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AULA 02
LEI FEDERAL N. 8.072/90 (CRIMES HEDIONDOS). LEI
FEDERAL N. 9.455/97 (DEFINE OS CRIMES DE TORTURA E Dç
OUTRAS PROVIDæNCIAS). LEI FEDERAL N¼ 7.210/84 (LEI DE
EXECU‚ÌO PENAL). LEI ESTADUAL N. 12.567/96. (INSTITUI
PORTE DE ARMA DE DEFESA PARA AGENTES PENITENCIçRIOS DO
ESTADO DO CEARç E Dç OUTRAS PROVIDæNCIAS).
Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1!
1 - Considera•›es Iniciais ......................................................................... 2!
2 - Crimes Hediondos (Lei n. 8.072/90) ...................................................... 2!
3 - Lei Federal n. 9.455/97 (define os crimes de tortura e d‡ outras provid•ncias)
............................................................................................................. 7!
4 - Lei Federal N¼ 7.210/84 (Lei de Execu•‹o Penal) ...................................14!
5 - Lei Estadual n. 12.567/96 (institui porte de arma de defesa para agentes
penitenci‡rios do estado do cear‡ e d‡ outras provid•ncias) .........................39!
6 - Quest›es ..........................................................................................41!
6.1 - Quest›es sem Coment‡rios ...........................................................41!
6.2 Ð Gabarito .....................................................................................53!
6.3 - Quest›es Comentadas ..................................................................54!
7 - Resumo da Aula ................................................................................76!
8 - Considera•›es Finais ..........................................................................81!
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LEGISLA‚ÌO ESPECIAL - AGEPEN-CE
Teoria e Quest›es
Aula 02 Ð Prof. Paulo Guimar‹es
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CRIMES EQUIPARADOS A
CRIMES HEDIONDOS
HEDIONDOS
Latroc’nio
Tr‡fico de Drogas
Estupro simples e de vulner‡vel
Falsifica•‹o, corrup•‹o,
adultera•‹o ou altera•‹o de
produto destinado a fins
terap•uticos ou medicinais
Genoc’dio Terrorismo
Favorecimento da prostitui•‹o ou de
outra forma de explora•‹o sexual
de crian•a ou adolescente ou de
vulner‡vel.
¤ 1o A pena por crime previsto neste artigo ser‡ cumprida inicialmente em regime
fechado. 80191568791
o
¤ 2 A progress‹o de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo,
dar-se-‡ ap—s o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for prim‡rio,
e de 3/5 (tr•s quintos), se reincidente.
Ordem concedida t‹o somente para remover o —bice constante do ¤ 1¼ do art. 2¼ da Lei n¼
8.072/90, com a reda•‹o dada pela Lei n¼ 11.464/07, o qual determina que Ò[a] pena por
crime previsto neste artigo ser‡ cumprida inicialmente em regime fechadoÒ. Declara•‹o
incidental de inconstitucionalidade, com efeito ex nunc, da obrigatoriedade de fixa•‹o do
regime fechado para in’cio do cumprimento de pena decorrente da condena•‹o por crime
hediondo ou equiparado (HC 111840).
Recomendo que voc• tome bastante cuidado ao responder uma eventual quest‹o
de prova sobre esse tema, pois a banca pode ainda n‹o ter incorporado a nova
Jurisprud•ncia. Cuidado tambŽm com express›es que fa•am men•‹o diretamente
ˆ lei. Essas s‹o as tais Òquest›es blindadasÓ.
Art. 8¼ Ser‡ de tr•s a seis anos de reclus‹o a pena prevista no art. 288 do C—digo Penal,
quando se tratar de crimes hediondos, pr‡tica da tortura, tr‡fico il’cito de entorpecentes e
drogas afins ou terrorismo.
ter•os.
O par‡grafo œnico traz mais uma hip—tese de dela•‹o premiada, aqui chamada
de trai•‹o benŽfica. ƒ importante que voc• compreenda que, quanto a crimes
hediondos, a dela•‹o premiada somente se aplica quando houver associa•‹o
criminosa, formada especificamente para o fim de cometer crimes hediondos ou
equiparados.
Caso um participante da associa•‹o criminosa denuncie o grupo ˆs autoridades,
levando ao seu desmantelamento, sua pena ser‡ reduzida de 1 a 2 ter•os.
Um aspecto encarado pela Doutrina Ž o que diz respeito ˆ prova do
desmantelamento da associa•‹o criminosa. Obviamente Ž muito dif’cil fazer essa
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Teoria e Quest›es
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TRAI‚ÌO BENƒFICA
Art. 5¡, III - ninguŽm ser‡ submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
[...]
XLIII - a lei considerar‡ crimes inafian•‡veis e insuscet’veis de gra•a ou anistia a
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O STF tambŽm j‡ decidiu que o condenado por crime de tortura tambŽm n‹o
pode ser beneficiado com indulto.
A defini•‹o de tortura deve ser buscada na Conven•‹o Internacional contra a
Tortura e Outras Penas ou Tratamentos CruŽis, Desumanos e Degradantes,
aprovada pelas Na•›es Unidas em 1984 e ratificada e promulgada pelo Brasil em
1991.
O termo tortura designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, f’sicos ou
mentais, s‹o infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma terceira
pessoa, informa•›es ou confiss›es; de castig‡-la por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha
cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras
pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discrimina•‹o de qualquer natureza, quando
tais dores ou sofrimentos s‹o infligidos por um funcion‡rios pœblico ou outra pessoa
no exerc’cio de fun•›es pœblicas, ou por sua instiga•‹o, ou com o seu consentimento ou
aquiesc•ncia.
Podemos ver, portanto, que a tortura n‹o resume ˆ imposi•‹o de dor f’sica, mas
tambŽm est‡ relacionada ao sofrimento mental e emocional. Essa agonia
mental muitas vezes Ž chamada de tortura limpa, pois n‹o deixa marcas
percept’veis facilmente.
Antes da Lei n¡ 9.455/1997 n‹o havia qualquer defini•‹o legal acerca do crime
de tortura. O termo era mencionado em algumas leis, mas de forma genŽrica e
esparsa, de modo que a Doutrina nunca aceitou que houvesse a tipifica•‹o do
crime de tortura antes da referida lei.
A Lei da Tortura Ž muito criticada pela imprecis‹o na tipifica•‹o do crimes. A lei
foi votada ˆs pressas e sem muita discuss‹o no Poder Legislativo, sob o impacto
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CRIME DE TORTURA
CARACTERêSTICAS COMUNS A TODAS AS MODALIDADES
ƒ um crime material
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MODALIDADES DE TORTURA
¤ 2¼ Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evit‡-las
ou apur‡-las, incorre na pena de deten•‹o de um a quatro anos.
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A defini•‹o de agente pœblico deve ser tomada de forma ampla, nos termos do
C—digo Penal, que estabelece que, para efeito penais, deve ser considerado
funcion‡rio pœblico Òaquele que, embora transitoriamente ou sem remunera•‹o,
exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblicaÓ.
Voc• j‡ sabe que, nos casos em que a condi•‹o de agente pœblico Ž elementar
do crime, n‹o pode se aplicada esta agravante. N‹o faria sentido, por exemplo,
aplicar agravante ˆ TORTURA-CASTIGO infligida por agente penitenci‡rio contra
presos, pois, se o agente n‹o fosse funcion‡rio pœblico, n‹o poderia haver o
crime.
Segundo o Estatuto da Crian•a e do Adolescente, s‹o consideradas crian•as as
pessoas que tenham menos de 12 anos, enquanto adolescentes s‹o aqueles
que t•m mais de 12 e menos de 18.
