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Manual de Controles Internos

APRESENTAÇÃO

Este Manual de Sistema de Controles Internos trata-se de um documento estabelecido


pelo Conselho Monetário Nacional que reúne as políticas e os procedimentos
institucionais da Corretora, serve como base e orienta a maneira como a Elite
Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários conduz suas atividades.

Diante da importância deste documento uma das responsabilidades dos colaboradores


da ELITE é agir de acordo com este Manual.

O Manual representa uma chance renovada de familiarizar com os padrões de


conduta que são esperados de todos na Corretora. Trata-se de um conjunto de
políticas de conduta a respeito de questões-chave relacionadas à integridade para
orientar na manutenção do compromisso ético da Corretora.

Todos os Colaboradores devem se assegurar do completo conhecimento deste


Manual do Sistema de Controles Internos e de todas as normas e regulamentações as
quais a ELITE estará sujeita.

Os procedimentos mencionados neste Manual do Sistema de Controles Internos


fazem referências à normativa regulamentada pelos órgãos reguladores e
fiscalizadores a que a Elite está inserida. Portanto, trata-se de um trabalho com o qual
todos nós, Diretoria e Colaboradores deverão estar comprometidos e constantemente,
aprimorando-os de modo que seja garantida a aplicação em sua plenitude.

A Diretoria
Manual de Controles Internos

INDICE

HISTORICO DA ELITE 02
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES BASICAS 05
AUDITORIA 11
CANAIS DE COMUNICAÇÃO 13
ATUAÇÃO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 15
REGISTRO E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 17

RECURSOS HUMANOS 20
TERMO DE ETICA E RESPONSABILIDADE DE FUNCIONÁRIO 23
ETICA, CONDUTA E RELACIONAMENTO 26
CONTRATAÇÃO DE CLIENTES 29
PROCEDIMENTOS PARA ATUALIZAÇÃO CADASTRAL 35
PROCEDIMENTOS PARA CONTRATAÇÃO DE AAI 36
CÓDIGO DE ÉTICA E RESPONSABILIDADE AAI 37

GESTÃO FINANCEIRA – TESOURARIA 39


CUSTODIA E LIQUIDAÇÃO OPERACIONAL EM BOLSAS 40
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 45

OUVIDORIA 49
PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO 58

LIMITES OPERACIONAIS 67
OPERAÇÕES NA BM&F 68
OPERAÇÕES NA BOVESPA 70
OPERAÇÕES EM CLUBES 72
OPERAÇÕES EM FUNDOS 74
OPERAÇÕES EM RENDA FIXA 76
OPERAÇÕES EM TESOURO DIRETO 78

IDENTIFICAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO 79


GERENCIAMENTO DE RISCO DE CREDITO 83
GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 86
GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL 89
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE RISCO OPERACIONAL 94
MONITORAÇÃO E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS 99
SUITABILITY 101
TERMO DE OCORRÊNCIA 104
ORGANOGRAMA 105

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Manual de Controles Internos

HISTORICO DA ELITE

 Nome da Instituição

ELITE Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários Ltda.

 Data da Fundação

28/05/83

 Sede Social

PRAÇA PIO X N.º 55 – 11º ANDAR – RIO DE JANEIRO – RJ.

 Composição Societária Atual

FLÁVIO SNELL

MARCELO MASSUD

ELITE – Assessoria e Consultoria Ltda.

OTTO DOS SANTOS

SÉRGIO MOREIRA FRANCO

LEONARDO DE AQUINO LEITE

A Sociedade será gerida e administrada, independente da prestação da caução, pelos


Senhores:

Otto dos Santos - Diretor;

Nelson Medaber - Diretor;

 Data de Ingresso na Bolsa de Valores

28/05/83

 Capital Social

Constante nos Balanços Semestrais

 Vinculações com a Bovespa

CORRETORA REGIONAL 174-0

 Participação em Associações de Classe

SINDICOR – (SINDICATO DAS CORRETORAS).

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Manual de Controles Internos

ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de


Capitais.

ANCORD – Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores


Mobiliários, Câmbio e Mercadorias

REPRESENTAÇÃO JUNTO AO MERCADO

 Diretor Responsável pelo Mercado de Ações:

Otto dos Santos

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ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES BÁSICAS

Do Grupo Diretivo

Administração das atividades da Elite CCVM, orientando-as para consecução dos


objetivos e metas estabelecidas.

Definição de Políticas de relacionamento com o mercado, que evidenciem a


efetividade dos padrões éticos.

Estabelecimento da Política comercial das operações da Elite CCVM, em conjunto


com os Diretores responsáveis pelas operações de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Estabelecimento dos limites de risco das operações dos clientes, em conjunto com os
demais Diretores.

Gestão do Sistema de Controles Internos, no que tange a:


• Manutenção de uma estrutura de controles internos que propicie a melhoria
contínua dos processos;
• Incentivo da promoção junto aos funcionários, de uma cultura organizacional
que demonstre a importância da adoção do Sistema de Controles Internos;
• Designação de Auditores Internos para o SCI;
• Definir, a seu critério, auditorias internas adicionais em processos específicos,
independente dos prazos normais previstos para sua execução;
• Acompanhamento da execução de auditorias internas;
• Adoção das providências decorrentes dos Relatórios dessas auditorias;
• Designação do Gestor responsável por Controles Internos.

Da Auditoria Interna (Terceirizada)

Execução de auditoria no Sistema de Controles Internos da Elite CCVM, com emissão


de relatórios, no mínimo semestrais, verificando:
• A eficácia dos controles;
• A efetividade dos pontos de controle;
• Nível de aderência entre o praticado e o oficializado através de Instrumentos
Normativos;
• Cumprimento de:
 Limites estabelecidos;
 Leis e regulamentos aplicáveis;
 A efetividade das soluções adotadas para correção de desvios.

Recomendação de pontos de controles mais eficazes.


Reporte e verificação da eficácia das ações corretivas decorrentes dos problemas
verificados em seus trabalhos ao Grupo Diretivo.

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Da Assessoria Jurídica

Representação da Elite CCVM junto às entidades da Administração Pública ou de


Empresas privadas, autarquias e fundações, para resolução de questões jurídicas que
afetam ou possam afetar os interesses da Instituição.

Avaliação técnica de minutas de contratos de diversas modalidades, sugeridas pelas


áreas da Elite CCVM, efetuando ajustes em seus conteúdos, para que possam
garantir os interesses da Instituição.

Acompanhamento e defesa de processos, em benefício da Elite CCVM, nas Juntas de


Conciliação e Julgamento, Varas Federais, Estaduais e Tribunais existentes,
elaborando petições, memoriais e sustentações orais, perante órgãos do Poder
Judiciário.

Elaboração das convocações de Assembléia dos acionistas, sua secretaria e


elaboração das respectivas Atas.

Divulgação das informações que afetam as atividades da Elite CCVM, fazendo com
estas sejam recebidas pelas respectivas áreas / colaboradores.

Da Gestão de Controles Internos

Acompanhamento do Sistema de Controles Internos, avaliando e promovendo ações


para corrigir os eventuais desvios, de forma a manter a sua aderência às normas e
regras.

Administração do Sistema Normativo, no que tange a:

• Análise das alterações, incluindo as que envolvam a Estrutura Organizacional


da Elite CCVM, verificando e planejando as ações provenientes dos eventuais
impactos no Sistema de Controles Internos;
• Administração do processo de apreciação de documentos;
• Distribuição e arquivamento dos Instrumentos Normativos.

Da Diretoria de Gestão de Recursos de Terceiros

Estabelecimento da Política comercial dos investimentos relativos à Administração de


Carteiras (Administradas e Individuais) e aos Fundos e Clubes de Investimento, em
conjunto com o Grupo Diretivo.

Execução das operações conforme parâmetros definidos.

Manutenção dos investimentos, de acordo com os parâmetros contratados com os


clientes das Carteiras Individuais.

Da Área Tecnologia da Informação

Avaliação, homologação e instalação de hardware e de software.

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Manual de Controles Internos

Desenvolvimento, implantação, manutenção, documentação e processamento de


sistemas.

Administração e suporte técnico de hardware e de software.

Administração da biblioteca de fontes.

Garantia de conformidade dos serviços de informática aos padrões estabelecidos.


Acompanhamento da implantação e implementação de ações que visam melhorar a
segurança dos bens de informação.

Elaboração e execução do Plano de Contingência Operacional.

Administração de serviços / recursos humanos de informática terceirizados.

Da Tesouraria

Efetivação de Depósitos, DOCs, TEDs, Ordens de Pagamento e Transferência de


Numerário envolvendo direitos e obrigações da Elite CCVM.

Elaboração e divulgação à Gerência Financeira, do Fluxo de Caixa e demais


informações adicionais.

Disponibilização das sobras de Caixa para aplicação.

Disponibilização para a área de Operações RJ/SP, de informações para captação e/ou


aplicação de recursos financeiros próprios.

Controle e Pagamento de todos os compromissos da Elite CCVM.

Registro de todas as operações da Elite CCVM na CETIP ou SELIC.

Acompanhamento da efetivação dos débitos e créditos das operações efetuadas.

Liquidação financeira de todas as operações da Elite CCVM.

Controle financeiro dos Fundos e Clubes de Investimentos da Elite CCVM.

Da Contabilidade

Contabilização das operações, preparação de Demonstrações Financeiras e


recolhimento das obrigações fiscais.

Controle e contabilização de todas as obrigações fiscais, tributárias, trabalhistas e


previdenciárias.

Revisão mensal da adequação do resultado das operações.

Disponibilização ao Banco Central, dos dados e relatórios estabelecidos em


normativos.

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Arquivo de toda documentação envolvida com estas obrigações.

Realização e manutenção do inventário de bens, inclusive os de informação.

Da Gerência Administrativa

Administração das atividades relacionadas à contabilização dos eventos, recursos


humanos e demais serviços administrativos da Elite CCVM.

Elaboração relatórios gerenciais relativos às operações efetuadas.

Recrutamento e seleção de pessoal.

Registro e envio das informações para processamento na área de Recursos Humanos,


das movimentações e ocorrências de pessoal da Elite CCVM relativo aos
colaboradores do Rio de Janeiro e São Paulo (transferências, demissões, férias,
promoções, alterações de salário etc.).

Dos Recursos Humanos

Efetivação de processos de recrutamento e seleção de pessoal, adequados ao nível


do cargo requerido.

Levantamento das informações pessoais dos candidatos, dentro do processo seletivo.

Controle e registro de todas as movimentações da vida profissional do colaborador


que resultem em alterações contratuais.

Cumprimento de todos os encargos trabalhistas em dia.

Do CPD – Processamento

Manutenção da confiabilidade da posição do cliente.

Especificação do comitente nos sistemas internos.

Emissão de Notas de Corretagem.

Controle dos Mapas e Relatórios.

Emissão de relatórios contábeis.

Dos Serviços Gerais

Responsável pelas compras de papelaria, suprimentos para informática,


telecomunicações, limpeza, descartáveis, materiais de manutenção em geral.

Responsável pela supervisão de todos os trabalhos que envolvam mão de obra


terceirizada, tais como elétrica, hidráulica, etc.

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Manual de Controles Internos

Da Diretoria Comercial

Captação de novos clientes.

Dos Agentes Autônomos RJ/SP

Fomento dos negócios da ELITE CCVM, através de contatos com clientes.

Efetivação das operações de prestação de serviços do mercado financeiro, dentro dos


limites estabelecidos e de acordo com a orientação de sua respectiva Diretoria.

Solicitação aos clientes, da documentação necessária às operações, esclarecendo


dúvidas e prazos.

Da Diretoria Operacional

Estabelecimento da Política comercial das operações da Elite CCVM, exceto para


Fundos de Investimento, em conjunto com o Grupo Diretivo.

Estabelecimento dos limites de risco das operações dos clientes, em conjunto com os
demais Diretores.

Das Gerências de Operações RJ/SP

Coordenar as atividades da Mesa de Operações, de acordo com as orientações


recebidas da sua Diretoria.

Coordenação dos Operadores na mesa.

Definição das prioridades para as operações dentro dos padrões estabelecidos.

Acompanhamento da “vida” da operação.

Do Departamento Técnico

Acompanhamento gráfico e de dados (balanços, planos disponibilizados pelas


Empresas, notícias de imprensa etc.) das Empresas cotadas em Bolsa ou em vias de
abertura de capital.

Avaliação econômico-financeira de Empresas e estudos de viabilidade de negócios.

Análise técnica, econômica e de oportunidades de investimentos.

Da Gerência de Custódia

Movimentação da Custódia dos clientes.

Realização do fechamento e abertura da custódia no Sistema Sinacor.

Acompanhamento e conferência da movimentação dos títulos e ativos depositados


como garantia.

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Manual de Controles Internos

Acompanhamento e conferência da movimentação dos títulos e ativos depositados


como garantia.

Realização dos trâmites junto aos Custodiantes e Bolsa de Valores.

Da Área de Ouvidoria

Recepção das informações relativas a eventuais não conformidades na adequada


prestação de serviços da ELITE e na Transferência de suas tecnologias, produtos e
processos;

Apurar a sua fundamentação e buscar solução, caso necessário, garantindo o direito


de resposta ao cliente.

Coleta, análise e interpretação dos dados necessários ao processamento das


informações recebidas.

Acompanhamento até a solução final das informações (denúncias, reclamações,


sugestões, opiniões, perguntas ou elogios) consideradas pertinentes.

Registrar e repasse, a quem de direito, das informações recebidas dos clientes.

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AUDITORIA

CRITÉRIOS BÁSICOS

Do Planejamento e escopo

O Planejamento da Auditoria é feito entre a Empresa de Auditoria Independente, e


o Gestor do Sistema de Controles Internos da Sociedade Corretora,
estabelecendo:

a) áreas a serem auditadas;


b) objetivo e finalidade da auditoria;
c) designação do auditor;
d) elementos aplicáveis do SCI;
e) períodos previstos para realização da auditoria.

A auditoria interna do SCI, terá como escopo:

a) verificar a adequação e conformidade ao Sistema Normativo implementado;


b) determinar a eficácia do SCI implementado, em alcançar os objetivos de
Controle Interno especificados;
c) propiciar oportunidades de melhorias para o SCI.

Da Periodicidade

Por determinação do Conselho Monetário Nacional as auditorias serão realizadas


semestralmente, sendo que os processos de maior risco, a critério da Diretoria,
poderão ser auditados em menor prazo.

Do Acompanhamento

Deverão ser realizadas atividades de acompanhamento das auditorias pelo Diretor


com responsabilidade pelos Controles Internos e pela Diretoria, contemplando:

a) a análise do Relatório de Auditoria;


b) a manifestação dos responsáveis pelas áreas, a respeito de deficiências
constatadas, acompanhadas de cronograma para saneamento;
c) a eficácia das medidas adotadas em relação às atividades que apresentaram
deficiências.

Da Designação do Auditor

A auditoria é realizada por empresa de Auditoria Independente contratada pela


diretoria da Corretora.

