009) Associe os elementos do ato administrativo a seus


conceitos, em linhas gerais. Ao final, assinale a opção correspondente.
1. Sujeito
2. Objeto ou conteúdo
3. Forma
4. Finalidade
5. Motivo
( ) É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato
administrativo.
( ) É o efeito jurídico imediato que o ato produz.
( ) É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato.
( ) É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.
( ) É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser observadas
durante o processo de sua formação.
a) 2, 4, 3, 1, 5
b) 2, 5, 1, 3, 4
c) 5, 2, 4, 1, 3
d) 5, 4, 2, 1, 3
e) 3, 1, 4, 2, 5

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98. (ESAF/Analista/ANA/2009) Quanto ao regime jurídico a que se


submetem os atos administrativos no ordenamento brasileiro, assinale a opção
incorreta.
a) Configura desvio de finalidade a prática de ato administrativo visando a
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de
competência.
b) Em virtude de sua presunção de legitimidade, até prova em contrário,
presume-se que os atos administrativos foram emitidos em conformidade
com a lei.
c) A conveniência e a oportunidade da prática do ato constituem o mérito
administrativo e apenas estarão passíveis de ponderação nos atos
discricionários.
d) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática que
determinou e justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a
sua validade.
e) Todos os atos administrativos nulos ou anuláveis são passíveis de
convalidação ou saneamento, desde que a prática do novo ato supra a
falta anterior.

99. (ESAF/STN/AFC/2008) Quanto à discricionariedade e à vinculação da


atuação administrativa, pode-se afirmar corretamente:
a) a discricionariedade presente num ato administrativo nunca é total, pois,
em geral, ao menos a competência, a forma e a finalidade são elementos
definidos em lei e, portanto, vinculados.
b) o ato administrativo será discricionário quando a lei não deixar margem
de liberdade para a atuação do administrador e fixar a sua única maneira
de agir diante do preenchimento de determinados requisitos.
c) a conveniência e a oportunidade de realização dos atos constituem o
mérito administrativo, presente nos atos vinculados e passível de controle
pelo poder judiciário.
d) quando o motivo for um aspecto discricionário do ato administrativo,
ainda que expressamente indicado pela administração pública para a
prática de determinado ato, não estará passível de controle pelo poder
judiciário.
e) a admissão de servidor público é ato administrativo discricionário típico,
assim como a permissão de uso de bem público é exemplo clássico de ato
administrativo vinculado.

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100. (ESAF/AFC/STN/2008) O Diretor-Geral do Departamento de Vigilância


Sanitária de uma cidade brasileira anulou o ato de concessão de licença de
funcionamento de um restaurante ao constatar uma irregularidade em um dos
documentos apresentados para sua obtenção, existente desde o momento em
que foi apresentado. Em relação a essa situação hipotética, marque a opção
correta.
a) Sendo o Diretor-Geral a autoridade competente para a concessão da
licença, apenas uma autoridade superior a ele poderia tê-la anulado.
b) A invalidação da licença tem efeitos ex nunc, ou seja, não retroativos, em
respeito aos atos já dela decorridos até então.
c) Por haver repercussão no campo de interesses individuais, a anulação da
licença deve ser precedida de procedimento em que se garanta o
contraditório àquele que terá modificada sua situação.
d) Ainda que o documento seja novamente apresentado, desta vez
regularmente constituído, não será possível a convalidação da licença
anteriormente concedida por ser absolutamente nula.
e) Tendo sido uma manifestação legítima de controle de mérito da
Administração Pública, avaliados os critérios de conveniência e
oportunidade, não é cabível indenização.

101. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista/2007) Assinale a forma de extinção do ato


administrativo motivado pela revisão do mérito administrativo.
a) Anulação
b) Revogação
c) Cassação
d) Contraposição
e) Caducidade

102. (ESAF/Analista/SEFAZ-CE/2007) Assinale a opção que contenha os


elementos do ato administrativo passíveis de reavaliação quanto à conveniência
e oportunidade no caso de revogação.
a) Competência/finalidade
b) Motivo/objeto
c) Forma/motivo
d) Objeto/finalidade
e) Competência/forma

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103. (ESAF/Analista/SEFAZ-CE/2007) São pressupostos para a


convalidação do ato administrativo, exceto:
a) ausência de discricionariedade.
b) ausência de prejuízo a terceiros.
c) existência de defeitos sanáveis.
d) ausência de má-fé.
e) ausência de lesão ao interesse público.

104. (ESAF/Administrador/ENAP/2006) Um dos requisitos e/ou elementos


essenciais de validade dos atos administrativos, que constitui o seu necessário
direcionamento a um fim de interesse público, indicado expressa ou
implicitamente na norma legal, embasadora de sua realização, é
a) a competência.
b) a finalidade.
c) a forma.
d) o motivo.
e) o objeto.