Por fim, a agravante relacionada ao sequestro Ž aplic‡vel quando a v’tima Ž
sequestrada e, durante o sequestro, o agente comete crime de tortura. Caso o
agente cerceie a liberdade da v’tima com a finalidade œnica de infligir a tortura,
n‹o h‡ que se falar em sequestro.
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¤ 7¼ O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hip—tese do ¤ 2¼, iniciar‡ o
cumprimento da pena em regime fechado.
"Viola a cl‡usula de reserva de plen‡rio (CF, art. 97) a decis‹o de —rg‹o fracion‡rio de
tribunal que, embora n‹o declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder pœblico, afasta sua incid•ncia, no todo ou em parte". De fato, o
entendimento adotado vai ao encontro daquele proferido pelo Plen‡rio do STF, tornando-se
desnecess‡rio submeter tal quest‹o ao îrg‹o Especial desta Corte, nos termos do art. 481,
par‡grafo œnico, do CPC: "Os —rg‹os fracion‡rios dos tribunais n‹o submeter‹o ao plen‡rio,
ou ao —rg‹o especial, a argui•‹o de inconstitucionalidade, quando j‡ houver pronunciamento
destes ou do plen‡rio do Supremo Tribunal Federal sobre a quest‹o". Portanto, seguindo a
orienta•‹o adotada pela Suprema Corte, deve-se utilizar, para a fixa•‹o do regime inicial
de cumprimento de pena, o disposto no art. 33 c/c o art. 59, ambos do CP e as Sœmulas
440 do STJ e 719 do STF. Confiram-se, a prop—sito, os mencionados verbetes sumulares:
"Fixada a pena-base no m’nimo legal, Ž vedado o estabelecimento de regime prisional mais
gravoso do que o cab’vel em raz‹o da san•‹o imposta, com base apenas na gravidade
abstrata do delito." (Sœmula 440 do STJ) e "A imposi•‹o do regime de cumprimento mais
severo do que a pena aplicada permitir exige motiva•‹o id™nea." (Sœmula 719 do STF).
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Art. 2¼ O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime n‹o tenha sido cometido em
territ—rio nacional, sendo a v’tima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
jurisdi•‹o brasileira.
Art. 1¼ A execu•‹o penal tem por objetivo efetivar as disposi•›es de senten•a ou decis‹o
criminal e proporcionar condi•›es para a harm™nica integra•‹o social do condenado e do
internado.
Art. 3¼ Ao condenado e ao internado ser‹o assegurados todos os direitos n‹o atingidos pela
senten•a ou pela lei.
Par‡grafo œnico. N‹o haver‡ qualquer distin•‹o de natureza racial, social, religiosa ou
pol’tica.
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Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condi•‹o de dignidade humana,
ter‡ finalidade educativa e produtiva.
¤ 1¼ Aplicam-se ˆ organiza•‹o e aos mŽtodos de trabalho as precau•›es relativas ˆ
seguran•a e ˆ higiene.
¤ 2¼ O trabalho do preso n‹o est‡ sujeito ao regime da Consolida•‹o das Leis do Trabalho.
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Perceba que a remunera•‹o do preso j‡ tem destina•‹o certa, e nem o que sobra
deve ir diretamente para o preso, mas sim para a constitui•‹o de pecœlio
(reserva financeira) em Caderneta de Poupan•a, a qual ele s— ter‡ acesso quando
estiver em liberdade. 80191568791
Art. 32. Na atribui•‹o do trabalho dever‹o ser levadas em conta a habilita•‹o, a condi•‹o
pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas
pelo mercado.
¤ 1¼ Dever‡ ser limitado, tanto quanto poss’vel, o artesanato sem express‹o econ™mica,
salvo nas regi›es de turismo.
¤ 2¼ Os maiores de 60 (sessenta) anos poder‹o solicitar ocupa•‹o adequada ˆ sua idade.
¤ 3¼ Os doentes ou deficientes f’sicos somente exercer‹o atividades apropriadas ao seu
estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho n‹o ser‡ inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito)
horas, com descanso nos domingos e feriados.
Par‡grafo œnico. Poder‡ ser atribu’do hor‡rio especial de trabalho aos presos designados
para os servi•os de conserva•‹o e manuten•‹o do estabelecimento penal.
Os presos n‹o est‹o submetidos ao regime de trabalho da CLT, e por isso a LEP
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Art. 36. O trabalho externo ser‡ admiss’vel para os presos em regime fechado
somente em servi•o ou obras pœblicas realizadas por —rg‹os da Administra•‹o
Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga
e em favor da disciplina.
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¤ 1¼ O limite m‡ximo do nœmero de presos ser‡ de 10% (dez por cento) do total de
empregados na obra.
¤ 2¼ Caber‡ ao —rg‹o da administra•‹o, ˆ entidade ou ˆ empresa empreiteira a
remunera•‹o desse trabalho.
¤ 3¼ A presta•‹o de trabalho ˆ entidade privada depende do consentimento expresso do
preso.
Art. 37. A presta•‹o de trabalho externo, a ser autorizada pela dire•‹o do estabelecimento,
depender‡ de aptid‹o, disciplina e responsabilidade, alŽm do cumprimento m’nimo de 1/6
(um sexto) da pena.
Par‡grafo œnico. Revogar-se-‡ a autoriza•‹o de trabalho externo ao preso que vier a
praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento
contr‡rio aos requisitos estabelecidos neste artigo.
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Quero chamar sua aten•‹o para o par‡grafo œnico, que permite a suspens‹o ou
restri•‹o, por ato motivado do diretor do estabelecimento, dos seguintes
direitos: ˆ proporcionalidade na distribui•‹o do tempo; ao recebimento de visitas;
e ao contato com o mundo exterior por meio da correspond•ncia, leitura e de
outros meios de informa•‹o.
A suspens‹o desses direitos tem natureza de san•‹o disciplinar, e consta no rol
do art. 53.
O preso provis—rio e o submetido a medida de seguran•a tambŽm devem ter
assegurados esses direitos, sendo inclusive poss’vel ˆ fam’lia do internado ou
submetido a tratamento ambulatorial a contrata•‹o de mŽdico de sua confian•a
para acompanhar o tratamento.
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N‹o pode haver falta nem san•‹o disciplinar sem expressa e anterior previs‹o
nas normas disciplinares, que ser‹o dadas a conhecer ao condenado no in’cio da
execu•‹o da pena. As san•›es obviamente n‹o poder‹o colocar em risco a
integridade f’sica e moral do condenado.
A LEP classifica as faltas em leves, mŽdias e graves, deixando a especifica•‹o
das duas primeiras espŽcies sob atribui•‹o do legislador local. J‡ as faltas graves
s‹o tipificadas pela pr—pria LEP em rol taxativo, n‹o cabendo amplia•‹o por
outro ato normativo.
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Art. 50. Comete falta grave o condenado ˆ pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade f’sica de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condi•›es impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
VII - tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telef™nico, de r‡dio ou similar, que
permita a comunica•‹o com outros presos ou com o ambiente externo.
Par‡grafo œnico. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provis—rio.
Esse dispositivo traz rol taxativo de faltas graves, ao qual deve ser
acrescentada a falta grave prevista no art. 52: pr‡tica de fato previsto como
crime doloso.
O inciso VII foi inclu’do na LEP pela Lei n¼ 11.466/2007. Por essa raz‹o, Ž vedada
a aplica•‹o retroativa do dispositivo e, portanto, somente pode ser penalizado o
preso que detenha aparelho telef™nico, r‡dio ou similar a partir da entrada em
vigor da referida altera•‹o.
Perceba que este dispositivo se aplica ao condenado a pena privativa de
liberdade e ao preso provis—rio. As faltas graves cometidas pelo condenado a
pena restritiva de direitos s‹o tipificadas no art. 51.
