Você está na página 1de 9

27/10/15

A responsabilidade civil e os contratos são fontes de obrigações.

Lei do local onde foi proposto nos contratos entre ausentes - lei d
proponente. Se fizerem em local específico é a lei do local de onde se
constituiu a aplicável.

A responsabilidade civil pode ser contratual ou extracontratual (sem


relação contratual entre as partes). Na contratual nasce do ato lícito e torna-
se ilícito.

A responsabilidade pelo fato do produto tem característica


extracontratual. É diferente do vício redibitório (celebra algo com alguém e
tem um vício). No fato do produto tem característica diferente do vício
redibitório e do vício do produto, porque outros (aquele que não comprou o
produto) pode ser vítima. Ex.: pessoa que comprou veículo e o conduz, ela
tem relação contratual com o fabricante, se o veículo incendeia por defeito
tem a relação contratual com fabricante e este tem que indenizar, mas se
tiver carona o fabricante tem que indenizar o consumidor equiparado
(vítima do evento danoso, aquele que não comprou, mas tem indenização).

O consumidor é o destinatário final do produto do serviço, sai do


mercado o produto.

O consumidor equiparado está contemplado no art. 17 do CDC. As


vítimas do evento também são equiparados a consumidor. Equipara a vítima
do evento ao consumidor. Bystander (está junto àquele que adquiriu).

Pode ocorrer o fato do serviço. Exemplo: leva carro para trocar pneu e
não apertam os parafusos e ocorre problema. Não é defeito no produto.

Pode ocorrer acidente em shopping, pessoa que está lá é tomador de


serviço.

As cláusulas contrauais do direito do consumidor são sem poder de


barganha do aderente, é contrato de adesão, o qual não tem em sua formação
paridade de discussão e possibilidade de mudança nas cláusulas. A
responsabilidade civil contratual é importante, porque precisa ver se tem
nexo de causalidade, qual o dano ou montante que tem que ressarcir etc.

O fato do produto dá ao prejudicado, que não é apenas o contratante,


mas também a vítima do evento, dá pretensão de buscar indenização, tendo
prescrição em 5 anos - art. 27.

O fato é dano que vem do vício ou defeito. O defeito para fato do


produto gerando acidente de consumo. O vício gera o direito de reclamar e
90 dias. Sâo diferentes os dois.

A carta que o vendedor manda interrompe a decadência. É comum que


seja declarada a decadência.
........................

CLASSIFICAÇÃO CONTRATOS (continuação)

Contratos

Se o devedor ou credor da obrigação deve ou pode ceder sua prestação.


Se tem vinculação a pessoa específica ou não.

1) Pessoas (intuitu personae) - TJRS 71001716455

Ex.: mandato, fiança, prestação de contrato de serviços, contrato


administrativo,

Eles tem na figura da outra parte contratante um elemento essencial, no


sentido de que é aquele e mais ninguém. Devem ser cumpridos pela outra
parte apenas. Ex.: contrata pintura de pessoa X. intuitu personae, tem
vinculação a outra parte. Não pode o contratante ceder o contrato, não
pode haver cessão do contrato sem consentimento da outra parte
contratante.

A morte do que vai prestar extingue o contrato. Exemplo: O contrato


de mandato, que tem na sua base a confiança, o mandante outorga poderes
de representação de ao mandatário, concretiza-se por procuração. Havendo
morte de pessoa se extingue o contrato.

O contrato de prestação de serviços, via de regra, é aquele, mas hoje


está mais relativizado. Então não necessariamente a morte vá extinguir o
contrato. Ex.: concessionária que pode haver outra que faça, então não
necessariamente a morte extingue - está relativizado.

O contrato de fiança é pessoal, pois havendo a morte do fiador se


extingue a fiança.

No contrato de mandato não vincula os herdeiros, eventualmente,


podem ter que fazer algo urgente, mas não transmite obrigações aos
herdeiros.

