Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5 de maio de 2017
1. O que é Caxumba?
Resposta: A Caxumba é doença viral aguda, causada por um vírus RNA, da família
Paramyxoviridae.
Resposta: O vírus da Caxumba é altamente transmissível por via aérea, por contato
direto (pessoa-pessoa) ou através de superfícies ou objetos contaminados (indireta).
Resposta: Durante a gravidez, a infecção pelo vírus da Caxumba pode resultar em aborto
espontâneo, porém não existem evidências científicas de que possa causar
malformações congênitas. Embora o risco de teratogênese (malformações congênitas)
com o vírus vacinal pareça ser pequeno, a gravidez deve ser evitada durante, pelo
menos, os 30 dias seguintes à aplicação da vacina. A gestante não pode ser vacinada
com a vacina Tríplice Viral; durante o período de amamentação, no entanto, a mãe pode
ser vacinada com a Tríplice Viral, porquanto não há risco para o bebê nem para ela.
Foi introduzida a segunda dose da vacina para Caxumba para a população de 20 a 29 anos. A
mudança levou em consideração surtos de Caxumba registrados nos últimos anos, no país,
sobretudo entre adolescentes e adultos jovens. As duas doses passam a ser indicadas para
pessoas de 12 meses a 29 anos. Para adultos de 30 a 49 anos, permanece a indicação de
apenas uma dose.
Resposta: O que se sabe é que nenhuma vacina possui 100% de efetividade. Diversos
estudos demonstram que as falhas vacinais podem ser tanto primárias – por falta de
resposta inicial à vacinação – como secundárias, por perda da imunidade ao longo do
tempo.
Resposta: A vacina previne a grande maioria dos casos de Caxumba e suas complicações.
Duas doses da vacina contra Caxumba são efetivas em 88% (varia de 66% a 95%). Uma dose
é efetiva em 78% (varia 49 % a 92%). Surtos ainda ocorrem em comunidades altamente
vacinadas, particularmente em ambientes onde se dão contatos próximos. Vale salientar
que alta cobertura vacinal (95%) ajuda a limitar o tamanho, duração e disseminação de um
surto.
Mesmo pacientes jovens com duas doses de vacina podem adquirir a doença e em alguns
evoluírem com sequelas importantes.
Resposta: Reações adversas à vacina são raras. As reações adversas mais comuns incluem
febre baixa, dor local, edema, erupção e vermelhidão na pele, 5 a 10 dias após a vacinação.
15. Quais as contraindicações em relação à vacina da Caxumba?
Em pessoas vacinadas e não vacinadas, pode ocorrer resultado falso positivo, pois o exame
pode sofrer interferência pela presença de outras infecções virais, incluindo: vírus da
Parainfluenza 1, 2 e 3, vírus Epstein Barr, adenovírus, hespesvirus humano 6, CMV e
recentemente casos esporádicos parotidite secundária ao vírus da Influenza H3N2.
Lembrar que até 10% dos indivíduos vacinados podem permanecer IgM-positivos, mesmo
6-9 meses após a vacinação.
Nas pessoas não vacinadas (IgG basal negativa), aceita-se como critério diagnóstico o
aumento de 4 vezes nas concentrações de IgG, entre a fase aguda e de convalescência.
A presença de IgG indica uma exposição prévia ao vírus da Caxumba ou vacina; a presença
de IgG, entretanto, não necessariamente prediz imunidade para Caxumba, pois tem havido
muitos surtos com pessoas com IgG positiva para Caxumba.
Amostras de swab bucal para pesquisa do vírus da Caxumba, através de PCR-RT, é o que se
recomenda para a confirmação da Caxumba; além disso, fornecem informações adicionais
(genotipagem e sequenciamento) na investigação epidemiológica. O outro exame seria a
cultura do vírus da Caxumba.
Amilase sérica – o nível pode ser elevado na parotidite e na pancreatite causada pelo vírus
da caxumba, porém o teste não é específico.
17. Qual o diagnóstico diferencial da Caxumba?
Resposta: Como se trata de uma virose, não há tratamento específico para a Caxumba.
Não é indicado o uso de imunização passiva com imunoglobulina. São prescritos
medicamentos para aliviar a febre e dor. O paciente deverá ser orientado quanto à
possibilidade de aparecimento de complicações. No caso de orquite (inflamação nos
testículos), o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da
dor.