Art. 51. Comete falta grave o condenado ˆ pena restritiva de direitos que:
I - descumprir, injustificadamente, a restri•‹o imposta;
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obriga•‹o imposta;
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III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Art. 52. A pr‡tica de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando
ocasione subvers‹o da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provis—rio, ou
condenado, sem preju’zo da san•‹o penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as
seguintes caracter’sticas:
I - dura•‹o m‡xima de trezentos e sessenta dias, sem preju’zo de repeti•‹o da san•‹o
por nova falta grave de mesma espŽcie, atŽ o limite de um sexto da pena aplicada;
II - recolhimento em cela individual;
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crian•as, com dura•‹o de duas
horas;
IV - o preso ter‡ direito ˆ sa’da da cela por 2 horas di‡rias para banho de sol.
ƒ poss’vel que o preso que comete falta seja isolado por atŽ 10 dias mediante
ato da autoridade administrativa competente. A inclus‹o do preso no RDD,
entretanto, depender‡ de despacho do juiz.
O legislador falhou em n‹o trazer maiores detalhes acerca das regalias. Estas n‹o
podem ser constituir privilŽgios exagerados ou discrimina•‹o, e podem ser
concedidas tanto aos presos em regime fechado como semiaberto.
Art. 65. A execu•‹o penal competir‡ ao Juiz indicado na lei local de organiza•‹o judici‡ria
e, na sua aus•ncia, ao da senten•a.
Art. 84. O preso provis—rio ficar‡ separado do condenado por senten•a transitada em
julgado.
¤ 1¡ O preso prim‡rio cumprir‡ pena em se•‹o distinta daquela reservada para os
reincidentes.
¤ 2¡ O preso que, ao tempo do fato, era funcion‡rio da Administra•‹o da Justi•a
Criminal ficar‡ em depend•ncia separada.
Perceba que esse dispositivo determina que seja criada uma sŽrie de
segmenta•›es nas unidades prisionais. Primeiramente, o preso provis—rio, que
tem sua liberdade restringida em sede cautelar, n‹o deve dividir o mesmo espa•o
com aqueles cuja culpabilidade j‡ foi chancelada pelo Poder Judici‡rio por meio
de senten•a condenat—ria.
Algumas pessoas t•m direito a pris‹o cautelar especial, separada dos demais
presos. ƒ o caso, por exemplo, dos advogados. Tal benef’cio somente persiste
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enquanto a pris‹o tiver natureza cautelar. Uma vez condenado, ele ser‡ enviado
para o mesmo local dos demais.
A separa•‹o entre o preso prim‡rio e o reincidente tem o cond‹o de afastar os
Òcriminosos profissionaisÓ daqueles que t•m uma maior chance de
ressocializa•‹o.
J‡ a separa•‹o do funcion‡rio da Administra•‹o da Justi•a Criminal tem o cond‹o
de assegurar sua integridade f’sica.
Art. 85. O estabelecimento penal dever‡ ter lota•‹o compat’vel com a sua estrutura e
finalidade.
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Art. 88. O condenado ser‡ alojado em cela individual que conter‡ dormit—rio, aparelho
sanit‡rio e lavat—rio.
Par‡grafo œnico. S‹o requisitos b‡sicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorr•ncia dos fatores de aera•‹o, insola•‹o e
condicionamento tŽrmico adequado ˆ exist•ncia humana;
b) ‡rea m’nima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
Art. 89. AlŽm dos requisitos referidos no art. 88, a penitenci‡ria de mulheres ser‡
dotada de se•‹o para gestante e parturiente e de creche para abrigar crian•as maiores
de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a crian•a
desamparada cuja respons‡vel estiver presa.
Par‡grafo œnico. S‹o requisitos b‡sicos da se•‹o e da creche referidas neste artigo:
I Ð atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela
legisla•‹o educacional e em unidades aut™nomas; e
II Ð hor‡rio de funcionamento que garanta a melhor assist•ncia ˆ crian•a e ˆ sua
respons‡vel.
AlŽm dos detalhes acerca das instala•›es das celas e das penitenci‡rias
femininas, a LEP traz ainda a determina•‹o de que a penitenci‡ria masculina
seja constru’da fora dos centros urbanos, mas n‹o t‹o longe que prejudique a
visita•‹o.
O cumprimento da pena em regime semi-aberto deve ocorrer em col™nia
agr’cola, industrial ou similar. Nesse caso, o alojamento pode ocorrer em
compartimento coletivo, desde que os presos sejam selecionados
adequadamente e que a capacidade m‡xima seja limitada de forma a n‹o
prejudicar a individualiza•‹o da pena.
A pena privativa de liberdade em regime aberto e a pena de limita•‹o de fim
de semana devem ser cumpridas em casa de albergado. O prŽdio deve estar
localizado em centro urbano e contar com local para cursos e palestras. AlŽm
disso, n‹o pode haver obst‡culos que impe•am a fuga.
Para atender os inimput‡veis e semi-imput‡veis deve haver Hospital de
Cust—dia e Tratamento Psiqui‡trico, e para que haja interna•‹o Ž obrigat—rio
o exame psiqui‡trico. O tratamento ambulatorial pode ser realizado no mesmo
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Art. 105. Transitando em julgado a senten•a que aplicar pena privativa de liberdade, se o
rŽu estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenar‡ a expedi•‹o de guia de recolhimento para
a execu•‹o.
Art. 106. A guia de recolhimento, extra’da pelo escriv‹o, que a rubricar‡ em todas as folhas
e a assinar‡ com o Juiz, ser‡ remetida ˆ autoridade administrativa incumbida da execu•‹o
e conter‡:
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I - o nome do condenado;
II - a sua qualifica•‹o civil e o nœmero do registro geral no —rg‹o oficial de identifica•‹o;
III - o inteiro teor da denœncia e da senten•a condenat—ria, bem como certid‹o do tr‰nsito
em julgado;
IV - a informa•‹o sobre os antecedentes e o grau de instru•‹o;
V - a data da termina•‹o da pena;
VI - outras pe•as do processo reputadas indispens‡veis ao adequado tratamento
penitenci‡rio.
da soma ou unifica•‹o das penas, observada, quando for o caso, a detra•‹o ou remi•‹o.
Par‡grafo œnico. Sobrevindo condena•‹o no curso da execu•‹o, somar-se-‡ a pena ao
restante da que est‡ sendo cumprida, para determina•‹o do regime.
Em caso de ser condenada a pessoa que j‡ esteja cumprindo pena, ser‡ feita
nova unifica•‹o. A nova pena deve ser somada ao restante da pena que j‡ est‡
sendo cumprida.
Art. 112. A pena privativa de liberdade ser‡ executada em forma progressiva com a
transfer•ncia para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso
tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom
comportamento carcer‡rio, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as
normas que vedam a progress‹o.
¤ 1o A decis‹o ser‡ sempre motivada e precedida de manifesta•‹o do MinistŽrio Pœblico e
do defensor.
¤ 2o Id•ntico procedimento ser‡ adotado na concess‹o de livramento condicional, indulto e
comuta•‹o de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.
Par‡grafo œnico. Poder‹o ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117
desta Lei.
Art. 118. A execu•‹o da pena privativa de liberdade ficar‡ sujeita ˆ forma regressiva,
com a transfer•ncia para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condena•‹o, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em
execu•‹o, torne incab’vel o regime (artigo 111).
¤ 1¡ O condenado ser‡ transferido do regime aberto se, alŽm das hip—teses referidas nos
incisos anteriores, frustrar os fins da execu•‹o ou n‹o pagar, podendo, a multa
cumulativamente imposta.
