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- Segundo Baumann:
“É o conjunto de normas que regulam a vida e as atividades econômicas e dos
preceitos que de alguma forma se relacionam com a produção e distribuição
dos bens econômicos’’.
2. Contextualização: crimes econômicos e seus traços identificadores e
individualizantes
- Segurança;
- Lei 7492, de 1986: Trata dos crimes contra o sistema financeiro nacional.
BEM JURÍDICO: proteção pública aos valores mobiliários (públicos e das
empresas privadas que atuam nesse setor) e o patrimônio de terceiros
(investidores); a higidez da gestão das instituições financeiras; a fé pública; fé
pública de documentos; veracidade dos demonstrativos contábeis das
instituições; regular funcionamento do sistema financeiro; reservas cambiais;
- Código Penal Brasileiro, de 1940: nos artigos 359-A a 359-H, trata dos
crimes contra as finanças públicas.
BEM JURÍDICO: finanças públicas;
- Código Penal Brasileiro, de 1940: nos artigos 168-A e 337-A, trata dos
crimes contra o sistema previdenciário.
BEM JURÍDICO: interesse patrimonial da previdência social;
- Lei Penal deve ser clara, precisa e adequada (problemática dos tipos
penais abertos);
2. CLASSIFICAÇÃO
-Conduta
Abusar de poder com o fim de dominar o mercado (Lei 12.529/2011 –
art. 36, parágrafo 2 – presunção de controle quando o agente desenvolve
operações que abarquem 20% do mercado).
Formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes.
-Voluntariedade
-Consumação e tentativa
Delito de resultado
Delito plurissubsistente
I - 200.000 (duzentos mil) até 5.000.000 (cinco milhões) de BTN, nos crimes
definidos no art. 4°.
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação econômica do réu,
verifique a insuficiência ou excessiva onerosidade das penas pecuniárias
previstas nesta lei, poderá diminuí-las até a décima parte ou elevá-las ao
décuplo.
CAPÍTULO IV – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de pessoa jurídica,
concorre para os crimes definidos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas,
na medida de sua culpabilidade.
Parágrafo único. Quando a venda ao consumidor for efetuada por sistema de
entrega ao consumo ou por intermédio de outro em que o preço ao consumidor
é estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o ato por este
praticado não alcança o distribuidor ou revendedor.
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade
as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°:
I - ocasionar grave dano à coletividade;
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções;
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio
de bens essenciais à vida ou à saúde.
Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos
crimes descritos nesta lei, fornecendo-lhe por escrito informações sobre o fato
e a autoria, bem como indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
- Sujeitos do delito
Crime comum
Sujeito passivo
- Conduta
Adquirir, distribuir e revender em desacordo com as normas
estabelecidas na forma da lei;
Usar gás liquefeito de petróleo em desacordo com as normas
estabelecidas na forma da lei.
-Voluntariedade
-Consumação e tentativa
Inciso I: Delito de resultado e plurissubsistente
Inciso II: Delito instantâneo e unissubsistente
-Ação Penal
Art. 2° Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpacão,
produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem
autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título
autorizativo.
- Sujeitos do delito
Primeira parte do caput e parágrafo 1: Crime comum
Segunda parte do caput: Crime próprio (quem possua título autorizativo)
Sujeito passivo
-Conduta
Produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem
autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título
autorizativo (caput).
Adquirir, transportar, industrializar, tiver consigo, consumir ou
comercializar produtos ou matéria-prima, sem autorização legal (parágrafo 1).
-Voluntariedade
-Consumação e tentativa
Delito de resultado e plurissubsistente
Ter consigo: delito permanente e plurissubsistente
Consumir: delito instantâneo e unissubsistente
-Ação Penal
• CONSIDERAÇÕES GERAIS
V - defesa do consumidor.
3. CONCEITOS IMPORTANTES
Relação de consumo – é a que se estabelece entre fornecedor e
consumidor, tendo como objeto produtos ou serviços.
Consumidor – é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a consumidor a
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
relações de consumo.
Fornecedor – é toda pessoa física ou jurídica, púbica ou privada, nacional
ou estrangeira, bem como entes despersonalizados, que desenvolvem atividade
de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de
serviços.
