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econômico da Grécia.
e) o desenvolvimento da navegação e a busca de recursos No trecho transcrito, o autor avalia as transformações que a
minerais. guerra contra os persas provocou no ordenamento das cidades-
Resolução Estado gregas. Diante do exposto, explique
A Segunda Diáspora Grega (a primeira orientou-se para o Mediterrâneo a) o ordenamento político das cidades-Estado antes da guerra
Oriental e o Mar Negro) foi provocada por fatores socioeconômicos e
contra os persas.
Resolução
políticos, tais como o crescimento populacional da Grécia, a escassez de
As cidades-Estado gregas constituíam unidades políticas indepen-
terras cultiváveis e os conflitos políticos dentro das próprias cidades-
dentes, podendo aliar-se ou combater umas contra as outras conforme
Estado.
as circunstâncias do momento.
Resposta: A
Módulo 3 – Justiniano e Carlos Magno providencial, devem contribuir, pelo seu labor, para o sustento
dos especialistas da prece e do combate.”
5. (UFV) – O Império Bizantino, ou Império Romano do Oriente, (E. Perroy – A sociedade feudal)
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Módulo 12 – Primórdios da
Colonização Portuguesa
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O Templo da Concórdia foi construído no sul da Sicília, no século (Adaptado de J. Gabriel-Leroux, As primeiras civilizações do Mediterrâneo.
V a.C., e é um marco da São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 67-68.)
a) arte românica, caracterizada pelos arcos de meia volta e pela
inspiração religiosa politeísta. a) Segundo o texto, quais seriam as razões históricas da
b) arquitetura clássica, imposta pelos macedônios à ilha no diferença entre a Ilíada e a Odisseia?
processo de helenização empreendido por Alexandre, o b) Como a organização política de fenícios e gregos os
Grande. diferenciava da civilização egípcia?
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5. (FUVEST) – O aparecimento da pólis constitui, na história do 7. (UNESP) – Aedo e adivinho têm em comum um mesmo
pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, dom de “vidência”, privilégio que tiveram de pagar pelo preço
no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus
alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as
etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular
advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., age sobre as partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais:
marca um começo, uma verdadeira invenção; por elo, a vida o que aconteceu outrora, o que ainda não é.
social e as relações entre os homens tomam uma forma nova,
cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. (Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos,
1990. Adaptado.)
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da França. No interior desta elipse de uns 2500 km de 2. A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e
comprimento, encontravam-se centenas e centenas de a mais aprazível coisa do mundo, e esses
comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e atributos não devem estar separados como na
que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a
nenhuma outra altura, na mundo antigo, houve uma nação, um mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que
território nacional único regido por uma lei soberana, que se amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais
tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia). excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a
identificamos como felicidade.
M. I. Finley. O mundo de Ulisses, Lisboa. Editorial Presença, 1972. Adaptado. ARISTOTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010.
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Na configuração política da democracia grega, em especial a alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre
ateniense, a ágora tinha por função podia abandoná-lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente
a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em assim procedeu. A decisão era dos membros da Assembleia,
prol da cidade. não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da
b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado necessidade de liderança não era acompanhado por uma
expostas por seus magistrados. renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso.
c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para (Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.)
deliberar sobre as questões da comunidade.
d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no
os rumos a serem tomados em caso de guerra. século V a.C., o texto afirma que
e) congregar a comunidade para eleger representantes com a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora
direito a pronunciar-se em assembleias. ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.
b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos
na Assembleia demonstrava o caráter indireto da
6. (UNESP) – De cidade em cidade, de civilização em democracia.
civilização, a ciência viaja com as caravanas de mercadores, os c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o
exércitos invasores e os viajantes solitários. A matemática dos que revelava a participação direta dos cidadãos na condução
gregos, entre eles Pitágoras, chegou até nós por meio de política da cidade.
Alexandria, cidade egípcia às margens do Nilo. Ali um grego d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos,
chamado Euclides, que chegou à cidade no ano 300 a.C., submetendo-se a partir de então ao seu poder e às suas
escreveu um dos livros mais copiados e traduzidos de toda a decisões.
História: Elementos de Geometria. e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na
A história dessa cidade e da “viagem” do conhecimento grego Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses
se confunde com a trajetória dos macedônios. políticos.
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a) Estabeleça relações entre o modelo político vigente na 3. (FUVEST) – Entre os fatores citados abaixo, assinale aquele
Atenas clássica e a importância assumida pelo teatro e pela que não concorreu para a influência da civilização bizantina
oratória nesse período. sobre a Europa Ocidental:
b) Aponte características do período helenístico que o a) Fuga dos sábios bizantinos para o Ocidente, após a queda
diferenciam da Atenas clássica. de Constantinopla.
b) Expansão da Reforma Protestante, que marcou a quebra da
unidade da Igreja Católica.
Módulo 3 – Império Bizantino e Carolíngio c) Divulgação e estudo da legislação de Justiniano, conhecida
como Corpus Juris Civilis.
1. (UNICAMP) – No Natal de 800, o papa Leão III coroou Carlos
d) Contatos culturais ligados ao movimento das Cruzadas.
Magno como Imperador dos Romanos. O Imperador recebeu o
e) Relações comerciais das repúblicas marítimas italianas com
antigo título de Augusto.
a) Caracterize a autoridade de Carlos Magno como Imperador os portos bizantinos.
naquele momento.
b) Apresente dois aspectos do renascimento carolíngio.
4. (PUC) – Em relação ao Império Bizantino, é certo afirmar que
a) o governo era ao mesmo tempo teocrático e liberal.
2. (UNESP) – Observe a figura.
b) o Estado não tinha influência na vida econômica.
c) o comércio era sobretudo marítimo.
d) o Império Bizantino nunca conheceu crises sociais.
e) o imperialismo bizantino restringiu-se à Ásia Menor.
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6. (UPE) – As lutas decorrentes das Cruzadas mostraram c) Apresentava excessiva descentralização política, o que
não somente o fanatismo religioso, mas também afirmaram enfraquecia os imperadores (basileus).
a importância de interesses econômicos. As Cruzadas, d) Reprimiu violentamente a heresia dos cátaros que
economicamente, ameaçava a sua unidade religiosa.
a) fortaleceram o poder de Constantinopla, enfraquecendo o e) A força da cultura romana fez que o latim fosse a língua
comércio europeu durante a Idade Média. de emprego geral.
b) mantiveram as mesmas rotas comerciais do Império
Romano, gerando prejuízos para os comerciantes.
c) acabaram com o comércio nas grandes cidades europeias, Módulo 4 – O Feudalismo e a
fortalecendo o feudalismo. Igreja na Idade Média
d) diminuíram bastante o prestígio comercial de Constantinopla,
fortalecendo o comércio no Mediterrâneo. 1. (UNESP) – “Servir” ou, como também se dizia, “auxiliar”, –
e) consolidaram o poder da burguesia francesa, interessada em “proteger”: era nestes termos tão simples que os textos mais
derrotar os comerciantes italianos. antigos resumiam as obrigações recíprocas do fiel armado e do
seu chefe.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
7. Justiniano (527-565), no Império Romano do Oriente,
enfrentou diferentes dificuldades internas, inclusive nas
O mais importante dos deveres que, na sociedade feudal, o
relações entre a Igreja e o Estado, devido a heresias como a dos
vassalo tinha em relação ao seu senhor era:
monofisitas. Estes, entre outros princípios,
a) o respeito à hierarquia e à unicidade de homenagens, que
a) pretendiam a destruição de todas as imagens.
determinava que cada vassalo só podia ter um senhor.
b) negavam a natureza humana de Cristo.
b) o auxílio na guerra, participando pessoalmente, montado e
c) defendiam o conhecimento de Deus por meio do misticismo.
armado, nas ações militares desenvolvidas pelo senhor.
d) admitiam o dualismo de inspiração zoroastrista.
c) a proteção policial das aldeias e cidades existentes nos
e) acreditavam na reencarnação das almas em animais.
arredores do castelo de seu senhor.
d) a participação nos torneios e festejos locais, sem que o
8. Sobre o Império Bizantino, considere as afirmações abaixo, vassalo jamais levantasse suas armas contra seu senhor.
assinalando V (“verdadeira”) ou F (“falsa”). e) a servidão, trabalhando no cultivo das terras do senhor e
1. Constantinopla, a “Nova Roma” de Constantino, foi pagando os tributos e encargos que lhe eram devidos.
fundada para servir como capital do Império.