Da Preparação da Auditoria

Caberá ao Gestor com responsabilidade pelos Controles Internos, sob orientação


da Diretoria, preparar reunião com o auditor, para a discussão / elaboração do
plano de auditoria, considerando aspectos relativos a:

a) atividades/áreas a serem auditadas;

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Manual de Controles Internos

b) notificação às áreas afetadas;


c) estudo da documentação aplicável;
d) cronograma;
e) logística;
f) preparação de lista de verificação, a critério do auditor responsável.

Da Condução da Auditoria
No início dos trabalhos, o auditor preparará e conduzirá uma reunião de pré-
auditoria juntamente com a equipe responsável pela execução da atividade ou
operação a ser auditada.
Deverá, também, entregar solicitação de documentos necessária ao
desenvolvimento dos trabalhos.
Na execução dos trabalhos, o auditor assegurará que as circunstâncias que
envolvem qualquer constatação serão levadas ao conhecimento do auditado.
Todas as constatações serão claramente relacionadas aos requisitos
estabelecidos pelo SCI e normas aplicáveis.

As não conformidades e observações de auditoria estabelecerão:


• Requisito do SCI afetado;
• Qual a violação constatada;

Ao final dos trabalhos, em reunião de encerramento, serão expostas as


constatações e esclarecidas as dúvidas que possam comprometer o tratamento
das exceções e os problemas constatados durante a auditoria interna.

Relatório Final de Auditoria

Será apresentado aos envolvidos os resultados da auditoria com conhecimento


formal, mediante emissão do Relatório de Auditoria do SCI.

Nesse relatório serão registrados os resultados obtidos pela condução das


auditorias dos controles na organização.

O Diretor de Risco e Controles Internos deverá distribuir o Relatório de Auditoria


para:

 os responsáveis das áreas afetadas;


 a Diretoria.

Esse relatório deverá ficar à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de
5(cinco) anos, juntamente com as manifestações a respeito feitas pela Diretoria
previstas no item acima.

PONTOS DE CONTROLE

Das Atividades

Planejamento das atividades de auditoria interna.


Relatório de Auditoria.
Acompanhamento das ocorrências apontadas.
Manifestação dos gestores das áreas quanto às providências adotadas.

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CANAIS DE COMUNICAÇÃO

CRITÉRIOS BÁSICOS

Da Recepção, Análise e Distribuição das Informações

Ao receber a informação divulgada por qualquer órgão, seja ele regulador ou não,
as áreas listadas ao final terão a incumbência de centralizar o recebimento dessas
informações, analisar o seu conteúdo, no sentido de identificar os impactos nas
atividades da ELITE.

Destacarão os assuntos e providenciarão cópias ou enviarão via e-mail do material


analisado, às áreas/colaboradores envolvidos no assunto.

Se houver ações da ELITE para atender alguma Norma / Regulamentação externa,


datas previstas para sua implementação serão negociadas entre os envolvidos.

As informações externas (Internet, redes públicas e/ou privadas), serão acessadas


pelo receptor da informação, com o objetivo de capturar aquelas relevantes para a
ELITE.

Os mesmos critérios serão adotados para as informações internas da ELITE, ou


seja, a área receptora enviará o material diretamente para os envolvidos,
preferencialmente por meio eletrônico.

Ouvidoria

A Ouvidoria constitui um canal de mediação eficaz e imparcial, entre o nosso


Cliente e a Corretora.

A Ouvidoria não substitui nossos canais de comunicação existentes, que


permanecem ativos e disponíveis aos nossos Clientes.

A Ouvidoria foi criada especificamente para atendimento de reclamações formais


sobre problemas com nossos serviços e atendimento.

Podendo ser contatar diretamente através do nosso 0800.2829900, somente para


registros de reclamações.

Através deste atendimento, será aberto um numero de protocolo, e retornando com


o esclarecimento da reclamação dentro do menor prazo possível.

O andamento da reclamação poderá ser consultado, a qualquer momento, com o


numero do protocolo entregue.

Das Responsabilidades Específicas

As seguintes áreas são as responsáveis pelo tratamento das informações


específicas:

Origem / Destino Área Responsável


BM&FBovespa Diretoria Comercial/Jurídico/Contabilidade

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Bacen/Unicad Diretoria Administrativa Financeira /Jurídico


CVM/ Legislação Diretoria Comercial/Jurídico
Sisbacen/Oficios Judiciais e Legislação Diretoria Administrativa Financeira/Jurídico
Sisbacen/Correio e Legislação Diretoria Administrativa Financeira/Jurídico
Secretaria da Receita Federal Diretoria Adm Fin/Jurídico/Contabilidade
Correspondência e-mail Gerencia administrativa/CPD
Correspondência Física Gerencia administrativa
Ancord Diretoria Comercial/Jurídico

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Manual de Controles Internos

ATUAÇÃO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

OBJETIVOS E METAS

A ELITE tem como meta principal, o assessoramento personalizado e eficiente com


ênfase na segmentação de Pessoas Físicas e Jurídicas, Instituições Financeiras,
Clientes Institucionais e clientes não residentes, estando na segmentação de Pessoas
Físicas e Jurídicas a maior concentração de seus clientes.

Para que isso seja possível, conta com quadro de pessoal estável, treinado e
altamente capacitado para proporcionar sempre um melhor atendimento, tendo como
objetivo a satisfação de seus clientes, em conformidade com a evolução do mercado.

Atuando como membro na BM&FBOVESPA e por intermédio de Correspondentes, a


ELITE através de seus profissionais certificados e integrados às operações da
corretora, proporciona a seus clientes a eficiência, qualidade e confiabilidade
indispensáveis ao mercado acionário em todos os seus segmentos.

A definição e divulgação dos objetivos e metas dão o foco que os


controladores/administradores desejam que seja observado para toda a Instituição.

Os objetivos e metas e o papel de cada um deve ser conhecido, permitindo que a


estrutura organizacional adequada seja alcançada com sinergia entre todos
colaboradores na busca dos resultados esperados.

“Trabalhar em conformidade com normativos internos e com regulamentações


externas, melhorar continuamente os processos realizados na ELITE de modo a
garantir a manutenção das parcerias de negócios com os Clientes, o retorno
adequado aos Acionistas e a satisfação dos Colaboradores.”

Em um mercado altamente competitivo, a velocidade na mudança da economia e da


tecnologia representa desafios permanentes para o desempenho das organizações. O
sucesso do passado não garante a sobrevivência do presente e muito menos do
futuro.

São divulgados informalmente a todos os colaboradores da Instituição, informando-os


quanto à sua importância e necessidade de torná-los efetivos, levando ao alcance e a
condução das atividades na busca dos objetivos e metas, buscando de todos os
colaboradores melhor definição de conceitos e valores que possibilitem parâmetros
para o desenvolvimento de sua Cultura Organizacional.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

A Elite ao longo de 2013, deve buscar contratar colaboradores para as áreas que
julgamos carentes e estes profissionais devem estar em linha com as premissas a
serem adotadas.

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Manual de Controles Internos

Sendo assim, para perseguirmos os objetivos descritos, julgamos que as áreas


Comercial, Produtos Estruturados e Tecnologia da Informação podem receber novos
profissionais.

Crescendo a equipe, adotando a nova postura internamente, esperamos nos primeiros


12 meses seguintes a tudo implantado, crescer 50% o número de clientes ativos.
Reavaliaremos todas as medidas adotas e seus respectivos resultados após este
prazo.

A área de Produtos Estruturados, em parceria com a área Comercial, deverá


desenvolver amplo leque de oportunidades de investimentos: em renda variável
(segmentos Bovespa e BM&F), em renda fixa (Tesouro Direto, BTC, fundos próprios e
de terceiros), em produtos imobiliários (FIIs, CRIs, LCIs), em câmbio (Travel Money
para PF), através de parcerias com terceiros e/ou com equipe interna. A ideia é
atender de forma personalizada nossos clientes, graças não só aos produtos que
teremos mas, principalmente, aos profissionais que pretendemos ter: certificados e
treinados para oferecer os produtos adequados ao perfil de investimento de nossos
clientes.

O Plano Elite 100, devido ao advento do PQO – Programa de Qualificação


Profissional, admite termos novas filiais e até mesmo, eventualmente, escritórios de
Agentes Autônomos de Investimentos em determinadas regiões de nosso país. Isto
desde que os Agentes Autônomos tenham reputação comprovadamente ilibada e que
as instalações estejam de acordo com o descrito no PQO - Roteiro Básico.

Em 2013 proporemos, inclusive, a outras corretoras com atuação regional fora do eixo
RJ-SP, onde não temos presença relevante, o modelo de ”partnership”. Uma vez que
haja resultados concretos para os desafios propostos, ofereceremos aos talentos, com
o intuito de retê-los, a oportunidade de serem sócios de nosso negócio. Como dito,
sempre levando em conta a meritocracia.

Avaliaremos constantemente como melhor divulgar o nome da Elite, e seus projetos,


junto aos veículos de comunicação e aos nossos clientes e colaboradores.

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Manual de Controles Internos

REGISTRO E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

CRITÉRIOS BÁSICOS

Da Contabilização

A escrituração obedece ao regime de competência, sendo realizada mediante a


utilização de documentos hábeis.

A Contabilidade efetua os registros dos fatos contábeis da Corretora ELITE, com a


observância da legislação atual, e de acordo com os critérios do Plano Contábil das
Instituições Financeiras – COSIF e do Manual de Normas e Instruções – MNI.

No Sistema Financeiro brasileiro, além das normas e princípios técnicos de


contabilidade, devem-se observar as normas de funcionamento editadas pelo Banco
Central e Comissão de Valores Mobiliários.

A escrituração deverá ser completa, mantendo-se em registros permanentes todos os


atos e fatos administrativos que modifiquem ou venham a modificar sua composição
patrimonial. O simples registro contábil não constitui elemento suficientemente
comprobatório, devendo a escrituração ser fundamentada em comprovantes hábeis
para a perfeita validade dos atos e fatos administrativos.

Da Contabilidade

A par das disposições legais e das exigências regulamentares especificas a


escrituração, deve-se observar ainda, os princípios fundamentais de contabilidade,
cabendo a Instituição:

• Adotar métodos e critérios uniformes no tempo, sendo que as modificações


relevantes devem ser evidenciadas em notas explicativas, quantificando,
quando aplicável, os efeitos nas demonstrações financeiras;

• Registrar as receitas e despesas no período em que elas ocorram e não na


data do efetivo ingresso ou desembolso, em respeito ao regime de
competência;

A Contabilidade é responsável junto à Lei das S/As, ao Conselho Regional de


Contabilidade e ao Banco Central etc., pela fidedignidade das Demonstrações
Financeiras, cujo descumprimento sujeitará a sanções legais.

É responsável por conciliar, entre outras, as seguintes contas ou grupos contábeis:

 Bancos;
 Contas a receber;
 Outros Valores e Bens;
 Contas do Ativo Imobilizado;
 Contas de Investimentos Permanentes;
 Contas do Diferido;
 Fornecedores;
 Contas a Pagar em Geral;

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Manual de Controles Internos

 Impostos – todos (IR, CS, IRRF, PIS, COFINS, etc.);


 Resultado de Exercícios Futuros;
 Contas do Patrimônio Líquido;
 Contas de Resultado.

Das Atividades

Dentre as atividades, destacamos as seguintes:

Lançamento e conferência de todos os documentos relativos ao funcionamento da


Corretora.

Controle e recolhimento dos impostos, contribuições e encargos previdenciários,


preparando os documentos e ordens de emissão de pagamentos, observando os
vencimentos dessas obrigações. Após o pagamento os mesmos são arquivados.

Fechamento do Balancete Mensal, após efetuadas as devidas conciliações em todas


as contas ativas e passivas.

Conciliação das Contas Correntes dos Clientes que permanecerem com saldos em
aberto no último dia de cada mês, verificando a veracidade dos saldos e confirmando
se estão de acordo com os valores correspondentes nas áreas de Liquidação de
Bolsas e Custódia.
Apuração e recolhimento do Imposto de Renda e da Contribuição Social (os quais são
sempre devidamente conferidos pela empresa de auditoria Independente)

Apuração da Receita que servirá de Base de Cálculo (conforme planilha emitida pelo
Banco Central do Brasil) para recolhimento do Programa de Integração Social - PIS e
Contribuição ao Finsocial – COFINS.

Registro na Junta Comercial do Livro Diário.

Realização mensal das Provisões de Férias e Décimo Terceiro Salário do pessoal,


bem como os devidos encargos sociais correspondentes.

Elaboração e encaminhamento à Receita Federal da D.C.T.F. (Declaração de Créditos


Tributários Federais) e do DACON (Demonstrativo de Apuração de Contribuições
Sociais).

Preparação e envio das Informações Financeiras Trimestrais – IFT ao Banco Central


do Brasil, a qual deve ser devidamente revisada por Auditoria Independente.

Realização do encerramento do Balanço Semestral e Anual, com as efetivas


transferências das contas de Resultado.

Preenchimento e entrega a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ);

Preenchimento e entrega a Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF);

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Manual de Controles Internos

Analise das alterações da legislação tributária, em constante mutação, com o objetivo


da correta apuração do Lucro Real e a conseqüente carga de impostos e
contribuições, evitando-se dessa forma o recolhimento indevido ou a autuação fiscal;

Estudo a melhor forma de tributação do Imposto de Renda, verificando com


antecedência a legislação pertinente.

Da Segregação de Funções

As atividades de registros, análises e verificações contábeis serão executadas por


colaboradores diferentes daqueles envolvidos nos negócios e no relacionamento com
clientes.

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Manual de Controles Internos

RECURSOS HUMANOS

CRITÉRIOS BÁSICOS

Do Planejamento da Contratação

Toda necessidade de contratação será criteriosamente analisada, no sentido de


verificar se não há possibilidade de aproveitamento interno de recursos.

Esgotada essa possibilidade, a área solicitante definirá os dados relativos ao cargo


solicitado, quanto a:

• Requisitos técnicos;
• Perfil desejado do colaborador a ser contratado.

Definirá também, o tipo de vínculo que o mesmo terá com a ELITE, podendo ser:

 Com vínculo empregatício (empregados);


 Sem vínculo empregatício (terceiros):
- Temporário;
- Autônomo;
- Contratado.

Não serão terceirizados os serviços relacionados aos cargos de confiança da ELITE.

Do Recrutamento e Seleção

Os candidatos, cujos currículos foram selecionados em primeira instância, serão


chamados para darem início ao processo de seleção.

Os candidatos serão encaminhados para as entrevistas, cabendo ao responsável pela


solicitação do recurso, a palavra final sobre a aprovação ou não do candidato.

O candidato selecionado será encaminhado para as seguintes providências:


• Exame médico (para os colaboradores com vínculo empregatício);
• Obtenção da documentação necessária para a contratação.

Da Contratação

De posse do exame médico e de toda documentação solicitada pela ELITE, será feita
a devida formalização da contratação com o respectivo colaborador.

Após a devida formalização da contratação, ou seja, apto clinicamente e registro em


carteira (com vínculo empregatício) e assinatura do Termo de Responsabilidade, ou
contrato assinado (sem vínculo empregatício) o colaborador será liberado a assumir
suas atividades dentro da ELITE.