No contrato administrativo é o que foi selecionado é que prestará o


serviço, que é o caso dos contratos públicos, quando tem licitações.
Determinada pessoa tem que prestar.

2) Impessoais

Pessoa pode transmitir/ceder o contrato para outra parte.

Intransmissíveis

Morte devedor extingue

O contrato de compra e venda é de regra impessoal, porque compra de


determinada pessoa jurídica e agora essa pessoa vai ter que ceder aquele
contrato para outra pessoa. Vende seu estabelecimento e quem cumprirá será
outra pessoa.

Os herdeiros têm que continuar honrando

Forma do cumprimento dos Contratos


1) Instantânea

Os contratos de execução instantânea é quando há formação de contrato,


proposta e aceitação se unem e logo em seguida tem a troca entra as partes
das prestações. Acerta o preço, entrega a mercadoria e já recebe o valor. A
formação se segue logo em seguida do toma lá da cá.

2) Diferida

No de execução diferida tem certo espaço de tempo até cumprimento do


contrato Contratos. É postergado no tempo. Exemplo: entrega do contrato
será em 60 dias.

3) Continuada - relacionais

Quando tem peridiocidade na prestação da parte. Exemplo: contrato de


fornecimento de serviço de tv a cabo, internet, contrato de locação.

(também chamados de relacionais)

1(continuada) e 2 (diferida) - onerosidade excessiva - art. 478, que diz que


se por acontecimentos imprevistos ou extraordinários, uma das prestações se
tornar excessivamente onerosa, a parte prejudicada vai poder resolver o
contrato, parte pode desfazer o contrato, pois não dá tempo destes enventos
acontecerem.

Tem em mira os contratos cujo cumprimento se dá após formação. Permite


que ocorra resolução por eventos imprevisíveis ou extraordinários. Por isso,
não cabe no instantâneo.

Casos em que tenha muitas parcelas atreladas ao dólar, por exemplo.


Quando tem execução continuada ou diferida e a prestação de uma das
partes se tornando excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a
outra das partes, por acontecimentos imprevísiveis ou extraordinários. Aí
devedor pede desfazimento do contrato.

Ex.: safra futura de soja. Esse não é evento imprevisível.

Ronaldo Porto, Lorenzeti - contratos cativos. Gera rentabilidade segura


certa. Desempenha papel importante, porque permite fazerem cálculos. O
cartão de crédito serve para essa catividade.

Contratos

1) Principais

Bastam em si mesmos.

2) Acessórios

Gravitam em volta de um contrato principal. A fiança é contrato acessória


em relação ao contrato de locação, se este for inválido não tem mais sentido
o contrato de fiança. Ele segue o principal.

Ex.: contrato de pagamento é acessório do de compra.

Comprador comprando fora do estabelecimento comercial tem direito de


arrependimento, se isso ocorre se extingue os contratos acessórios, vale
dizer, cancela a fatura do contrato de cartão. Ex2: caução, hipoteca que é
garantia real e vincula um bem específico a uma dívida, credor faz execução
hipotecária. A hipoteca se estabelece de maneira acessória ao contrato que
fiz.

Art. 184 CC - Respeitada a intenção das partes a invalidade parcial de um


negócio jurídico não o prejudicará na parte válida se for separável.

A invalidade parcial não prejudica parte válida. E a obrigação acessória se


for inválida não prejudica a principal. É o princípio da não contaminação
ou da preservação.
A fiança é garantia pessoal ou fidejussória, o que responde é o patrimônio do
devedor, é todo o patrimônio que o devedor tem. A hipoteca é garantia real,
tem a sequela, é atrelada a coisa, se o que gravou de hipoteca aquele imóvel
continua atrelado a dívida. Se é garantia real destaquei um patrimônio
específico e não todo ele.

Lei 8009 - penhorável o bem de família do fiador.


............................................................................................................

INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS

* Regras interpretativas negócio jurídico

Arts. 112. 113, 114, 423, 819, 843 CC

- Teoria da vontade X Teoria da declaração

- Vontade X Segurança jurídica

- Confiança e autorresponsabilidade

- Diretrizes CC

- Circunstâncias negociais

- Tratativas

- Motivos

- Considerandos

Diz respeito a possibilidade de extrair o sentido que as partes


expresaram no seu acordo de vontades.

Todo contrato tem uma forma.

Na interpretação tem o desafio de recompor o que as partes quiseram


ou queriam dizer. Tem aí conflito que é a teoria da vontade X teoria da
declaração.

O teor das declarações nos atemos ao que está escrito ou ao que foi
dito. Pode ter contradição entre comportamento entre o que parte expressou
e o que queria expressar.

A vontade tem que estar expressa na declaração.

O sujeito da interpretação do contrato não é só o juiz. As partes também


interpretam o contrato. O intérprete tem ferramententas para interpretar.
Caso dos usos do local da celebração. Art. 113 CC. Levar em consideração
os usos dos locais, surgem problemas em possibilidade de mais de uma
interpretação. Implica em disputa do patrimônio. Tem que usar interpretação
mais razoável.

A interpretação não é necessária somente para o litígio.

Contrato de empreitada dá muito problema. Relacionado ao preço do


empreiteiro e algum problema que venha a surgir.

O contrato muitas vezes ele próprio tem regras interpretativas. No


próprio corpo do contrato há regra interpretativa.

Emílio Betti - teoria da interpretação dos contratos.

Se o juiz interpretar - Buscar interpretação razoável para o ponto, ter


mais objetividade. Se no contrato tem as regras que prevêm como resolve a
controvérsia usa elas. Usa a técnica.

A ideia da intenção é uma disputa entre a vontade da parte internamente


considerada e o que constou na declaração. Precisa de um rastro de vontade
na declaração, precisa estar consubstanciada, precisa de alguma pista,
porque não vale a reserva mental. Pode usar a questão dos usos do local.

Quem negocia o contrato cria expectativa e confiança no parceiro


contratual. Cria expectativa que aquela declaração pautará o contrato. Cria
na outra parte a confiança. Tem no direito privado a tutela da confiança.
Ambos devem respeito a declaração de vontade de que externaram. Ou
também o silêncio pode corresponder a anuência art. 111, pode se vincular
pelo silêncio, porque gerei expectativa. O silêncio circunstanciado pode
vincular. A autorresponsabilidade é inerente a isso. Esse viés da vinculação
que devo ter por ter declarado - autorresponsabilidade. Está vinculado
àquilo que fez. Isso tem impacto em todas as aulas de Direito. A sociedade
que cria cidadãos autônomos.

A autorresponsabilidadedveria ser mais usada.

O contrato pode prever regras diferentes do previsto no código,


dependendo do caso pode porque as regras do código são dispositivas e não
cogentes. As partes podem dispor de maneira diversa, mas tem indicação no
artigo. As partes podem, especialmente quando são iguais, dispor de maneira
diferente.

Mas se do outro lado a parte foi mais fraca pode relativizar o que foi
previsto no contrato de adesão.

Teoria do finalismo aprofundado - além de ser destinatário final do


produto tem que ver se esse destinatário é vulnerável aí aplica CDC.

Na teoria maximalista basta ser destinatário final. E retirar da cadeia de


consumo o produto.

As circunstâncias negociais tem a ver com o ambiente onde foi


celebrado o contrato, local, contexto econômico, os que estavam presentes e
o que foi, ou não, expresso.

Antonio Junqueira de Azevedo diz que negócio jurídico é declaração de


vontade de acordo com a autonomia da vontade encarada suas
circunstâncias.

As circuntâncias trazem elementos não textuais que não integraram a


declaração de vontade, mas que se fazem relevantes para o caso.

- Interpretation of contrations - Catherine Mitchell

Você também pode gostar