2. Sua localização geográfica era péssima, descampada por
todos os lados, facilitando as invasões. 2. Quando ninguém duvida da existência de um
3. O grande imperador de Bizâncio foi Justiniano, protegido outro mundo, a morte é uma passagem que
de seu tio, o imperador Justino. deve ser celebrada entre parentes e vizinhos. O
4. No Corpus Juris Civilis, Justiniano organizou uma homem da Idade Média tem a convicção de não desaparecer
compilação das leis romanas desde a República até o completamente, esperando a ressurreição. Pois nada se detém
Império. e tudo continua na eternidade. A perda contemporânea do
5. Com o objetivo de reconstruir o antigo Império Romano,
sentimento religioso fez da morte uma provação aterrorizante,
Justiniano empreendeu campanhas militares conhecidas
um trampolim para as trevas e o desconhecido.
pelo nome genérico de “Reconquista de Justiniano”.
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3. (UNICAMP) – No início do século XIV, o inquisidor Bernardo 5. A casa de Deus, que acreditam una, está,
Guy escreveu um Manual do Inquisidor, no qual descrevia como portanto, dividida em três: uns oram, outros
se ingressava na seita herética que ficou conhecida pelo nome combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três
de pseudoapóstolos: “Perante algum altar, na presença de partes que coexistem não suportam ser separadas; os serviços
membros da seita, o candidato se despe de suas roupas, como prestados por uma são a condição das obras das outras duas;
sinal de renúncia a tudo que possui, para seguir com perfeição cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim
a pobreza evangélica. Também se exige que ele prometa não a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz.
obedecer a nenhum mortal, mas só a Deus, como se fosse um
apóstolo sujeito apenas a Cristo e a ninguém mais.” ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F.
Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981.
(Adaptado de Nachman Falbel,
Heresias medievais. São Paulo: Perspectiva, 1977, p. 66.)
A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida
durante a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um
a) Por quais razões essa heresia era uma ameaça para a Igreja
processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente,
do período?
b) Caracterize a relação entre o poder religioso e o poder em:
temporal na baixa Idade Média. a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.
4. d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.
e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.
Calendário medieval, século XV.
6. (UNIFESP)
Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção “Essa oposição entre o alto e o baixo expressa na construção
de tempo dos castelos fortificados e das catedrais é muito importante na
a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. Idade Média. Corresponde, evidentemente, à oposição entre o
b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade céu e a terra, entre ‘lá em cima’ e ‘aqui em baixo’. É daí que
por parte do trabalhador. vem a importância dada a elementos como a muralha e a torre.
c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o As igrejas medievais possuem, geralmente, torres extraordi-
trabalho. nárias. As casas dos habitantes ricos das aldeias também
d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as tinham torres (...).”
estações do ano. (Jacques Le Goff. A Idade Média explicada
e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2007.)
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A partir da imagem e do texto, indique O texto caracteriza o modo de produção feudal, destacando que
a) um estilo arquitetônico medieval que corresponda à a) havia classes distintas e opostas no feudalismo, embora a
descrição. luta social fosse atenuada pelas amplas oportunidades de
b) a relação entre poder político e religioso na Idade Média.
lucro que os senhores ofereciam aos camponeses.
b) as relações de suserania e vassalagem e o caráter rural do
7. (FUVEST) – No século XII, padres e guerreiros esperavam feudalismo eliminaram as cidades e provocaram o declínio
da dama que, depois de ter sido filha dócil, esposa clemente, do comércio e das atividades de serviço.
mãe fecunda, ela fornecesse em sua velhice, pelo fervor de sua c) a possibilidade de melhoria da condição econômica dos
piedade e pelo rigor de suas renúncias, algum bafio de santidade camponeses era bastante restrita, devido ao conjunto de
à casa que a acolhera. Ela, por certo, era dominada. Entretanto, obrigações que estes deviam prestar aos senhores.
era dotada de um singular poder por esses homens que a d) as longas jornadas de trabalho nas lavouras e a ampla gama
temiam, que se tranquilizavam clamando bem alto sua de impostos impediam os camponeses de ascenderem
superioridade nativa, que a julgavam contudo capaz de curar os socialmente e provocavam a ruína dos senhores de terras.
corpos, de salvar as almas, e que se entregavam nas mãos das e) havia oportunidades de transformação social no feudalismo,
mulheres para que seus despojos carnais depois de seu último embora os camponeses raramente as aproveitassem, pois
suspiro fossem convenientemente preparados e sua memória
preferiam se dedicar prioritariamente ao trabalho.
fielmente conservada pelos séculos dos séculos.
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Sobre o trabalho nas cidades italianas do período em questão, 8. (UNESP) – Observe a foto da Catedral de Notre Dame de
podemos afirmar corretamente que: Paris, construída entre 1163 e 1250.
a) O declínio da escravidão está ligado ao novo conceito
antropocêntrico do ser humano e a uma nova dignidade da
condição feminina no final da Idade Média.
b) O trabalho servil era predominantemente feminino e con-
corria com o trabalho escravo. A escravidão diminuiu com
essa concorrência, desdobrando-se no trabalho livre.
c) Conviviam inúmeras formas de trabalho livre, semilivre e
escravo no universo europeu e a sobreposição não era, em
si, contraditória.
d) O uso do castigo corporal igualava as escravas a outros
trabalhadores e foi o motivo das rebeliões camponesas do
período (jacqueries) e agitações urbanas.
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10. (FUVEST) – A cidade antiga (grega, entre os séculos VIII e IV d) a percepção das perdas e dos ganhos individuais e coletivos
a.C.) e a cidade medieval (européia, entre os séculos XII e XIV), provocados pelas navegações e pelos riscos que elas
quando comparadas, apresentam tanto aspectos comuns comportavam.
quanto contrastantes. e) a dificuldade dos navegadores de reconhecer as diferenças
Indique aspectos que são entre os oceanos, que os levou a confundir a América com
a) comuns às cidades antiga e medieval. as Índias.
b) específicos de cada uma delas.
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d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no 3. (UNICAMP) – Segundo o historiador indiano K. M. Panikkar,
qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou aquilo que
complemento apenas ocasional. ele denominou como a época de Vasco da Gama da história
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio asiática. Esse período pode ser definido como uma era de poder
intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares, poder
políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a
detido apenas pelas nações europeias.
expansão da fé cristã.
(Adaptado de C. R. Boxer,
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6. (UNICAMP) – Referindo-se à expansão marítima dos séculos 2. (PUC-SP) – “A descoberta da América talvez tenha sido o
XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa escreveu, em feito mais espantoso da história dos homens: abria as portas de
1922, no poema “Padrão”: um novo tempo, diferente de todos os outros. Entretanto, o
“E ao imenso e possível oceano achado não foi, de imediato, apreendido na sua novidade.”
Ensinam estas Quinas, que aqui vês, Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz.
Que o mar com fim será grego ou romano: São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p. 21. Adaptado.
O mar sem fim é português.”
O texto
(Fernando Pessoa, Mensagem – poemas esotéricos. a) afirma que “A descoberta da América talvez tenha sido o
Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.) feito mais espantoso da história dos homens” porque, antes
disso, ninguém jamais ousara viajar de um continente a
Nestes versos identificamos uma comparação entre dois outro.
processos históricos. É válido afirmar que o poema compara b) caracteriza a conquista da América como “espantosa”
a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas de porque ela ocorreu casualmente, uma vez que os europeus
colonização da Antiguidade Clássica: a navegação oceânica não pretendiam buscar novas terras, nem acreditavam na sua
tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para existência.
c) afirma que a chegada dos europeus à América “abria as
suas colônias, enquanto gregos e romanos utilizavam servos
portas de um novo tempo” porque permitiu a
presos à terra.
internacionalização do comércio e a invenção de formas
b) o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade obrigatórias de trabalho.
Moderna aos processos de colonização da Antiguidade d) caracteriza a conquista da América como produto de um
Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao tempo “diferente de todos os outros” porque, pela primeira
mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos vez, os europeus recorreram à violência para dominar novas
oceanos Atlântico e Índico. terras.
e) afirma que “o achado não foi, de imediato, apreendido na sua
c) a localização geográfica das possessões coloniais dos
novidade”, entre outros motivos, porque alguns viajantes
impérios antigos e modernos: as cidades-estado gregas e
europeus acreditavam que haviam chegado ao Oriente.
depois o Império Romano se limitaram a expandir seus
domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou colônias
na costa do norte da África.