¤ 2¡ Nas hip—teses do inciso I e do par‡grafo anterior, dever‡ ser ouvido previamente o
condenado.
Este Ž o outro lado da moeda. Trata-se das situa•›es que ensejam a regress‹o
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Perceba que o art. 120 n‹o determina prazo para a autoriza•‹o de sa’da, e que
esta deve ocorrer com o acompanhamento de escolta. TambŽm n‹o h‡
necessidade de autoriza•‹o do ju’zo da execu•‹o.
Quanto ˆ hip—tese de tratamento mŽdico, a sa’da somente deve ser autorizada
em casos extremos, quando n‹o for poss’vel o tratamento nas depend•ncias do
estabelecimento prisional.
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poder‹o obter
autoriza•‹o para sa’da tempor‡ria do estabelecimento, sem vigil‰ncia direta, nos seguintes
casos:
I - visita ˆ fam’lia;
II - frequ•ncia a curso supletivo profissionalizante, bem como de instru•‹o do 2¼
grau ou superior, na Comarca do Ju’zo da Execu•‹o;
III - participa•‹o em atividades que concorram para o retorno ao conv’vio social.
Par‡grafo œnico. A aus•ncia de vigil‰ncia direta n‹o impede a utiliza•‹o de equipamento
de monitora•‹o eletr™nica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execu•‹o.
Essas hip—teses de sa’da tempor‡ria dizem respeito apenas aos condenados que
cumprem pena no regime semi-aberto. Nesses casos n‹o Ž necess‡ria a
escolta, o que n‹o faria sentido, pois estamos tratando de presos que j‡ t•m o
h‡bito de retornar ao estabelecimento diariamente. Entretanto, Ž poss’vel o
monitoramento eletr™nico, se assim determinar o ju’zo da execu•‹o.
O prazo m‡ximo dessa sa’da Ž de 7 dias, podendo ser renovado por mais 4 vezes
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Art. 123. A autoriza•‹o ser‡ concedida por ato motivado do Juiz da execu•‹o, ouvidos o
MinistŽrio Pœblico e a administra•‹o penitenci‡ria e depender‡ da satisfa•‹o dos seguintes
requisitos:
I - comportamento adequado;
II - cumprimento m’nimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for prim‡rio, e 1/4
(um quarto), se reincidente;
III - compatibilidade do benef’cio com os objetivos da pena.
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Teoria e Quest›es
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Art. 124. A autoriza•‹o ser‡ concedida por prazo n‹o superior a 7 (sete) dias, podendo
ser renovada por mais 4 (quatro) vezes durante o ano.
¤ 1o Ao conceder a sa’da tempor‡ria, o juiz impor‡ ao benefici‡rio as seguintes condi•›es,
entre outras que entender compat’veis com as circunst‰ncias do caso e a situa•‹o pessoal
do condenado:
I - fornecimento do endere•o onde reside a fam’lia a ser visitada ou onde poder‡ ser
encontrado durante o gozo do benef’cio;
II - recolhimento ˆ resid•ncia visitada, no per’odo noturno;
III - proibi•‹o de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos cong•neres.
¤ 2o Quando se tratar de frequ•ncia a curso profissionalizante, de instru•‹o de ensino
mŽdio ou superior, o tempo de sa’da ser‡ o necess‡rio para o cumprimento das atividades
discentes.
¤ 3o Nos demais casos, as autoriza•›es de sa’da somente poder‹o ser concedidas com
prazo m’nimo de 45 (quarenta e cinco) dias de intervalo entre uma e outra.
Perceba que aqui tambŽm h‡ condi•›es que devem ser fixadas obrigatoriamente
pelo juiz, que tambŽm poder‡ estabelecer outras que entender compat’veis com
as circunst‰ncias do caso e a situa•‹o pessoal do condenado.
O benef’cio ser‡ automaticamente revogado quando o condenado praticar fato
definido como crime doloso, for punido por falta grave, desobedecer as condi•›es
impostas ou revelar baixo grau de aproveitamento no curso. O direito ˆ sa’da
tempor‡ria poder‡ ser recuperado em caso de absolvi•‹o no processo penal, de
cancelamento da puni•‹o disciplinar ou da demonstra•‹o do merecimento do
condenado.
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poder‡
remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execu•‹o da pena.
¤ 1o A contagem de tempo referida no caput ser‡ feita ˆ raz‹o de:
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequ•ncia escolar - atividade de ensino
fundamental, mŽdio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalifica•‹o
profissional - divididas, no m’nimo, em 3 (tr•s) dias;
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (tr•s) dias de trabalho.
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¤ 3o Para fins de cumula•‹o dos casos de remi•‹o, as horas di‡rias de trabalho e de estudo
ser‹o definidas de forma a se compatibilizarem.
¤ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos
continuar‡ a beneficiar-se com a remi•‹o.
¤ 5o O tempo a remir em fun•‹o das horas de estudo ser‡ acrescido de 1/3 (um ter•o) no
caso de conclus‹o do ensino fundamental, mŽdio ou superior durante o cumprimento da
pena, desde que certificada pelo —rg‹o competente do sistema de educa•‹o.
¤ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui
liberdade condicional poder‹o remir, pela frequ•ncia a curso de ensino regular ou de
educa•‹o profissional, parte do tempo de execu•‹o da pena ou do per’odo de prova,
observado o disposto no inciso I do ¤ 1o deste artigo.
¤ 7o O disposto neste artigo aplica-se ˆs hip—teses de pris‹o cautelar.
¤ 8o A remi•‹o ser‡ declarada pelo juiz da execu•‹o, ouvidos o MinistŽrio Pœblico e a
defesa.
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O condenado que cumpre pena em regime
aberto ou semiaberto e o que est‡ em
liberdade condicional poder‹o remir
parte do tempo restante pela frequ•ncia a
curso de ensino regular ou de educa•‹o
profissional
Em caso de falta grave, o juiz poder‡ revogar atŽ 1/3 do tempo remido,
recome•ando a contagem a partir da data da infra•‹o disciplinar. Os Tribunais
Superiores entendem que o trabalho ou estudo gera apenas expectativa de
direito ˆ remi•‹o da pena.
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Teoria e Quest›es
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Art. 131. O livramento condicional poder‡ ser concedido pelo Juiz da execu•‹o,
presentes os requisitos do artigo 83, incisos e par‡grafo œnico, do C—digo Penal, ouvidos o
MinistŽrio Pœblico e Conselho Penitenci‡rio.
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificar‡ as condi•›es a que fica subordinado o
livramento.
¤ 1¡ Ser‹o sempre impostas ao liberado condicional as obriga•›es seguintes:
a) obter ocupa•‹o l’cita, dentro de prazo razo‡vel se for apto para o trabalho;
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Mais uma vez h‡ condi•›es obrigat—rias, e o juiz est‡ livre para impor outras que
considerar necess‡rias. O rol do ¤1¼ Ž obrigat—rio, enquanto o do ¤2¼ Ž
exemplificativo e facultativo.
Art. 140. A revoga•‹o do livramento condicional dar-se-‡ nas hip—teses previstas nos
artigos 86 e 87 do C—digo Penal.
Par‡grafo œnico. Mantido o livramento condicional, na hip—tese da revoga•‹o facultativa,
o Juiz dever‡ advertir o liberado ou agravar as condi•›es.
III - (VETADO);
Par‡grafo œnico. A viola•‹o comprovada dos deveres previstos neste artigo poder‡
acarretar, a critŽrio do juiz da execu•‹o, ouvidos o MinistŽrio Pœblico e a defesa:
I - a regress‹o do regime;
II - a revoga•‹o da autoriza•‹o de sa’da tempor‡ria;
III - (VETADO);
IV - (VETADO);
V - (VETADO);
VI - a revoga•‹o da pris‹o domiciliar;
VII - advert•ncia, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execu•‹o decida n‹o
aplicar alguma das medidas previstas nos incisos de I a VI deste par‡grafo.