Deverão, ainda, serem rigorosamente atendidas às normas regulamentadoras do


Ministério do Trabalho e do Emprego.

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Manual de Controles Internos

Do Controle das Movimentações

Toda alteração na vida profissional do colaborador dentro da ELITE será controlada,


de forma a manter adequado o contrato entre as partes, firmados com empregados ou
com prestadores de serviço.

Os controles e registros serão efetuados pelas áreas responsáveis pela administração


do contrato, dependendo do processo envolvido:

Responsável por Recursos Humanos:


• Admissão;
• Transferência de área;
• Alterações abrangendo cargo, remuneração e benefícios;
• Férias;
• Afastamento (por licenças médicas/maternidade etc.);
• Desligamento.

Essa documentação será arquivada junto com o respectivo contrato com do


colaborador.

Área de Contabilidade:
• Comunicações das admissões e desligamentos ao Ministério do Trabalho e
Emprego;
• Cálculos das obrigações fiscais, tributárias, trabalhistas e previdenciárias
envolvidas.

Treinamento

Da Identificação da Necessidade

As necessidades de treinamento serão identificadas quando a ELITE julgar


conveniente preparar o colaborador para desempenhar adequadamente as atividades
a ele confiadas.

A identificação da necessidade de treinamento poderá ocorrer quando:

 Da admissão do empregado;
 Da alteração do cargo (ex: promoção) e das funções do empregado;
 Na implantação e implementação de novas sistemáticas de trabalho;
 Na informação ao colaborador das regras e princípios da ELITE.

Será dada preferência para que o treinamento seja ministrado por Instrutor Interno.

PONTOS DE CONTROLE

Das Atividades

Formalização da contratação de colaboradores (registro em carteira e contratos


assinados).

21
Manual de Controles Internos

Manutenção da documentação pessoal necessária à contratação do colaborador e


documentação pertinente posterior.

Registro das movimentações da vida profissional do colaborador que gerarem


alterações contratuais.

Cumprimento dos prazos legais/regulamentares exigidos para a formalização das


rotinas de recursos humanos.

Encaminhamento de todas as informações exigidas aos órgãos


reguladores/fiscalizadores.

Documentação arquivada pelo prazo determinado na regulamentação.

Manutenção de sigilo/confidencialidade das informações de R.H.

Recolhimento devido de todos os encargos envolvidos.

22
Manual de Controles Internos

TERMO DE ÉTICA E RESPONSABILIDADE DE FUNCIONÁRIO

........................................................., RG ........................-....., residente à Rua


.................................nº ........., Bairro......................, Cidade de ............................., na
qualidade de funcionário da ELITE Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários Ltda.
declara estar ciente das normas legais e de conduta abaixo especificadas, bem como
concorda em respeitá-las no cumprimento de suas atribuições, ficando pessoalmente
responsável por todo e qualquer ato que praticar em desacordo com a mesmas.

1) Ter compromisso com a qualidade e se esforçar constantemente para superar as


expectativas dos clientes da Corretora e surpreendê-los positivamente;

2) Manter sigilo sobre informações confidenciais que tiver acesso em decorrência


do exercício de sua função, sendo proibida a transferência de tais informações a
pessoas não habilitadas ou que possam vir a utilizá-las indevidamente, em
processo de decisão de investimento, próprio ou de terceiros;

3) Tem conhecimento da Lei n.º 9.613/98, das Circulares n.º 3.461/04 e 3.654/13e
das cartas-circulares 3.220/05 e 3151/04, do Banco Central, que dispõe sobre os
crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores e sobre a
identificação, o cadastro, o registro, as operações, a comunicação e a
responsabilidade administrativa de que trata referida lei;

4) Tem conhecimento dos procedimentos descritos no Manual dos Sistemas de


Controles Internos - Compliance, instituídos de acordo com a Resolução n.º
2.554/98 do Conselho Monetário Nacional, alterada pela Resolução 3056/02,
que trata dos conceitos e das atividades praticadas pela Elite;

5) É ciente da responsabilidade pela guarda dos equipamentos e documentos


relativos a sua atividade, guardando em gavetas ou arquivos trancados
documentos contendo assuntos confidenciais e em lugar seguro papeis de
trabalho de modo a que não permaneçam sobre suas mesas após o expediente;

6) Está ciente que as ligações realizadas na Elite são monitoradas, sendo que os
registros são gravados e arquivados para eventuais consultas. Dessa forma e
pelo conhecimento desse procedimento declara e autoriza para todos os fins a
utilização dessas gravações para as finalidades a que se reservam;

7) Responderá civil e criminalmente no caso da inobservância das condições desse


termo pelas quais se obrigou a zelar;

8) A ELITE Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários Ltda. ainda se reserva ao


direito de processar o signatário por perdas e danos visando o ressarcimento de
seus prejuízos caso comprovado o vazamento de informações.

E por estarem assim justos e contratados firmam o presente em 02 (duas) vias de


igual teor e para um só efeito na presença de 02 (duas) testemunhas.

23
Manual de Controles Internos

Rio de Janeiro,

ELITE Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários Ltda.

NOME DO FUNCIONÁRIO:
RG:
CPF:
Assinatura: ________________________________

Testemunhas:

Nome:
RG. :
CPF.:
Assinatura: ________________________________

Nome:
RG.:
CPF.:
Assinatura: ________________________________

24
Manual de Controles Internos

ÉTICA, CONDUTA E RELACIONAMENTOS DA ELITE

PRINCÍPIOS ÉTICOS E REGRAS DE CONDUTA DA ELITE

As Regras de Conduta da ELITE a seguir, foram desenvolvidas em conformidade


com os melhores Princípios Éticos, com o disposto na legislação vigente da
Comissão de Valores Mobiliários e com as Resoluções específicas definidas pelas
Bolsas. Essas Regras são aplicáveis em todo seu processo operacional.

Princípios Éticos e Regras de Conduta

 Adotar uma postura profissional que não venha a prejudicar nem os clientes
nem a empresa, com relação às operações efetuadas;
 Não fazer uso de informações privilegiadas;
 Capacitar e estar capacitado a exercer suas funções;
 Manter controles rígidos do fluxo de informações dentro da ELITE, em todos os
seus setores;
 Promover uma cultura de transparência com relação às suas atividades e ao
relato de eventuais problemas que ocorram, de modo a solucioná-los da melhor
maneira possível, tanto para a ELITE como para os clientes.
 Manter sigilo relativo às operações realizadas dentro da ELITE.

FORMA DA ELITE SE RELACIONAR COM:

Clientes

A ELITE por si (e seus prepostos) buscará o atendimento dos interesses de seus


clientes.

Não permitirá e nem aceitará a adoção de práticas desleais dentro ou fora de suas
dependências.

Observados os preceitos legais, a ELITE manterá sigilo sobre as operações de


seus clientes.

O relacionamento com clientes será conduzido pelos operadores e responsáveis


pelas áreas, tanto no relacionamento do dia-a-dia como na resolução de problemas,
sendo que, nesse último caso, a Diretoria deverá estar sempre informada da
ocorrência e da solução adotada.

No caso de novos clientes, a Diretoria encarregar-se-á da apresentação da


empresa ao cliente.

Congêneres

Quando prestando serviços de qualquer natureza em conjunto ou representando


congênere, zelará pelos interesses comuns e pela integridade e capacidade
financeira dos clientes finais, assegurando-se quanto a existência de garantias e
controlando fatores de risco associados.

25
Manual de Controles Internos

A ELITE adotará práticas que contribuam para o crescimento do mercado como um


todo e não adotará atitudes que configurem concorrência desleal ou prática não
eqüitativa.

No dia-a-dia de trabalho, o contato com congêneres será feito através dos


responsáveis pelas áreas pertinentes.

Empregados e Demais Colaboradores

O relacionamento com seus empregados e colaboradores se processará de forma


transparente e justa, respeitando os interesses mútuos e atuando-se
preventivamente quanto a riscos que possam envolver a ELITE e o Profissional,
inclusive aqueles relacionados à reputação.

Para tanto, todos os seus empregados aderem a um termo de compromisso, no


qual constam os princípios éticos e a formas de conduta a serem cumpridas com
relação à ELITE e as suas atividades. Esse termo consta de documento anexo ao
assunto "Recursos Humanos" deste Manual e é assinado em duas vias, sendo uma
entregue ao colaborador e outra arquivado em pasta própria em seu nome, junto
aos demais documentos.

26
Manual de Controles Internos

CONTRATAÇÃO DE CLIENTES

CRITÉRIOS BÁSICOS

Da Atuação

A ELITE atenderá os seguintes tipos de clientes:

 Instituições Financeiras;
 Clientes Institucionais;
 Pessoas Físicas;
 Pessoas Jurídicas;
 Pessoas Vinculadas;
 Clientes de Correspondentes; e
 Clientes não residentes.

Da Captação de Clientes

A ELITE efetua a captação de seus clientes através de Contatos Diretos de suas


Mesas de Operações e de Agentes Autônomos de Investimentos ou de Instituições do
Sistema de Distribuição. Nas duas últimas modalidades, serão firmados contratos
específicos entre as partes (Agentes ou Instituições e ELITE) sobre a forma de
captação.

Os Agentes Autônomos de Investimentos serão contratados desde que possuam


autorização da CVM para o exercício dessa atividade.

Dentro desse contexto, o Diretor de Operações deverá certificar-se se foram dadas


aos clientes, as seguintes informações a respeito:

 Da ELITE;
 Das suas Regras e Parâmetros de Atuação;
 Dos Mercados onde atua;
 Das Operações a Termo, Futuro e Opções.

Será remetida aos clientes, em tempo hábil, antes das operações, toda a
documentação relativa ao seu cadastramento:

 Para operações na BOVESPA; e


 Para operações no Homebroker.

Da Ficha Cadastral

Conceito de Cadastro:

A Ficha Cadastral é um documento que relaciona as informações do cliente:


identificação, endereço, referências, dados patrimoniais, financeiros e outros,
objetivando avaliar os seus aspectos qualitativos, contra os quantitativos, evidenciados
por sua capacidade financeira.

27
Manual de Controles Internos

Para realizar operações todos os clientes deverão estar devidamente cadastrados,


conforme procedimentos determinados pelos órgãos reguladores.

Das Operações nos Mercados a Prazo

Antes da abertura de posição, os clientes assinarão os contratos específicos para essa


finalidade, que conterão, no mínimo, todas as cláusulas estipuladas segundo os
regulamentos desses mercados / Bolsa.

Do Estabelecimento e Controle do Limite Operacional/perda

Para avaliação do Limite Operacional, alguns procedimentos/documentos poderão ser


considerados, tais como:

 Relação de Bens e Valores Móveis e Imóveis de sua propriedade e Informação


da Renda Mensal Auferida, em caso de cliente pessoa física, ou
Demonstrações Financeiras, se cliente pessoa jurídica;

 Carteira de títulos e análise de operações já realizadas; e

 Resultado das consultas feitas ao SERASA, ou outro órgão de Serviço de


Proteção ao Crédito (se necessário);

Feita avaliação será aprovado um limite operacional pela Diretoria, conforme descrito
no item "Prevenção à Lavagem de Dinheiro".

O limite será controlado formalmente, no sentido de:

Não comprometer o patrimônio da ELITE, principalmente com operações realizadas


nos mercados derivados;

Não exceder o limite estabelecido para cada cliente. Os excessos serão analisados e
aprovados pela Diretoria, com documento que evidencie essas ações.

Manter a compatibilidade entre as correspondentes movimentações de recursos,


atividade econômica e a capacidade financeira dos clientes.

Da Habilitação

O cliente será cadastrado no Sistema de Cadastro Interno da ELITE, conforme


procedimentos determinados nas legislações da CVM, Bacen e Bovespa.

Também será cadastrado junto ao Sistema de Cadastro de Clientes da Bovespa,


considerando os procedimentos instituídos pela mesma e recebendo o respectivo
código de cliente, que passará a ser informado em todos os negócios realizados.

Para cadastrar o cliente, além das fontes de referências consultadas, SERASA ou


outro tipo serviço de proteção ao crédito, serão providenciados, no mínimo, cópias dos
seguintes documentos:

28
Manual de Controles Internos

a) Pessoa Física:

 Ficha Cadastral preenchida, inclusive as Autorizações e Declarações


existente na ficha;
 Cadastro de Pessoa Física (CPF);
 Documento de identidade;
 Comprovante de residência;
 Termo de Identificação de Procurador / Representante (se houver);
 Situação Financeira / Patrimonial do Investidor;
 Declaração para identificação das pessoas consideradas politicamente
expostas:
( ) Não ( ) Sim, Sou Pessoa Politicamente Exposta, conforme definido na
Legislação.
( ) Não ( ) Sim, Possuo parentes politicamente expostos, conforme definido
na Legislação.

Caso positivo, supervisionar de maneira mais rigorosa a relação de negócio


mantida com pessoa politicamente exposta.

É considerada PPE:

 Aquela que desempenha ou tenha desempenhado, nos últimos 5 anos


(contados, retroativamente, a partir da data de início da relação de negócio
com a ELITE ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como
PPEs), cargos, empregos ou funções públicas relevantes, no Brasil ou em
outros países, territórios e dependências estrangeiros, assim como seus
representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo;
 Cargo, emprego ou função pública relevante, exercido por chefes de estado
e de governo, políticos de alto nível, altos servidores dos poderes públicos,
magistrados ou militares de alto nível, dirigentes de empresas públicas ou
dirigentes de partidos políticos;
 Familiares da pessoa politicamente exposta, seus parentes, na linha direta,
até o primeiro grau, assim como o cônjuge, companheiro e enteado;
 O detentor de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo da
União;
 O ocupante de cargo no Poder Executivo da União de(o);
 _ Ministro de Estado ou equiparado;
 _ Natureza especial ou equivalente;
 _ Presidente, Vice-Presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias,
fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista;
ou
_ Grupo direção e assessoramentos superiores – DAS nível 6 e
equivalentes;
 O membro do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e
dos tribunais superiores;
 O membro do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral
da República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do
Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais
da República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e Distrito
Federal;

29
Manual de Controles Internos

 O membro do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do


Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União;
 Os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Presidentes de
Tribunal de Justiça, de Assembléia Legislativa e de Câmara Distrital e os
Presidentes de Tribunal e de Conselho de Contas de Estados, de
Municípios e do Distrito Federal; e
 Os Prefeitos e Presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados.

