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XIII Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária & I Simpósio Latino-Americano de Ricketisioses, Ouro Preto, MG, 2004.

EPIDEMIOLOGIA DE Neospora caninum


Maria Angela Ornelas de Almeida

Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária, Laboratório de Diagnóstico das Parasitoses dos Animais/LDPA.
E-mail: aornelas@ufba.br

A neosporose esta amplamente distribuída em vários caninum no país (Gondim et al., 2000), em um cão da raça Collie,
estados brasileiros, sendo relatada a ocorrência do parasito ou de com sete anos de idade, que apresentava neuropatia, com incoor-
anticorpos séricos anti-Neospora caninum nos bovinos, caprinos, denação e paresia de membros posteriores. O título sérico de
ovinos, caninos. O N. caninum é um protozoário apicomplexa que 1:1600 para N. caninum foi encontrado pela imunofluorescência
causa infecções associadas com perda fetal e mortalidade neonatal indireta, usando-se taquizoítos da cepa japonesa JPA-1 (Yamane
nestes animais (Dubey e Lindsay 1996). No Rio Grande do Sul, a et al., 1997), mantida na Escola de Medicina Veterinária/UFBA.
estimativa de casos de aborto em rebanhos bovinos por este proto- Para o isolamento foi utilizado cérebro do cão para ino-
zoário correspondeu a 10% (Corbellini et al., 2000). cular gerbil da Mongólia (Gondim et al., 2001), que foram sacrifi-
Duas espécies do gênero Neospora já foram descritas, o cados entre três e quatro meses após a inoculação, para obtenção
N. caninum que infecta uma variedade de mamíferos e o N. hu- de amostras de cérebros. Estas amostras foram usadas na infecção
ghesi isolada de eqüinos. Pela sua similaridade com outros coccí- de cultura de células renais de macaco COS-1, observando-se a
dios, como Toxoplasma gondii e Hammondia heydorni, a caracte- presença de taquizoítos entre 7° e 15° dias de inoculação. O isola-
rização molecular vem sendo realizada com o seqüenciamento dos do de N. caninum obtido foi denominada NC-Bahia.
espaços internos transcritos (ITS1) do DNA, permitindo discrimi- As taxas de prevalência da neosporose em bovinos va-
nar a variabilidade inter e intra-espécie. A seqüência de ITS1 das riaram de 7,6 a 30,13% nas diferentes regiões brasileiras, sendo de
cepas de N. caninum NC-2, NC-Liverpool, NCSweB1, NC-beef e 30,0% em Pernambuco, entre 10,49 e 14,09% na Bahia, 7,7 a 8%
NC-Illinois apresentaram 100% de similaridade, enquanto a cepa no Mato Grosso do Sul, 7,7% em Minas Gerais, 7,6 a 30,13% em
NC-Bahia, isolada do cérebro do cão do município de Salvador, Bahia São Paulo, 11,69% no Paraná e 23,8% no Rio de Janeiro.
(Gondim et al., 2001), diferiu em vários pares de bases das cepas da Em um recente levantamento realizado por Ragozo et
América do Norte e Europa, demonstrando que a variação intracepa al. (2003) sobre a ocorrência de anticorpos para N. caninum em
para a região ITS1 parece ser comum em N. caninum, ao contrário do soros bovinos de seis Estados brasileiros, documentou-se a soropo-
que ocorre com T. gondii, no qual esta seqüência é altamente conser- sitividade de 23,6%, com aumento deste índice nos bovinos com
vada (Gondim et al., 2004). Este estudo mostra que o seqüencia- idade superior a 24 meses, e dentre os Estados, o Rio de Janeiro
mento dos ITSs pode ser aplicado como uma ferramenta comple- apresentou a menor (14,7%) e Minas Gerais a maior (29,0%) por-
mentar na identificação das espécies e cepas de Neospora. centagem de animais reagentes. Com relação à aptidão animal,
O N. caninum tem como hospedeiros definitivos o cão e observou-se maior ocorrência nos bovinos de leite (26,2%) quando
coiote (Gondim et al., 2004) que eliminam oocistos após ingestão comparados com os de corte (19,1%), e os Estados do Paraná,
de tecidos ou órgãos dos hospedeiros intermediários. O ciclo de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul apresentaram os maiores
vida apresenta três estágios infecciosos: bradzoítos, taquizoítos e valores de ocorrência nos bovinos de corte e Minas Gerais nos de
esporozoítos. Os bradzoítos representam o estágio de proliferação leite.
lenta, no qual os parasitas formam cistos teciduais, principalmente Melo et al. (2001) analisaram, por um teste ELISA,
no sistema nervoso central. Sob certas circunstâncias, como pre- amostras de soros de bovinos pertencentes a 18 rebanhos que fo-
nhes e imunodeficiência, os bradzoítos podem converter-se em ram agrupados em duas categorias, de acordo com o tipo de leite
taquizoítos, que proliferam assexuadamente, promovendo a infec- produzido nas propriedades: 1) rebanhos produtores de leite tipo
ção fetal ou causar lesões nestes animais imunossuprimidos. Os A/B e 2) rebanhos produtores de leite tipo C, constatando freqüên-
taquizoítos e bradzoítos são os estágios intracelulares encontrados cias diferentes de infecção por N. caninum, de 27,31% (65/238)
nos hospedeiros intermédios (Dubey, 2003). para o sistema leiteiro do tipo A/B e de 12,72% (44/346) para o
A ingestão oral de cisto que contêm bradzoítos por hos- sistema leiteiro do tipo C. Também houve diferença entre as mes-
pedeiros carnívoros promove a diferenciação sexual do parasito mas faixas etárias quando comparados os dois sistemas leiteiros,
nos tecidos intestinais, com formação de oocistos que são excreta- mas a idade não diferiu dentro de um mesmo sistema produtivo.
dos nas fezes. No ambiente, nestes oocistos se desenvolvem os Em búfalos, anticorpos para N. caninum foram reporta-
esporozoítos, por um processo chamado esporulação. Pouco é dos em dois estudos na Bahia e São Paulo, observando-se, respec-
conhecido sobre o desenvolvimento e sobrevivências dos oocistos tivamente, 36,52% e 64,0% de animais sororeagentes.
no meio ambiente. Os oocistos esporulados são, oralmente, infec- Em ovinos, a prevalência de 0,45% foi observada num
tantes para ambos carnívoros e herbívoros, sendo de importância dos poucos estudos com infecção natural (Helmick et al., 2002). O
principal na epidemiologia da neosporose devido à contaminação primeiro relato de neosporose ovina ocorrida naturalmente foi em
ambiental. Os oocistos de N. caninum são morfologicamente se- um cordeiro, nascido a termo, com sintomatologia nervosa (Dubey
melhantes ao de T. gondii e Hammondia hammondi encontrados et al, 1990). No Brasil, Socorras et al. (2002), demonstraram que
em fezes de gato, e se assemelha a oocisto de H. heydorni elimina- ovelhas deslanadas são susceptíveis à infecção experimental com
dos nas fezes de canídeos (Dubey et al., 2002). N. caninum, e a infecção intra-uterina dos fetos resulta no nasci-
Nos últimos anos a neosporose tem sido reconhecida mento de cordeiros clinicamente normais, porém congenitamente
como uma doença importante economicamente com considerável infectados.
impacto sobre a pecuária, e um estudo retrospectivo realizado por Na Bahia, a ocorrência de anticorpos IgG anti-N. cani-
Dubey et al. (1990), demonstrou que não é uma doença nova sen- num foi documentada em 282 amostras séricas de ovinos de 10
do observada em caninos nos Estados Unidos desde 1957. rebanhos, pelo teste de Imunofluorescência Indireta, observando-se
O primeiro inquérito sorológico para N. caninum, no 7,4% (21/282) de reações positivas com ponto de corte de 1:50 e
Brasil, foi relatado por Brautigam et al. (1996) em bovinos criados títulos variando de 1:50 a 1:800. Dos rebanhos examinados, seis
no Mato Grosso do Sul e São Paulo. Uma indicação que a neospo- apresentaram ovinos sororeagentes, com positividade variando de
rose poderia ser uma significativa causa de abortos em bovinos no 2,5 a 32,0%. No Immunoblotting, foram selecionados soros positi-
país foi obtido no estudo de soroprevalência em vacas leiteiras vos e negativos para anticorpos anti-N. caninum, no qual os posi-
com histórico de abortamento por Gondim e Sartor (1997) em São tivos reconheceram determinantes antigênicos de 10 a 18 polipep-
Paulo, e o primeiro caso confirmado da infecção por N. caninum tídios, da cepa NC-Bahia de N. caninum, entre 11 e 93 kDa, sendo
foi publicado por Gondim et al. (1999) em bovinos no Estado da observada maior reatividade com as proteínas 27-31 kDa e 36-41
Bahia. Neste mesmo ano, ocorreu o primeiro isolamento de N. kDa, relatadas como Nc-SAG-1 e Nc-SRS-2, respectivamente. Os

