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São Paulo
2018
1
Deixe em paz meu coração,
1
BUARQUE, Chico e PONTES, Paulo. 1981, p. 22
2
Idem, p. 03
2
SUMÁRIO
RESUMO -------------------------------------------------------------------------------------- 04
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------ 05
3
RESUMO
Por fim será examinado os legados artísticos dessa obra tão importante para
o teatro brasileiro, seja pela questão do tema e da estrutura dramatúrgica
proposta pelos autores e encenadores. Assim como pelas peças e musicais
contemporâneos que se basearam em Gota d’água como fonte de intertexto
e inspiração.
PALAVRAS-CHAVE
4
1. INTRODUÇÃO
Profa. Dra. Maria Cristina Costa. Sendo esse relatório parte do projeto iniciado
5
Pretendemos, com esse estudo e divulgação das peças e debates ao grande
uma obra é relevante quando posta em jogo com as relações formais e seu
As peças escolhidas abrem espaço para debates sobre aquilo que Antonio
importância que eles têm hoje e as razões para a sua marcante presença nos
palcos brasileiros.
6
nova forma de encenar, onde as vozes femininas, dos afrodescendentes e
demonstram que esses foram os (as) principais autores(as) que, no século XX,
Buarque (1955/1966)
7
Rasga coração, Oduvaldo Vianna (1974)
No presente relatório faremos um estudo sobre a peça Gota d’água, escrito por
estudos das obras pelas quais Gota D’água possuía influência, como a tragédia
A peça foi objeto de algumas teses, destaco alguns estudos que colaboraram,
elas Gota d’água. Em 2006, Agnaldo Rodrigues da Silva incluiu a Gota d’água
8
Também em 1998, Elisabete Sanches Rocha apresenta uma dissertação na
sobre a censura nas peças de Chico Buarque. Alguns nomes e pesquisas que
colaboraram para uma visão mais ampla da obra de Chico Buarque e Paulo
Pontes.
9
2. TRAGÉDIA MODERNA BRASILEIRA
A palavra tragédia tem origem grega trágos + odé , que significa canto do bode
antigas festas religiosas a Dioniso (deus grego do vinho e da alegria, tal como
A leitura para tais noções de tragédia passa sobretudo pela análise poética
3
BRANDÃO, 1985, p. 12
4
PAVIS, 2011, p.416
5
VASCONCELLOS, 2001,p.208
10
Para Aristóteles6, o gênero poético tragédia é imitação (mímesis) estilizada do
herói (pathos).
uma peça grega, já apresentada há mais de dois mil anos. Sobre essa questão
6
ARISTÓTELES, 2002, p. 55
11
ser gentil mesmo que a ilusão de produtividade possa ser
homem e os deuses, deveria ser retratada de maneira fiel e como “pura poesia”
construção das cenas, a rubrica perde o seu lugar de destaque, passando a ser
aqueles que queiram produzir, como o foi para muitos dramaturgos e críticos
sobre o homem.
Certamente, essa referência dos dramas gregos pode ser notada no caso de
Vianinha, Chico Buarque e Paulo Pontes, uma vez que elegeram como “grande
7
WILLIAMS, 2002, p. 09
12
A Medeia de 1972, de Vianinha, assim como a Joana de 1975, simbolizam uma
Popular de Cultura (CPC) – momento em que fez amizade com Paulo Pontes –
13
imediato, para não prejudicar o
Paulo Pontes. Para este último, “[...] em cada época há uma transcendência do
8
MACIEL, Diógenes André Vieira. Das naus argivas ao subúrbio carioca – percursos
de um mito grego da Medéia (1972) à Gota D’água (1975). Fênix – Revista de História e
Estudos Culturais, Uberlândia, v. 1, n. 1, p. 11-12, out./ nov./ dez. 2004. Disponível
em:<http://www.revistafenix.pro.br>. Acesso em: 13 jan. 2018.
9
PONTES, Paulo. Subúrbio e Poesia. Movimento, São Paulo, n. 31, 2 fev. 1976. In:
PEIXOTO, Fernando. Teatro em pedaços. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1989, p. 282.
14
tradição trágica e às respectivas releituras da Medéia de Eurípides – como a
maneira de ser e estar no mundo, muitas vezes não contado por elas, mas
inteiramente neste artigo, cuja função (mais modesta) é dialogar com Medeia
10
SEBA, 2006, p.21 e 95.