Pessoa Jurídica:

 Ficha Cadastral preenchida, inclusive as Autorizações e Declarações


existente na ficha;
 Regulamento, Estatuto ou Contrato Social registrado no órgão competente,
que qualifique e autorize os representantes, mandatários ou prepostos;
 Cópia de procuração (se houver);
 Cópia do cartão CNPJ;
 Número de identificação do registro empresarial (NIRE);
 Demonstração financeira recente.
 Dados das Pessoas Físicas representantes da Pessoa Jurídica e pessoas
autorizadas a emitir ordens:
Cópia do CPF:
Cópia do RG;
Cópia do comprovante de residência; e
Termo de Identificação de Procurador e/ou Representante.
 Demonstração Financeira e Patrimonial.

c) Clientes não residentes;

 N. º do registro eletrônico CVM;


 N. º do registro declaratório (RDE) do Bacen;
 Preenchimento da ficha cadastral com dados e documentos do
representante;
 Cópia do CNPJ (Cartão Nacional de Pessoas Jurídicas);

Obs.: No caso de cadastro simplificado de clientes não residentes, a Corretora


deverá adotar medidas necessárias com o fim de assegurar-se de que as
informações cadastrais do cliente serão prontamente apresentadas pela instituição
estrangeira, sempre que solicitadas.

A ELITE deve obter as cópias dos documentos dos clientes e conferi-las com os
originais, sendo que as autorizações/declarações devem ser representadas por
documentos originais.

Do Arquivamento das Fichas Cadastrais e dos Documentos Pertinentes

A documentação do cliente (Ficha Cadastral e documentos pertinentes) será


arquivada pelo prazo mínimo de cinco anos, contados da data da última operação
realizada pelo cliente. Podendo este prazo ser estendido indefinidamente na
hipótese de existência de investigação comunicada formalmente pela CVM à
pessoa ou instituição.

30
Manual de Controles Internos

Da Revisão / Renovação Cadastral

As Fichas Cadastrais dos clientes ativos sofrerão atualizações em períodos não


superiores a 24 meses, bem como suas respectivas documentações sofrerão
avaliações constantes quanto ao correto preenchimento e validade.

As mudanças de endereços dos clientes serão processadas nos sistemas de


cadastros da Corretora e da Bolsa, mediante a ordem expressa e escrita dos clientes,
acompanhada do correspondente comprovante do novo endereço. Esses documentos
serão arquivados e mantidos à disposição dos órgãos reguladores pelo prazo mínimo
de 05 (cinco) anos.

As ausências das fichas cadastrais e problemas constatados serão informados pelo


responsável pelo Cadastro ao Diretor de Operações para verificação e regularização.

Alterações Cadastrais

Acolher a solicitação formal do cliente acompanhada de documentação comprobatória,


a saber:

 Alteração de endereço de cliente pessoa física:


Copia do Comprovante de residência;

 Alteração de endereço de cliente pessoa jurídica:


Carta da empresa, assinada por seus representantes legais;

 Outras alterações, mediante preenchimento de nova ficha cadastral e envio


da documentação comprobatória correspondente.

Examinar e registrar os dados das alterações cadastrais do cliente nos sistemas das
Bolsas e no Sinacor, arquivando a documentação na pasta do Cliente.

PONTOS DE CONTROLE

Das Atividades

Preenchimento completo e adequado da ficha cadastral.

Habilitação de clientes na ELITE e na Bolsa de Valores antes das operações.

Manutenção periódica das fichas cadastrais, da documentação suporte e dos


contratos das operações nos mercados a prazo.

Aprovação do limite de crédito, antes da realização da 1a operação.

Monitoramento do limite de crédito dos clientes.


Revisão periódica do limite de crédito dos clientes.

Controle da documentação arquivada, pelo prazo que deve ser mantida à disposição
dos órgãos reguladores.

31
Manual de Controles Internos

Análise de Perfil de Investidor e Classificação do Cliente

Os clientes da Elite, ao efetuarem o recadastramento ou cadastramento, deverão


ser classificados como clientes Varejo ou Profissional. Tal classificação deverá
observar os conceitos abaixo:

Varejo – clientes pessoa física ou jurídica não financeira.

Profissional – clientes institucionais, pessoas jurídicas financeiras ou pessoa física


que possui acesso direto aos sistemas de negociação da BM&FBOVESPA.

Todos os clientes da Elite, ao se cadastrarem nesta, deverão preencher formulário


de Analise de Perfil de Investidor (“API”) anexo ao Contrato. Tal formulário visa
auxiliar na definição do perfil de risco, experiência e horizonte de investimento do
cliente. De posse de tal informação e das demais informações constantes do
cadastro do cliente, este será enquadrado em um dos perfis elencados abaixo.

Os clientes que já operam ou operaram na Elite terão seu perfil definido com base
nas operações já realizadas e em índices calculados a partir dos negócios
realizados em relação às carteiras detidas (“giro”).

Classificação dos Perfis

CONSERVADOR: investidor que prioriza a preservação de seus recursos. Evita, ao


máximo, correr riscos que possam comprometer o seu patrimônio.
Enquadra-se: clientes que obtém de 7 a 9 pontos no API ou clientes que só
operam no mercado a vista e praticamente só em operações de compra.

MODERADO: aceita correr pouco risco em busca de melhor rentabilidade.


Direciona a grande parcela de seus recursos para aplicações mais seguras.
Enquadra-se: cliente que obtém de 10 a 16 pontos no API ou que opera no mercado
à vista com giro mensal de até 2 vezes os ativos custodiados na Elite.

ARROJADO: possui conhecimento do mercado e aceita exposição a riscos em


busca de ganhos adicionais a médio e longo prazo. Direciona seus recursos para
investimentos de maior volatilidade.
Enquadra-se: clientes que obtém de 17 a 22 pontos no API ou operam no mercado
de termo e de opções (isoladamente) além do mercado a vista. Adicionalmente,
pode ser considerado investidor de perfil arrojado o cliente que apresenta giro entre
2 e 3 vezes em relação aos ativos detidos na Elite.

AGRESSIVO: é inclinado a correr riscos visando a máxima rentabilidade possível


para seus investimentos. Não se preocupa com flutuações momentâneas do
mercado, pois visualiza compensações em longo prazo.
Enquadra-se: clientes que obtém de 23 a 28 pontos no API ou opera nos
mercados a vista, a termo e de opções simultaneamente, realizando estratégias
alavancadas de investimento. Adicionalmente, pode ser considerado investidor de
perfil arrojado o cliente que apresenta giro maior que 4 vezes em relação aos ativos
detidos na Elite.

32
Manual de Controles Internos

PROCEDIMENTOS PARA ATUALIZAÇÃO CADASTRAL

Da Revisão / Renovação Cadastral

As Fichas Cadastrais dos clientes ativos sofrerão atualizações em períodos não


superiores há 24 meses, bem como suas respectivas documentações sofrerão
avaliações constantes quanto ao correto preenchimento e validade.

As mudanças de endereços dos clientes serão processadas nos sistemas de


cadastros da Corretora e da Bolsa, mediante a ordem expressa e escrita dos
clientes, acompanhada do correspondente comprovante do novo endereço. Esses
documentos serão arquivados e mantidos à disposição dos órgãos reguladores pelo
prazo mínimo de 05 (cinco) anos.

As ausências das fichas cadastrais e problemas constatados serão informados pelo


responsável pelo Cadastro ao Diretor de Operações para verificação e
regularização.

Alterações Cadastrais

Acolher a solicitação formal do cliente acompanhada de documentação


comprobatória, a saber:

 Alteração de endereço de cliente pessoa física:


Copia do Comprovante de residência;

 Alteração de endereço de cliente pessoa jurídica:


Carta da empresa, assinada por seus representantes legais;

 Outras alterações, mediante preenchimento de nova ficha cadastral e envio


da documentação comprobatória correspondente.

Examinar e registrar os dados das alterações cadastrais do cliente nos sistemas


das Bolsas e no Sinacor, arquivando a documentação na pasta do Cliente.

33
Manual de Controles Internos

PROCEDIMENTOS PARA CONTRATAÇÃO AGENTE AUTÔNOMO

Em conformidade com a ICVM 497/11 e a legislação vigente, seguimos o roteiro


abaixo:

Fazemos consultas prévias aos órgãos reguladores, CVM e ANCORD e aos


órgãos de proteção.

Realizamos procedimentos prévios de verificação da regularidade, credenciamento,


certificação BM&BOVESPA, idoneidade, capacidade estrutural e técnica do AAI,
firma individual ou Sociedade de AAI que pretenda contratar;

Formalizamos, por meio de contrato escrito, a sua relação com o AAI, sua firma
individual ou Sociedade de AAI;

Mantemos, enquanto vigorar o contrato, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos


contados a partir de sua rescisão, ou por prazo superior por determinação expressa
da CVM ou da ANCORD, em caso de processo administrativo, todos os registros,
documentos e comunicações, internas e externas, inclusive eletrônicos,
relacionados à contratação e à prestação de serviços de cada agente autônomo por
ela contratado.

Inscrevemos o nome do AAI, de sua firma individual ou de Sociedade de AAI (com


todos os seus sócios), com o qual tenha celebrado contrato em toda e qualquer
relação de AAI contratados que vier a divulgar, no prazo de 5 (cinco) dias úteis,
contados da contratação.

34
Manual de Controles Internos

TERMO DE ÉTICA E RESPONSABILIDADE DE AAI

.............................................................., RG ........................-....., CPF nº ............................,


residente à Rua ..................................................nº ........., Bairro............................, na cidade de
............................., na qualidade de Agente Autônomo de Investimentos da ELITE Corretora de
Câmbio e Valores Mobiliários Ltda., devo estar ciente das normas legais e de conduta abaixo
especificadas, bem como respeitá-las no cumprimento de suas atribuições, ficando
pessoalmente responsável por todo e qualquer ato que praticar em desacordo com as
mesmas.

1) Ter compromisso com a qualidade e se esforçar constantemente para superar as


expectativas dos clientes e surpreendê-los positivamente;

2) Deve agir com probidade, boa fé e ética profissional, empregando no exercício da


atividade todo o cuidado e a diligência esperados de um profissional em sua posição, em
relação aos clientes e à instituição integrante do sistema de distribuição de valores
mobiliários pela qual tenha sido contratado;

3) Manter sigilo sobre informações confidenciais que tiver acesso em decorrência do


exercício de sua função, sendo proibida a transferência de tais informações a pessoas
não habilitadas ou que possam vir a utilizá-las indevidamente, em processo de decisão
de investimento, próprio ou de terceiros;

4) Ter conhecimento da Lei n.º 9.613/98, da Circular n.º 3.461/04 e das cartas-circulares
3.220/05 e 3151/04, do Banco Central, que dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou
ocultação de bens, direitos e valores e sobre a identificação, o cadastro, o registro, as
operações, a comunicação e a responsabilidade administrativa de que trata referida lei;

5) Ter conhecimento dos procedimentos descritos no Manual dos Sistemas de Controles


Internos - Compliance, instituídos de acordo com a Resolução n.º 2.554/98 do Conselho
Monetário Nacional, alterada pela Resolução 3056/02, que trata dos conceitos e das
atividades praticadas pela Elite;

6) Ter conhecimento da Instrução CVM nº 497/11, que dispõe sobre a atividade de Agente
Autônomo de Investimento.

7) É ciente da responsabilidade pela guarda dos equipamentos e documentos relativos a


sua atividade, protegendo documentos contendo assuntos confidenciais em lugar
seguro papeis de trabalho de modo a que não permaneçam sobre suas mesas após o
expediente;

8) Está ciente que as ligações realizadas na Elite são monitoradas, sendo que os registros
são gravados e arquivados para eventuais consultas. Dessa forma e pelo conhecimento
desse procedimento declara e autoriza para todos os fins a utilização dessas gravações
para as finalidades a que se reservam;

9) É vedado ao Agente Autônomo de Investimento:

 manter contrato para a prestação dos serviços relacionados no art. 1º da ICVM


497/11, com mais de uma instituição integrante do sistema de distribuição de
valores mobiliários;
 receber de clientes ou em nome de clientes, ou a eles entregar, por qualquer razão e
inclusive a título de remuneração pela prestação de quaisquer serviços, numerário,
títulos ou valores mobiliários ou outros ativos;

35
Manual de Controles Internos

 ser procurador ou representante de clientes perante instituições integrantes do


sistema de distribuição de valores mobiliários, para quaisquer fins;
 contratar com clientes ou realizar, ainda que a título gratuito, serviços de
administração de carteira de valores mobiliários, consultoria ou análise de valores
mobiliários;
 atuar como preposto de instituição integrante do sistema de distribuição de valores
mobiliários com a qual não tenha contrato para a prestação dos serviços
relacionados no art. 1º da ICVM 497/11,
 delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços que constituam
objeto do contrato celebrado com a instituição integrante do sistema de distribuição
de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado;
 usar senhas ou assinaturas eletrônicas de uso exclusivo do cliente para transmissão
de ordens por meio de sistema eletrônico; e
 confeccionar e enviar para os clientes extratos contendo informações sobre as
operações realizadas ou posições em aberto.

10) A ELITE Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários Ltda. ainda se reserva ao direito de
processar o signatário por perdas e danos visando o ressarcimento de seus prejuízos
caso comprovado o vazamento de informações.

E por estarem assim justos e contratados firmam o presente em 02 (duas) vias de igual teor e
para um só efeito na presença de 02 (duas) testemunhas.

Data:

ELITE CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA.

AGENTE AUTONOMO DE INVESTIMENTO:


RG:
CPF:
Assinatura: __________________________________

Testemunhas:

Nome: Nome:
CPF: CPF.:
Assinatura:_________________________ Assinatura: ______________________

36
Manual de Controles Internos

GESTÃO FINANCEIRA - TESOURARIA

CRITÉRIOS BÁSICOS

Do Estabelecimento das Aplicações

O Gestor Financeiro estabelecerá os critérios para a aplicação do caixa e para a


própria gestão financeira, levando em consideração:

• O limite máximo para concentração de aplicações de um único emitente,


atualmente 25% do Patrimônio Realizável, conforme determina o Banco
Central;

• O risco de crédito (capacidade das instituições financeiras honrarem seus


títulos).

• A ELITE obedecerá todos os limites operacionais estabelecidos pelos órgãos


reguladores na aplicação de seus recursos.

Da Tesouraria

Receberá do “Back-office” as informações sobre os fechamentos das operações


realizadas.

Receberá da Contabilidade, informações sobre os impostos a recolher, a previsão de


gastos com pessoal e respectivos encargos no mês e o dia do desembolso e outras
eventuais saídas de caixa.

Efetuará todos os pagamentos e recebimentos com clientes e fornecedores.

Obs: No caso de emissão de cheques, todos deverão ser emitidos nominais, cruzados
em preto e assinados pela Diretoria, sendo que os cheques referentes à
liquidação de operações de Bolsas deverão conter a tarja com os dizeres
"exclusivamente para crédito na conta do favorecido original", anulando-se a
cláusula "à sua ordem" e serão entregues mediante a assinatura do cliente ou de
pessoa autorizada a retirar, devidamente identificada. No caso de TED’s estas,
também, deverão ser enviadas/recebidas dos favorecidos/clientes originais.

Pontos de Controle

Da Segregação de Funções

As atividades de registro, controle e conferência das operações serão realizadas por


colaboradores diferentes daqueles que realizaram as operações.

Os procedimentos de pagamento/recebimento serão segregados das áreas com


atividades operacionais.