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Art. 147. Transitada em julgado a senten•a que aplicou a pena restritiva de direitos, o
Juiz da execu•‹o, de of’cio ou a requerimento do MinistŽrio Pœblico, promover‡ a execu•‹o,
podendo, para tanto, requisitar, quando necess‡rio, a colabora•‹o de entidades pœblicas ou
solicit‡-la a particulares.
Art. 148. Em qualquer fase da execu•‹o, poder‡ o Juiz, motivadamente, alterar, a forma
de cumprimento das penas de presta•‹o de servi•os ˆ comunidade e de limita•‹o de fim de
semana, ajustando-as ˆs condi•›es pessoais do condenado e ˆs caracter’sticas do
estabelecimento, da entidade ou do programa comunit‡rio ou estatal.
Art. 156. O Juiz poder‡ suspender, pelo per’odo de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, a execu•‹o
da pena privativa de liberdade, n‹o superior a 2 (dois) anos, na forma prevista nos artigos
77 a 82 do C—digo Penal.
Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na senten•a que aplicar pena privativa de liberdade, na
situa•‹o determinada no artigo anterior, dever‡ pronunciar-se, motivadamente, sobre a
suspens‹o condicional, quer a conceda, quer a denegue.
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Art. 158. Concedida a suspens‹o, o Juiz especificar‡ as condi•›es a que fica sujeito o
condenado, pelo prazo fixado, come•ando este a correr da audi•ncia prevista no artigo 160
desta Lei.
Vemos, portanto, que o porte de arma pelos agentes penitenci‡rios est‡ restrito
a tr•s situa•›es:
a) Deslocamento do agente entre sua resid•ncia e o trabalho;
b) No deslocamento e escolta de presos entre uma unidade penitenci‡ria e outra,
ou a outros locais; e
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o
Art. 4 - As atividades desempenhadas pelos ocupantes de cargo/fun•‹o de Agente
Penitenci‡rio s‹o consideradas de permanente risco de vida e de saœde.
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6 - Quest›es
6.1 - Quest›es sem Coment‡rios
Quest‹o 01 Ð TJ-SE Ð Analista Judici‡rio Ð 2014 Ð Cespe
Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplica•‹o de penas.
Considere que um indiv’duo tenha sido condenado por crime hediondo.
Nesse caso, para que possa requerer progress‹o de regime de pena, esse
indiv’duo deve cumprir dois quintos da pena que lhe foi imputada, se for
prim‡rio, e tr•s quintos dessa pena, se for reincidente.
d) contra mulher
e) por agente pœblico.
come•ou a ser pisoteado, tendo a arma de Rui direcionada para si. Como
n‹o respondeu de forma alguma a quem pertencia o celular, JosŽ foi
colocado na viatura depois de apanhar bastante, e os policiais ficaram
rodando por horas com ele, com o intuito de descobrirem a origem do
celular, mantendo-o preso na viatura durante toda uma noite, somente
levando-o para a delegacia no dia seguinte.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, ˆ luz das leis que tratam dos crimes de tortura e
de abuso de autoridade e dos crimes hediondos,
a) os policiais cometeram o crime de tortura, que, no caso, absorveu o crime
de les‹o corporal.
b) os policiais cometeram somente crime de abuso de autoridade e les‹o
corporal.
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Cespe.
O condenado por crime pol’tico est‡ desobrigado ao trabalho.
QUESTÌO 49 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
A tentativa de fuga do estabelecimento prisional Ž classificada como falta
disciplinar grave, punida com a san•‹o correspondente ˆ falta consumada.
QUESTÌO 50 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
O poder disciplinar s— pode ser exercido pelo juiz da execu•‹o penal.
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a) I, II, IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I, II e III
e) I e IV
QUESTÌO 57 (inŽdita).
As atividades desempenhadas pelos ocupantes de cargo/fun•‹o de Agente
Penitenci‡rio, de acordo com Lei 12.567, s‹o consideradas:
a) De permanente risco de vida e de saœde.
b) De permanente risco, apenas
c) De permanente risco de saœde
d) Atividades penosas
e) De risco de vida tempor‡rio
QUESTÌO 58 (inŽdita).
Sobre as CŽdulas de identifica•‹o dos Agentes, conforme a Lei n.
12.567/1996, podemos afirmar que devem constar delas o seguinte dizer:
a) PERMISSÌO PARA POSSUIR ARMAS
b) PERMISSÌO PARA PORTAR ARMAS
c) PERMISSÌO PARA PORTAR E POSSUIR ARMAS
d) LICEN‚A PARA PORTAR ARMAS
e) LICEN‚A PARA POSSUIR ARMAS
QUESTÌO 59 (inŽdita).
O treinamento e a habilita•‹o dos Agentes Penitenci‡rios para portar armas
ser‡ feito junto ˆ: 80191568791
6.2 Ð Gabarito
1. C 21. E 41. D
2. C 22. C 42. D
3. E 23. C 43. A
4. E 24. E 44. C
5. C 25. E 45. E
6. E 26. C 46. C
7. E 27. E 47. E
8. E 28. E 48. C
9. E 29. E 49. C
20. C 40. E
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Coment‡rios
A assertiva est‡ de acordo com o art. 2¼, ¤2¼ da Lei n¼ 8.072/1990: A progress‹o
de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-‡
ap—s o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for prim‡rio, e
de 3/5 (tr•s quintos), se reincidente.
GABARITO: C
Coment‡rios
Hoje a progress‹o de regime no cumprimento de pena pro crime hediondo Ž
permitida, exatamente nesses termos.
GABARITO: C
Coment‡rios
Os crimes hediondos, a pr‡tica da tortura, o tr‡fico il’cito de entorpecentes e
drogas afins e o terrorismo s‹o insuscet’veis de anistia, gra•a e indulto.
GABARITO: E
Coment‡rios
Extors‹o mediante sequestro Ž crime hediondo, e n‹o equiparado.
GABARITO: E
Coment‡rios
O crime de extors‹o qualificado pela morte consta na lista dos crimes hediondos.
ƒ importante que voc• tenha bem claro na sua mente que Ž poss’vel a progress‹o
de regime do condenado por crime hediondo. O cumprimento da pena se dar‡
incialmente em regime fechado, mas a progress‹o pode ocorrer quando se der o
cumprimento de 2/5 da pena (apenado prim‡rio), ou de 3/5 (reincidente).
GABARITO: C
Coment‡rios
Atualmente tramita na C‰mara um projeto de lei nesse sentido, mas hoje a
corrup•‹o n‹o consta na lista da Lei dos Crimes Hediondos.
GABARITO: E
Coment‡rios
Em 2007 a reda•‹o da Lei de Crimes Hediondos foi alterada, e agora faz men•‹o
ˆ possibilidade de progress‹o de regime quando cumpridos 2/5 da pena
(condenado prim‡rio) ou 3/5 da pena (reincidente). Esta lei Ž especial em rela•‹o
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Coment‡rios
A Lei n¼ 12.015/2009 incluiu no rol dos crimes hediondos a figura do estupro de
vulner‡vel, ao tempo em que sepultou a discuss‹o sobre a inclus‹o ou n‹o do
estupro simples na lista de crimes hediondos. Hoje qualquer estupro Ž
considerado crime hediondo.
GABARITO: E
Coment‡rios
Para n‹o haver perigo de voc• n‹o lembrar da lista dos crimes hediondos, vou
repeti-la aqui, ok?