3. (PUC) – “Descoberto o Novo Mundo e instaurado o processo
d) a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o
de colonização, começou a se desenrolar o embate entre o Bem
domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um fim e o Mal.”
com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, Laura de Mello e Souza. Inferno Atlântico.
Portugal figurou como a maior potência marítima até a São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 22-23.
independência de suas colônias.
Na percepção de muitos colonizadores portugueses do Brasil,
uma das armas mais importantes utilizadas nesse “embate
Módulo 8 – Ciclo Ocidental e Consequências entre o Bem e o Mal” era a
da Expansão Marítima a) retomada de padrões religiosos da Antiguidade.
b) defesa do princípio do livre arbítrio.
1. (UNICAMP) – Os motivos que levaram Colombo a c) aceitação da diversidade de crenças.
empreender a sua viagem evidenciam a complexidade da d) catequização das populações nativas.
e) busca da racionalidade e do espírito científico.
personagem. A principal força que o moveu nada tinha de
moderna: tratava-se de um projeto religioso, dissimulado pelo
tema do ouro. O grande motivo de Colombo era defender a 4. (UNESP) – A propósito da expansão marítimo-comercial
religião cristã em todas as partes do mundo. Graças às suas europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que
viagens, ele esperava obter fundos para financiar uma nova a) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da
cruzada. colonização das novas terras.
(Adaptado de Tzvetan Todorov, b) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia
“Viajantes e Indígenas”, em Eugenio Garin. mercantil dos países ibéricos.
O Homem Renascentista. Lisboa: Editorial Presença, 1991, p. 233.) c) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento
das novas terras.
d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos
a) Segundo o texto, quais foram os objetivos da viagem de
povos americanos.
Colombo? e) os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias
b) O que foram as cruzadas na Idade Média? no mar Mediterrâneo.
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Instrução: Leia o texto para responder às questão de número 5. Assinale a alternativa correta
a) O tema dos descobimentos relaciona-se ao estudo da
Os africanos não escravizavam africanos, nem se inferioridade da natureza americana, que justificava a
exploração colonial e o trabalho compulsório.
reconheciam então como africanos. Eles se viam como
b) Humboldt retoma o marco histórico dos descobrimentos e
membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino
das viagens marítimas e reconhece suas contribuições para
e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos a expansão do conhecimento científico.
costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe c) Os conhecimentos anteriores às proposições de Galileu
(...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não foram preservados nos mapas, métodos astronômicos e
estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, conhecimentos geográficos do mundo resultantes dos
por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser descobrimentos.
escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um d) Os desobrimentos tiveram grande repercussão no mundo
contemporâneo por estabelecer os parâmetros religiosos e
processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a
sociais com os quais se explica o processo da independência
produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar,
nas Américas.
algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no
qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e
a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. 7. (UNESP) – Inserido em um empreendimento mercantil,
(Alberto da Costa e Silva.A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.) financiado com o objetivo de exploração econômica para o
fortalecimento do absolutismo espanhol, o navegante genovês
5. (UNESP) – Ao caracterizar a “integração econômica do [Cristóvão Colombo] encontra uma realidade na América que
Atlântico”, o texto não permite a identificação das imaginadas riquezas orientais,
a) destaca os diferentes papéis representados por africanos, dando origem a uma dupla narrativa: a do esperado e a do
europeus e americanos na constituição de um novo espaço experimentado, em que o discurso é pressionado pela
de produção e circulação de mercadorias. necessidade de obter informações e um projeto colonizador.
b) reconhece que europeus, africanos e americanos se (Wilton Carlos Lima da Silva.
As terras inventadas, 2003. Adaptado.)
beneficiaram igualmente das relações comerciais
estabelecidas através do Oceano Atlântico.
Segundo o texto, o relato de Colombo
c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a
a) revela a convicção do navegador de que as novas terras
colonização da América e não contou, na sua origem, com o
oferecem riquezas imediatas e poder planetário aos reis da
predomínio claro de qualquer das partes envolvidas. Espanha.
d) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da b) expõe o esforço do navegador de conciliar o reconhecimento
América não exerceu papel fundamental na integração do da especificidade americana com as expectativas europeias
continente americano com a economia que se desenvolveu ante a viagem.
no Oceano Atlântico. c) confirma o caráter casual da descoberta da América e o
desconsolo do navegador diante das pressões comerciais da
e) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal
metrópole.
fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que
d) demonstra a superioridade religiosa e tecnológica dos
alguns desses produtos eram usados na troca por escravos navegadores europeus em relação aos nativos americanos.
africanos. e) mostra a decepção do navegador com o que encontrou na
América, pois não havia riquezas que justificassem a longa
viagem.
6. (UNICAMP) – Alexandre von Humboldt (1769-1859) foi um
cientista que analisou o processo das descobertas marítimas do 8. (UNESP) – Que significa o advento do século XVI? [...] Se essa
século XVI, classificando-o como um avanço científico ímpar. A passagem de século tem hoje um sentido para nós, um sentido
descoberta do Novo Mundo foi marcante porque os trabalhos que talvez não tinha nos séculos anteriores, é porque vemos que
realizados para conhecer sua geografia tiveram incontestável aí é que surgem as primícias da globalização. E essa globalização
influência no aperfeiçoamento dos mapas e nos métodos é mais que um processo de expansão de origem ibérica, mesmo
astronômicos para determinar a posição dos lugares. Humboldt se o papel da península foi dominante. [...] Em 1500, ainda
constatou a importância das viagens imputando-lhes valor estamos bem longe de uma economia mundial. No limiar do
século XVI, a globalização corresponde ao fato de setores do
científico e histórico.
(Adaptado de H. B. Domingues. mundo que se ignoravam ou não se frequentavam diretamente
“Viagens científicas: descobrimento e colonização no Brasil no século XIX”
serem postos em contato uns com os outros.
em Alda Heizer e Antônio A. Passos Vieira, Ciência, Civilização e Império nos
trópicos. Rio de Janeiro: Acess Editora 2001, p. 59) (Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520, 1999.)
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c) a sabedoria xamânica sobre astronomia, técnicas hidráulicas 2. (FUVEST) – “Da armada dependem as colônias, das colônias
e fertilização química de solos, que lhes permitia alcançar depende o comércio, do comércio, a capacidade de um Estado
grande produção agrícola. manter exércitos numerosos, aumentar a sua população e tornar
d) o domínio de irrigação, conhecimento dos solos e da possíveis as mais gloriosas e úteis empresas.”
hibridização de sementes e técnica de construção de degraus
para plantio nas encostas da Cordilheira dos Andes. Essa afirmação do duque de Choiseul (1719-1785) expressa
e) a perfeita relação do homem com a natureza, que permitia a bem a natureza e o caráter do
produção abundante de alimentos sem grande participação a) liberalismo. b) feudalismo. c) mercantilismo.
de mão de obra humana. d) escravismo. e) corporativismo.
4. (UNESP) – Entre as civilizações pré-colombianas dos maias 3. (UNIFESP) – O fim último, causa final e desígnio dos homens
e dos astecas, havia semelhanças culturais significativas. No (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os
momento em que foram conquistadas, outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual
a) os maias tiveram suas crenças religiosas e seus documentos os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria
escritos preservados e acatados pelos espanhóis, enquanto conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo
que a civilização asteca foi destruída. de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência
b) os astecas e os maias haviam pacificado as relações entre necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos
os diversos povos que habitavam as atuais regiões do homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em
México e da Guatemala. respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de
c) tiveram suas populações dizimadas pelos espanhóis, que se seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.
apossaram militarmente das cidades de Palenque, Tikal e (Thomas Hobbes (1588-1679). Leviatã.
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3. (UNESP) – (...) como puder, direi algumas coisas das que vi,
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a
que, ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração
Monarquia e a função do governante.
que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se
olhos as vemos não as podemos com o entendimento
na
compreender.
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
(Hernán Cortés.
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
Cartas de Relación de la Conquista de Mexico, escritas de 1519 a 1526.)