37
Manual de Controles Internos

CUSTODIA E LIQUIDAÇÃO OPERACIONAIS EM BOLSAS

CRITÉRIOS BÁSICOS

Dos Prazos de Liquidação

A liquidação financeira de operações realizadas nas Bolsas será realizada


conforme calendário de liquidação de operações das próprias Bolsas.

Da Movimentação da Custódia
Toda movimentação de custódia terá a assinatura do cliente, ou seu representante
legal, com reconhecimento de firma em cartório, exceto para liquidação de operações
e transferências para constituir garantias de posições.

Da Conferência e Envio de Documentos para a Custódia

A documentação entregue pelo cliente deverá estar de acordo com as definições


constantes do Manual de Exigência da Sociedade Emissora.

A assinatura do cliente, ou de seu representante legal, no documento que define a


movimentação deverá conferir com aquela constante de sua ficha cadastral ou
procuração.

Os documentos (Ordem de Transferência de Ações - OTA) serão aceitos com


reconhecimento de firma em cartório.

Da Disponibilidade de Posições de Cliente

As posições de custódia dos clientes serão mantidas disponíveis para consulta,


preferencialmente on-line, aos operadores e às demais áreas autorizadas.

Da Conferência de Processos / Operações

Será validada toda movimentação ocorrida na posição de custódia do cliente, através


das seguintes conferências:

 As entradas em custódia, com as compras ou depósitos realizados;


 As saída de custódia, com as vendas, transferências ou retiradas realizadas;
 As transferências de carteira para cobertura, garantia etc., com as respectivas
posições nos mercados a prazo.

As pendências de operações, recompras e rejeições serão evidenciadas formalmente


através da emissão diária de relatório específico pela Cia. Brasileira de Liquidação e
Custódia - CBLC.

As pendências dessa mesma natureza, decorrentes de erros operacionais, serão


tratadas no assunto Monitoração e Solução de Problemas, com a utilização do
formulário "Comunicado Interno de Ocorrências".

38
Manual de Controles Internos

Das Garantias para Operações nos Mercados a Prazo

As garantias das operações nos mercados a prazo serão mantidas no nível compatível
com os riscos incorridos, segundo definido pelas Bolsas e Empresas de Liquidação e
Custódia, ou ainda segundo a própria ELITE.

Somente serão aceitos em garantia para posições nos mercados de liquidação futura,
ativos regulamentado pela Bolsa, para tal fim.

Da Substituição de Garantias

As garantias depositadas pelos clientes poderão ser substituídas por outros ativos,
desde que os mesmos constem da relação de garantias acatadas das Empresas de
Liquidação e Custódia.

Do Empréstimo de Títulos
As ações objeto de empréstimo serão transferidas do cliente doador para o tomador,
mediante a emissão de contrato de empréstimo específico do Banco de Títulos da Cia.
Brasileira de Liquidação e Custódia.

Da Transferência de Títulos e Posições entre Instituições e Clientes


Na transferência de títulos e posições entre clientes e/ou Sociedades Corretoras
usuárias do Sistema de Custódia Fungível das Empresas e Liquidação e Custódia,
será considerado:
 Autorização formal do cliente cedente e, caso o cliente aponte mandatário, se o
mesmo encontra-se devidamente identificado e se tem poderes específicos
para atuar em nome do cliente;

 Inexistência de qualquer débito na conta corrente ou pendência cadastral;

 Movimentação da custódia de clientes de correspondentes, que somente são


identificados por códigos.

No caso de transferência de posição de opções e termo, serão efetuadas através de


registros nos sistemas da CBLC. A Instituição Cessionária também fará registro pela
aceitação das posições transferidas.

Nota: As posições de Opções não poderão ser transferidas na data e vencimento de


exercício.

Do Acompanhamento dos Direitos


Os direitos relativos às ações depositadas em custódia serão controlados através de:
 Acompanhamento das publicações relativas às Assembléias realizadas pelas
Sociedades Emissoras das ações;

 Consulta ao boletim de atualização das Bolsas, das bonificações, subscrições e


dividendos.

39
Manual de Controles Internos

Nos casos de atualizações, cessões ou transferências de direitos de subscrição, a


ELITE orientará seus clientes para que não haja perda, observando os prazos limites
para confirmação e pagamento.

Das Operações nos Mercados a Prazo

As posições dos clientes nos mercados de Termo, Opções e Futuro serão


controladas e disponibilizadas às diversas áreas autorizadas pela Diretoria.

Da Liquidação com as Empresas de Liquidação e Custódia

O saldo líquido das operações realizadas em pregão pela ELITE junto às Bolsas de
Valores será liquidado por intermédio da Cia. Brasileira de Liquidação e Custódia,
através de um banco liquidante.

As liquidações serão efetuadas conforme o calendário de liquidação das Bolsas.

Os processamentos financeiros com a CBLC são efetuados por meio do SPB –


Sistema de Pagamentos Brasileiro, e será observado o seguinte:

a) Observar a adequada Segregação de funções entre a pessoa que efetua os


lançamentos financeiros no sistema e a que confirma tais lançamentos;

b) Efetuar a conferência entre o valor das operações realizadas com os relatórios,


emitidos pelas Empresas de Liquidação e Custódia, enviando-os diariamente à
área de Contabilidade juntamente a documentação das liquidações.

A ELITE deverá receber/pagar valores de/ao seu cliente, até a data da liquidação junto
à Empresa de Liquidação e Custódia, pois é proibida de financiar/emprestar recursos
aos/de seus clientes.

OBS.: Poderão ocorrer eventuais exceções de permanência de saldos credores de


clientes aguardando o momento adequado para efetuarem suas reaplicações.

Da Liquidação com Clientes


As liquidações de operações serão controladas, contemplando os seguintes aspectos:

• A forma para liquidação de operações escolhida pelos clientes (cheque, DOC,


TED, Depósito em conta corrente bancária);

• Banco, agência e n. º da conta corrente;

• Endereço para entrega / retirada de pagamento / recebimento;

• Pessoa autorizada a retirar valores (nome e documento de identificação);

• Serão cobradas dos clientes, até a sua liquidação, as garantias exigidas pelas
Empresas de Liquidação e Custódia e pela própria ELITE;

• Os valores pagos/recebidos dos clientes serão conciliados com o valor


liquidado pela ELITE junto às Empresas de Liquidação e Custódia;

40
Manual de Controles Internos

• As operações não liquidadas serão evidenciadas em relatório diário específico,


onde estarão anotados os motivos da inadimplência;

• A receita de corretagem será apurada através elaboração de mapa,


considerando os valores das operações realizadas, e será enviado para a
Diretoria.

Dos Recebimentos de Clientes


Os recebimentos serão processados pela Tesouraria observando os seguintes
aspectos:
• Serão recebidos Cheques, DOC’s ou TED’s de emissão dos próprios clientes e
depósito em conta corrente, mediante a emissão de recibo identificando todos
os detalhes exigidos pela Instrução CVM n. º 505;

• Os cheques recebidos serão depositados na conta corrente bancária da ELITE;

Dos Pagamentos aos Clientes


Os pagamentos das operações serão processados pela Tesouraria que atentará para
os seguintes aspectos:
• As operações de clientes serão liquidadas, preferencialmente, através TED's,
DOC`s ou de depósitos em suas contas correntes bancária;

• Os cheques para pagamento serão nominais ao cliente e cruzados em preto,


constando tarja com os dizeres: “exclusivamente para crédito na conta do
favorecido original”, anulando-se a cláusula “à sua ordem”.

• Todos os cheques serão entregues aos clientes ou a seus portadores


autorizados a retirar os cheques, com a devida identificação do nome e do
documento de identidade nos recibos emitidos;

• Os DOC`s e TED`s somente serão emitidos para o cliente que realizou a


operação;

• Os valores a liquidar com os clientes, tais como margens, rendimentos,


diferença de recompras, etc. serão conciliados com a área de Custódia.

Nota: Não é procedimento da Corretora o pagamento / recebimento em dinheiro.

Da Contabilização

As operações, suas liquidações, bem como as movimentações de custódia, serão


contabilizadas conforme disposto no COSIF.

Serão apurados e recolhidos todos os Impostos / Tributos / Contribuições devidas.

As movimentações de custódia serão conferidos com os mapas específicos das


Bolsas e das Empresas de Liquidação e Custódia.

41
Manual de Controles Internos

Também será procedida, periodicamente, a conciliação e analise entre os saldos


contábeis e relatórios das Empresas de Liquidação e Custódia.

As movimentações de custódia e operações serão registradas de acordo com as


normas, princípios, regras e esquemas contábeis determinados no Plano de Contábil
das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF, do Banco Central do Brasil.

PONTOS DE CONTROLE

Das Atividades

Autenticidade da documentação depositada e da assinatura dos clientes ou dos


representantes legais.

Controle da adequação das transferências.

Acompanhamento da movimentação ocorrida nas Posições de Custódia.

Monitoração das pendências verificadas nas operações, com reflexo na Custódia.

Controle do exercício de direitos.

Nível de garantias compatível com os riscos das operações.

Acompanhamento das correspondências devolvidas.

Liberação de retiradas/transferências das Posições de Custódia para clientes sem


restrições cadastrais, operacionais e financeiras.

Saldo contábil de valores em custódia conforme os relatórios das Empresas de


Liquidação e Custódia.

Compatibilidade dos saldos de Custódia e a capacidade financeira do cliente.

Da Segregação de Funções

As atividades de conferente serão segregadas das demais atividades executadas na


área de Custódia.

As atividades relacionadas a efetuar lançamentos na CETIP / SPB serão executadas


por colaborador diferente daquele que confere.

As atividades relacionadas à liberação das transferências de posições somente serão


executadas por colaborador que possua, no mínimo, o mesmo nível do conferente,
com senha de “status” exclusivo para movimentar posições.

42
Manual de Controles Internos

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

CRITÉRIOS BÁSICOS

Do Controle dos Bens de Informação

A área de Informática realizará periodicamente um inventário de todos os bens de


informação da ELITE, registrando-o, alternativamente, em meio eletrônico ou manual.

Da Avaliação, Homologação e Compra de Hardware e Software.

Nenhum hardware ou software poderá dar entrada na ELITE, se não estiver


homologado pela área de Informática, exceto nos casos de pesquisa dessa área antes
da referida homologação.

Antes de ser comprado, todo hardware e software será avaliado pela Diretoria,
quanto a:

 Viabilidade técnica e aderência à plataforma tecnológica;


 Facilidade de manutenção;
 Documentação;
 Atendimento às necessidades da ELITE;
 Relação custo x benefícios.

Complementará essa avaliação, a verificação da procedência do hardware ou do


software em questão e, tratando-se de software, a existência de Licença de Uso.

Sempre que possível, os chamados softwares de prateleira (sistemas operacionais,


editores de texto, planilhas e outros) serão adquiridos junto dos equipamentos ou sob
forma de licença de uso, dando cobertura a cada cópia requerida, conforme a
necessidade.

Periodicamente a área de Informática fará uma inspeção nos micros das áreas de
negócio da ELITE, para garantir apenas o uso de hardware e software homologado.

Na ocorrência de algum fato que contrarie o determinado neste documento, a área de


Informática regularizará imediatamente a situação, relatando o problema e a solução
adotada à Diretoria, através do formulário “Registro de Ocorrência”, conforme
estabelecido no módulo “Monitoração e Solução de Problemas”.

Do Controle de Acesso

Rede

O Supervisor/Administrador da rede será o único autorizado a atribuir senhas de


acesso para os demais funcionários da ELITE. As chaves de acesso (LOGIN) à rede
identificarão claramente seu detentor, na forma como ele é reconhecido na ELITE,
através da representação de seu nome ou de seu apelido. O controle de acesso à
rede será atribuído conforme o usuário e monitorado, preferencialmente, via software.

43
Manual de Controles Internos

Da Proteção contra Vírus e “Piratas”

Para proteção contra vírus, será instalado software de prevenção em todos os


equipamentos da ELITE. Nos ambientes de rede, a critério da Diretoria, os “drives” dos
disquetes das estações de trabalho poderão ser desabilitados, visando eliminar: a
instalação / geração de cópias “Piratas” e a proliferação de vírus.

Da Segurança das Informações e Documentos

A impressão de relatórios cujas informações tenham caráter confidencial será efetuada


por pessoal autorizado que deverá acompanhar sua expedição até o seu destinatário
final.

As listagens impressas em uso que contenham dados considerados confidenciais


serão mantidas em local ou arquivo especial e aquelas substituídas, que se destinam
ao lixo, serão previamente destruídas, obrigatoriamente.

Da Segurança dos Arquivos

Diariamente serão realizadas cópias backup de todos os arquivos de dados e das


últimas atualizações efetuadas (inclusões, alterações e exclusões de registros) das
bibliotecas de programas, por meio de hardware externo, na própria sala junto aos
demais equipamentos.

A periodicidade do armazenamento dos backups determinada pela importância ou


pelo grau de alteração a que a informação está sujeita poderá ser mensal.

O backup é levado diariamente para guarda fora do escritório, ou seja, é entregue para
um dos diretores que o mantém em seu poder até o dia seguinte, e o backup mensal,
além do diretor, é enviado para o escritório da própria Corretora em São Paulo.

O descarte dos meios magnéticos substituídos utilizados para gravação de arquivos


(de backup ou não) será efetuado somente pelos funcionários autorizados, através de
fragmentação ou desgravação de seu conteúdo.

Da Segurança do Hardware

Em Ambiente de Rede

Encontram-se instalados “nobreak”, devidamente dimensionados, para garantir, a


uniformidade da tensão da rede, em casos de picos de energia e, no mínimo, o
salvamento dos dados até o desligamento apropriado dos equipamentos, nas faltas de
energia elétrica.

Do Plano de Contingência

Para casos de sinistros nas instalações da ELITE, será utilizada contingência


disponibilizada nas instalações da Bovespa e no escritório da própria Corretora em
São Paulo.

44
Manual de Controles Internos

Paralelamente, contamos com datacenter externo contratado com a Algar Telecom


que, funcionando paralelamente aos sistemas localizados no Rio de Janeiro e em São
Paulo, permite que o serviço prestado pela Elite CCVM não seja interrompido.

A operação feita através do datacenter pode ser feita através de acesso remoto, que
permite que qualquer dispositivo com acesso a internet tenha acesso aos programas
SINACOR e COLD, além do acesso à rede CBLCNET. Através de tais acessos todas
as rotinas da ELITE podem ser realizadas de qualquer computador ou terminal com
acesso à internet.