15
11
Nicole Loraux demonstra em seus estudos sobre a tragédia que a pólis era
431 antes de Cristo, a primeira Medéia do teatro emerge na cena. Nessa obra
Eurípides faz eclodir a ação trágica das paixões que habita o peito humano.
o que esses queriam ouvir para concluir seu percurso sanguinário. Persuade-
Creonte e Jasão: “É inútil alinhar pretextos: é por medo. Temo que faças mal a
11
LORAUX, 2013, p. 45
16
minha filha”, diz Creonte nos versos 321-2. Já o argonauta declara a
poderia continuar vivendo aqui por toda vida, neste país e nesta casa, se
convencer Creonte, rei de Corinto, a deixa-la ficar mais um dia, não apenas
ganhou tempo para seus planos, como desnudou o caráter do governante fraco
e que se deixa manipular pelo discurso: “Tenho noção agora de que erro, mas
ocorre uma disputa de ideias (agon grego), onde cada qual tenta persuadir o
outro sobre seu ponto de vista. Porém a briga com palavras termina como troca
mórbido está delineado que Medeia sucumbe o páthos para dar espaço ao
Medeia percebe que as palavras no mundo dos homens não possuem valor,
civilizado o qual estes pertencem, como afirma a feiticeira: “Terá de ser assim.
938-9)
17
A aparição de Egeu, tão criticada por Aristóteles em sua Poética, marca o asilo
na figura nobre do governante que cumpre sua palavra e esmera uma prole. O
coro se refere elogioso a Egeu e sua terra, no fim do terceiro episódio: “Que
polis ateniense.
contra ela. 12
12
LESKY, 2010, p.189
18
Egeu é encontrado por Medeia em busca de uma resposta dos deuses que o
a esposa rejeitada de Jasão de suas terras por medo que sua filha, Glauce,
seja ferida pela feiticeira. E Jasão usa os filhos como perpetuação do futuro,
argumenta que esse é o único motivo para se relacionar com as mulheres: “Se
com a empatia do mesmo, persuadi-lo: “Um dia só! Deixa-me aqui apenas hoje
para que eu pense no lugar de nosso exílio e nos recursos para sustentar meus
filhos, já que o pai deles não está cuidando disto. Tem piedade deles! Tu é pai
retribuição deem-te os deuses filhos, como desejas, para que morras feliz.”
(v.809-11)
Jasão usa os filhos como principal argumento de seu casamento com Glauce,
“para que os filhos meus fossem irmãos de reis e para dar à minha casa
19
solidez” (v.691-2); É a morte das crianças uma forma de vingança para Medéia,
ação da mãe, são eles que levam o véu envenenado para noiva de Jasão,
selando assim sua vingança: “por intermédio deles [os filhos], a armadilha atroz
63)
20
A hipótese, que necessita de mais adensamento e pesquisa, é que tal
filhos, quando a feiticeira dá cabo a essa ação, mesmo ouvindo os gritos das
A própria Medeia titubeia mais de uma vez antes de concretizar a morte dos
filhos: “Ai! Que farei? Sinto faltar-me o ânimo, mulheres, vendo a face radiante
não morrerem em suas mãos, morrerão nas mãos de seus inimigos, “Não volto
atrás em minhas decisões, amigas; sem perder tempo matarei minhas crianças
e fugirei daqui. Não quero demorando oferecer meus filhos aos golpes
retórico de Medeia: após longa discussão com Jasão sobre o amor aos filhos,
tendo as crianças mortas nos braços e cumprido todo seu trajeto vingativos
arremata - “Não é possível; são palavras vãs” (v.1601). Ou seja, frente aos
21
horrores vivenciados qualquer dizer é pífio e vazio de sentido – muito provável
seja o sentimento das mães e pais que perdiam os filhos nas guerras.
Fecha-se com a fala do Corifeu fazendo uma reflexão sobre o acaso da vida,
o inesperado.
A relação entre teatro e música sempre foi presente no Brasil, no século XIX
houve um maior adensamento de tal junção por conta da proliferação dos cafés
que culminou com a nacionalização dos temas e das formas teatrais no Brasil:
perspectivas políticas.
O gênero revista seria um meio para trazer ao palco questões sócias e políticas
13
VENEZIANO, 2007, P.72
14
FILHO, 2006, p. 16
23
marchas populares.15 Também, o contraponto internacional, a revista feérica,
requinte visual e sonoro, chegando ao fim dado o alto custo das montagens.
Brasil.16
16
TORRES, 2004, p.13
24
tendências radicais [... que] incorporam a valorização dos
proposito nacional e político – Brecht será uma inspiração estética, tendo por
Após o golpe de 1964 houve na classe artística uma comoção, como destaca
Yan Michalski, “o teatro estava sob pressão”. Possivelmente por esse motivo
17
CANDIDO, 2004, P.233
18
Filho, 2006, p. 26
25
golpe19. Teríamos um teatro político com fins populares, em 1964 estreia
músicas e textos de artistas fora do eixo Rio- São Paulo. Desse espetáculo
surge o Grupo Opinião de teatro, que montou outras peças com o cunho
Segundo Freitas Filho20 a eclosão dos musicais brasileiros se deu entre 1964 a
como o uso de formas populares, seria também adotada em suas peças pelos
19
Idem,p. 27
20
VENEZIANO, 2006, p. 49
21
Idem
26
grupos Teatro de Arena, Centro Popular de Cultura (CPC) e depois Opinião,
como recurso para aproximar a classe intelectual do povo, na busca pela sua
Gota d’água foi escrita em 1975 por Chico Buarque e Paulo Pontes a partir de
22
uma adaptação que Oduvaldo Vianna Filho havia feito para a televisão em
1972. A peça recria a tragédia Medéia (431 a.C.) de Eurípides (480 ou 484 a.
e adaptado.