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de
1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reação de Hernán
Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da
Módulo 11 – Colonização Espanhola Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo
mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo
na América
admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre
1. O canto triste dos conquistados: os últimos a) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos
dias de Tenochtitlán Astecas.
b) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios.
c) do encontro de padrões culturais diferentes.
Nos caminhos jazem dardos quebrados;
os cabelos estão espalhados. d) das semelhanças culturais existentes entre os povos do
Destelhadas estão as casas, mundo.
Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém as tivesse e) do espírito guerreiro e aventureiro das nações europeias.
tingido,
Nos escudos esteve nosso resguardo,
mas os escudos não detêm a desolação... 4. (UNICAMP) – Durante a conquista espanhola no México,
PINSKY, J. et al. História da América através de textos. iniciada em 1519 por Cortés, a superioridade tecnológica dos
São Paulo. Contexto, 2007 (fragmento). europeus era amplamente compensada pela superioridade
numérica dos indígenas e muitos truques foram inventados para
O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à)
atrapalhar o deslocamento dos cavalos: os indígenas
a) tragédia causada pela destruição da cultura desse povo.
acostumaram-se a cavar fossas profundas nas quais espetavam
b) tentativa frustada de resistência a um poder considerado
superior. paus em que as montarias eram empaladas. Mais tarde, em
c) extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol. 1521, canoas “encouraçadas” resistiriam às armas de fogo. A
d) dissolução da memória sobre os feitos de seus tática indígena evoluiu e adaptou-se às práticas do adversário: os
antepassados. mexicas, contrariamente ao costume, armaram ataques
e) profetização das consequências da colonização da América. noturnos ou em terreno coberto. Por outro lado, se as epidemias
de varíola já estavam dizimando as tropas de México-
Tenochtitlan, também não poupavam os índios de Tlaxcala ou
2. (FUVEST) – Quando a expansão comercial europeia ganhou
de Texcoco, que apoiavam os espanhóis.
os oceanos, a partir do século XV, rapidamente o mundo
(Adaptado de Carmen Bernand e Serge Gruzinski,
conheceu um fenômeno até então inédito: populações que
História do Novo Mundo. São Paulo: Edusp, 1997, p. 351.)
jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras
passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das
dimensões dramáticas desses novos contatos foi o choque a) Identifique uma estratégia utilizada por espanhóis e outra
entre ambientes bacteriológicos estranhos, do qual resultou a pelos indígenas durante as disputas pelo domínio do México.
“mundialização” de doenças e, consequentemente, altas taxas b) Explique por que houve acentuada queda demográfica entre
de mortalidade em sociedades cujos indivíduos não possuíam as populações indígenas nas primeiras décadas após a
anticorpos para enfrentar tais doenças. Isso ocorreu, primeiro,
conquista espanhola.
entre as populações
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5. (UNESP) – No concernente à mão de obra, a economia 8. (PUC) – Entre as semelhanças da colonização portuguesa e
colonial hispano-americana baseou-se em variadas formas de espanhola nas Américas, podemos citar
trabalho compulsório [...]. a) o caráter exportador da economia e a valorização das práticas
(Ronaldo Vainfas. liberais de livre comércio.
Economia e sociedade na América Espanhola, 1984.) b) a rápida interiorização da ocupação, com a fundação de vilas
e cidades, e o uso intenso das comunicações por via fluvial.
Cite e caracterize duas formas de trabalho compulsório c) o prevalecimento do extrativismo e da monocultura, e o
presentes na América Hispânica colonial. emprego de regimes de trabalho compulsório.
d) a descentralização administrativa e a ausência de
6. Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos mecanismos de controle político pela metrópole.
testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua e) o amplo aparato militar, que protegia contra invasões
(Panamá) maiores indícios de ouro nos dois estrangeiras, e a persistência da unidade territorial.
primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as
terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem
lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade.
Módulo 12 – Primórdios da
(Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO J.;
FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois.
Colonização Portuguesa
São Paulo: Atual – 1991 – Adaptado.)
1. De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã
O documento permite identificar um interesse econômico e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista
espanhol na colonização da América a partir do século XV. A do mar, muito grande, porque, a estender olhos,
implicação desse interesse na ocupação do espaço americano não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia
está indicada na muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro,
a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico. nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos.
b) promoção das guerras justas para conquistar o território. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor
c) imposição da catequese para explorar o trabalho africano. fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta
d) opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico. gente.
e) fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas. Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A; BERUTTI, F.; FARIA, R.
História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
7. (FUVEST) – Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto
capital asteca, ficou sem palavras. Anos mais tarde, as palavras colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o
viriam: ele escreveu um alentado relato de suas experiências
seguinte objetivo:
como membro da expedição espanhola liderada por Hernán
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
Cortés rumo ao Império Asteca. Naquela tarde de novembro de
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade
1519, porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista
portuguesa.
emergiram do desfiladeiro e depararam-se pela primeira vez
com o Vale do México lá embaixo, viram um cenário que, anos c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial
depois, assim descreveram: “vislumbramos tamanhas econômico existente.
maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem se o que se nos d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a
apresentava diante dos olhos era real”. superioridade europeia.
(Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.) a ausência de trabalho.
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P. Antonio Vieira. Sermão décimo quarto. In: I. Inácio & T. Lucca (orgs.).
Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p. 73-75.
(UNESP) – Leia o texto para responder às questões 6 e 7. 8. UNESP) – O artista holandês Albert Eckhout (c.1610-c.1666)
esteve no Brasil entre 1637 e 1644, na comitiva de Maurício de
Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do Nassau. A tela foi pintada nesse período e pode ser considerada
ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam exemplar da forma como muitos viajantes europeus
a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”. representaram os índios que aqui viviam.
Nesse contexto, um dos autores renascentistas que
escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry,
morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década
de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São
Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na
França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos
franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns
casos, devoraram seus compatriotas protestantes:
“E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou
francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes
do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos
assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir
à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão
monstruosas”.
(Luís Felipe Alencastro. “Canibalismo deu pretexto para escravizar”.
Folha de S.Paulo, 12.10.1991. Adaptado.)
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10.(PUC) – Leia as duas estrofes abaixo: aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o
desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o
“Pindorama, Pindorama colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos
É o Brasil antes de Cabral de dar-lhe!”
Pindorama, Pindorama (Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo:
É tão longe de Portugal Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.)
Fica além, muito além
Do encontro do mar com o céu Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o
Fica além, muito além contato entre as culturas indígena e europeia foi
Dos domínios de Dom Manuel. a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demons-
Vera Cruz, Vera Cruz travam em realizar transações comerciais: os indígenas se
Quem achou foi Portugal integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as
Vera Cruz, Vera Cruz feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se
Atrás do Monte Pascoal miscigenando com os colonizadores.
Bem ali Cabral viu b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova
Dia vinte e dois de abril terra, principalmente por meio da extração de riquezas,
Não só viu, descobriu interesse que se colocava acima da compreensão da cultura
Toda terra do Brasil.” dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa
“Pindorama”, de Sandra Peres e Luiz Tatit, população.
in Palavra Cantada, Canções Curiosas, 1998. c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram
aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando
Entre as várias referências da letra da canção à chegada dos um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos
portugueses à América, pode-se mencionar nativos, o que levaria à destruição da sua cultura.
a) a preocupação com os perigos da viagem, a distância d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem
excessiva e a datação exata do momento da descoberta. matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado
b) o caráter documental do texto, que reproduz o tom, a consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca
intenção informativa e a estrutura dos relatos de viajantes. por colônias e à integração cultural das populações nativas.
c) a dúvida quanto à expressão mais adequada para designar a
chegada dos portugueses, daí a variação de verbos.
d) o pequeno conhecimento das novas terras pelos conquis- 13. (FUVEST) – Eu por vezes tenho dito o V. A. aquilo que me
tadores, indicando sua crença de terem chegado às índias. parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por
e) a diferença entre os termos que nomeavam as terras, conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos
sugerindo uma diferença entre a visão do índio e a do pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao
português. estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava
em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que
esta gente não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas
11. (UNESP) – Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir.
regime de capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.
