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3. VISITA A UBS CECCY FORTES.

Durante a visita a UBS CECCY Fortes, conhecemos as

instalações e entrevistamos alguns profissionais de saude, que nos permitiram

conhecer melhor a unidade de saúde, e como algumas diretrizes do SUS tem

sido empregadas no atendimento ao publico, dentro da estratégia saude da

família, pelos profissionais da referida UBS.

3.1 Escuta qualificada e o acolhimento

Escuta qualificada é uma ferramenta essencial para

que o usuário seja atendido na perspectiva do cuidado como ação integral, já

que, por meio dela, é possível a construção de vínculos, a produção de

relações de acolhimento, o respeito à diversidade e à singularidade no

encontro entre quem cuida e quem recebe o cuidado.

Quando indagada sobre a escuta qualificada

preconizada pelo SUS, a enfermeira de uma das equipes da saúde da família

respondeu que “ocorrem variações no atendimento em cada equipe da ESF da

UBS, mas que no caso da sua equipe todo paciente usufrui de uma escuta

qualificada, que busca reconhecer não apenas sua condição biológica no

momento do atendimento, mas identificar alguma questão aflituosa no campo

social, afetivo, que possa ter repercussão em sua saúde, sua demanda. Por

exemplo, quando atende pacientes hipertensos e diabéticos, não apenas

auxiliando na troca/ renovação de receitas, mas buscando saber como esta a

vida do paciente alem da doença crônica, e dar os devidos encaminhamentos”.


No que tange a diretriz do acolhimento, sobretudo

quando se trata da medida de classificação de risco do usuário no momento do

atendimento, reconheceu que na UBS Cecy Fortes, ainda é feito de modo

precário: essa diretriz do SUS ainda e pouco utilizada, requerendo maior

treinamento. No que tange a classificação de risco, é feita de forma precaria,

quase inexistente, ainda estamos ensaiando neste tema.

3.2 Vínculo

A questão do vinculo esta bem presente na estratégia saúde

da família, sobretudo na atenção básica. A aproximação entre os profissionais

de saúde e os usuários, através das visitas domiciliares, da própria escuta

qualificada, do acompanhamento de ações de clinica ampliada tem criado,

mantido e fortalecido o vinculo entre quem é cuidado e quem cuida. Esse

vinculo, na visão do profissional entrevistado, constitui uma via de mão dupla,

que tanto permite ao profissional fazer uma avaliação mais completa do cliente,

que lhe fornecerá mais informações que serão utilizadas para melhorar sua

qualidade de vida, quanto o próprio usuário, estabelecido uma relação de

confiança, tende a seguir melhor as orientações e o próprio tratamento, buscar

mais informações relativas a sua saúde, e ter mais autonomia no seu processo

saúde-doença.

3.3 Sistemas de referência e contra-referência.


Como é cediço, o atendimento no SUS é hierarquizado,

existindo níveis de: baixa (unidades básicas de saúde), média (hospitais

secundários e ambulatórios de especialidades) e alta complexidade (hospitais

terciários). Considerando o quadro clinico do paciente, ele é atendimento em

determinado nível de complexidade, podendo ser referenciado para outro nível,

e retornar posteriormente ao nível de menor complexidade. Assim, pacientes

de alta complexidade atendidos, por exemplo, em unidades básicas de saúde

ou em hospitais secundários, podem ser encaminhados (referência) para

hospitais de alta complexidade (hospitais terciários). Depois de ter sua

necessidade atendida e seu quadro clínico estabilizado, o paciente é

reencaminhado (contra-referência) para uma unidade de menor

complexidade, para dar seguimento ao tratamento.

Quanto a estes aspectos, foi declarado na entrevista, que a

regulação de pacientes graves e feito pelo medico para os serviços de

referencia e contra-referências de maneira precária, sobretudo devido a falta de

articulação das redes dos serviços, sendo frequentes os embaraços ao

encaminhamento e não atendendo de maneira satisfatória a demanda da UBS

Cecy fortes.

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