22
Na Rede Globo Oduvaldo Vianna desenvolveu o projeto “Caso Especial” em que Medeia
seria uma mulher pobre da favela, inconformada pela traição, lançado em 1972 com atuação
de Fernanda Montenegro no papel de Medeia.
27
além da crítica política que havia sido incorporada.
Paulo convidou Chico Buarque, que além de ter
conquistado um espaço como compositor em discos e
shows, já havia se destacado como talentoso
23
compositor de músicas para teatro.
Em Gota d’água, Chico Buarque faz uma parceria com Pontes compondo
as músicas da peça e dando um “polimento poético ao texto que ele
[Paulo] ia escrever”24. O autor comentou a parceria em entrevistas:
O texto foi escrito e encenado na época do regime militar, tecendo uma forte
24
Entrevista de Chico Buarque à Revista 365 de 1976. Disponível em:
<www.chicobuarque.com.br>, acesso em 06/01/2018
25
Entrevista de Chico Buarque à Revista 365 de 1976. Disponível em:
<www.chicobuarque.com.br>, acesso em 06/01/2018
28
trabalhadora. Na sua estreia, ganhou o Prêmio Molière, porém os autores não
Gota d’água possui como subtítulo “uma tragédia carioca”. Carioca é uma
povo, até mesmo Creonte e sua filha Alma, apesar de abastados, possuem um
comportamento popular
no Brasil (SFH) estava em pleno fracasso, mesmo tendo sido exibido pelos
26
COELHO, 2008, P. 02
27
BUARQUE e PONTES, 1981, p. 11
29
convida à discussão da política habitacional do governo brasileiro em vigor
naquele momento28.
A trama passional está calcada no drama de Joana, mulher de meia idade que
sambas Jasão de Oliveira, com quem teve dois filhos. Estourando nas paradas
cooptado pelo pai desta, Creonte, Jasão abandona Joana, os filhos e a Vila,
indo morar na mansão do novo sogro. Humilhada, Joana passa a nutrir um ódio
e Alma.
(Jasão: rei de Iolco e guerreiro; Medéia: princesa e maga; Egeu: um dos reis
28
MARINHO, 2003, p.26
30
Gota d’água se passa num subúrbio de uma metrópole moderna de país
se a si mesma, bem como a sua descendência, para expor, aos olhos de todos,
povo sem casa, sem chances, sem a voz que lhe reste30
29
Idem, p. 50
30
BARROS, 2005, sp
31
decorrência dos juros das prestações dos apartamentos. Já o segundo mostra
Oráculos e mitos eram matéria prima desse gênero dramático. Nesse sentido
31
ROSENFELD, 2013, p 52
32
Autores como Vinícius de Moraes em seu Orfeu da Conceição (1942) e Abdias do
Nascimento com a peça Sortilégio (1957). Também tivemos a peça Além do rio – Medea
(1957), peça de Agostinho Olavo, que faz uma releitura do mito de Medéia no contexto afro
brasileiro. Esse texto nunca foi encenado por conta da Censura que vetou sua apresentação
em 1966. Curiosamente as peças citadas foram publicadas em 1961, no livro Dramas para
negros e prólogo para brancos – antologia do teatro brasileiro e fizeram parte do projeto teatral
e político do Teatro Experimental do Negro (TEN).
32
Pode-se dizer que o ponto alto do drama é o estilístico, na precisão dos versos
composição literária, Gota d’água atinge o nível mais alto entre as peças
pega, com sua leveza cômica (nem todas os espetáculos cantados nessa fase,
dramática (no sentido usado em Szondi e Rosenfeld) e não épica, embora incorporem
Para tanto se fez necessário inovações formais, muitos dos quais retirados da
gerava a forma nova – tão certo quanto, “sem forma revolucionária, não há
33
Idem, p. 245
33
Nesse contexto temos, nas palavras de Freitas Filho, por parte da classe
34
FILHO, 2006, p. 87
35
MARINHO, 2013, p. 12
36
Idem, p. 34
34
Cólquida: o belo filme de Pier Paolo Pasolini, Medeia, com Maria
Em sua estreia, dezembro de 1975, a peça Gota d’água contou com o seguinte
Bete Mendes (Alma), Sonia Oiticica (Corina), Carlos Leite (Cacetão), Isolda
Cresta (Nenê), Norma Sueli (Estela), Selma Lopes (Zaíra), Maria Alves (Maria),
Roberto Rônei (Boca Pequena), Isaac Bardavi (Amorim), Geraldo Rosas (Xulé),
conta de que, nos primeiros seis meses da temporada carioca da peça, quase
37
Idem, p. 10
35
duzentos mil espectadores haviam assistido a Gota d’água, sendo que cada
Wilson:
38
Maria Lucia Rangel em “Um público mais próximo de Jasão e da correção
monetária”. In: Jornal do Brasil (Caderno B), Rio de Janeiro, 30/06/1976, p. 2
36
Neste caso, é a iluminação que guia a atenção da platéia de um lado
outro.39
estrela.