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4. Entre as causas do colapso do Império Romano do Ocidente, b) desenvolveram uma metodologia de investigação científica
pode-se citar de carater laico, com base na lógica aristotélica.
a) a anarquia militar, que desestabilizou a autoridade imperial e c) transmitiram aos europeus ocidentais técnicas de cultivo
abriu caminho para as massas populares assumirem o poder; surgidas no mundo helenístico.
a onda democrática resultante desse processo inviabilizou o d) combinaram o pragmatismo dos romanos com o espírito
Estado Romano, provocando seu desaparecimento. especulativo dos gregos, criando uma nova filosofia.
b) a promulgação do Edito de Milão, que pôs fim às e) reentroduziram no Ocidente importantes obras clássicas,
perseguições contra os cristãos; o arraigado pacifismo da cujo conhecimento haviam adquirido com os bizantinos.
religião triunfante minou a eficiência do exército romano, Resolução
tornando o Império vulnerável às invasões bárbaras que As conquistas realizadas após a morte de Maomé puseram os árabes
viriam a destruí-lo. em contato com as civilizações bizantina, hindu e chinesa. Essa
c) o surgimento de dois Estados distintos, um no Oriente e circunstância permitiu-lhes adquirir diversos conhecimentos que depois
outro no Ocidente; ambos lutaram encarniçadamente um transmitiriam ao Ocidente – entre eles, importantes obras gregas que os
contra o outro, enfraquecendo-se reciprocamente e vindo a bizantinos haviam conservado e foram então traduzidas para o árabe.
desaparecer no século V, diante dos ataques de hunos e Resposta: E
mongóis.
d) a expansão dos árabes, que destruiu a talassocracia de Roma
sobre o Mediterrâneo Ocidental, deslocando o eixo
econômico europeu para Constantinopla e arruinando o
Módulo 4 – Monarquias Nacionais e
Império do Ocidente, que não resistiria às invasões Crises dos Séculos XIV e XV
germânicas.
e) a crise do século III, quando o fim da expansão romana 7. (UEL) – “O rei fora um aliado forte das cidades na luta contra
reduziu drasticamente o afluxo de escravos, provocando a os senhores, pois tudo que reduzisse a força dos barões
queda das atividades econômicas e o enfraquecimento geral fortaleceria o poder real. Em reconhecimento por essa ajuda, os
do Império, tornando-o vulnerável às invasões bárbaras.
cidadãos estavam prontos a auxiliar o soberano com
Resolução
empréstimos. Isso era importante, visto que tais recursos
Com o fim das guerras de conquista, ocorreu uma redução gradativa —
permitiriam ao rei dispensar a ajuda militar de seus vassalos,
mas constante — da disponibilidade de escravos no Império Romano.
Em consequência, a economia sofreu um processo de ruralização, contratando um exército próprio e melhor que as tropas feudais.
debilitando de tal maneira o Império que sua porção ocidental não Com efeito, um exército pago para lutar, bem treinado,
resistiria as invasões dos povos germânicos. disciplinado e pronto a combater constituiria uma grande
Resposta: E vantagem.”
(HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem.
Rio de Janeiro: Zahar, 1977. p. 80-81. Adaptado.)
Módulo 3 – A Arábia e o Islamismo
Com base no texto e em conhecimentos sobre o tema, é
5. “Cerca de vinte dias antes da guerra, os clérigos xiitas
correto afirmar que
emitiram uma fatwa para que a população não cooperasse nem
I – a organização de exércitos sob o comando do rei contribuiu
com Saddam nem com os invasores. Se as tropas estrangeiras
para o processo de formação dos Estados nacionais.
não se retirarem tão logo desmantelem o regime, haverá um
II – a decadência da burguesia possibilitou o fortalecimento do
novo decreto pedindo aos xiitas que as expulsem, o que na
poder real e a constituição dos Estados nacionais europeus.
prática significará a proclamação da Jihad contra os soldados
III – a teoria política do período sacralizou a figura do monarca,
norte-americanos.”
já que afirmava serem os reis escolhidos por Deus para
(Agência Reuters, março de 2003.)
exercer o governo.
O texto, referente à invasão do Iraque por tropas norte-ameri- IV – com os Estados nacionais constituídos, a Igreja continuou
canas e britânicas em 2003, envolve aspectos ligados à religião a ocupar um espaço importante dentro dos reinos, baseada
islâmica. Acerca desse tema, explique o que é a Jihad. na autoridade suprema do papa.
Resolução
Guerra Santa para defender ou expandir a fé islâmica. Assinale a alternativa correta.
Obs.: Uma segunda interpretação da Jihad é a luta íntima que o muçul- a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
mano deve travar diuturnamente para se manter fiel aos ensinamentos b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
de Maomé. c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
6. Apesar de a mídia, atualmente, muitas vezes enfatizar o e) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
radicalismo de grupos fundamentalistas islâmicos, numerosos Resolução
historiadores assinalam que os valores culturais da Antiguidade A afirmativa II é falsa porque a burguesia iniciou sua ascensão
Clássica chegaram ao conhecimento do mundo ocidental
justamente nesse período. A afirmativa IV é falsa porque a autoridade do
moderno porque os árabes, de religião muçulmana,
papa estava em declínio.
a) reproduziram as principais obras escultóricas e arquitetônicas
da civilização greco-romana. Resposta: B
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8. (PUC-PR) – “A Peste Negra, que grassou em meados do 10. (UFU) – “Podemos dizer, sem exagero, que no
século XIV, matou mais de 1/5 da população europeia. Causada Renascimento a humanidade começou a se libertar das
pela bactéria Yersinia pestis, a doença dizimou principalmente as condições impostas pela Natureza. Esta passou a ser algo que
áreas urbanas mais pobres e infestadas de ratos.” o homem podia usar e explorar. ‘Saber é poder’, dizia o filósofo
inglês Francis Bacon, sublinhando a aplicação prática do
Assinale a alternativa relacionada corretamente com o período conhecimento. E isto era uma coisa nova.”
em questão.
a) O período foi também marcado pelo fortalecimento do poder (GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo:
papal, reforçando a unidade da Igreja. Companhia das Letras, 1997. Adaptado.)
b) O império criado vários séculos antes por Carlos Magno foi
finalmente desmembrado pelo Tratado de Verdun. Sobre o movimento renascentista, assinale a alternativa
c) A Peste Negra, se de um lado provocou recessão no incorreta.
comércio, de outro fortaleceu a nobreza feudal. a) O Renascimento significou uma importante mudança na
d) A escolástica de Santo Tomás de Aquino foi suplantada pela forma de expressão cultural e na relação do homem com a
teoria da predestinação, formulada por Santo Agostinho. Natureza.
e) Pertence a esse período a série de conflitos conhecida como b) O movimento renascentista estudou o homem e a Natureza,
Guerra dos Cem Anos, travada entre França e Inglaterra. fundamentando-se na razão e no espírito crítico.
Resolução c) A Renascença resgatou o princípio da autoridade presente
A Guerra dos Cem Anos – um dos fatores causadores da chamada na ciência teológica e a concepção teocêntrica de mundo.
“crise do século XIV” – pode ser vista como uma “série de conflitos” d) O antropocentrismo valorizava o homem, difundindo a
por que sua duração, entre 1337 e 1453, não foi contínua. Ademais, o
confiança nas potencialidades humanas e contrapondo-se ao
teocentrismo.
conflito principal, travado entre os reis da França e da Inglaterra,
e) Os avanços científicos verificados na Renascença
misturou-se com outros de caráter local, como revoltas camponesas
deveram-se à busca de uma explicação racional para a
nos dois países e disputas internas, sobretudo na França. Natureza.
Resposta: E
Resolução
O Renascimento Cultural do início da Idade Moderna retomou os valores
da cultura clássica. Valorizou o homem, o individualismo e a razão crítica,
Módulo 5 – Renascimento: Conceito, em detrimento das concepções teológicas e dogmáticas predominantes
Origem e Características na Idade Média.