- Usar uma máscara cirúrgica para evitar a disseminação para pessoas suscetíveis;
- Higienizar as mãos;
• Receber uma máscara cirúrgica e ser alocado em local reservado, para evitar a
disseminação do vírus da Caxumba;
• Usar a máscara cirúrgica, ao se deslocar para fazer qualquer exame.
21. Quais são as recomendações para Paciente com Caxumba que requer
hospitalização?
• Higienizar as mãos;
• Utilizar EPI (luvas, máscara, avental, protetor ocular), de acordo com o grau de
exposição;
• Fazer o descarte seguro de perfurocortantes (não encapar ou desconectá-las).
Surtos de Caxumba
• Após a introdução da vacina para Caxumba, houve, em vários países, uma redução
nos casos de Caxumba; nos Estados Unidos, por exemplo, a redução foi maior do
que 99%.
• Surtos de Caxumba ainda ocorrem em comunidades com alta cobertura vacinal (95%
da população), particularmente em cenários onde se dá contato próximo e intenso
entre pessoas. Esse tipo de ambiente é propício para a propagação da doença; surtos
têm sido descritos em dormitórios coletivos, presídios, escolas, hospitais,
universidades, faculdades, acampamentos etc.
• A acumulação de pessoas suscetíveis associada à diminuição da efetividade da
vacina favorece o surgimento de surtos, que ocorrem a cada 2-5 anos.
Suponha um grupo de 1.000 pessoas, das quais 950 receberam duas doses da vacina
(cobertura vacinal 95%), e 50 não foram vacinadas. Nessa situação, somente 3% das
pessoas vacinadas foram acometidas pela doença, e 30% da população não vacinada
desenvolveram a doença. Será que a vacina é eficaz?
Definição de caso
- Identificar todos os casos de Caxumba e das pessoas expostas (em risco de infecção),
rapidamente, para prevenir a disseminação da doença;
Referências
https://www.fda.gov/downloads/BiologicsBloodVaccines/Vaccines/ApprovedProducts
/UCM123789.pdf
Report Title: Measles, Mumps, and Rubella - Vaccine Use and Strategies for Elimination
of Measles, Rubella, and Congenital Rubella Syndrome And Control of Mumps:
Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP).
http://www.dtic.mil/dtic/tr/fulltext/u2/a346849.pdf
Fiebelkorn AP, et al. Mumps Antibody Response in Young Adults After a Third Dose of
Measles-Mumps-Rubella Vaccine. Open Forum Infectious Diseases. 2014; 1(3):ofu094.
doi:10.1093/ofid/ofu094
https://www.cdc.gov/vaccines/vpd/mmr/public/index.html
Information sheet observed rate of vaccine reactions measles, Mumps and rubella
vaccines. May. 2014.
http://www.who.int/vaccine_safety/initiative/tools/MMRvaccine_rates_information_s
heet.pdf
Dommergues Alain S et al. State of the art: Could nursing mothers be vaccinated with
attenuated live virus vaccine? Vaccine. 2012; 30(33):4921-6.
Centers for Disease Control and Prevention. Q & As about monovalent M-M-R vaccines.
Available at: www.cdc.gov/vaccines/vac-gen/shortages/mmr-faq-12-17-08.htm
McLean HQ, et al. Prevention of measles, rubella, congenital rubella syndrome, and
mumps, 2013: summary recommendations of the Advisory Committee on Immunization
Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep 2013; 62:1.
SANTOS, Eliane Matos dos et al. Immune response to the mumps component of the
MMR vaccine in the routine of immunisation services in the Brazilian National
Immunisation Program. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 109, n. 3, p. 335-
339, May 2014. <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-
02762014000300335&lng=en&nrm=iso>. Access on 25 Apr. 2017. Epub May 07, 2014.
http://dx.doi.org/10.1590/0074-0276130351.
K. Maryam et al. Immune Response to the Mumps Virus in Iranian Unvaccinated Young
Adults. Jpn. J. Infect. Dis., 70, 127–131, 2017.