Os arquivos e rotinas necessários à liquidação com a BM&FBOVESPA e com os


clientes, bem como a atualização de posições são:

I. CPD
1. Ativar TGP - Server (Serviço do Windows) e Client;
2. Ligar o STM e inserir os dados
II. Custódia
1. Abrir o Sinacor – Módulo Custódia
2. Abrir o Menu Processos
3. Escolher a opção Fechamento e esperar o processamento ser finalizado
4. Após a finalização do Fechamento, escolher a opção Abertura e esperar o
processamento ser finalizado
III. Tratamento de Mensagens (Consultas)
1. Ir ao menu Arquivo – Mensagem e marcar todas as opções em Vermelho
2. Clicar em Tratamento de Mensagens
IV. Importação de Vista / Opções / Termo / BTC
1. Abrir Manutenção e escolher a opção Reconciliação
a. Ações
b. BTC – Posições – Importação
c. Manutenção – (apos pesquisa) marcar acerto – Clicar no “raio”
d. Manutenção – reconciliação – Ações – Posição Vista
e. Manutenção – reconciliação – Ações – Posição Opções
f. Manutenção – reconciliação – Ações – Posição Termo
V. Importação de Vista / Opções / Termo / BTC
1. Abrir Manutenção e escolher a opção Reconciliação
a. Ações
b. BTC – Posições – Importação
c. Manutenção – (após pesquisa) marcar acerto – Clicar no “raio”
d. Manutenção – reconciliação – Ações – Posição Vista
e. Manutenção – reconciliação – Ações – Posição Opções
f. Manutenção – reconciliação – Ações – Posição Termo
g. Manutenção – (após pesquisa) – Clicar no “raio”.
2. Verificar Parâmetro (Menu Tabelas)
3. Vefificar se os 9 arquivos abaixo estão marcados:
a. reco
b. cmvd
c. porc
d. conl
e. tmrc
f. prod
g. dbrc
h. papd
i. bdin

45
Manual de Controles Internos

As senhas e logins que permitem acessar tais rotinas foram informadas aos seguintes
funcionários:

1. Ana Lamarca;
2. Paulo Roberto Ferreira;
3. João Azevedo;
4. Ricardo Paladino

PONTOS DE CONTROLE

Das Atividades

Inspeção nos micros e na rede para verificar a utilização de hardware e software


homologado.

Controle de acesso a software, através de senha.

Controle do período de utilização de senhas.

Operação do hardware e software somente por colaboradores capacitados e


habilitados.

Equipamentos instalados em local adequado.

Da Segregação de Funções

O inventário poderá ser executado pelo responsável pela área de Informática e é dado
cópia de seu conteúdo à Diretoria.

46
Manual de Controles Internos

OUVIDORIA

Este item estabelece os critérios de funcionamento da Ouvidoria, atendendo ao


disposto na Resolução 3477 - e posteriores - e simultaneamente adequando os
processos e procedimentos pertinentes à legislação e política interna da Corretora
ELITE.

Áreas de Aplicação

Todas as áreas da ELITE.

Conceito

Conforme estabelecido pela Resolução 3.477 de 26/07/07, as Instituições Financeiras


devem instituir componente organizacional de Ouvidoria, com atribuição de assegurar
as normas legais relativas aos direitos do consumidor e atuar como canal de
comunicação entre essas instituições e os clientes e usuários de seus produtos e
serviços.

Instituição

A Ouvidoria ELITE foi instituída por decisão da Diretoria, atendendo ao que lhe faculta
a Resolução 3.477 do Banco Central do Brasil e passou a funcionar de acordo com os
termos e condições estabelecidos em seu regulamento e procedimentos deste
normativo.

Estruturação

Usando das prerrogativas dadas pelo parágrafo primeiro do artigo primeiro da Resolução
3477 do Conselho Monetário Nacional, a Ouvidoria ELITE possui uma estrutura
organizacional única para atender a seus clientes e parceiros.

Para tanto, foram designados perante o BACEN os nomes do Ouvidor e do Diretor


responsável pela Ouvidoria.

Tais dados foram inseridos e são mantidos atualizados no Sistema de Informações


sobre Entidades de Interesse do Banco Central (Unicad).

O Diretor responsável não está impedido de desempenhar outras funções na


instituição, exceto a de diretor de administração de recursos de terceiros.

A Ouvidoria ELITE, sendo um órgão de prevenção e solução de conflitos, está sob a


responsabilidade de um Ouvidor indicado pela Diretoria.

O mandato inicial do Ouvidor será de 02 anos, admitida a recondução do titular ao


cargo, sucessivamente, sem limite de tempo.

47
Manual de Controles Internos

No caso de afastamento definitivo do Ouvidor por motivo de demissão, destituição ou


substituição, a Diretoria deverá indicar um substituto interino, imediatamente, devendo
permanecer na função até que a se indique um novo Ouvidor, o qual iniciará um novo
mandato de 02 anos.

Objetivos da Ouvidoria

No desempenho de suas atividades a Ouvidoria ELITE busca atingir os seguintes


objetivos:

- viabilizar um canal de comunicação direta entre a ELITE e os seus


clientes com atuação diferente e suplementar daquelas realizadas
através da Central de Atendimento;

- facilitar, ao máximo, o acesso do cliente aos serviços disponibilizados


pela ELITE, simplificando seus procedimentos e rotinas;

- diferenciar suas atribuições dos demais serviços de atendimento ao


cliente, existentes até então;

- integrar e responsabilizar as diferentes unidades de negócio da ELITE


das diferentes áreas de apoio, estimulando-as na busca permanente de
eficiência, eficácia e efetividade de seus produtos e serviços;

- possibilitar um instrumento de controle de qualidade dos serviços


prestados para o cliente da ELITE;

- zelar pela prática de condutas técnicas e profissionais orientadas pelos


princípios da ética e eficiência e evitar atos ou omissões que causem
danos ou ameaças aos clientes, aos colaboradores e à ELITE.

Funções

A Ouvidoria ELITE tem como função principal, atuar na defesa dos direitos dos
clientes ou consumidores, representando os interesses do cliente junto aos executivos
e Diretoria da ELITE.

Dentre as demais funções e atribuições desempenhadas pela Ouvidoria ELITE para o


atendimento e tratamento de comunicações com os clientes destacam-se:

• facilitar e simplificar ao máximo o acesso do usuário ao serviço de Ouvidoria


ELITE;

• promover a mais ampla divulgação da Ouvidoria ELITE, tornando-a um órgão


conhecido do público em geral e principalmente de seus clientes;

• atuar ativamente na prevenção de conflitos;

• agir com independência, integridade, imparcialidade, transparência e rapidez;

48
Manual de Controles Internos

• zelar pela manutenção e resguardo do sigilo sobre as informações a que tiver


acesso;

• receber demandas sejam elas na forma de reclamações, sugestões, consultas


ou intimações de órgãos e defesa do consumidor, órgãos de fiscalização e de
outras ouvidorias;
• encaminhar as solicitações diretamente às áreas envolvidas para que possam:

 no caso de sugestões: estudá-las, adotá-las ou rejeitá-las, com a


devida fundamentação;

 no caso de consultas: responder às questões dos consulentes;

 no caso de reclamações: explicar, justificar ou corrigir o fato,


objeto da reclamação;

 no caso de intimações: providenciar os elementos necessários


ao atendimento;

• dar ciência formal, com todos os elementos que assim permitam, aos clientes,
no prazo máximo de 30 dias, contados do recebimento da reclamação, sobre o
andamento do processo ou resposta informando a viabilidade e conclusão do
pleito;

• sugerir às instâncias competentes, dentro da companhia, medidas que visem o


aperfeiçoamento dos produtos, procedimentos e funcionamento da própria
organização;

• manter registro cronológico e atualizado de todas as solicitações


recepcionadas pela Ouvidoria ELITE e as respectivas conclusões e respostas
encaminhadas aos solicitantes;

• manter constantemente atualizadas as informações e estatísticas referentes às


atividades desenvolvidas e elaborar o relatório semestral contendo as
informações sobre as ações desenvolvidas, além de conclusões, propostas e
recomendações;

• Propor à ELITE a revisão de normas, fluxos de processos de qualquer área da


empresa, ou qualquer outra providência que julgue necessária ao
aperfeiçoamento do relacionamento com o cliente;

• divulgar os resultados das estatísticas.

Características das Reclamações/Manifestações

As manifestações encaminhadas à Ouvidoria ELITE devem conter os seguintes


dados: identificação do manifestante, característica da informação, caráter da
informação, informações sobre o fato e sua autoria, e a indicação das provas de que
se tenha conhecimento, se for o caso. Não serão acatadas comunicações anônimas.

49
Manual de Controles Internos

Meios de Comunicação

As comunicações para a Ouvidoria ELITE poderão ser feitas pelos seguintes meios e
a utilização destes deverá ser gratuita:

• Carta – enviada a Sede da ELITE;


• Através do e-mail: “ouvidoria@eliteccvm.com.br”
• Por telefone – 0800-. O funcionamento do atendimento telefônico é de
segunda a sexta-feira, das 8h ás 18h, exceto nos dias em que não há
negociação na Bolsa.

Divulgação da Discagem Direta Gratuita (DDG 0800)

De acordo com os procedimentos estabelecidos pela Resolução 3477 o número de


telefone relativo ao serviço de discagem direta gratuita 0800 da Ouvidoria ELITE
divulgado e mantido permanentemente atualizado nos sites da Internet e demais
canais de comunicação utilizados para difundir os produtos e serviços da ELITE;

- extratos, comprovantes eletrônicos, ou fornecidos em papel, nos


contratos formalizados com os clientes, nos matérias de propaganda e
publicidade e demais documentos que se destinem aos clientes e
usuários dos produtos e serviços da ELITE;

- no registro do Sistema de Informações sobre Entidades de Interesse do


Banco Central (Unicad), no módulo Dados Básicos.

Atuação do Ouvidor

O Ouvidor ELITE deve atuar segundo princípios éticos, pautando seu trabalho pela
legalidade, legitimidade, imparcialidade, moralidade, probidade.

O Ouvidor ELITE, no exercício de sua função, terá assegurado autonomia e


independência de ação, sendo-lhe franqueado acesso livre a qualquer dependência
ou informação da ELITE, bem como a informações, registros, processos e
documentos de qualquer natureza que, a seu exclusivo juízo, repute necessários ao
pleno exercício de suas atribuições.

Uma vez concluído o processo de reclamação o Ouvidor deve comunicar ou fazer


com que seja comunicado ao cliente, por escrito, dando-lhe ciência do que foi
apurado nas investigações e análises e o resultado da decisão final.

Participação dos Diretores e Colaboradores

É dever dos Diretores e demais colaboradores da ELITE atender, com presteza e


atenção, todos os pedidos de informação originadas da Ouvidoria ELITE.

A Diretoria, o Diretor Responsável podem solicitar relatórios parciais, em períodos


inferiores ao semestral sempre que julgarem necessário.

50
Manual de Controles Internos

Estatuto Social da ELITE

Devem constar do referido documento as seguintes informações a respeito da


Ouvidoria:

1. Suas atribuições;
2. Os critérios de designação e de destituição do ouvidor e o tempo de duração
de seu mandato;
3. O compromisso expresso da instituição no sentido de:
- Criar condições adequadas para o funcionamento da Ouvidoria, bem
como para que sua atuação seja pautada pela transparência,
independência, imparcialidade e isenção;
- Assegurar o acesso da Ouvidoria às informações necessárias para a
elaboração de resposta adequada às reclamações recebidas, com total
apoio administrativo, podendo requisitar informações e documentos para
o exercício de suas atividades.

Emissão e Envio do Relatório Semestral das Atividades da Ouvidoria

De acordo com os procedimentos estabelecidos pela Resolução 3477, o Diretor


responsável pela Ouvidoria ELITE deve elaborar relatórios semestrais descrevendo
as atividades desenvolvidas pela Ouvidoria ELITE contendo os seguintes tópicos:

1. Seção descritiva abordando os seguintes aspectos:

- avaliação quanto à eficácia dos trabalhos da Ouvidoria, inclusive


quanto ao comprometimento da ELITE com o desenvolvimento
satisfatório da missão da Ouvidoria;
- adequação da estrutura da Ouvidoria para o atendimento das
exigências legais e regulamentares, com evidencia das deficiências
detectadas para o desenvolvimento das suas atividades, inclusive
quanto ao quantitativo de funcionários, a logística implantada, aos
equipamentos, as instalações e rotinas utilizadas;
- detalhamento das proposições enviadas pela Ouvidoria à Diretoria,
mencionando a periodicidade e a forma de seu encaminhamento,
discriminando as propostas não acatadas e respectivas
justificativas, as acatadas e ainda não implementadas e respectivos
prazos para implementação e as já implementadas;
- avaliação quanto ao cumprimento das disposições que tratam da
obrigatoriedade de submissão dos integrantes da Ouvidoria ao
exame de certificação exigido pela Resolução 3.477.

2. Seção estatística contendo as informações consolidadas das


reclamações registradas na Ouvidoria no semestre, consolidando:

- pessoas físicas e jurídicas, segregada por tema (produto, serviço ou


assunto) bem como qualificada como: improcedente, procedente
solucionada e procedente não solucionada, informando-se os
critérios utilizados para essa classificação; e

51
Manual de Controles Internos

- Segregadas por mês e totalizadas compreendendo o período dos


12 (doze) meses anteriores, comparadas com o mesmo período do
ano anterior, com apresentação da respectiva evolução percentual.

Os referidos relatórios devem ser encaminhados ao Banco Central do Brasil, com


pareceres das auditorias externa e interna e referendada pela (Ouvidoria), até 60
(sessenta) dias da data base ou quando da ocorrência de um fato relevante.

Ouvidoria ELITE

No Recebimento, Análise e Registro das Comunicações/Reclamações

Acolher as comunicações / reclamações relatadas pelos clientes ELITE


encaminhadas por e-mail, telefone, serviço de discagem gratuita (DDG800) ou
correspondência.

Obter do cliente/usuário todos os dados da ocorrência de forma a permitir sua análise


pela Ouvidoria e Departamentos internos envolvidos.

Analisar o conteúdo de cada comunicação no sentido de identificar os impactos nas


atividades da ELITE, se há valores envolvidos e as ações necessárias à solução.

Classificar a comunicação recebida de acordo com teor da solicitação do cliente e do


respectivo atendimento:

- Sugestão = o atendimento é efetivado através do envio de mensagem


de agradecimento ao cliente;

- Informações = o atendimento é efetivado através do envio de


mensagem informativa e de agradecimento ou redirecionamento para o
Gestor da Área Envolvida;

- Dúvidas = o atendimento é efetivado através do envio de mensagem


informativa e de agradecimento ou redirecionamento para o Gestor da
Área Envolvida; Reclamações = o atendimento é efetivado através do
redirecionamento da mensagem para o Gestor e Diretor da Área
Envolvida e para o Diretor Responsável pela Ouvidoria.

Decidir se a comunicação/reclamação é, de fato, referente a assunto que deva ser


tratado pela Ouvidoria ou eventual dúvida que possa ser solucionada diretamente
pelos canais usuais de atendimento aos clientes ELITE.

Direcionar a solicitação do cliente (quando esclarecimentos de dúvidas e orientações


específicas) diretamente para o respectivo assessor de investimentos / canal de
atendimento da ELITE.

Encaminhar sugestões de clientes no sentido de alterar procedimentos internos,


manuais internos, etc., objetivando o aprimoramento técnico, administrativo e ético da
ELITE.

