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Aluno:........................................................................................
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Prof. Dr. Sergio Antonio Marques de Lima/Profa. Dra. Ana Maria Pires – FCT- UNESP – 2017
Prática 1: Alcalinos e Alcalinos Terrosos
OBJETIVO
Estudar a reatividade dos metais alcalinos e de seus compostos.
Estudar a reatividade dos metais alcalinos terrosos e seus compostos.
Familiarização com a técnica de precipitação de sais (via úmida); procedimentos de isolamento
dos mesmos; e observação das características dos cristais dos oxalatos obtidos contendo
diferentes cátions do mesmo grupo.
EXPERIMENTAL
CUIDADO: O sódio e o potássio são muito reativos em água, o pedaço de metal tem
que ser pequeno, utilize uma espátula para colocá-lo no béquer. Solicite orientação
prévia do professor para fazer este experimento.
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Método A
a) Pesar 25 mg dos carbonatos de cálcio, estrôncio e bário. Colocar os carbonatos em 3
béqueres de 25 mL.
b) A cada béquer, acrescentar 2 mL de água.
c) Adicionar, a cada béquer, gota a gota, uma solução 3 mol/L de HCl, sob
aquecimento e agitação magnética, até que todo o sólido se dissolva (não é necessário
entrar em ebulição).
d) Diluir cada uma das soluções para um volume final de 10 mL. Adicionar uma gota
de uma solução 1% de vermelho de metila. A solução deve estar ácida e, portanto, uma
cor vermelha deve ser observada. Adicionar então 1,5 mL de uma solução saturada de
oxalato de amônio e 1,5 g de uréia a cada uma das soluções.
e) Sob agitação, deixar a solução entrar em ebulição branda, até que a cor mude de
vermelho para amarelo. Acrescentar mais água, se necessário, para compensar perdas
por evaporação, a fim de evitar a precipitação da uréia. A precipitação de cristais
incolores dos respectivos oxalatos deve ser vista. Se não for observada precipitação,
adicionar gotas de uma solução 6 mol/L de hidróxido de amônio, até que haja
precipitação.
f) Deixar as soluções esfriarem até a temperatura ambiente. Filtrar os cristais formados
a pressão reduzida, e lavar com água gelada até que o teste para cloretos (com AgNO3)
resulte negativo. Obs: No teste para cloretos, não se esquecer de acidificar a alíquota a
ser testada para evitar falso positivo. Deixar os cristais secando no papel de filtro, pesá-
los após terem secado, e calcular o rendimento da reação para cada oxalato.
Método B
a) Repetir o procedimento anterior com somente o carbonato de estrôncio do item a)
ao d), com excessão da adição da uréia.
b) Adicionar solução de hidróxido de amônio 6 mol/L até o meio ficar básico e ocorrer
precipitação do oxalato de estrôncio.
c) Repetir o item f) acima.
Questões adicionais:
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Prática 2: Famílias do Boro e Carbono
OBJETIVO
Observar a reatividade dos compostos formados por elementos do grupo 13 e comparar a
reatividade desses com os dos grupos 1 e 2 e o caráter anfótero de alguns de seus óxidos.
Óxido B2O3 Al2O3 Ga2O3 In2O3 Tl2O3
EXPERIMENTAL
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Experimento 3 – Caráter anfótero do Al(OH)3
a) Preparar o Al(OH)3 em dois tubos de ensaio (preparação do hidróxido – 0,5 g ou
1 mL de AlCl3 e 8 gotas de NH4OH (6 mol/L), aquecer se necessário);
b) No primeiro tubo, adicionar HCl 2 mol.L-1 gota a gota;
c) Adicionar, ao segundo tubo, NaOH 2 mol.L-1 gota a gota;
d) Observar se o precipitado de Al(OH)3 reage com o ácido e com a base;
e) Escrever as equações químicas balanceadas das reações envolvidas no experimento
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Prática 3: Famílias do Nitrogênio e Oxigênio
OBJETIVO
Estudar as propriedades do elemento nitrogênio.
Preparar oxigênio por método de laboratório.