Latner DR, et al. (2015) Remembering Mumps. PLoS Pathog 11(5): e1004791.
doi:10.1371/journal.ppat.10047
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-
ministerio/626-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-/caxumba/11188-orientacoes
www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de.../areas.../caxumba_dados.pdf
Fonte: SINANW/SINANNET/DDTR/CVE/CCD/SES-SP. *SINANNET dados provisórios em
16/02/2017
http://www.mass.gov/eohhs/docs/dph/cdc/factsheets/m-o/mumps.pdf
Gracia F A et al. Parotiditis y otras afecciones de las glandulas salivales. Pediatr integral
2014; XVIII (3): 153-160
Htpp://www.cdc.gov/vacines/pubs/surv-manual/chp09-mumps.html
American Academy of Pediatrics. [Mumps.] In: Kimberlin, D.W., ed. Red Book: 2015
Report of the Committee on Infectious Diseases, 30th Edition. Elk Grove Village, IL,
American Academy of Pediatrics; 2015: 564–568.
CDC. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases (The Pink Book),
13th Edition. Hamborsky, J. et al., eds. Washington DC, Public Health Foundation; 2015:
247–260.
http://www.mass.gov/eohhs/docs/dph/cdc/reporting/rdiq-reg-summary.pdf
UPDATE: Mumps Outbreak and Testing April 26, 2017 UPDATE: Mumps Outbreak and
Testing
Processes.http://www.gov.mb.ca/health/publichealth/cdc/protocol/mumps.pdf
Heymann D., ed. Control of Communicable Disease, 20th Edition. Washington DC,
American Public Health Association; 2015: 419–423.
Yunzhou Fan et al.Estimating the Effectiveness of Early Control Measures through School
Absenteeism Surveillance in Observed Outbreaks at Rural Schools in Hubei, China. PLOS.
Published: September 24, 2014.
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0106856
http://apps.who.int/immunization_monitoring/globalsummary/timeseries/tswucovera
gedtp3.html
https://www.cdc.gov/mumps/outbreaks.html
Vaccines E-Book. Mumps Vaccine. Stanley A. Plotkin, Walter Orenstein, Paul A. Offit,
Kathryn M. Edwards – 2018.
https://books.google.com.br/books?id=yUijDgAAQBAJ&pg=PA688-IA10&lpg=PA688-
IA10&dq=Htpp://apps.who.int./immunization_monitoring/globalsummary/timeseries/
tsincidencemumps.html&source=bl&ots=Hr7Z-bhRfR&sig=HbwWPcWgr3u7M-
Np7EHQnteqjnc&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjV-
uKU2MjTAhUKjpAKHRmMCKwQ6AEIOTAC#v=onepage&q=mumps&f=false
htpp://apps.who.int./immunization_monitoring/globalsummary/timeseries/tsincidenc
emumps.html
http://www.immunize.org/askexperts/experts_mmr.asp
Aasheim ET et al. Outbreak of mumps in a school setting, United Kingdom, 2013. Human
Vaccines & Immunotherapeutic 10:8, 2446–2449; August 2014.
M.-O. Vareil et al. Epidemic of complicated mumps in previously vaccinated young adults
in the South-West of France. Médecine et Maladies Infectieuses, Volume 44, Issue 11,
Pages 502-508
What's behind the 2016 Mumps Spike in the U.S.? Author: Dina Fine Maron.
Publication: Scientific American. Publisher: Scientific American, a division of Nature
America, Inc. Date: Dec 16, 2016.
https://www.scientificamerican.com/article/whats-behind-the-2016-mumps-spike-in-
the-u-s/
Ahmed S.et al. The role of educational institutes in preventing the spread of the disease.
Am J Infect Control? 2017 Apr 19. pii: S0196-6553(17)30276-6. doi:
10.1016/j.ajic.2017.03.027.
McLean, H.Q. et al. Prevention of measles, rubella, congenital rubella syndrome, and
mumps, 2013: summary recommendations of the Advisory Committee on Immunization
Practices (ACIP) - Centers for Disease Control and Prevention.
Sabbe M et al. The resurgence of mumps and pertussis. Hum Vaccin Immunother. 2016
Apr 2; 12(4):955-9
Santos CL et al. Detection of a new mumps virus genotype during parotitis epidemic of
2006-2007 in the state of São Paulo, Brazil. J Med Virol. 2008 Feb; 80(2):323-9. PubMed
PMID: 18098149.