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anticorpos IgG presentes no soro negativo reconheceram peptídeos encontrado de 15,10% (58/384) soropositividade pela técnica de
de 21, 23, 67, 83 e 110 kDa, não relacionadas com proteínas IFI. A presença de anticorpos IgG anti-N. caninum foram detecta-
importantes do parasito. dos em caprinos, de quase todas as faixas etárias, especialmente
Neste Estado foi também avaliados vinte borregos, pro- entre quatro a seis anos, e a raça Pardo Alpino foi a que apresentou
dutos F1 do cruzamento de matrizes das raças Santa Inês, Morada a maior freqüência de positividade, seguida das raças Saanem e Anglo
Nova e Rabo Largo cruzadas com reprodutores Dorper, que foram Nubiano. Em relação à categoria zootécnica, a maior freqüência de
acompanhados do nascimento até o 7o mês de idade, observando- anticorpos foi encontrada nas fêmeas em lactação, seguida de fêmeas
se a soropositividade para N. caninum de 3,2% (títulos de 1:50 a secas e gestantes.
1:1600) e 5,5% (1:25 a 1:200) para matrizes e borregos Morada Um estudo epidemiológico transversal em rebanhos de
Nova, respectivamente, enquanto as matrizes e borregos Rabo caprinos leiteiros, criados próximos ao município de Salvador, foi
Largo e matrizes Santa Inês foram soronegativos, e apenas um elaborado para estabelecer associações entre a prevalência de anti-
borrego Santa Inês (3,4%) apresentou título 1:25. As médias de corpos IgG anti-Neospora caninum e as variáveis que possam
peso ao nascer, ganho de peso diário e peso ao abate foram de 3,2; contribuir para a infecção destes animais. Os resultados obtidos
0,13 e 22 nos borregos positivos para N. caninum, respectivamen- estão registrados nas tabelas 1 e 2.
te.
Com relação a neosporose caprina existem poucos es-
tudos, sendo o primeiro realizado por Dubey et al. (1992), quando
detectaram, por análise histológica, a presença do protozoário em
um feto abortado. Neste mesmo ano, BARR et al. (1992) associa-
ram dois casos de abortamentos caprinos à infecção por N. cani-
num. No Brasil, Corbellini et al. (2001) descreveram um caso de
neosporose congênita nesta espécie animal.
No Estado da Bahia, estudos têm sido realizados para
avaliar anticorpos séricos anti-N. caninum em rebanhos capri-
nos, sendo