COMENTÁRIOS
EXPERIMENTAL
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Experimento 2 Obtenção do nitrogênio e do oxigênio e suas propriedades
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GERAIS
Volumes (V) é uma medida de concentração usada apenas para água oxigenada, que é uma
solução aquasa de peróxido de hidrogênio. Quando falamos uma água oxigenada 10V, significa que
esta solução, quando da sua decomposição térmica de 1 mL, H2O2 = H2O + O2, libera 10 mL de O2 (g)
nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP). Se for 20V, 1mL dessa solução de água
oxigenada libera, nas CNTP, 20 mL de oxigênio gasoso. Tem uma relação de volume (V) com
percentual (%), ou seja, uma água oxigenada 100V corresponde a 30% (m/m), podendo ser calculada
para outras concentrações por regra de três simples. Resposta Técnica produzida pelo Serviço
Brasileiro de Respostas Técnicas / SBRT
http://www.sbrt.ibict.br
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Prática 4: Famílias do Nitrogênio e Oxigênio (continuação)
Síntese no estado sólido: Preparação de um luminóforo.
OBJETIVO
Estudar as propriedades dos elementos antimônio e bismuto, pertencentes ao grupo 15 da tabela
periódica.
Estudar o comportamento do enxofre frente ao aquecimento, bem como suas propriedades
oxidante e redutora. Preparar e identificar o sulfeto.
Preparar e estudar as propriedades ópticas do luminóforo Zn2SiO4 (fósforo P1) dopado ou não
com Mn2+ em função da variação nas condições de sua obtenção via síntese no estado sólido.
EXPERIMENTAL
Experimento 1 – Hidrólise dos sais de antimônio
a) Colocar, em um tubo de ensaio, 1 mL de solução saturada (1 mol.L-1) de cloreto de antimônio(III)
(SbCl3);
b) adicionar água destilada, gota a gota agitando continuamente;
c) observar a formação de um precipitado;
d) escrever as equações químicas das reações ocorridas.
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4.2. Propriedade redutora do enxofre - Capela
a) Adicionar, em um tubo de ensaio que contenha cerca de 0,5 g de enxofre, 1 mL de HNO 3
concentrado (~1,6 mol/L);
b) aquecer cuidadosamente na capela e observar a evolução do gás;
c) transferir, com uma pipeta, 5 gotas da solução obtida para um tubo de ensaio que contenha 1 mL de
BaCl2 1 mol/L;
d) Explicar o que foi verificado, escrever a equação química balanceada das reações envolvidas e
explicar a propriedade redutora do enxofre.
Experimento 5 – Síntese de estado sólido do luminóforo silicato de zinco dopado com manganês.
Parte I.
Cada grupo irá preparar duas amostras do luminóforo, com diferentes características, as quais serão
definidas no dia da aula, sendo que cada grupo deve preencher os dados da Tabela 1, seguindo o
procedimento abaixo:
a) Considerando a reação: 2 ZnO(s) + SiO2(s) Zn2SiO4(s), calcule a massa necessária de cada reagente
para preparar 0,5 g de produto final de acordo com a Tabela 1. Para as amostras dopadas com Mn(II),
fazer a substituição com relação ao Zn(II);
b) Pese as massas calculadas em balaça analítica e transfira para um almofariz macerando por 10
minutos, para que haja homogeneidade na mistura. CUIDADO: evite respirar sílica fina, pois esta se
acumula nos pulmões e pode causar silicose. Use máscara se possível;
c) Transferir a mistura para um frasco, ou cadinho de porcelana e armazenar em dessecador até a
próxima aula.
Tabela 1 – Variação de condições para obtenção das amostras de silicato de zinco dopado ou
não com Mn(II).
Número da Amostra %Mn(II) Temperatura Calcinação Tempo de
/oC Calcinação / h
1 0 900 4
2 0,5 700 4
3 0,5 900 4
4 1 700 4
5 1 900 4
6 2 700 2
7 2 700 4
8 2 900 2
9 2 900 4
10 5 900 4
Questões:
Compare as características ópticas das amostras sob luz UV e discuta com relação a influência
da variação das condições no preparo das mesmas.
A partir do diagrama de Tanabe-Sugano relativo à configuração do íon Mn(II) faça uma
discussão de quais transições devem ser observáveis nos espectros de absorção, caso este também
fosse feito.
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Prática 5: Famílias dos Halogênios
Síntese de estado sólido: Preparação de um luminóforo (continuação).
OBJETIVO
Preparar e estudar as propriedades ópticas do luminóforo Zn2SiO4 (fósforo P1) dopado ou não
com Mn2+ em função da variação nas condições de sua obtenção via síntese destado sólido.
EXPERIMENTAL
Experimento 1 – Síntese de estado sólido do luminóforo silicato de zinco dopado com manganês.