52
Manual de Controles Internos

Registrar na planilha de controle “Ocorrências da Ouvidoria“ todas as


comunicações/reclamações recebidas que devam efetivamente ser tratadas pela
Ouvidoria destacando os seguintes pontos:

- Nº da comunicação;
- Data e hora do recebimento;
- Nome do cliente;
- Assunto destacado;
- Providências adotadas;

Sempre que necessário, encaminhar a reclamação, através de e-mail ao Gestor /


Diretor da Área diretamente envolvida com o produto ou serviço que está sendo
objeto de questionamento, onde deve constar:

- O n° de protocolo da ocorrência e as informações recebidas do


cliente/usuário;
- A data limite para resposta, a qual não pode ultrapassar o prazo
informado ao cliente; e
- As informações e documentos a serem fornecidos à Ouvidoria se forem
o caso.

Registrar o Departamento e data de encaminhamento na planilha de controle,


monitorando a data limite para resposta a qual não pode ultrapassar 30 dias corridos.

Nota: Quando a ocorrência se referir a uma dúvida, solicitação de


informações ou sugestão do cliente/usuário a Ouvidoria se limita a
encaminhar o assunto á área envolvida e encerrar o processo.

Analisar a reclamação que envolva valores, em conjunto com o Gestor / Diretor da


Área diretamente envolvido com o produto ou serviço que está sendo objeto de
questionamento.

Enviar a mensagem de esclarecimento / agradecimento ao cliente quando na análise


ficar evidenciado que não houve erro operacional por parte da ELITE.

Encaminhar para decisão da Diretoria as reclamações de clientes, cujo parecer final


dado pela Ouvidoria ELITE não tenha sido aceito pelas demais áreas da ELITE
envolvidas na solução das referidas solicitações.

No Acompanhamento Diário das Respostas

Acessar diariamente o controle “Ocorrências da Ouvidoria“, e identificar as


comunicações/reclamações pendentes de respostas e acionar o(s) Gestor (es) da(s)
área(s) envolvida.

Comunicar ao Diretor Responsável pela Ouvidoria ELITE as ocorrências pendentes


de respostas, destacando aquelas que permanecem sem solução após 10 (dez) dias
da comunicação / reclamação do cliente, para que este possa atuar de forma a
acelerar o processo de atendimento ao cliente.

53
Manual de Controles Internos

Comunicar ao Diretor Responsável pela Ouvidoria as comunicações / reclamações


que permanecem sem solução após 25 (vinte e cinco) dias da solicitação do cliente.

Na Resposta ao Cliente

Receber as informações e os documentos solicitados e, se não recebidos até a data


limite estipulada, estabelecer follow-up para cobrar as áreas responsáveis pelo
encaminhamento.

Efetuar exame dos fatos, verificando se há necessidade de obter novos dados,


consultar a Assessoria Jurídica ou outras Áreas da ELITE.

Encaminhar a resposta conclusiva sobre a demanda do reclamante.

Registrar a baixa da reclamação no sistema de controle, arquivando o processo, em


ordem de n° da comunicação, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição do BACEN.

Na Emissão dos Relatórios

Elaborar, ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acerca da


atuação de Ouvidoria, com base nos registros da planilha de controle “Ocorrências da
Ouvidoria”;

Inserir em tal relatório proposições de medidas corretivas ou de aprimoramento das


rotinas e controles internos, em decorrência da análise das reclamações recebidas.

Encaminhar o relatório semestral ao Diretor responsável pela Ouvidoria, recebendo-o


de volta com as devidas aprovações.

No Envio dos Relatórios ao BACEN

Receber o relatório aprovado pela Diretoria, devidamente acompanhado da


manifestação da auditoria externa e parecer da auditoria interna.

Encaminhar tais documentos ao BACEN, até 60 dias da data base ou da ocorrência


do fato relevante mediante transmissão de arquivo eletrônico pela internet com a
utilização do aplicativo PSTAW10.

Manter os relatórios transmitidos em arquivo pelo prazo de cinco (cinco) anos, à


disposição do BACEN.

Na Certificação e Qualificação dos Responsáveis pela Ouvidoria

Submeter os integrantes da Ouvidoria ELITE a exame de certificação organizado por


entidade de reconhecida capacidade técnica, o qual deve abranger, no mínimo, temas
relacionados à ética, aos direitos e defesa do consumidor e à mediação de conflitos,
observados os prazos estabelecidos na Resolução 3.477 do BACEN.

Condicionar a designação de integrantes da Ouvidoria à comprovação de aptidão


no referido exame de certificação.

54
Manual de Controles Internos

Prover atualização periódica dos conhecimentos dos integrantes da Ouvidoria,


incluindo os produtos e serviços da ELITE.

PONTOS DE CONTROLE

Estrutura da Ouvidoria compatível com a natureza e a complexidade dos produtos,


serviços, atividades, processos e sistemas da ELITE.

Ampla divulgação da Ouvidoria ELITE junto aos clientes, bem como de


informações completas acerca da sua finalidade e forma de utilização.

Ampla divulgação da Ouvidoria ELITE junto aos clientes, bem como de


informações completas acerca da sua finalidade e forma de utilização.

Registro do n° do DDG0800 da Ouvidoria no Unicad do BACEN, no módulo Dados


Básico, mantendo-o permanentemente atualizado.

Designação perante o BACEN dos nomes do Ouvidor e Diretor responsável pela


Ouvidoria ELITE e manutenção atualizada da informação.

Existência de sistema de registro e controle das reclamações recebidas.

Recepção, Identificação, encaminhamento e tratamento das reclamações de forma


centralizada e adequada.

Acompanhamento da implantação e implementação das providências para solução


das denuncias, reclamações, sugestões comunicadas por clientes e
colaboradores.

Emissão do relatório relativo às atividades da Ouvidoria elaborado pelo


Responsável pela Ouvidoria, na forma revista pelas normas do BACEN, nas datas
base de 30 de junho e 31 de dezembro e, sempre que identificada ocorrência
relevante.

Existência de manifestação da auditoria externa acerca da adequação da


estrutura, dos sistemas e dos procedimentos da Ouvidoria, bem como parecer da
auditoria interna sobre o relatório das atividades da Ouvidoria.

55
Manual de Controles Internos

PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO

Da Caracterização Legal

A Lei nº 9.613, no seu artigo 1º, tipifica o crime de lavagem como: “Ocultar ou
dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade
de bens, direitos e valores provenientes, direta ou indiretamente, assim definidos”.

• De tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;


• De Terrorismo;
• De contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua
produção;
• De extorsão mediante sequestro;
• Contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a
prática ou omissão de atos administrativos;
• Contra o sistema financeiro nacional;
• “Praticado por organização criminosa.”

A Circular nº. 3461 do Banco Central do Brasil, consolida as regras sobre os


procedimentos a serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas
com os crimes previstos na Lei nº. 9.613, de 3 de março de 1998.

Das Obrigações

− Especificar, em documento interno, as responsabilidades dos integrantes de cada


nível hierárquico da instituição;
− Contemplar a coleta e registro de informações tempestivas sobre clientes, que
permitam a identificação dos riscos de ocorrência da prática dos mencionados
crimes;
− Definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e acompanhamento
da situação econômico-financeira dos empregados da instituição;
− Incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob a ótica da prevenção dos
mencionados crimes;
− Ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua ausência, pela diretoria
da instituição;
− Receber ampla divulgação interna.

Dos Procedimentos

Confirmar as informações cadastrais dos clientes e identificar os beneficiários finais


das operações;

Possibilitar a caracterização ou não de clientes como pessoas politicamente expostas.

Os procedimentos devem ser reforçados para início de relacionamento com:

I - instituições financeiras, representantes ou correspondentes localizados no exterior,


especialmente em países, territórios e dependências que não adotam
procedimentos de registro e controle similares aos definidos nesta circular;

56
Manual de Controles Internos

II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico, mediante correspondentes
no País ou por outros meios indiretos.

Considera-se cliente eventual ou permanente qualquer pessoa natural ou jurídica com


a qual seja mantido, respectivamente em caráter eventual ou permanente,
relacionamento destinado à prestação de serviço financeiro ou à realização de
operação financeira.

Manutenções de Informações Cadastrais

A Elite coletar e manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes


permanentes, incluindo, no mínimo:

I - as mesmas informações cadastrais solicitadas de depositantes previstas no art. 1º


da Resolução nº. 2.025, de 24 de novembro de 1993, com a redação dada pela
Resolução nº. 2.747, de 28de junho de 2000;
II - os valores de renda mensal e patrimônio, no caso de pessoas naturais, e de
faturamento médio mensal dos doze meses anteriores, no caso de pessoas
jurídicas;
III - declaração firmada sobre os propósitos e a natureza da relação de negócio com a
instituição.

As informações relativas à cliente pessoa naturais devem abranger as pessoas


naturais autorizadas a representá-la.

As informações cadastrais relativas à cliente pessoa jurídicas devem abranger as


pessoas naturais autorizadas a representá-la, bem como a cadeia de participação
societária, até alcançar a pessoa natural caracterizada como beneficiário final.

As pessoas jurídicas constituídas sob a forma de companhia aberta ou entidade sem


fins lucrativos, para as quais as informações cadastrais devem abranger as pessoas
naturais autorizadas a representá-las, bem como seus controladores, administradores
e diretores, se houver.

As informações cadastrais relativas à cliente fundo de investimento devem incluir a


respectiva denominação, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ), bem como as informações de que trata o inciso I relativas às pessoas
responsáveis por sua administração.

A Elite deve realizar testes de verificação, com periodicidade máxima de um ano, que
assegurem a adequação dos dados cadastrais de seus clientes.

Informações Cadastrais

Quando pessoa natural, o nome completo, dados do documento de identificação (tipo,


número, data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF);

Quando pessoa jurídica, a razão social e número de inscrição no CNPJ.

Parágrafo único:

57
Manual de Controles Internos

Admite-se o desenvolvimento de procedimento interno destinado à identificação


de operações ou serviços financeiros eventuais que não apresentem risco de
utilização para lavagem de dinheiro ou de financiamento ao terrorismo, para os
quais é dispensada a exigência de obtenção das informações cadastrais de
clientes, ressalvado o cumprimento do disposto no art. 12 desta.

Pessoa Politicamente Exposta

A Elite deve coletar de seus clientes permanentes informações que permitam


caracterizá-los ou não como pessoas politicamente expostas e identificar a origem dos
fundos envolvidos nas transações dos clientes assim caracterizados.

Consideram-se pessoas politicamente expostas os agentes públicos que


desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em
países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas
relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu
relacionamento próximo.

No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos:

I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;


II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União:

a) de ministro de estado ou equiparado;


b) de natureza especial ou equivalente;
c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias,
fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista;
d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6, ou
equivalentes;

III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e dos


tribunais superiores;
IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do
Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da
República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
V - os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério
Público junto ao Tribunal de Contas da União;
VI - os governadores de estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de
justiça, de Assembléia e Câmara Legislativa, os presidentes de tribunal e de
conselho de contas de Estado, de Municípios e do Distrito Federal;
VII - os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados.

No caso de clientes estrangeiros, a ELITE deve adotar pelo menos uma das seguintes
providências:

I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua classificação;


II - recorrer a informações publicamente disponíveis;
III - consultar bases de dados comerciais sobre pessoas politicamente expostas;

58
Manual de Controles Internos

IV - considerar a definição constante do glossário dos termos utilizados no documento


"As Quarenta Recomendações", do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de
Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), não aplicável a indivíduos em
posições ou categorias intermediárias ou inferiores, segundo a qual uma pessoa
politicamente exposta é aquela que exerce ou exerceu importantes funções públicas
em um país estrangeiro, tais como, chefes de estado e de governo, políticos de alto
nível, altos servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto nível,
dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de partidos políticos.
No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro que também seja cliente de
instituição estrangeira fiscalizada por entidade governamental assemelhada ao Banco
Central do Brasil, admite-se que as providências em relação às pessoas politicamente
expostas sejam adotadas pela instituição estrangeira, desde que assegurado ao
Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos dados e procedimentos adotados.

Relação de Negócio

A ELITE deve iniciar relação de negócio de caráter permanente ou dar


prosseguimento a relação dessa natureza já existente com o cliente se observadas as
providências estabelecidas nos itens Manutenção de Informações Cadastrais e
Pessoa Politicamente Exposta.

Do Limite Operacional

Pessoas Físicas e Jurídicas

Com base nas informações cadastrais relativas à capacidade econômica e


rendimentos de cada cliente, a ELITE concederá um Limite Operacional que será
alimentado no sistema de cadastro do SINACOR.

O valor Limite Operacional será atribuído no Sistema Sinacor, de onde poderá ser
impresso um relatório "Valor Limite do Cliente", com o demonstrativo do respectivo
valor, para ser aprovado pela diretoria e arquivado junto à Ficha Cadastral do Cliente.

Do acompanhamento do Limite Operacional

Sempre que o valor desse Limite for comprometido totalmente, será acionado um
aviso no terminal do respectivo assessor do cliente.

Além desse alerta ao Assessor, periodicamente o Gerente da Mesa de Operações


consultará durante o dia valor que tenha ultrapassado o limite, através de consultas na
tela "Clientes com limites estourados no movimento do dia".

Uma vez detectado o estouro do limite, este é reavaliado ou é adequada à carteira do


cliente de modo que a situação seja de imediato regularizado.

Serviços Financeiros e Operações Financeiras

A Elite deve manter registros de todos os serviços financeiros prestados e de todas as


operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu nome.

59
Manual de Controles Internos

No caso de movimentação de recursos por clientes permanentes, os registros devem


conter informações consolidadas que permitam verificar:

I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a atividade


econômica e capacidade financeira do cliente;
II - a origem dos recursos movimentados;
III - os beneficiários finais das movimentações.

O sistema de registro deve permitir a identificação:

I - das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado


financeiro ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por
instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil
reais);
II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem
artifício que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e
registro.

Operações de Transferência de Recursos

Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de Cheques Depositados sem Outra


Instituição Financeira e da Utilização de Instrumentos de Transferência de Recursos.

A ELITE deve manter registros específicos das operações de transferência de


recursos.

O sistema de registro deve permitir a identificação:

I - das operações referentes ao acolhimento em depósitos de Transferência Eletrônica


Disponível (TED), de cheque, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento
e outros documentos compensáveis de mesma natureza, e à liquidação de
cheques depositados em outra instituição financeira;
II - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento, de
ordem de pagamento, de Documento de Crédito (DOC) de TED e de outros
instrumentos de transferência de recursos, quando de valor superior a R$1.000,00
(mil reais).

Os registros de que trata o item I, efetuados por instituição depositária devem conter,
no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código
de compensação da instituição sacada, os números da agência e da conta de
depósitos sacadas e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular.

Os registros de que trata o item I, efetuados por instituição sacada devem conter, no
mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque, o código de
compensação da instituição depositária, os números da agência e da conta de
depósitos depositárias e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo
titular, cabendo à instituição depositária fornecer à instituição sacada os dados
relativos ao seu código de compensação e aos números da agência e da conta de
depósitos depositárias.