Tabela 1. Variáveis relacionadas com uma possível infecção dos caprinos leiteiros por Neospora caninum e seus respectivos riscos relativos
amostrais (RR>1,00).
Variáveis R.R
Não comprar animais para reposição do rebanho 1,50
Presença de bovinos 1,50
Presença de cães 1,50
Instalações de chão batido 1,33
Sistema de criação em confinamento 1,25
Condições inapropriadas de armazenamento de ração 1,20
Riachos como fonte de água de bebida 1,20
Higiene inadequada 1,20
Distancia de até 10 m do capril a casa do tratador e/ou do proprietário 1,17
Presença de ovinos 1,17
Mão de obra familiar 1,17

Tabela 2. Variáveis relacionadas com uma possível proteção dos caprinos leiteiros por Neospora caninum e seus respectivos riscos relativos
amostrais (RR<1,00).
Variáveis R.R
Compra de animais para reposição do rebanho 0,67
Acesso dos cães às instalações dos caprinos 0,67
Presença de roedores 0,86

Apesar da presença da infecção do N. caninum em vários Western Immunobloting, não houve reconhecimento antigênico de
animais de produção, muito pouco foi documentado na espécie anticorpos específicos para o parasito pelas amostras reagentes no
suína. O primeiro estudo experimental por Jensen et al. (1998), com IFI.
inoculação de taquizoítos do protozoário em fêmeas prenhes, resul- No levantamento da neosporose eqüina no Brasil não
tou em endometrite necrosante, hepatite, esplenite e miocardite houve detecção de anticorpos para N. caninum.
nestes animais, enquanto nos fetos os achados patológicos foram Em animais silvestres como lobos-guará (Chrysocyon
miocardite, pneumonite, nefrite, hepatite não supurativas. O outro brachyurus), provenientes de zoológicos e de vida livre e cachor-
estudo descrito por Helmick et al. (2002), na Inglaterra, demonstrou ros-do-mato (Cerdocyon thous) não foram detectados anticorpos
a ocorrência da infecção natural por N. caninum em suínos apresen- para N. caninum. Em cervídeos, do Mato Grosso do Sul, foi obser-
tando uma soroprevalência de 8,8% (40/454). vado 18,75% de positividade nas amostras séricas.
A presença de anticorpos IgG anti-N. caninum em amos- As taxas de prevalência da neosporose em caninos varia-
tras sorológicas de 130 suínos criados intensivamente e 106 exten- ram de 6,7 % a 73,37%, entre os estados de Bahia (11,2 a 13,3%),
sivamente no Estado Bahia foi investigada pela técnica de Minas Gerais (6,7%), São Paulo (21,92 a 35,57%) e Sergipe
Imunofluorescência Indireta (IFI), com ponto de corte de 1:40, não (63,37% e 73,37%).
sendo detectados anticorpos nos soros de animais procedentes de A freqüência de anticorpos IgG anti-Neospora caninum
sistema intensivo, enquanto 7,5% (8/106) de soropositividade foi foi estudada em 415 amostras séricas de cães domiciliados e erran-
encontrada nos suínos criados extensivamente, contudo na tes, procedentes dos municípios baianos de Salvador e Lauro de
avaliação por Western Immunobloting, não houve reconhecimento
2 Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.13, suplemento 1, 2004
XIII Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária & I Simpósio Latino-Americano de Ricketisioses, Ouro Preto, MG, 2004.