Resposta: C
9. (UNESP)
b) introduziu a noção de desordem político-social no 12. (UFRS) – A partir da impressão com tipos metálicos,
pensamento filosófico renascentista para explicar os concebida pelo alemão Gutenberg, começam a multiplicar-se os
processos evolutivos dos Estados e das formas de governos textos e obras literárias. A esse respeito, considere as seguintes
possíveis, citando o modelo republicano romano como ideal afirmações:
e adaptável às condições vigentes na Europa do século XV. I – A imprensa permitiu a difusão da Bíblia em línguas
c) recuperou os princípios políticos romanos e, afirmando que vernáculas, reduzindo o papel desempenhado pelo clero.
os fins justificam os meios, ofereceu aos movimentos sociais II – Na obra Don Quijote de la Mancha, Miguel de Cervantes
da Era Moderna uma justificativa para se rebelarem contra a compôs uma sátira aos ideais da cavalaria medieval.
tirania e a opressão, em nome de uma boa causa que III – Luís de Camões, em sua obra Os Lusíadas, inspirada na
legitimaria um governo autoritário de caráter popular. viagem de Vasco da Gama, narrou os feitos marítimos
d) inspirou-se no passado clássico, especialmente no romano, portugueses.
idealizando-o para afirmar que os conflitos entre os
poderosos e as camadas populares contribuem para a Assinale a alternativa correta.
ampliação das liberdades republicanas e que a maneira como a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
se manifestam depende dos costumes políticos dos povos. b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
e) pretendeu estabelecer os princípios democráticos da c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
Repúplica Romana como conceitos básicos da política d) Todas as afirmações são verdadeiras.
moderna, afirmando que, para satisfazer suas aspirações, é e) Todas as afirmações são falsas.
legítimo que o povo se rebele e promova desordens com a Resolução
finalidade de mudar o regime de governo e a organização da
As afirmações, por serem verdadeiras, justificam-se por si mesmas.
produção econômica.
Resposta: D
Resolução
Nicolau Maquiavel (1469-1527) celebrizou-se por sua obra O Príncipe
(1513) na qual justifica o absolutismo que caracterizou a maioria dos
Estados modernos. Entretanto, em seus Discursos sobre a Primeira
Década de Tito Lívio (1517), Maquiavel adota uma posição oposta,
justificando a liberdade de manifestação popular como benéfica à
evolução política dos povos.
Resposta: D
Módulo 1 – Da Monarquia à República Romana O texto, do século I a.C., retrata o cenário romano de
a) implantação da Monarquia, quando a aristocracia perseguia
1. Durante a realeza, e nos primeiros anos seus opositores e os forçava ao ostracismo, para sufocar
republicanos, as leis eram transmitidas revoltas oligárquicas e populares.
oralmente de uma geração para outra. A b) transição da República ao Império, período de reformulações
ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da
manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., insatisfação da plebe.
porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez
c) consolidação da República, marcado pela participação política
pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles
de pequenos proprietários rurais e pela implementação de
viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.
amplo programa de reforma agrária.
COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo. Martins Fontes, 2000. d) passagem da Monarquia à República, período de
A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do poder
no texto, esteve relacionada à e da influência política dos militares.
a) adoção do sufrágio universal masculino. e) decadência do Império, então sujeito a invasões estrangeiras
b) extensão da cidadania aos homens livres. e à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e
c) afirmação de instituições democráticas. pela ação dos bárbaros.
d) implantação de direitos sociais.
e) tripartição dos poderes políticos.
3. (PUC) – “O fato indiscutível é que, em Roma, no decorrer do
2. (FUVEST) – César não saíra de sua província para fazer mal século II a.C. se assiste ao fenômeno do despovoamento do
algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para campo e à consequente imigração para as cidades de um grande
restabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham número de cidadãos que foram engrossar a miserável clientela
sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a
da plebe urbana.”
liberdade a si e ao povo romano oprimido pela facção minoritária.
Caio Júlio César. A Guerra Civil. (Antonio da Silveira Mendonça. “Introdução”, In Caio Júlio César.
São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 67. A guerra civil. São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 18. Adaptado.)
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O grupo social mencionado no texto d) pressupunha que os escravos eram humanos e, por isso, era
a) participou das sublevações e revoltas que puseram fim à proibida toda forma de castigo físico.
monarquia e proclamaram a república. e) variou ao longo do tempo, mas era determinada por três
b) opôs-se à consolidação do poder de Júlio César e participou critérios: nascimento, guerra e direito civil.
do golpe que o depôs e o assassinou.
c) associou-se aos políticos conservadores do Senado na
rejeição da monarquia e defesa da república. 7. (UNICAMP) – Por que as pessoas se casavam na Roma
d) engajou-se maciçamente nas tropas de Júlio César que Antiga? Para esposar um dote, um dos meios honrosos de
participaram da expansão romana da Gália. enriquecer, e para ter, em justas bodas, rebentos que, sendo
e) defendeu a reforma agrária e o direito de veto a medidas que legítimos, perpetuassem o corpo cívico, o núcleo dos cidadãos.
afetassem os interesses populares.
Os políticos não falavam exatamente em natalismo, futura mão
de obra, mas em sustento do núcleo de cidadãos que fazia a
cidade perdurar exercendo a “função de cidadão” ou devendo
4. (PUC) – As Guerras Púnicas, entre romanos e cartagineses, exercê-la.
duraram de 264 a 146 a.C. Entre seus resultados finais, (Adaptado de P. Ariès e G. Duby, História da Vida Privada.
podemos considerar que elas São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47.)
a) contiveram a expansão romana em direção ao mar
Mediterrâneo, pois as ilhas ao sul da península itálica a) Por que o casamento tinha uma conotação política entre os
passaram ao controle cartaginês. cidadãos, na Roma Antiga?
b) fortaleceram a presença romana na região do mar b) Indique dois grupos excluídos da cidadania durante a
Mediterrâneo, com o estabelecimento de províncias nas República romana (509-27 a.C.).
terras conquistadas.
c) eliminaram os gastos militares do Império Romano, pois Leia o texto para responder às questões de números 8 e 9.
impediram o surgimento de revoltas e tensões sociais.
d) permitiram a expansão comercial de Roma por toda a Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema
península itálica e em direção ao ocidente, com a decorrente político para incluir as cidades italianas durante sua expansão
conquista da Gália. penisular. Desde o começo ela havia – diferentemente de
e) reduziram consideravelmente o número de escravos no Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos, e
Império Romano, pois a maioria deles foi alistada nas tropas não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a
e morreu em combate. carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em
tempo de guerra. Neste ponto, seguia o exemplo de Esparta,
embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse
5. (UNESP) – A escravatura [na Roma antiga] foi praticada sempre muito maior.
desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu (Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)
desenvolvimento em grande escala foi consequência das
guerras de conquista […].
8. (UNESP) – O texto caracteriza uma das principais estratégias
(Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.)
romanas de domínio sobre outros povos e outras cidades:
Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que a) o estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos
a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois militares.
era determinada pela procedência e pela raça. b) a escravização e a exploração dos recursos naturais.
b) aumentou significativamente durante a expansão romana c) a libertação de todos os escravos e a democratização política.
pelo Mar Mediterrâneo. d) o recrutamento e a composição de alianças bélicas.
c) atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de e) a tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais.
territórios na Europa Central.
d) diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida
pelos imperadores cristãos. 9. (UNESP) – A comparação que o texto estabelece entre
e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois Roma e Esparta é pertinente, uma vez que foi comum às duas
os escravos romanos nunca podiam se tornar livres. cidades
a) valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir
amplo aparato militar.
6. (FUVEST) – A escravidão na Roma antiga b) instalar e manter importantes áreas coloniais no Norte da
a) permaneceu praticamente inalterada ao longo dos séculos, África e no Oriente Próximo.
mas foi abolida com a introdução do cristianismo. c) estabelecer amplo domínio militar e comercial sobre o Mar
b) previa a possibilidade de alforria do escravo apenas no caso Mediterrâneo e o Leste europeu.
da morte de seu proprietário. d) erradicar a influência política e militar de Atenas e combater
c) era restrita ao meio rural e associada ao trabalho braçal, não os exércitos cartagineses e persas.
ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo funções e) viver sob regimes democráticos, após terem atravessado
intelectuais ou administrativas. períodos de oligarquia e de tirania.
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Módulo 2 – Império Romano d) os gastos cotidianos das famílias pobres com alimentação,
moradia, educação e saúde.