§ 2° Se o crime é culposo:
Pena - Detenção de um a seis meses ou multa.
Exemplos: Caráter químico de certo produto que pode fazer mal a saúde do
consumidor caso entre em contato com a pele ou com os olhos, ou ao tamanho
das peças de um brinquedo que podem ser engolidas por uma criança.
Conduta omissiva
Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
correspondentes à lesão corporal e à morte
Exemplo: Serviço prestado em brinquedos de parques de diversões de forma
contrária à determinação das autoridades.
PROPAGANDA ENGANOSA
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante
sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho,
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 2º Se o crime é culposo;
Pena - Detenção de um a seis meses ou multa.
Crime comissivo (fazer afirmação falsa) ou crime omissivo (sobre informação
relevante do produto)
AGRAVANTES GENÉRICAS
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados neste código:
I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por ocasião de
calamidade;
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
IV - quando cometidos:
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-social
seja manifestamente superior à da vítima;
b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior
de sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiência mental interditadas ou
não;
V - serem praticados em operações que envolvam alimentos,
medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais .
CASO PRÁTICO
1. Pratica o delito do art. _____ do CDC, o agente que, por ocasião da venda
de videocassete, não esclarece o comprador sobre característica relevante do
produto, qual seja, que o aparelho somente usa fitas do sistema betamax, não
aceitando aquelas do sistema VHS, que é o normalmente encontrado no
mercado.
CASO PRÁTICO
2. Configura o crime do art. ____, da Lei 8.078/90, a conduta do agente que,
ciente da impossibilidade de prestar os serviços que oferece, faz anúncios, nos
classificados do jornal da região, oferecendo diretamente ao público adesão de
um plano de saúde que ainda não existe, pouco importando que nenhuma
pessoa tenha sido identificada como vítima, pois a proteção legal, nestes
casos, diz respeito à coletividade em geral.
CASO PRÁTICO
3. É possível a condenação do réu como incurso no art. ____ da Lei 8.078/90
quando, na condição de credor de alugueres, dirige-se ao estabelecimento
comercial da vítima, colocando no pescoço um cartaz com a inscrição
“cobrador”, ridicularizando, deste modo, o sujeito passivo, a despeito de haver
outros meios de cobrar a dívida.
lei Nº 8.137/1990
DELITOS CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO
• CONSIDERAÇÕES GERAIS
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
No momento da realização da conduta típica
Tentativa:
Possível
VENDA OU EXPOSIÇÃO À VENDA DE MERCADORIA EM
DESACORDO COM AS PRESCRIÇÕES LEGAIS OU CLASSIFICAÇÃO
OFICIAL
II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação,
peso ou composição esteja em desacordo com as prescrições legais, ou que não
corresponda à respectiva classificação oficial;
Elementos do tipo:
Vender ou expor à venda
Elemento subjetivo:
Dolo / Culpa
Consumação:
No momento da realização da conduta típica
Tentativa:
Possível
Elemento subjetivo:
Dolo / Culpa
Consumação:
No momento em que o agente mistura as mercadorias (crime formal)
Tentativa:
Possível
FRAUDE DE PREÇO MEDIANTE ALTERAÇÃO NÃO ESSENCIAL OU
DE QUALIDADE DE BEM OU SERVIÇO
IV - fraudar preços por meio de:
Elementos do tipo:
Vender com intenção de obter lucro indevido
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
No momento em que o agente modifica o preço
Tentativa:
Possível
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
No momento em que o agente modifica o preço
Tentativa:
Possível
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
No momento em que o agente modifica o preço
Tentativa:
Possível
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
No momento da fraude no preço do produto exposto à venda
Tentativa:
Possível
Elementos do tipo:
Vender com intenção de obter lucro indevido
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
Quando elevada a taxa de juros ou exigida comissão
Tentativa:
Possível
Elementos do tipo:
Sonegar – ocultar insumos ou bens existentes
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
Agente recusa a efetuar a venda a um determinado cliente; Retenção dos
produtos
Tentativa:
Possível
Elementos do tipo:
Induzir consumidor em erro
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
Consumidor ludibriado adquire o bem
Tentativa:
Possível
DANO EM MATÉRIA-PRIMA OU MERCADORIA PARA PROVOCAR
ALTA DE PREÇO
VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou mercadoria, com o fim
de provocar alta de preço, em proveito próprio ou de terceiros;
Elementos do tipo:
Destruir, inutilizar ou danificar com a intenção de alta dos preços
Elemento subjetivo:
Dolo
Consumação:
Destruição, inutilização ou danificação dos produtos ou matérias-primas
Tentativa:
Possível
Elemento subjetivo:
Dolo / Culpa
Consumação:
Momento da realização da conduta típica
Tentativa:
Possível
• CONSIDERAÇÕES GERAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
2. BEM JURÍDICO
4.4 PENAS
Crime próprio
Condutas: Apropriar-se (forma especial de apropriação indébita - art.