Parte II.
a) Com a mistura em cadinho de porcelana, levar ao forno tipo mufla com cuidado para não se queimar
(peça ajuda do técnico ou professor) pelo tempo e temperatura definido na Tabela 1;
b) Retirar o cadinho do forno e deixar esfriar em dessecador;
c) Transferir para um frasco devidamente identificado e observar a luminescência do material sob luz
de radiação ultravioleta. Comparar com todas as amostras produzidas pelos outros grupos;
d) Guardar o material para futuras caracterizações.
e) após observar a formação do gás cloro, interromper a adição de ácido e esperar alguns minutos até
cessar o borbulhamento de cloro;
f) fechar as conexões, utilizando pinça de Mohr;
g) separar os balões e os fechar com rolhas de borracha.
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Experimento 2.2 - Reações com o cloro obtido:
a) segurar um pequeno pedaço de palha de aço com uma pinça metálica longa e expo-lo à chama do
bico de Bunsen;
b) quando este se tornar incandescente, introduzí-lo imediatamente no balão C contendo cloro;
c) pegar uma folha verde de uma planta qualquer e introduzir no balão D e observar o que acontece;
d) com a solução obtida no Kitassato E (água de cloro), fazer a seguinte reação: colocar num tubo de
ensaio uma ponta de espátula de brometo de sódio sólido e cerca de 3,0 mL de água destilada;
e) adicionar água de cloro, gota a gota, até que a solução se torne amarelada;
f) juntar aproximadamente 3,0 mL de tetracloroetileno e agitar vigorosamente;
g) repetir este ensaio, substituindo o brometo de sódio por iodeto de potássio.
h) anotar as observações e escrever as equações referentes às reações químicas ocorridas. Explicar o
que está ocorrendo.
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Prática 6: Complexos de cobre e cobalto
OBJETIVO
Familiarização com sais de metais de transição que em meio aquoso tendem a formar
compostos de coordenação com água. Comparar o comportamento destes sais com relação à
presença dos ligantes água e amônia.
Neste experimento, aprenderemos a preparar o complexo [Co(NH3)4CO3]NO3, o qual será
utilizado na próxima aula como precursor do complexo [Co(NH3)5Cl]Cl2.
EXPERIMENTAL
a) Pesar 1,5 g de cloreto, nitrato ou sulfato de cobre. Fazer o mesmo com o cobalto;
b) Dissolver cada sal em 50 mL de água e dividir em duas partes;
c) Usar uma das soluções de cobre e uma das soluções de cobalto para comparar suas colorações com
as produzidas pelos complexos formados após a adição de amônia (próximo item);
d) Em seguida, acrescentar a uma das soluções de cobre e a uma das soluções de cobalto, hidróxido de
amônio concentrado, até que uma mudança significativa de coloração possa ser observada. Comparar
as colorações das soluções dos compostos formados com as colorações das soluções de partida.
Questões adicionais:
a – Equacionar as reações ocorridas.
b – Quais conclusões podem ser tiradas com relação às afinidades dos íons cobre e cobalto pelos
ligantes H2O e NH3?
c – Explique a mudança de cor dos complexos.
Questões adicionais:
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Prática 7: Evidência do efeito do número de ligantes na cor dos composto
de coordenação e síntese do hexanitrocobaltato(III) de sódio.
OBJETIVO
Verificar experimentalmente como varia a cor de um cc de níquel coordenado a diferentes
números de moléculas do ligante etilenodiamina.
Sintetizar um ânion complexo de cobalto, o Na3[Co(NO2)6]
EXPERIMENTAL
a) Em um béquer grande (~150 mL) dissolva 7,5 g de nitrito de sódio em 10 mL de água aquecendo em
banho-maria a ~80 ºC;
b) Deixe pesado 2,5 g de nitrato de hexaaquocobalto(II), retire a primeira solução do banho e deixe
resfriar até cerca de 50 ºC, então adicione o sal de cobalto agitando constantemente com um bastão de
vidro;
c) Leve o béquer à capela e lá adicione gota-a-gota 2,5 mL de uma solução 50% de ácido acético;
d) Transfira a solução para um kitassato de 250 mL e feche-o com uma rolha adaptado com um tubo de
vidro (caso não esteja pronto, tomar muito cuidado para não quebrar o vidro e se cortar). Este tubo
deve mergulhar na solução, mas não encostar no fundo do kitassato;
e) Conecte a estrada do kitassato a uma trompa d´água e faça passar ar através da solução por 5 min.
