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REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS

1° Site de pesquisa

Comissão de fábrica

Toda empresa com mais de 200 empregados deverá ter uma comissão de
representantes para negociar com o empregador. A escolha será feita por
eleição, da qual poderão participar inclusive os não-sindicalizados. Não
poderão votar os trabalhadores temporários, com contrato suspenso ou em
aviso prévio. (Art. 510-A, 510-B, 510-C, 510-D incluídos)

http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/faz-sentido-se-
preocupar-com-a-reforma-trabalhista/105799/

2° Site de pesquisa

Elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o Acordo Coletivo de


Trabalho com Propósito Específico (ACE) regulamenta a criação
de Comitês Sindicais de Empresa (CSE) - versão moderna das comissões de
fábrica - dentro dos locais de trabalho, o que tende a diminuir o número de
processos encaminhados anualmente à Justiça do Trabalho. A adesão à nova
legislação seria facultativa.

http://www.ihu.unisinos.br/511312-projeto-regulamenta-comissao-de-fabrica-
e-cria-alternativa-a-clt

3° Site de pesquisa

O que são as comissões de representantes dos trabalhadores?

A reforma trabalhista traz de volta um personagem que estava presente na


Constituição de 1988, mas nunca foi regulamentado: o representante dos
funcionários nas empresas.

Na proposta do governo Michel Temer, ele aparece na forma de uma


comissão, que tem o mesmo propósito explicitado na Carta Magna, o de
"promover o entendimento direto com os empregadores".

Como ela funcionaria?

Segundo o texto que será votado nesta terça-feira, a comissão seria eleita nas
empresas com mais de duzentos funcionários e poderia ter de três a sete
membros, de acordo com o tamanho da equipe.

Os participantes deveriam encaminhar reivindicações de seus colegas aos


superiores e buscar soluções para conflitos no ambiente de trabalho, além de
acompanhar o cumprimento das leis e acordos coletivos. Portanto, seria
possível ir até eles com reclamações e pedidos.

Ainda de acordo com o projeto, os integrantes da comissão continuariam


trabalhando durante seu mandato anual e não poderiam ser demitidos
"arbitrariamente" até um ano depois de deixar a função.

No processo de escolha, diz o documento, estaria vedada a interferência da


empresa ou do sindicato da categoria.

Apesar de a relação com os patrões estar mais clara no documento, não há


menção sobre a interação com as forças sindicais. Isso leva parte dos
entrevistados pela BBC Brasil a crer que as comissões poderiam competir com
os sindicatos e até substituí-los no futuro.

Isso porque o texto não proíbe esse grupos de fechar acordos coletivos com os
chefes, apesar de a Constituição determinar a participação obrigatória dos
sindicatos nas negociações.

"Imagino que haverá pressão dos empresários para que a comissão tenha o
mesmo poder do sindicato", diz Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

"Ela não terá participação sindical, mas pode apresentar pautas para a
empresa. Como a lei não impede essa alternativa (de fazer acordos), é
possível que esse seja o próximo passo", acrescenta.

O professor de direito trabalhista da FGV Jorge Boucinhas Filho concorda. Ele


acredita que os representantes vão absorver funções hoje exclusivas aos
sindicatos. Mas ainda não sabe em que medida.

"Não sabemos a dimensão do que os representantes farão. Eles podem até


facilitar a função sindical, usando a proximidade com a empresa para dar
informações, comunicar o sindicato. Mas se a comissão começar a fazer
tratativas, negociações, pode ser que os sindicatos se tornem algo burocrático,
só para constar no fechamento de acordos".

Caso a proposta seja aprovada, Boucinhas diz que a interação entre os atores
deve ficar mais clara na regulamentação da lei.

Já a visão do economista e professor da FEA-USP Helio Zylberstajn é de que


as regras definam esses grupo como uma ponte entre funcionários, sindicatos
e empregadores.

"Você poderá ir até o representante, que vai ter mais acesso ao sindicato. Ele
vai chegar no sindicato e dizer que há uma demanda dos funcionários, como
parcelamento das férias, por exemplo. Então o sindicado poderá propor um
acordo de forma coletiva ", diz.

"O sindicato existe para equilibrar essa relação. O trabalhador sozinho é muito
mais fraco do que a empresa", acrescenta.
Uma preocupação de Zylberstajn é o processo de eleição dos representantes,
descrito brevemente no texto. Parte dos professores ouvidos pela reportagem
teme que a comissão seja escolhida por ser próxima à chefia ou ceda às
vontades dos superiores por medo de ser demitida.

Em um cenário de desemprego alto, o professor de sociologia do trabalho na


Unicamp Ricardo Antunes considera essas hipóteses viáveis.

"Eles serão escolhidos pelos trabalhadores, mas não têm o respaldo sindical
nem estabilidade. Se não fizerem bem suas atividades, pelo menos do ponto
de vista da empresa, correrão o risco de não trabalhar mais ali."

Já Boucinhas vê nessa discussão uma antecipação do problema e acredita que


as consequências dependem muito de cada ambiente profissional.

"A empresa pode tornar a comissão mais parcial, mas a comissão também
pode tornar a empresa mais consciente do que está acontecendo no dia a dia".

http://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2017/07/1900566-como-ficam-as-
negociacoes-entre-patroes-e-empregados-com-a-reforma-trabalhista.shtml

3° Site de pesquisa

Em audiência pública hoje (16) na Comissão Especial da Reforma Trabalhista,


na Câmara dos Deputados, debatedores abordaram temas como a previsão de
que o acordo coletivo negociado prevaleça sobre a legislação e a eleição de
representantes dos trabalhadores nas empresas para negociar acordos
trabalhistas, além da possibilidade de a reforma gerar empregos.

O professor Hélio Zylberstajn, da Faculdade de Economia, Administração e


Contabilidade da Universidade de São Paulo, disse que a regulamentação da
representação dos trabalhadores no local de trabalho poderá ampliar o espaço
para a negociação e solução de conflitos na empresa sem que seja necessário
recorrer a instâncias externas.

Segundo Zylberstajn, esse modelo é adotado há décadas em diversos países.


“No mundo inteiro - isso é muito antigo -, o sistema de relações de trabalho
começa dentro da empresa. Essa é a chave para começar a administrar o
conflito de trabalho no local de trabalho, deixar de jogar para fora a solução dos
pequenos conflitos que ocorrem em uma empresa todos os dias.”

Para o professor, o sistema trabalhista brasileiro tem um viés de negação do


conflito no ambiente da empresa, o que faz com que a solução seja
frequentemente buscada fora, na Justiça do Trabalho. No entanto, ele diz que a
forma de eleição do representante dos empregadores está mal definida no
projeto. Na proposta em discussão na Câmara, o representante dos patrões
terá o dever de atuar na conciliação de conflitos trabalhistas no âmbito da
empresa, inclusive quanto ao pagamento de verbas trabalhistas, seja no curso
do contrato do trabalho ou após a rescisão.

Zylberstajn criticou o fato de o texto do projeto listar os aspectos nos quais o


acordo coletivo pode se sobrepor à legislação. Para ele, deveria ser o contrário.
“O projeto tem uma lista do que pode ser negociado, e isso é uma contradição.
Se a negociação é tão boa, por que limitá-la? Temos que incluir no projeto uma
lista do que não pode ser negociado, como regras de segurança”, disse.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-03/professor-defende-
presenca-de-representante-de-empregados-dentro-da-empresa

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