Freitas, utilizando-se a técnica de imunofluorescência indireta, com S.M.; MEYER, R.; McALLISTER, M.M. Isolation of Neospora can-
ponto de corte igual a 1:50. Anticorpos IgG anti-N. caninum foram inum from the brain of a naturally infected dog, and production of en-
detectados em 13,3% (22/165) dos cães domiciliados e em 11,2% cysted bradzoites in gerbils. Vet. Parasitol. v.2138 p.1-7, 2001.
(28/250) dos errantes. As freqüências de soropositivos para os ma- GONDIM, L.F.P.; SARTOR, I.F. Detecção de anticorpos contra
chos e fêmeas foram 8,0% (6/75) e 18,4% (14/76) nos cães domici- Neospora caninum em vacas leiteiras em uma propriedade com
liados e 12,6% (17/135) e 9,6% (11/115) nos errantes, respectiva- histórico de aborto. Rev. Bras. Parasitol. Vet., v.6 p.346, 1997.
mente. A maioria dos cães sororeagentes (28,6%) apresentava idade Suplemento 1.
entre dois e três anos e eram das raças Boxer, Rotweiller e Fila GONDIM, L.F.P.; SARTOR, I.F.; HASEGAWA, M.; YAMANE, I.
Brasileiro, com soroprevalência igual a 27,3% (3/11), 20,0% (2/10) Seroprevalence of Neospora caninum in dairy cattle in Bahia, Bra-
e 19,4% (6/31), respectivamente. Entre os distritos sanitários as zil. Vet. Parasitol., v.86 p.71-75, 1999.
maiores prevalências ocorreram em São Caetano/Valéria (23,1%) e GONDIM, L.F.P.; SARTOR, I.F.; MONTEIRO Jr., L.A.;
Boca do Rio (20,0%). Não houve diferenças estatisticamente signi- HARITANI, M. Neospora caninum infection in an aborted bovine
ficativas entre sexo, idade, raça, distrito e o parasitismo dos cães in Brazil. N. Z. Vet. v.47 p.35, 1999.
pelo N. caninum. HELMICK, B.; OTTER, A.; MCGARRY, J.; BUXTON, D. Sero-
Apesar das altas prevalências de anticorpos nos animais, logical investigation of aborted sheep and pigs for infection by
a freqüência da neosporose clínica tem sido pouco registrada, pro- Neospora caninum. Research in Veterinary Science. v.73 p.187-
vavelmente devido à doença apresentar sinais clínicos comuns a 189, 2002.
outras enfermidades. JENSEN, L.; JENSEN, T. K.; LIND, P.; HENRIKSEN, S. A.;
Os trabalhos brasileiros de ocorrência da neosporose UGGLA, A.; BILLE-HANSEN, V. Experimental porcine neosporo-
permitem afirmar que não há evidências de qualquer distribuição sis. APMIS: Acta Pathologica, Microbiologica, et Immunologica
localizada do parasito, e atualmente é possível definir uma visão Scandinavica. v. 106, n. 4, p. 475-482, 1998.
nacional da presença deste protozoário no nosso território. Os fato- JESUS, E.E.V. Desenvolvimento de ensaios imunoenzimáticos
res de natureza epidemiológica ainda precisam ser estudados, como para detecção de anticorpos IgG e IgE anti-Neospora caninum em
o papel do cão e de outros possíveis reservatórios na causalidade da cães. 2003. 79 p. Dissertação (Mestrado), Instituto de Ciências da
doença nos animais domésticos no meio rural e urbano. Um outro Saúde da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2003.
aspecto a ser investigado é o potencial zoonótico deste protozoário. JESUS, E.E.V.; GONDIM, L.F.P.; SANTOS, P.O.M.; PINHEIRO,
Em Salvador foi verificado 5% e 3,8% de soropositividade para A.M.; ALMEIDA, M.A.O. GUIMARÃES, J.E.; SOUZA, R.M.;
anticorpos IgG anti-N. caninum em mulheres gestantes com ou sem ARAÚJO JUNIOR, J.P.; DUARTE, J.M.B. Freqüência de anticor-
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