Caso haja formação de precipitado amarelo, devesse remover o precipitado por filtração simples;
f) Transfira a solução para o béquer inicial (limpo) e deixe a solução esfriar em banho de gelo e água.
Em seguida, e aos poucos, adicione 12,5 mL de álcool etílico;
g) Filtrar o sólido obtido a pressão reduzida lavando-o com 3 porções de 5 mL de álcool etílico;
h) Secar o ppt, pesar e calcular o rendimento.
Questões:
a – Quais compostos foram formados e quais estequiométrias dos complexos preparados no item (c)?
(A en é bidentada e o Ni2+ forma compostos con NC = 6).)
b – O que ocorre ao adicionarmos o HCl concentrado aos complexos? Por que o número de gotas de
HCl aumenta se o número de mols de Ni2+ é praticamente o mesmo em todos os béqueres?
c – Explique a mudança de cor dos complexos. (ver artigo enviado sobre metais de transição)
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Prática 8: Testes químicos e troca de ligante no precursor complexo
[Co(NH3)4CO3]NO3.
OBJETIVO
Preparar o complexo [Co(NH3)5Cl]Cl2 partindo do precuror [Co(NH3)4CO3]NO3.
Testar algumas propriedades químicas do complexo [Co(NH3)4CO3]NO3.
EXPERIMENTAL
Questões:
a – Escreva as reações e banlanceie-as de ambos os experimentos.
b – Explique as observações feitas nos testes do experimento 2.
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Prática 9: Cinética de troca do ligante cloro por água no complexo
pentaminclorocobanto(III) - [Co(NH3)5Cl]Cl2.
OBJETIVO
Estudar a cinética da reação de conversão do complexo [Co(NH3)5Cl]Cl2 em
[Co(NH3)5H2O]Cl3.
EXPERIMENTAL
Experimento:
a) Em dois balões de 50 mL acrescente cerca de 2/3 da água destilada, no primeiro deles acrescente
uma quantidade de ácido nítrico suficiente para preparar uma solução de 0,10 mol/L e no segundo uma
quantidade de ácido nítrico suficiente para preparar uma solução de 0,30 mol/L;
b) Transfira os balões para um banho termostatizado a 60 ºC juntamente com um béquer com água para
posteriormente completar o volume;
c) Enquanto a solução se ambienta, pese duas porções do complexo cloreto de
cloropentamincobalto(III) para para ser acrescido à solução dos balões afim de que a concentração final
seja de 0,02 mol/L. Transfira cada porção para cada um dos balões e complete o volume de 50 mL com
a água termostatizada. Agite até completa dissolução do complexo retornando os balões para o banho.
Este será o tempo zero da reação;
d) Após 15 minutos retire cerca de 7 mL de cada um dos balões transfira para uma cubeta e leia as
absorções no comprimento de onda de 550 nm no espectrofotômetro;
e) Repita esse procedimento a cada 15 minutos por pelo menos 5 vezes, lembrando de zerar o
espectrofotômetro a cada medida.
Dica: Dê um intervalo de 5 minutos entre a dissolução do complexo em cada balão para que haja tempo
de manipulação das soluções durante a medida.
Observação: Colete toda a solução em um recipiente para que possa ser tratada posteriormente pela
equipe técnica.
Teoria:
A água se coordena mais fortemente que uma série de outros ligantes. O grande número de
compostos de coordenação que possuem água como ligante sugere que a água pode em muitos casos,
deslocar ligantes fracamente coordenados.
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Neste experimento, será estudada a cinética da reação de substituição do íon cloreto (ligante)
pela água em solução ácida de acordo com a reação:
As reações de substituição podem acontecer através de vários mecanismos diferentes. Uma das
possibilidades é um mecanismo SN1 onde a etapa determinante é a quebra da ligação Co-Cl, resultando
na abertura de um sítio de coordenação no complexo, formando um intermediário com NC=5, que é
rapidamente preenchido pela molécula de água.
Outra possibilidade é um mecanismo SN2 que envolveria o ataque por uma molécula de água ao
complexo de cobalto(III), para formar um intermediário de coordenação 7 com uma vida muito curta,
que perderia rapidamente o íon cloreto para formar o produto final. Esses dois mecanismos são muito
diferentes, mas, apesar disso, é muito difícil diferenciá-los experimentalmente se a reação for efetuada
em meio aquoso.