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Tortura
Latroc’nio
Falsifica•‹o, corrup•‹o,
adultera•‹o ou altera•‹o de
produto destinado a fins
terap•uticos ou medicinais
Genoc’dio Terrorismo
Favorecimento da prostitui•‹o ou de
outra forma de explora•‹o sexual
de crian•a ou adolescente ou de
vulner‡vel.
GABARITO: E
a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
Coment‡rios
O œnico item errado Ž o III, n‹o Ž mesmo?
GABARITO: C
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Coment‡rios
A œnica alternativa que corresponde ˆ nossa lista Ž a letra A, n‹o Ž mesmo?
Cuidado para n‹o confundir os crimes hediondos com os equiparados!
GABARITO: A
Coment‡rios
Neste caso n‹o podemos dizer que houve tortura, pois n‹o houve dolo e nem
sofrimento. Na realidade o caso trazido pela quest‹o Ž de crime de maus tratos,
tipificado no art. 136 do C—digo Penal.
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GABARITO: E
Coment‡rios
Perfeito! Este Ž um bom exemplo de tortura fundada em discrimina•‹o racial ou
religiosa. Perceba que aparece o elemento do sofrimento, neste caso mental,
infligido mediante grave amea•a, com o componente discriminat—rio.
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GABARITO: C
Coment‡rios
Opa! Olha a pegadinha!!! Na realidade a interdi•‹o deve perdurar pelo dobro do
prazo da pena, e n‹o pelo triplo!
GABARITO: E
Coment‡rios
Aumenta-se a pena de um sexto atŽ um ter•o nas seguintes circunst‰ncias:
I - se o crime Ž cometido por agente pœblico;
II - se o crime Ž cometido contra crian•a, gestante, portador de defici•ncia,
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
III - se o crime Ž cometido mediante sequestro.
GABARITO: E
Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque o tipo penal do ECA que tratava de tortura
contra crian•a ou adolescente foi revogado pela Lei de Tortura. Hoje a tortura
praticada contra crian•a, gestante, portador de defici•ncia, adolescente ou maior
de 60 anos sujeita o infrator a aumento de pena de um sexto atŽ um ter•o. A
alternativa B est‡ correta, pois a lei traz a previs‹o da tortura por omiss‹o em
seu art. 1o, ¤2o. As alternativas C e E est‹o incorretas porque na tortura por
omiss‹o cabe a suspens‹o condicional do processo, uma vez que a pena deste
delito Ž de 1 a 4 anos de deten•‹o. A alternativa D est‡ incorreta porque o STF
j‡ afastou a obrigatoriedade do regime inicial fechado.
GABARITO: B
Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque, apesar de o crime ser considerado comum
na maior parte das suas modalidades, o art. 1o, II traz uma modalidade pr—pria
do crime de tortura, assim como a tortura por omiss‹o. Isso tambŽm torna a
alternativa C incorreta. A alternativa B est‡ incorreta por causa da previs‹o da
tortura racismo (art. 1o, I, ÒcÓ). A alternativa D est‡ incorreta porque a tortura Ž
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Coment‡rios
A condena•‹o por crime de tortura acarreta a perda do cargo, fun•‹o ou emprego
pœblico e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo dobro do prazo da pena aplicada,
nos termos do art. 1o, ¤5o da Lei no 9.455/1997.
GABARITO: C
Coment‡rios
Para responder corretamente a quest‹o voc• precisa conhecer o conteœdo do ¤1o
do art. 1o da Lei de Tortura: ÒNa mesma pena incorre quem submete pessoa
presa ou sujeita a medida de seguran•a a sofrimento f’sico ou mental, por
intermŽdio da pr‡tica de ato n‹o previsto em lei ou n‹o resultante de medida
legalÓ.
GABARITO: C
Coment‡rios
A palavra Òprescind’velÓ significa Òdispens‡velÓ. A assertiva, portanto, est‡
dizendo que n‹o Ž necess‡rio que o crime de tortura deixe vest’gios de ordem
f’sica. Nada impede que a prova do crime seja produzida de outras maneiras.
GABARITO: C
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Coment‡rios
A Lei da Tortura n‹o menciona em nenhum de seus dispositivos a necessidade
de exame de corpo de delito para que se comprove que houve o crime. No
exemplo dado na quest‹o houve inclusive tortura de natureza mental/emocional.
GABARITO: E
Coment‡rios
Esta Ž a letra da Constitui•‹o Federal, em seu art. 5¼, XLIII. O STF j‡ decidiu que
o indulto tambŽm n‹o Ž aplic‡vel no caso de crime de tortura. Lembre-se tambŽm
de que o crime de tortura n‹o Ž imprescrit’vel!
GABARITO: C
Coment‡rios
Esta Ž a Tortura-Castigo. Lembre-se de que esta modalidade Ž crime pr—prio,
pois somente pode ser praticado por quem tenha o dever de guarda ou exer•a
poder ou autoridade sobre a v’tima. Ao mesmo tempo exige-se tambŽm uma
condi•‹o especial do sujeito passivo, que precisa estar sob a autoridade do
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torturador.
GABARITO: C
Coment‡rios
A perda da fun•‹o pœblica e a interdi•‹o de seu exerc’cio s‹o imediatas e
obrigat—rias, nos termos do ¤5¡ do art. 1¡ da Lei n¡ 9.455/1997.
GABARITO: E
Coment‡rios
O crime de tortura exige um elemento subjetivo espec’fico: Òobter informa•‹o,
declara•‹o ou confiss‹o da v’tima ou de terceira pessoaÓ; Òprovocar a•‹o ou
omiss‹o de natureza criminosaÓ; Òpor motivo de discrimina•‹o racial ou
religiosaÓ. O agente que inflige sofrimento em outra pessoa por sadismo n‹o
comete crime de tortura, mas sim de les‹o corporal ou, a depender do caso, de
homic’dio tentado.
GABARITO: E
Coment‡rios
A perda do cargo, emprego ou fun•‹o pœblica Ž efeito extrapenal administrativo
da condena•‹o, e n‹o precisa ser declarado pelo juiz.
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GABARITO: C
Coment‡rios
Para responder as quest›es de prova com precis‹o, Ž importante conhecer, ao
menos em parte, o conteœdo da Lei n¡ 8.072/1990, que trata dos crimes
hediondos e equiparados, entre eles a tortura. Essa lei estabelecia o cumprimento
das penas relativas aos crimes hediondos e equiparados em regime integralmente
fechado. Quando a Lei de Tortura foi promulgada, considerou-se que houve
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Coment‡rios
O crime de tortura conta com uma modalidade omissiva, prevista no ¤2¡ do art.
1¡. Entretanto, apenas Ž criminalizada a omiss‹o daquele que tinha o dever de
agir para evitar ou apurar a ocorr•ncia de atos de tortura.
¤ 2¼ Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evit‡-las
ou apur‡-las, incorre na pena de deten•‹o de um a quatro anos.
GABARITO: E
Coment‡rios
O art. 2¡ da Lei da Tortura determina que ela se aplica ainda quando o crime n‹o
tenha sido cometido em territ—rio nacional, sendo a v’tima brasileira ou
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Coment‡rios
J‡ deu para perceber quais s‹o os assuntos preferidos do Cespe no que se refere
ˆ Lei de Tortura, n‹o Ž mesmo? A assertiva est‡ correta em fun•‹o do teor do
¤7¡ do art. 1¡. Lembre-se da exce•‹o!
GABARITO: C
Coment‡rios
A conduta do ¤1¡ do art. 1¡ Ž a œnica que n‹o exige dolo espec’fico por parte do
agente do crime de tortura.
¤ 1¼ Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de seguran•a
a sofrimento f’sico ou mental, por intermŽdio da pr‡tica de ato n‹o previsto em lei ou n‹o
resultante de medida legal.