1. (UNESP) – Os gastos militares intensificaram-se a partir dos e) as despesas militares, a realização de obras públicas e a
séculos III e IV d.C., devido manutenção de estradas.
a) ao esforço romano de expandir suas fronteiras para o centro
da África.
b) às perseguições contra os cristãos, que, bem sucedidas, 5. (FUVEST) – Cesarismo/cesarista são termos utilizados para
permitiram o pleno retorno ao politeísmo. caracterizar governantes atuais que, à maneira de Júlio César
c) à necessidade de defesa diante de ataques simultâneos de (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder
bárbaros em várias partes da fronteira. a) teocrático. b) democrático. c) aristocrático.
d) aos anseios expansionistas, que levaram os romanos a d) burocrático. e) autocrático.
buscar o controle armado e comercial do mar Mediterrâneo.
e) à guerra contra Cartago pelo controle de terras no norte da
África e na Península Ibérica. 6. (UNICAMP) – Após a tomada e o saque de Roma pelos
visigodos, em 410, pagãos e cristãos interrogaram-se sobre as
causas do acontecimento. Para os pagãos, a resposta era clara:
2. (UNICAMP) – O termo “bárbaro” teve diferentes signifi- foram os maus princípios cristãos, o abandono da religião de
cados ao longo da história. Sobre os usos desse conceito, Roma, que provocaram o desastre e o declínio que se lhe
podemos afirmar que: seguiram. Do lado cristão, a queda de Roma era explicada pela
a) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para comparação entre os bárbaros virtuosos e os romanos
qualificar povos que não falavam grego e depois disso deixou decadentes: dissolutos, preguiçosos, sendo a luxúria a origem
de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo. de todos os seus pecados.
b) Bárbaro foi uma denominação comum a muitas civilizações (Adaptado de Jacques Le Goff, “Decadência”, em História e Memória.
para qualificar os povos que não compartilhavam dos valores Campinas, Ed. da Unicamp, 1990, p. 382-385.)
destas mesmas civilizações.
c) Bárbaros eram os povos que os germanos classificavam a) Identifique no texto duas visões opostas sobre a queda de
como inadequados para a conquista, como os vândalos, por Roma.
exemplo. b) Entre o surgimento do cristianismo e a queda de Roma, que
d) Gregos e romanos classificavam de bárbaros povos que mudanças ocorreram na relação do Império Romano com a
viviam da caça e da coleta, como os persas, em oposição aos religião cristã?
povos urbanos civilizados.
7. (UNICAMP)
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A partir da leitura da imagem e do conhecimento sobre o 8. (PUC) – A resposta mais adequada à pergunta final do texto
período em questão, pode-se afirmar corretamente que a é:
a) sim, porque a integração entre Ocidente e Oriente era
imagem representa
intensa desde a unificação do Egito, quando se estabe-
a) uma luta entre três gladiadores, prática popular entre
leceram rotas regulares de comércio para as Índias.
membros da elite romana do século III d. C, que foi criticada b) não, porque só com a conquista e o domínio romanos do Mar
pelos cristãos. Mediterrâneo é que se iniciaram a navegação e o comércio
b) a popularidade das atividades circenses entre os romanos, entre o Norte da África e as terras da atual Europa.
prática de cunho religioso que envolvia os prisioneiros de c) sim, porque as cidades italianas de Gênova e Veneza
guerra. controlavam grande parte do comércio no Mar Mediterrâneo
e facilitavam o deslocamento de pessoas e mercadorias na
c) uma das ações da política do pão e do circo, estratégia da
região.
elite romana que usava cidadãos romanos na arena, para
d) não, porque apenas a extensão e o funcionamento do
lutarem entre si e, assim, divertir o povo. Império Romano tornaram possíveis a maior mobilidade e
d) uma luta entre gladiadores, prática que tinha inúmeras integração entre as comunidades a ele submetidas.
funções naquela sociedade, como a diversão, a tentativa de e) sim, porque a hegemonia árabe no Norte da África, no
controle social e a valorização da guerra. Oriente próximo e na Península Ibérica contribuiu
decisivamente para a aproximação dos povos que viviam em
torno do Mediterrâneo.
Leia o texto para responder as questões 8 e 9:
9. (PUC) – A trajetória do apóstolo Paulo, descrita no texto, revela
que
“O apóstolo Paulo era cidadão de Tarso, uma pequena cidade,
a) o intercâmbio cultural na Antiguidade era regular e
muito antiga, que era a capital provincial da Cilícia. Mas Paulo era sistemático desde a globalização da filosofia grega e da
também judeu, membro de uma etnia que se reproduzia por hegemonia dos valores helenísticos no Oriente extremo.
laços familiares e pela aderência a uma religião, cujo templo se b) os povos da Antiguidade mantinham-se firmemente
encontrava distante, em Jerusalém. Era um judeu da diáspora. fechados em suas comunidades, sem que houvesse
qualquer tipo de integração ou transformação cultural.
Numa viagem para Damasco, Paulo se tornou cristão e, entre os
c) a força política do cristianismo na Grécia e em Roma garantia
cristãos, apóstolo. Nessa condição, assumiu a identidade de a segurança e a ampla possibilidade de circulação de seus
apóstolo dos não judeus e viajou, por terra e por mar, por boa adeptos, empenhados na difusão dessa fé religiosa.
parte do Mediterrâneo oriental. Foi a Chipre, à Panfilia, passou d) a tolerância religiosa existente na Grécia e na Roma antigas
pela Capadócia, pelo centro da Anatólia, e morou em Éfeso, permitia contínuas romarias de todos os seus habitantes por
todos os territórios de seus impérios.
onde foi confrontado pelos artesãos locais, escapando apenas
e) o Império Romano era bastante heterogêneo no seu interior
pelo medo geral de uma intervenção do poder romano. Muitas e parte de seus habitantes podia valer-se de suas várias
vezes estabeleceu-se com o apoio das comunidades judaicas identidades e vínculos pessoais e religiosos.
locais. Morou na cidade de Felipe, visitou a Macedônia e a Acaia
e, segundo os Atos, passou por Corinto, capital provincial, onde
Módulo 3 – A Arábia e o Islamismo
exerceu outra de suas identidades — a de artesão. Chegou a
Atenas e discutiu com os filósofos da cidade. Passou também
por Mileto, Rodes, Tiro, Cesareia, Jerusalém e outras cidades. 1. (UNESP) – Examine a iluminura extraída do manuscrito Al-
Ao ser perseguido em Jerusalém, refugiou-se em Cesareia, Maqamat, de Abu Muhammed al-Kasim al-Hariri, 1237.
onde foi preso. Fez, então, uso de sua identidade de cidadão
romano, que também possuía, e de seu conhecimento da língua
grega, para não ser espancado e executado. Para ser julgado,
atravessou todo o Mediterrâneo, com uma escala em Malta,
após um naufrágio, tendo vivido em Roma com amigos e fiéis.
Suas cartas mostram um amplo círculo de relações e de
influências em Roma e no Mediterrâneo oriental. O ponto
central é: teria sido a carreira de Paulo possível ou verossímil
500 anos antes?”
Norberto Luiz Guarinello. História antiga.
São Paulo: Contexto, 2013, p. 157-158. Adaptado. (http://gallica.bnf.fr)
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A imagem pode ser associada à tradição dos conhecimentos 4. (UNESP) – As caravanas do Sudão ou do Niger trazem
desenvolvidos no mundo árabe-islâmico durante a Idade Média regularmente a Marrocos, a Tunes, sobretudo aos Montes da
e revela Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos
a) a inexistência de instrumental médico nas sociedades países da África tropical (...) os mercadores mouros organizam
islâmicas, que impediam qualquer tipo de corte nos corpos. terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior.
b) a preparação do cadáver feminino para a cremação, principal Este tráfico muçulmano dos negros de África, prosseguindo
culto funerário desenvolvido nas sociedades islâmicas. durante séculos e em certos casos até os mais recentes,
c) a condenação imposta pelas autoridades religiosas islâmicas desempenhou sem dúvida um papel primordial no
às pessoas que cuidavam de doentes e mulheres grávidas. despovoamento antigo da África.