O mecanismo SN1 prediz a seguinte lei de velocidade de 1ª ordem:
V1 = k1 x [complexo]
Onde k1 é a constante de velocidade de 1ª ordem expressa em unidades de s-1.
Mas como a água é o solvente, sua concentração é praticamente constante. Assim, nessa situação
experimental é impossível determinar se a velocidade depende da concentração da água.
Como nucleófilo, a água está em grande excesso quando comparado com a concentração do
complexo de cobalto(III) e pouca água é consumida na reação, a sua concentração permanecerá
praticamente constante durante o transcurso da reação. Podemos então considerar que a lei de
velocidade observada experimentalmente é:
Vobs = kobs x [complexo]
Desta maneira, experimentalmente, a reação parece seguir uma lei de velocidade de 1ª ordem,
embora, de fato, esteja procedendo por um mecanismo SN2. O problema de se distinguir entre os dois
mecanismos não está ainda satisfatoriamente resolvido. Uma terceira possibilidade seria um
mecanismo em que a reação de aquação é catalisada por um ácido e neste caso a lei de velocidade é:
V3 = k3 x [complexo] x [ácido]n
Onde n = 1, 2, 3, ...
Como o ácido não é consumido durante a reação catalisada, a expressão de velocidade fica:
V3 = kobs x [complexo]
Onde kobs = k3 x [ácido]n.
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Dessa maneira, em qualquer uma das três possibilidades de mecanismo, o valor de kobs pode ser
determinado considerando uma lei de velocidade de 1ª ordem.
Embora algumas reações sejam catalisadas pela luz e oxigênio, a presente reação não o é, e
nenhum cuidado especial é necessário.
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Prática 10:
OBJETIVOS
Preparar um complexo entre o cobre e a glicina, uma prática de bioinorgânica.
bioinorgânica
Utilização de rota alternativa via síntese no estado sólido para preparação de compostos de
coordenação.
Recuperação e inativação dos resíduos de cobalto gerados nas aulas anteriores.
Aminoácido Glicina
Glicina. A glicina é um dos vinte aminoácidos de ocorrência natural,
com
om destacada participação na formação do colágeno. Os aminoácidos formam as
proteínas, mediante combinações entre si, através das chamadas ligações peptídicas.
EXPERIMENTAL
Experimento 2: Síntese via reação de estado sólido para formação de aduto entre cobre e cobalto
e uréia.
Muitas rotas de síntese podem ser utilizadas para a preparação de cc. A mais empregada é a dissolução
do sal metálico (geralmente um haleto) e do ligante em um solvente (ou mistura de solventes) no qual o
composto a ser formado seja insolúvel, ocorrendo sua precipitação, tão logo as soluções contendo o
metal e o ligante sejam misturadas. Caso não haja imediata precipitação, evaporação do solvente,
adição de um novo solvente, ou resfriamento da solução são artifícios comumente empregados para
esse fim. Filtração, lavagem para retirada do excesso de ligante e secagem são etapas subseqüentes
envolvidas
lvidas no isolamento e purificação do produto. Outras rotas são: Mistura direta entre haleto e
ligante caso o ligante seja líquido; fusão do haleto ou do ligante (o que apresentar ponto de fusão mais
baixo, que usualmente é o ligante);; e síntese via reação de estado sólido. Esta última pode ser eficaz e
consiste na reação no estado sólido (com ou sem aquecimento) na qual haleto metálico e ligante, ambos
sólidos e misturados em quantidades estequiométricas,
estequiométrica são triturados em almofariz.
EXPERIMENTAL
a) Pese 1 g de cloreto de cobre dihidratado (CuCl2.2H2O) e misture na proporção molar de 1:2 com
uréia;
b) Cominuir por cerca de 15 minutos; Observe a cor dos compostos antes de após esse processo;
c) Repita o procedimento anterior com a proporção molar de 1:
1:4 de metal:ligante;
d) Repita o procedimento trocando o sal por cloreto de cobalto hexahidratado (CoCl2.6H2O) nas
proporções de 1:4 e 1:6 de metal:ligante.
Nas práticas anteriores, foi gerada solução aquosa que contém íons Co2+, se a oxidação não foi
completa a Co3+, sendo necessário realizar o seguinte tratamento, na capela, antes do descarte final:
EXPERIMENTAL
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