168, CP); Desviar (forma especial de peculato-desvio – art. 312, caput, CP)
Parágrafo único: Negociar
Tipo subjetivo: Dolo
Consumação: Crime instantâneo (não admite tentativa)
Parágrafo único: Ocorrência do prejuízo (admite tentativa)
5.3 SONEGAÇÃO DE INFORMAÇÃO OU PRESTAÇÃO DE
INFORMAÇÃO FALSA
EVASÃO DE DIVISAS
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, a qualquer título,
promove, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior, ou
nele mantiver depósitos não declarados à repartição federal competente.
CLASSIFICAÇÃO
Art. 25, § 2º - Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-
autoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à
autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida
de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 9.080, de 19.7.1995)
Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei
Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de
um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis.
3. RESPONSABILIDADE NA LC
1. Conceito
AULA 2 – TIPICIDADE
1. Fato típico
1.1 Conduta
1.2 Resultado
1.4 Tipicidade
TIPICIDADE OMISSIVA:
CRIMES DE PERIGO:
CRIMES FORMAIS :
D) Outro aspecto bastante comum, na criminalidade econômica,
é a da prevalência de crimes formais. Veja-se, por exemplo, que
a Lei 8137, ao prever os crimes contra a ordem econômica, estatuiu,
em seu artigo 5º, inciso IV, o comportamento delitivo de quem se
recusa a prestar informação, sem justa causa, sobre o custo de
produção ou preço de venda da mercadoria ou serviço. Nessa
hipótese, estamos diante de um crime formal, ou de mera atividade,
eis que não se exige, nele, nenhum resultado material, sendo
suficiente, para a responsabilização, apenas a sua prática, ou seja, a
recusa.
1. Fato Típico
2. Conduta
3. Resultado
4. Nexo de Causalidade
5. Tipicidade
6. Crimes de dano e crimes de perigo
7. Tipos penais abertos e fechados
8. Implicações destes conceitos no D. Penal Econômico:
a) Tipos penais abertos: Lei 8137 – artigo 4º, inciso I
b) Tipos penais abertos: Lei 8176/91, inciso II
c) Tipos penais abertos: Lei 7492/86: artigo 4º, parágrafo único
d) Tipos penais abertos: Lei 7492/86: artigo 11.
a) CRIME DE BAGATELA
b) ADEQUAÇÃO SOCIAL
c) CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
Consentimento do ofendido é causa que também pode ser
considerada como excludente da tipicidade, especialmente quando o
dissentimento da vítima faz parte da estrutura típica, como elemento
expresso ou tácito da descrição típica. Assim, o dissentimento faz
parte da descrição típica, e ele é afastado exatamente pela presença
do consentimento por parte do lesado, não há, evidentemente, como
deixar-se de afastar a tipicidade do fato.
d) DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
e) ARREPENDIMENTO EFICAZ
g) ERRO DE TIPO
1. Atipicidade
2.7– Erro de tipo: Exs. Lei 8137/90, artigo 7°, inciso IX; crimes
previdenciários, dificuldades financeiras da empresa,
desconto da parcela sem recolhimento, ausência de dolo.
AULA 4 – ILICITUDE
1. Conceito
RESUMO AULA IV
1. Conceito
AULA 5 – CULPABILIDADE
1. Conceito
2. Elementos de Culpabilidade