GABARITO: C
Coment‡rios
Aqui estamos diante da Tortura-Prova ou Tortura Persecut—ria: a tortura foi
infligida com a finalidade de obter informa•‹o, declara•‹o ou confiss‹o da v’tima.
GABARITO: C
Coment‡rios
Nesta hip—tese foi praticada a tortura em sua modalidade omissiva. Lembre-se
de que este crime apenas pode ser praticado por aquele que tinha o dever de
evitar ou apurar o ato de tortura e n‹o o fez.
GABARITO: C
Coment‡rios
Esta quest‹o n‹o diz respeito ˆ Lei da Tortura, mas achei interessante coloca-la
aqui. O livramento condicional n‹o pode ser concedido nesse caso em fun•‹o do
art. 83 do C—digo Penal:
Art. 83 - O juiz poder‡ conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que
[...]
V - cumprido mais de dois ter•os da pena, nos casos de condena•‹o por crime hediondo,
pr‡tica da tortura, tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o
apenado n‹o for reincidente espec’fico em crimes dessa natureza.
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GABARITO: C
Coment‡rios
Esta modalidade Ž chamada de Tortura Discriminat—ria ou Tortura-Racismo, e Ž
praticada em raz‹o de discrimina•‹o religiosa ou racial.
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GABARITO: E
Coment‡rios 80191568791
GABARITO: A
Coment‡rios
Segundo o ¤5¼ do art. 1¼, a condena•‹o pelo crime de tortura acarretar‡ a perda
do cargo, fun•‹o ou emprego pœblico e a interdi•‹o para seu exerc’cio pelo dobro
do prazo da pena aplicada.
GABARITO: A
QUESTÌO 38 - DPE-MA Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð FCC.
O sentenciado que trabalhou e estudou durante a execu•‹o da pena no
regime semiaberto ter‡ o tempo remido computado como pena cumprida na
raz‹o de um dia de pena a cada tr•s dias trabalhados e
a) 3 dias de pena a cada 16 horas de frequ•ncia escolar calculados do total
da pena.
b) um dia de pena a cada 12 horas de frequ•ncia escolar calculados do total
da pena.
c) um dia de pena a cada 12 horas de frequ•ncia escolar calculados para
todos os benef’cios da execu•‹o penal.
d) um dia de pena a cada 16 horas de frequ•ncia escolar calculados do total
da pena.
e) um dia de pena a cada 16 horas de frequ•ncia escolar calculados para
todos os benef’cios da execu•‹o penal.
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Coment‡rios
Para responder corretamente ˆ quest‹o voc• teria que conhecer o art. 126, I da
LEP, segundo o qual a contagem de tempo nesse caso ser‡ feita ˆ raz‹o de 1 dia
de pena a cada 12 horas de frequ•ncia escolar - atividade de ensino fundamental,
mŽdio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalifica•‹o
profissional - divididas, no m’nimo, em 3 dias.
GABARITO: C
QUESTÌO 39 - DPE-MA Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð FCC.
A autonomia da execu•‹o penal implica a compreens‹o de que
a) o t’tulo executivo delimita o alcance e os limites da execu•‹o em processo
em que n‹o h‡ altera•‹o f‡tica.
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GABARITO: D
QUESTÌO 43 - PC-SP Ð Delegado de Pol’cia Ð 2014 Ð VUNESP.
ÒXÓ, prim‡rio e de bons antecedentes, cumpre, com bom comportamento,
pena de vinte anos de reclus‹o em regime fechado, pela pr‡tica do crime de
latroc’nio. AtŽ o momento, ÒXÓ cumpriu quatorze anos do total da pena.
Nesse caso, a resposta correta para a pergunta Ð ÒXÓ tem direito ˆ concess‹o
de algum benef’cio? Ð Ž:
a) ÒXÓ tem direito ao livramento condicional.
b) ÒXÓ tem direito ˆ concess‹o da liberdade provis—ria.
c) ÒXÓ tem direito ˆ concess‹o do sursis.
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GABARITO: C
QUESTÌO 45 - DPE-BA Ð Defensor Pœblico Ð 2010 Ð Cespe.
A pr‡tica de falta grave interrompe a contagem do lapso temporal para a
comuta•‹o da pena, por imperativo expresso na lei de execu•‹o penal.
Coment‡rios
Acredito que a inten•‹o da banca tenha sido confundir o candidato com rela•‹o
ao teor do art. 127 da LEP, que permite ao juiz revogar atŽ 1/3 do tempo remido,
recome•ando a contagem a partir da infra•‹o disciplinar.
GABARITO: E
QUESTÌO 46 - DPE-BA Ð Defensor Pœblico Ð 2010 Ð Cespe.
O monitoramento eletr™nico destina-se a sentenciados que, em regime
semiaberto, estejam em gozo do benef’cio de sa’das tempor‡rias, ou que
estejam cumprindo pris‹o domiciliar, de acordo com as circunst‰ncias do
caso submetido ˆ aprecia•‹o do ju’zo da execu•‹o.
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Coment‡rios
A reda•‹o original da Lei n¡ 12.258/2010 trazia outras hip—teses, mas somente
essas duas n‹o foram vetadas. A monitora•‹o eletr™nica pode ser usada para
fiscalizar a sa’da tempor‡ria no regime semiaberto, bem como a pris‹o domiciliar.
GABARITO: C
QUESTÌO 47 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
Ao condenado ˆ pena privativa de liberdade Ž facultativa a atividade laboral,
respeitadas suas aptid›es, sua capacidade e sua necessidade.
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL - AGEPEN-CE
Teoria e Quest›es
Aula 02 Ð Prof. Paulo Guimar‹es
Coment‡rios
A LEP obriga expressamente o preso a trabalhar, na medida de suas aptid›es e
capacidade. Para o preso provis—rio, contudo, o trabalho n‹o Ž obrigat—rio e s—
poder‡ ser executado no interior do estabelecimento.
GABARITO: E
QUESTÌO 48 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
O condenado por crime pol’tico est‡ desobrigado ao trabalho.
Coment‡rios
A LEP tem disposi•‹o expressa nesse sentido (art. 200).
GABARITO: C
QUESTÌO 49 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
A tentativa de fuga do estabelecimento prisional Ž classificada como falta
disciplinar grave, punida com a san•‹o correspondente ˆ falta consumada.
Coment‡rios
Lembre-se de que, no que tange ˆs infra•›es disciplinares, a tentativa deve ser
sempre punida com a pena prevista para a falta consumada. A fuga est‡ prevista
no art. 50, II, da LEP.
GABARITO: C
QUESTÌO 50 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
O poder disciplinar s— pode ser exercido pelo juiz da execu•‹o penal.
Coment‡rios
O art. 47 da LEP determina expressamente que o poder disciplinar Ž exercido
pelo diretor do estabelecimento prisional.
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GABARITO: E
QUESTÌO 51 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
A pr‡tica de ato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando
ocasiona subvers‹o da ordem, sujeita o condenado ao regime disciplinar
diferenciado, com direito ˆ sa’da da cela por duas horas di‡rias para banho
de sol.
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Coment‡rios
Uma assertiva bastante direta, mas que cobra conhecimento de alguns
dispositivos da LEP que dizem respeito ao RDD. Vamos relembrar?
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO
Aplic‡vel ao preso que pratica fato previsto como crime doloso, quando
ocasione subvers‹o da ordem ou disciplina internas ou ao preso provis—rio
ou condenado que apresente alto risco para a ordem e a seguran•a do
estabelecimento penal ou da sociedade.