depoimento:
40
FERREIRA, Bibi. Álbum Principais faixas Gota D’água, 1975. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=Kk3xgfehxN4, acessado 13 de janeiro de 2018.
37
contém a carga dramática que ela transmite e explode
Pontes.42
41
Carlos Cordeiro em “Gota d’água: renasce a dramaturgia brasileira”. In: Vida das
Artes, Janeiro/ Fevereiro de 1976, pp. 42 e 43
42
Sábato Magaldi em “O universal brasileiro”. In: Jornal da Tarde. São Paulo,
27/05/1977, p. 20.
38
Um exemplo positivo da utilização de focos se dá quando, num palco dividido,
compreender os compartimentos
43
WILSON, Edwin. Iluminação. Cadernos de teatro. Rio de Janeiro, n. 85, abr./mai/jun.
1980, p. 2. Para consultar mais sobre iluminação teatral, Cf. também NELMS, H. Iluminação.
Caderno de teatro, Rio de Janeiro, n. 36, out./nov./dez. 1966; e MOSTAÇO, Edelço. Aspectos
da iluminação no teatro – eixo Rio/São Paulo. Folhetim – teatro do pequeno gesto. Rio de
Janeiro, n. 25, jan.-jun. 2007.
44
S/a. “Gota d’água, um grande texto mal encenado”. In: O Estado de São Paulo. São
Paulo, 1977.
39
A encenação (...) fica muito aquém da palavra, pela
“quadros” à parte.45
45
Carlos Ernesto de Godoy em “Texto forte”. In: Visão. São Paulo, 06/07/1977
40
Fonte: Arquivo Centro Cultural São Paulo – Espetáculo de 1977 em São Paulo.
FOTO – Fonte: Arquivo Centro Cultural São Paulo – Espetáculo de 1977 em São Paulo.
41
Gota d’água, tendo escapado da censura parcialmente46, foi apontada como o
6. CHICO BUARQUE
Hollanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, Chico viveu rodeado por poetas,
músicos e artistas, o que influenciou seu gosto pela arte da escrita e dos
palcos.
46
A peça sofreu alguns cortes do censor José do Carmo Andrade e teve que ser
classificada para maiores de 18 anos.
42
Escreveu seu primeiro sucesso aos 22 anos, a música A banda foi destaque do
A carreira de Chico Buarque nas artes começou no mesmo ano do golpe militar
teatro, dialogou a todo momento com seu tempo. Uma análise dessa produção
poema dramático de João Cabral de Melo Neto, montado em São Paulo pelo
Universitário de Nancy.
Em 1991 Chico inicia sua carreira literária, lança seu primeiro romance,
Estorvo, publicado pela Companhia das Letras, com o qual ganha o "Prêmio
48
HOLLANDA, B. Chico. “Paratodos”, composto por Chico Burque de Hollanda, álbum
Paratodos, 1993.
43
6.1 PAULO PONTES
Vicente de Paula Holanda Pontes (Paraíba, 1940 - Rio de Janeiro, 1976) foi.
família humilde do interior da Paraíba, aos quatro anos sua família mudou-se
Em 1956, faz uma pequena participação como ator na peça Apenas uma
Aos 19 anos muda-se para o Rio de Janeiro, onde contava com uma bola do
paraibano.
44
à cidade momentos antes dos militares tomarem o poder e vê a sede da UNE
colaboração com Vianna Filho, Pontes realiza o programa Bibi – Série Especial
apresentado pela atriz Bibi Ferreira (1922), com quem se casa. No início da
outras peças, Um Edifício Chamado 200 (1971), e Check-Up (1972), pela qual
com o compositor Chico Buarque (1944), escreve Gota d’Água, sua última
peça.
45
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12512/chico-buarque>.
Artes Cênicas.
2013.
46
MICHALSKI, Yan. Chico Buarque. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro
PONTES, Paulo e HOLANDA, Chico Buarque de. Gota d'água. Rio de Janeiro:
Cedoc/Funarte.
<http://blogln.ning.com/ profile/TeatrodeRevista>.
ECA , 2006
48