(Jacques Heers, O trabalho na Idade Média.)
d) o desenvolvimento da medicina nas sociedades islâmicas, o
que permitiu avanços, como a descrição da varíola e o
emprego de anestesia em cirurgias. O texto descreve um episódio da história dos muçulmanos na
e) o repúdio, nas sociedades islâmicas, à representação do nu Idade Média, quando
feminino, o que provocou sucessivas punições civis e a) Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo como
religiosas a artistas. condição para a expansão da religião de Alá, que garantia aos
guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade.
b) atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África
do Norte, atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a
2. (UNICAMP) – A palavra árabe iman provém de uma raiz que Península Ibérica.
significa ‘ter certeza’ e designa fé, no sentido da certeza. A fé, c) a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de
por conseguinte, não contradiz o conhecimento nem a escravos, que visava abastecer com mão-de-obra negra as
compreensão. Pelo contrário, o desejo de saber é uma regiões da Península Ibérica.
obrigação religiosa, e os tempos pré-islâmicos (século VI) na d) os reinos árabes floresceram no sul do continente africano,
nas regiões de florestas tropicais, berço do monoteísmo
Arábia são chamados pelos islâmicos de jahiliya, ignorância.
islâmico.
(Adaptado de Burkhard Scherer (org.), As Grandes religiões: temas centrais
e) os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio
comparados. Petrópolis: Vozes. 2005, p. 77.)
sobre o reino Franco, até o final da Idade Média ocidental.
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Módulo 4 – Monarquias Nacionais e cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente
Crises dos Séculos XIV e XV para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura
escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite,
1. (UNESP) – Era uma doença exótica, contra a qual os e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim
organismos dos europeus não tinham defesas. Veio da Ásia pela que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu
rota da seda. Veja: a epidemia, essa catástrofe, é, portanto, enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E
também um dos efeitos do progresso, do crescimento. morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000. Na pista de nossos medos, 1998.) Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle.
In: William M. Bowsky The Black Death: a turning point in historty?
New York: HRW, 1971 (com adaptações).
O texto refere-se à peste que atingiu a Europa no século XIV.
Indique dois fatores, além da falta de defesa dos organismos O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste
dos europeus, que ajudaram na propagação da doença, e Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV,
explique a associação, feita pelo texto, da peste com o sugere que
progresso. a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.
b) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber
médico.
2. (UNESP) – Quando sucumbe o monarca, a majestade real c) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão
não morre só, mas, como um vórtice, arrasta consigo tudo forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis.
quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino d) houve substancial queda demográfica na Europa no período
gema. anterior à Peste.
(Hamlet, 1603.)
e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de
os cadáveres não serem enterrados.
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Michelangelo começou cedo na arte de dissecar cadáveres. são tidas como boas; mas a condição humana é tal, que não
Tinha apenas 13 anos quando participou das primeiras sessões. consente a posse completa de todas elas, nem ao menos a sua
A ligação do artista com a medicina foi reflexo da efervescência prática consistente; é necessário que o príncipe seja tão prudente
cultural e científica do Renascimento. A prática da dissecação, que saiba evitar os defeitos que lhe arrebatariam o governo e
que se encontrava dormente havia 1.400 anos, foi retomada e praticar as qualidades próprias para lhe assegurar a posse deste,
exerceu influência decisiva sobre a arte que então se produzia. se lhe é possível; mas, não podendo, com menor preocupação,
Clayton Levy, “Pesquisadores dissecam lição de anatomia de Michelangelo”,
pode-se deixar que as coisas sigam seu curso natural.
Jornal da Unicamp, n.o 256, junho de 2004,
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/junho2004/ju256pag1.html. (Maquiavel. O Príncipe, 1983. Adaptado)
Acessado em 11/06/2010.
Identifique, exemplificando com passagens do texto, a
a) Explique a relação, mencionada no texto, entre artes concepção de Maquiavel acerca da maneira como o governante
plásticas e dissecação de cadáveres, no contexto do
deve se comportar. Indique dois elementos, presentes ou não
Renascimento.
no texto, que permitam associar o pensamento de Maquiavel à
b) Identifique, na imagem acima, duas características da arte
renascentista. visão de mundo dos humanistas.
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7. (UNICAMP) – De uma forma inteiramente inédita, os O texto descreve os motivos que levaram à condenação do
humanistas, entre os séculos XV e XVI, criaram uma nova forma filósofo Galileu Galilei por uma instituição religiosa. Responda
de entender a realidade. Magia e ciência, poesia e filosofia qual foi a instituição que o condenou e explique os motivos
misturavam-se e auxiliavam-se, numa sociedade atravessada dessa condenação.
por inquietações religiosas e por exigências práticas de todo
gênero.
2. (FUVEST) – Desde a Antiguidade até a época helênica, e
(Adaptado de Eugenio Garin, Ciência e vida civil no Renascimento italiano.
durante a Idade Média (em algumas culturas, até hoje) se
São Paulo: Ed. Unesp, 1994, p. 11.)
conferiu aos terremotos, como a todos os fenômenos cuja
causa se desconhecia, uma explicação mística. Os filósofos da
Sobre o tema, é correto afirmar que: antiga Grécia foram os primeiros a aventar causas naturais dos
a) O pensamento humanista implicava a total recusa da terremotos; no entanto, durante o período medieval, explicações
existência de Deus nas artes e na ciência, o que libertava o desse tipo foram formalmente proibidas por serem
homem para conhecer a natureza e a sociedade. consideradas heréticas, e a única causa aceita na Europa era a
b) A mistura de conhecimentos das mais diferentes origens - da cólera divina. Somente em princípios do século XVII é que
como a magia e a ciência - levou a uma instabilidade se voltou a especular acerca das causas naturais de tais
imprevisível, que lançou a Europa numa onda de fenômenos.
Alejandro Nava, Terremotos. 4ª ed. México: FCE,
obscurantismo que apenas o Iluminismo pôde reverter.
2003, p.24-25. Traduzido e adaptado.
c) As transformações artísticas e políticas do Renascimento
incluíram a inspiração nos ideais da Antiguidade Clássica na
O texto menciona mudanças, da Antiguidade até o início do
pintura, na arquitetura e na escultura.
século XVII, na explicação dos fenômenos naturais. Hoje em dia,
d) As inquietações religiosas vividas principalmente ao longo do também é preciso considerar que as consequências dos
século XVI culminaram nas Reformas Calvinista, Luterana, terremotos não dependem só de sua magnitude, mas também
Anglicana e finalmente no movimento da Contrarreforma, do grau de desenvolvimento social do local onde ocorrem, como
que defendeu a fé protestante contra seus inimigos. foi possível notar nos terremotos de 2010 no Haiti.
a) Identifique e explique as mudanças que, no contexto
intelectual do século XVII, contribuíram para que os
8. (UNESP) – [...] tudo que os renascentistas pretendiam era terremotos e outros fenômenos naturais deixassem de ser
assumir a condição humana até seus limites, até as últimas con- vistos apenas como fenômenos místicos.
b) No caso do Haiti, a pobreza do país ampliou o efeito
sequências. Nem Deus e nem o demônio; todo o desafio
devastador do fenômeno natural. Explique, historicamente,
consistia em ser absolutamente, radicalmente humano, apenas
essa pobreza e seu impacto no agravamento das
humano.
consequências dos terremotos.
(Nicolau Sevcenko. O Renascimento, 1985.)
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Módulo 10
Vide resoluções comentadas no site:
www.curso-objetivo.br 1) B 2) C 3) A 4) E
FRENTE 1 Módulo 11
1) B 2) D 3) C 6) E 7) C
Módulo 1 8) C
2) D 3) B 5) E 7) A 9) D
Módulo 12
Módulo 2 1) A 2) C 4) C 5) B 6) D
7) A 9) C 10) E 11) E 12) B
1) B 2) C 3) B 5) C 6) C
13) A
8) C 9) C
Módulo 3 FRENTE 2
2) D 3) B 4) C 5) D 6) D
7) B 8) VFVVV 9) A Módulo 1
1) B 2) B 3) E 4) B 5) B
6) E 8) D 9) A
Módulo 4
1) B 2) B 4) D 5) A 8) A
9) C 10) C Módulo 2
1) C 2) B 4) E 5) E 7) D
8) D 9) E
Módulo 5
1) A 2) B 3) E 4) B 5) C
6) E 7) B 8) B 9) D Módulo 3
1) D 3) A 4) B 5) B
Módulo 6
Módulo 4
1) A 2) D 4) B
2) A 3) A 4) A
Módulo 7 Módulo 5
1) D 5) B 6) B 1) C 3) A 5) B 6) E 7) C
Módulo 8 Módulo 6
2) C 3) D 4) C 5) A 6) B 6) E
7) B 8) E
Módulo 9
1) E 2) B 3) D 4) D
40 –