Dura•‹o m‡xima de 360 dias, sem preju’zo de repeti•‹o da
san•‹o por nova falta grave de mesma espŽcie, atŽ o limite de um
sexto da pena aplicada
GABARITO: C
QUESTÌO 52 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto podem
obter autoriza•‹o para sa’da tempor‡ria do estabelecimento prisional, nos
casos de falecimento de c™njuge, companheira, ascendente, descendente ou
irm‹o, sendo dispensada, conforme o caso, a vigil‰ncia direta.
Coment‡rios
O art. 120 da LEP autoriza os condenados que cumprem pena em regime fechado
ou semiaberto e os presos provis—rios a sair do estabelecimento, mediante
permiss‹o do diretor do estabelecimento, no caso de falecimento ou doen•a grave
do c™njuge, companheiro, ascendente, descendente, ou irm‹o. TambŽm Ž
poss’vel a sa’da para tratamento mŽdico. Em todos os casos a sa’da s— Ž poss’vel
com o acompanhamento de escolta, e a’ est‡ o erro da assertiva.
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GABARITO: E
QUESTÌO 53 - SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð
Cespe.
O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade e restritiva de
direitos deve ser submetido a exame criminol—gico a fim de que sejam
obtidos os elementos necess‡rios ˆ adequada classifica•‹o e individualiza•‹o
da execu•‹o.
Coment‡rios
Opa! S— existe a exig•ncia de exame criminol—gico para o condenado a pena
privativa de liberdade em regime fechado!
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GABARITO: E
QUESTÌO 54 - PC-RN Ð Delegado de Pol’cia Ð 2009 Ð Cespe
(adaptada).
A presta•‹o de trabalho externo, a ser autorizada pela dire•‹o do
estabelecimento penal, depender‡ de aptid‹o, disciplina e responsabilidade,
alŽm do cumprimento m’nimo de dois ter•os da pena.
Coment‡rios
A presta•‹o de trabalho Ž externo j‡ se torna poss’vel quando o condenado
cumprir 1/6, e n‹o 2/3 da pena.
GABARITO: E
QUESTÌO 55 - PC-RN Ð Delegado de Pol’cia Ð 2009 Ð Cespe
(adaptada).
Para o preso provis—rio, o trabalho Ž obrigat—rio e s— poder‡ ser executado
no interior do estabelecimento.
Coment‡rios
O erro da assertiva est‡ em afirmar que o trabalho Ž obrigat—rio para o preso
provis—rio. Essa obrigatoriedade atinge apenas os condenados.
GABARITO: E
QUESTÌO 56 (inŽdita).
Sobre a disciplina do porte de arma de fogo previsto aos agentes
penitenci‡rios na Lei 12.567, analise as assertivas abaixo:
I - No deslocamento resid•ncia/trabalho e deste para o domic’lio do servidor
II - Quando do deslocamento em efetivo exerc’cio na escolta de presos de
uma para outra unidade penitenci‡ria, hospitais ou outros determinado pela
dire•‹o do Pres’dio ou Coordenadoria do Sistema Penal - COSIPE.
III - Quando acompanhar o preso a sua resid•ncia, nos termos do Inciso I
do Art. 120 da Lei N¼ 7.210 de 11 de julho de 1984.
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Coment‡rios
Lembre-se de que a Lei n. 12.567/1996 autoriza o poete de arma de fogo pelos
agentes prisionais apenas em algumas situa•›es espec’ficas, e entre elas n‹o se
encontra a folga do servi•o.
GABARITO: D
QUESTÌO 57 (inŽdita).
As atividades desempenhadas pelos ocupantes de cargo/fun•‹o de Agente
Penitenci‡rio, de acordo com Lei 12.567, s‹o consideradas:
a) De permanente risco de vida e de saœde.
b) De permanente risco, apenas
c) De permanente risco de saœde
d) Atividades penosas
e) De risco de vida tempor‡rio
Coment‡rios
Nos termos do art. 4o da Lei n. 12.567/1996, as atividades desempenhadas pelos
ocupantes de cargo/fun•‹o de Agente Penitenci‡rio s‹o consideradas de
permanente risco de vida e de saœde.
GABARITO: A
QUESTÌO 58 (inŽdita).
Sobre as CŽdulas de identifica•‹o dos Agentes, conforme a Lei n.
12.567/1996, podemos afirmar que devem constar delas o seguinte dizer:
a) PERMISSÌO PARA POSSUIR ARMAS
b) PERMISSÌO PARA PORTAR ARMAS
c) PERMISSÌO PARA PORTAR E POSSUIR ARMAS
d) LICEN‚A PARA PORTAR ARMAS 80191568791
Coment‡rios
De acordo com o art. 2o, nas cŽdulas de identifica•‹o dos agentes prisionais deve
constar a seguinte express‹o: ÒPERMISSÌO PARA PORTAR ARMASÓ.
GABARITO: B
QUESTÌO 59 (inŽdita).
O treinamento e a habilita•‹o dos Agentes Penitenci‡rios para portar armas
ser‡ feito junto ˆ:
a) Secretaria da Seguran•a Pœblica, atravŽs da Academia de Pol’cia Militar
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Coment‡rios
O treinamento dos agentes penitenci‡rios no que se refere ao pote de armas cabe
ˆ Pol’cia Civil. Isso Ž feito, na pr‡tica, pela Academia de Pol’cia Civil, que Ž
vinculada ˆ Secretaria de Seguran•a Pœblica.
GABARITO: C
7 - Resumo da Aula
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza•‹o de
estudos de voc•s, a cada ciclo de estudos Ž fundamental
retomar esses resumos.
CRIMES EQUIPARADOS A
CRIMES HEDIONDOS
HEDIONDOS
Latroc’nio
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Falsifica•‹o, corrup•‹o,
adultera•‹o ou altera•‹o de
produto destinado a fins
terap•uticos ou medicinais
Genoc’dio Terrorismo
Favorecimento da prostitui•‹o ou de
outra forma de explora•‹o sexual
de crian•a ou adolescente ou de
vulner‡vel.
TRAI‚ÌO BENƒFICA
CRIME DE TORTURA
CARACTERêSTICAS COMUNS A TODAS AS MODALIDADES
ƒ um crime material
MODALIDADES DE TORTURA
Infligida com a finalidade de obter
TORTURA-PROVA ou TORTURA informa•‹o, declara•‹o ou
PERSECUTîRIA confiss‹o da v’tima ou de terceira
pessoa (inciso I, al’nea ÒaÓ).
TORTURA PARA A PRçTICA DE Infligida para provocar a•‹o ou
CRIME ou TORTURA-CRIME omiss‹o de natureza criminosa.
TORTURA DISCRIMINATîRIA ou Infligida em raz‹o de
TORTURA-RACISMO discrimina•‹o racial ou religiosa
80191568791
Aplic‡vel ao preso que pratica fato previsto como crime doloso, quando
ocasione subvers‹o da ordem ou disciplina internas ou ao preso provis—rio
ou condenado que apresente alto risco para a ordem e a seguran•a do
estabelecimento penal ou da sociedade.
TRABALHO ESTUDO
1 dia de pena a cada 3 dias de trabalho 1 dia de pena a cada 12 horas de frequ•ncia
escolar - atividade de ensino fundamental,
mŽdio, inclusive profissionalizante, ou
superior, ou ainda de requalifica•‹o
profissional - divididas, no m’nimo, em 3
dias
A lei pro’be o uso de armas pelos agentes penitenci‡rios no interior das unidades
penitenci‡rias.
8 - Considera•›es Finais
Chegamos ao final da nossa aula de hoje! Espero que voc• esteja gostando do
nosso curso. Se ficar alguma dœvida n‹o deixe de me procurar, ok!? J
Grande abra•o!
Paulo Guimar‹es
professorpauloguimaraes@gmail.com
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(61) 99607-4477
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