105. (ESAF/Analista/SUSEP/2006) A revogação é a supressão de um ato


discricionário, fazendo cessar seus efeitos jurídicos, o que ocorre quando ele
(ato) era
a) ilegal e ineficaz.
b) ilegítimo e ineficiente.
c) legítimo e eficaz.
d) inválido e anulável.
e) de vigência exaurida.

106. (ESAF/ANEEL/Técnico/2006) São formas de extinção do ato


administrativo, exceto:
a) A revogação.
b) A rescisão.
c) A contraposição.
d) A cassação.
e) A anulação.

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107. (CESPE/TCU/2009) De acordo com a teoria dos motivos determinantes,


o agente que pratica um ato discricionário, embora não havendo
obrigatoriedade, opta por indicar os fatos e fundamentos jurídicos da sua
realização, passando estes a integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a
administração, aos motivos ali expostos.

108. (CESPE/TCU/2009) Não é possível o controle de legalidade exercido


pelo Poder Judiciário na hipótese de remoção de servidor público de ofício, mas
com características de perseguição política, em razão de a motivação atender
ao interesse da administração.

109. (CESPE/TRE-MA/2009) A permissão é ato administrativo bilateral e


vinculado pelo qual a administração faculta ao particular a execução de serviço
público ou a utilização privativa de bem público.

110. (CESPE/TRE-MA/2009) Todo ato administrativo é autoexecutável.

111. (CESPE/TJ-RJ/2008) A presunção de legitimidade do ato administrativo


transfere à administração o ônus de provar que o ato administrativo é legítimo.

112. (CESGRANRIO/DNPM/2006) O requisito necessário à formação do ato


administrativo que consiste na situação de direito ou de fato que determina ou
autoriza a sua realização é a(o):
f) competência.
g) finalidade.
h) forma.
i) motivo.
j) objeto.

113. (CESGRANRIO/DECEA/2006) Acerca da invalidação dos atos


administrativos é correto afirmar que a(os):
a) revogação funda-se no poder discricionário de que dispõe a Administração
para rever sua atividade e adequá-la à realização de seus fins.
b) anulação de ato pela própria Administração não pode ser efetuada de
ofício, dependendo de manifestação do interessado.

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c) anulação de um ato jurídico exige a apuração de ilegalidade ou


ilegitimidade da entidade que o praticou, podendo ser declarada apenas
pelo próprio emissor do ato.
d) atos administrativos não podem ser revogados pela própria entidade que
os praticou.
e) efeitos da revogação de um ato administrativo pela própria Administração
retroagem à data da realização do ato.

114. (CESGRANRIO/ANP/2005) Com relação à discricionariedade, a


doutrina define que “a atuação é discricionária quando a Administração, diante
do caso concreto, tem a possibilidade de apreciá-lo segundo critérios de
oportunidade e conveniência e escolher uma dentre duas ou mais soluções,
toda válidas para o direito” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito
Administrativo, 14ª edição, São Paulo, Ed. Atlas, 2002).
Diante desse conceito, pode-se concluir que os elementos do ato administrativo
em que a discricionariedade costuma se fazer mais presente são:
a) sujeito e objeto.
b) sujeito e finalidade.
c) motivo e objeto.
d) forma e finalidade.
e) forma e motivo.

115. (CESGRANRIO/ANP/2005) NÃO se considera ato administrativo a:


a) decisão proferida por órgão colegiado de julgamento administrativo.
b) exoneração de funcionário público.
c) autorização de porte de arma.
d) declaração de utilidade pública de um imóvel.
e) consulta médica nos hospitais da rede pública.

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GABARITO

61-C 62-E 63-C 64-E 65-B 66-B 67-C 68-E 69-E 70-B

71-A 72-A 73-B 74-B 75-D 76-D 77-B 78-A 79-A 80-E

81-A 82-A 83-C 84-A 85-D 86-D 87-D 88-B 89-C 90-C

91-A 92-A 93-A 94-D 95-C 96-A 97-C 98-E 99-A 100-C

101-B 102-B 103-A 104-B 105-C 106-B 107-C 108-E 109-E 110-E

111-E 112-D 113-A 114-C 115-E

BIBLIOGRAFIA

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo


Descomplicado. São Paulo: Método, 2009.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal:
Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2009.
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas,
2008.
GARCIA, Emerson; ALVES, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos
Administrativos. São Paulo: Dialética, 2010.
JUSTEN FILHO, Marçal. Pregão: Comentários à Legislação do Pregão
Comum e Eletrônico. São Paulo: Dialética, 2009.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2008.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São
Paulo: Malheiros, 2008.

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