60
Manual de Controles Internos

No caso de cheque utilizado em operação simultânea de saque e depósito na própria


instituição sacada, com vistas à transferência de recursos da conta de depósitos do
emitente para conta de depósitos de terceiros, os registros devem conter, no mínimo,
os dados relativos ao valor e ao número do cheque sacado, bem como aos números
das agências sacada e depositária e das respectivas contas de depósitos.

Os registros de que trata o item II, devem conter, no mínimo, as seguintes


informações:

I - o tipo e o número do documento emitido, a data da operação, o nome e o número


de inscrição do adquirente ou remetente no CPF ou no CNPJ;
II - quando pagos em cheque, o código de compensação da instituição, o número da
agência e da conta de depósitos sacadas referentes ao cheque utilizado para o
respectivo pagamento, inclusive no caso de cheque sacado contra a própria instituição
emissora dos instrumentos referidos neste artigo;
III - no caso de DOC, o código de identificação da instituição destinatária no sistema
de liquidação de transferência de fundos e os números da agência, da conta de
depósitos depositária e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo
titular;
IV - no caso de ordem de pagamento:
a) destinada a crédito em conta: os números da agência destinatária e da conta de
depósitos depositária;
b) destinada a pagamento em espécie: os números da agência destinatária e de
inscrição do beneficiário no CPF ou no CNPJ.

Em se tratando de operações de transferência de recursos envolvendo pessoa física


residente no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a identificação prevista nos itens I e IV,
alínea "b", pode ser efetuada pelo número do respectivo passaporte, complementada
com a nacionalidade da referida pessoa e, quando for o caso, o organismo
internacional de que seja representante para o exercício de funções específicas no
País.

A identificação prevista nos itens I e IV, alínea "b", não se aplica às operações de
transferência de recursos envolvendo pessoa jurídica com domicílio ou sede no
exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida pela RFB.

Manutenção de Informações e Registros

As informações e registros de que trata a circular nº. 3461 devem ser mantidos e
conservados durante os seguintes períodos mínimos, contados a partir do primeiro dia
do ano seguinte ao do término do relacionamento com o cliente permanente ou da
conclusão das operações:

I - 10 (dez) anos, para as informações e registros específicos das operações das


operações de transferências de recursos.

61
Manual de Controles Internos

II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros e todos os serviços financeiros


prestados e de todas as operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu
nome.

Parágrafo único. As informações de cadastrais de seus clientes permanentes, devem


ser mantidas e conservadas juntamente com o nome da pessoa
incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente responsável
pela conferência e confirmação das informações prestadas e a data
de início do relacionamento com o cliente permanente.

Do Indício de Ocorrência de Crime

A ELITE atentará, de maneira efetiva, quando do cadastramento do Cliente, da


proposição de operações e posteriormente na realização das mesmas, se há indícios
de crime, ou suspeitas de atividades ilícitas, principalmente nas seguintes situações:

 Operações ou propostas cujas características, no que se referem às partes


envolvidas, valores, formas de realização e instrumentos utilizados, ou que,
pela falta de fundamento econômico ou legal, indiquem risco de ocorrência dos
crimes previstos na Lei nº. 9.613, de 1998, ou com eles relacionados
 As operações cujos valores se afigurem objetivamente incompatíveis com a
ocupação profissional, os rendimentos e/ou a situação patrimonial/financeira de
quaisquer das partes envolvidas, tomando-se por base as informações
cadastrais respectivas;

 Operações realizadas entre as mesmas partes ou em benefício das mesmas


partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas no que se refere a algum
dos envolvidos;

 As operações que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume


e/ou frequência de negócios de quaisquer das partes envolvidas;

 Aquelas operações cujos desdobramentos contemplem características que


possam constituir artifício para burla da identificação dos efetivos envolvidos
e/ou beneficiários respectivos;

 As operações cujas características e/ou desdobramentos evidenciem atuação,


de forma contumaz, em nome de terceiros;

 Aquelas operações que evidenciem mudança repentina e objetivamente


injustificada relativamente às modalidades operacionais usualmente utilizadas
pelos envolvidos.

 Operações realizadas com finalidade de gerar perda ou ganho para as quais


falte, objetivamente, fundamento econômico;

 Operações com a participação de pessoas naturais residentes ou entidades


constituídas em países e territórios não cooperantes, nos termos das cartas
circulares editadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras –
COAF;

62
Manual de Controles Internos

 Operações liquidadas em espécie, se e quando permitido;

 Transferências privadas, sem motivação aparente, de recursos e de valores


mobiliários;

 Operações cujo grau de complexidade e risco se afigure incompatíveis com a


qualificação técnica do cliente ou de seu representante;

 situações em que não seja possível manter atualizadas as informações


cadastrais de seus clientes

 Depósitos ou transferências realizadas por terceiros, para a liquidação de


operações de cliente, ou para prestação de garantia em operações nos
mercados de liquidação futura; e

 Pagamentos a terceiros, sob qualquer forma, por conta de liquidação de


operações ou resgates de valores depositados em garantia, registrados em
nome do cliente.

Deverá ser dispensada especial atenção às operações em que participem as


seguintes categorias de clientes:

I – investidores não residentes, especialmente quando constituídos sob a forma de


trusts e sociedades com títulos ao portador;

II - investidores com grandes fortunas geridas por áreas de instituições financeiras


voltadas para clientes com este perfil (“private banking”); e

III – pessoas politicamente expostas.

Para os fins do disposto nesse item, deverão ser analisadas as operações em


conjunto com outras operações conexas e que possam fazer parte de um mesmo
grupo de operações ou guardar qualquer tipo de relação entre si.

Comunicações ao COAF

A ELITE deve comunicar ao COAF, na forma determinada pelo Banco Central do


Brasil:

I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja igual ou superior a


R$10.000,00 (dez mil reais) e que, considerando as partes envolvidas, os valores, as
formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico
ou legal, possam configurar a existência de indícios dos crimes previstos na Lei nº
9.613, de 1998;
II - as operações realizadas ou serviços prestados que, por sua habitualidade, valor ou
forma, configurem artifício que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle
e registro;
III - as operações realizadas ou os serviços prestados, qualquer que seja o valor, a
pessoas que reconhecidamente tenham perpetrado ou intentado perpetrar atos

63
Manual de Controles Internos

terroristas ou neles participado ou facilitado o seu cometimento, bem como a


existência de recursos pertencentes ou por eles controlados direta ou indiretamente;
IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo.

O disposto no inciso III aplica-se também às entidades pertencentes ou controladas,


direta ou indiretamente, pelas pessoas ali mencionadas, bem como por pessoas e
entidades atuando em seu nome ou sob seu comando.

As comunicações das ocorrências de que tratam os incisos III e IV devem ser


realizadas até o dia útil seguinte àquele em que verificadas.

Deve também comunicar ao Coaf as propostas de realização das operações e atos


descritos nos incisos I a IV.

Da Vedação da informação ao cliente

A legislação impõe a ELITE abster-se de fornecer, aos respectivos clientes,


informações sobre eventuais comunicações efetuadas em decorrência de indícios de
crime de “lavagem”.

Procedimentos Internos de Controle

O Banco Central do Brasil aplicará, cumulativamente ou não, as sanções previstas no


art. 12 da Lei nº. 9.613, de 1998, na forma estabelecida no Decreto nº 2.799, de 8 de
outubro de 1998, às instituições mencionadas no art. 1º, bem como aos seus
administradores, que deixarem de cumprir as obrigações estabelecidas nesta circular.

A ELITE deve indicar ao Banco Central do Brasil diretor responsável pela


implementação e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular.

O diretor indicado poderá desempenhar outras funções na instituição, exceto a relativa


à administração de recursos de terceiros.

64
Manual de Controles Internos

LIMITES OPERACIONAIS

Capital Realizado Mínimo:


Vigente: R$ 1.500.000,00

Índices de Imobilização:

Vigente: 50% do PR
PR= Patrimônio de Referência

Operações Compromissadas

Limite Global: 30 x PR
Até
30 x PR: LFT e LBC:
15 x PR: Títulos Cambiais emitidos pelo BC e TN
8 x PR: Outros Títulos emitidos pelo BC e TN c/ prazo igual ou inferior a 180 dias
2 x PR: Títulos Privados
0,45 x PR; Títulos Estaduais, Municipais, DF e de Adm. Pública

Exposição por Clientes – Risco: 25% do PR

Carteira Própria de Valores Mobiliários:

Mercados de Bolsa e Balcão: 100% do PR


Mercados de Opções, Futuros e Termo (posições não cobertas): 20% do PR

Diversificação (Títulos emitidos por uma mesma empresa): 25% do PR

DI – por depositante: 30 x PR

Conta Margem /Clientes: Até 5 vezes o PR

Exposição Total em ouro + ativos e passivos com variação cambial: Até 30% do
PR

LIMITES ESPECÍFICOS BOVESPA

Operações de Box “Box Tomador”: Limite Individual por Comitente = 25% do Limite
Global

Mercado a Termo BOVESPA: 30% das ações em circulação

Mercados de Opções – BOVESPA:


25% das ações em circulação
10% das ações em circulação

Serviço de empréstimo de títulos – BTC:

20% das ações em circulação (Totalidade das posições)


200% das ações em circulação (Totalidade das posições a descoberto)

65
Manual de Controles Internos

OPERAÇÕES NA BM&F

ÁREA ENVOLVIDA AÇÕES ( ^ ) E CONTROLES BASICOS ( @ )

Diretoria ^ Define a política comercial para o segmento dos ativos nego-


Ciados na BM&F;
^ Implementa a política comercial;

^ Orienta a Mesa de Operações;

Supervisiona as operações realizadas e as em andamento;


@
Controle sobre concentração de operações de um mesmo
@ Cliente / ou grupos de clientes.

@ Supervisiona as operações com ênfase à prevenção à


Lavagem de dinheiro.

Mesa de Operações ^ Busca de novos clientes e novos negócios;

Atende aos clientes;


^
Na recepção das ordens verificara:
^
• Se cliente esta cadastrado na Corretora;
• Se a ordem recebida esta dentro do limite operacional
aprovado;
• Se o cliente tem garantias depositadas na Corretora
no caso de mercados de risco;
• Se o transmissor da ordem esta habilitado a transmiti-
la.

No registro das ordens:


^
• O operador acatara as ordens conforme disposto nas
Regras e Parametros de Atuação:
- quanto ao tipo
- quanto ao prazo de validade;
- quanto à forma ( verbalmente ou por escrito )
- quanto a restrições ( nos casos de ordens de não
residentes)
- quanto ao cancelamento.
• O operador registrara as ordens diretamente no
sistema de ordens Sinacor, especificando o
transmissor da ordem no caso de pessoas jurídicas,
não residentes e por procurações.
• Analisara os riscos que a operação poderá ou não
ocasionar à
• Elite, principalmente no aspecto de lavagem de
dinheiro.
• Conforme previsto na RPA, as ordens de pessoas
vinculadas devem ser preteridas quando concorrem
com as de clientes não enquadrados como tal.

Na execução das ordens:


^
• O operador repassa a ordem para a Corretora

66
Manual de Controles Internos

Correspondente ( Corretora associada da BM&F );


• O operador recebe da Corretora Correspondente o
retorno sobre a realização da ordem e informa ao
Back-office;
• Acompanha o andamento das ordens repassadas;
• Acompanha o andamento das ordens executadas ou
não e as canceladas.

Back-office Recebe das Correspondentes o movimento operado pela


^ mesa de operações;

Efetua o processamento no sistema Sinacor e concilia com as


^ informações recebidas da Correspondente;

^ Efetua as correções que se fizerem necessárias;

^ Elabora mapas financeiros e de custodia;

^ Emite as notas de corretagens.

Tesouraria ^ Elabora fluxo financeiro

Efetua as liquidações financeiras com as Correspondentes e


^ com os clientes

Contabilidade ^ Efetua a contabilização das operações.

67
Manual de Controles Internos

OPERAÇÕES NA BOVESPA

ÁREA ENVOLVIDA AÇÕES ( ^ ) E CONTROLES BASICOS ( @ )

Diretoria ^ Define a política comercial para o segmento de Renda


Variável;
^ Implementa a política comercial;

^ Orienta a Mesa de Operações;

Supervisiona as operações realizadas e as em andamento;


@
Supervisiona as operações com ênfase a prevenção à
@ Lavagem de dinheiro.

Mesa de Operações ^ Busca de novos clientes e novos negócios;

Atende aos clientes;


^
Na recepção das ordens verificara:
^
• Se cliente esta cadastrado na Corretora ;
• Se a ordem recebida esta dentro do limite operacional
aprovado;
• Se o cliente tem garantias depositadas na Corretora
no caso de mercados de risco e se as ordens são
proporcionais;
• Se o transmissor da ordem esta habilitado a transmiti-
la.
A existência de ordens de pessoas vinculadas.
^ •

No registro das ordens:

• O operador acatara as ordens conforme disposto nas


Regras e Parametros de Atuação:
- quanto ao tipo
- quanto ao prazo de validade;
- quanto à forma (verbalmente ou por escrito)
- quanto a restrições (nos casos de ordens de não
residentes)
- quanto ao cancelamento.
• Analisa os riscos que a operação poderá ou não
ocasionar à Elite, principalmente no aspecto de
lavagem de dinheiro.
• Conforme previsto na RPA, as ordens de pessoas
vinculadas devem ser preteridas quando concorrem
com as de clientes não enquadrados como tal.

^ Na execução das ordens:

• O operador registra a ordem diretamente no sistema


Megabolsa;
• Fechada a oferta o sistema registrará as ordens
diretamente no sistema de ordens Sinacor,
especificando o transmissor da ordem no caso de
pessoas jurídicas, não residentes e por procurações;

68
Manual de Controles Internos

• Acompanha o andamento das ordens registradas;


• Acompanha o andamento das ordens executadas ou
não e as canceladas.

Mesa de Operações ( Ponta de Mesa ) @ Informa aos clientes das ordens executadas ou não;

Captura no Sinacor as operações executadas;


^

^ Efetua as reespecificações dos comitentes, se necessário;

Verifica a consistência das ordens;


@

Back-office ^ Captura o processamento do sistema da Bolsa;

Concilia o processamento do Sinacor com o da Bolsa;


^
Efetua as correções que se fizerem necessárias;
^
Efetua processamento do sistema Sinacor;
^ Emite as notas de corretagens;

^ Elabora mapas financeiros e de custodia;

^ Efetua as liquidações físicas.

Tesouraria ^ Elabora fluxo financeiro

^ Efetua as liquidações financeiras com a Bolsa e Clientes.

Contabilidade
^ Efetua a contabilização das operações.

69
Manual de Controles Internos

OPERAÇÕES EM CLUBE DE INVESTIMENTO

ÁREA ENVOLVIDA AÇÕES ( ^ ) E CONTROLES BASICOS ( @ )

Diretoria ^ Aprova a constituição de clubes segundo o KYC;

Monitora as operações dos clubes para que não ocorra


@ desenquadramento com as normas legais;

@ Monitora os volumes aplicados pelo Clube com vistas à


prevenção de lavagem de dinheiro.
@ Aprovação das exceções que não conflitem com as normas
legais;

Departamento Técnico/Clubes ^ Tratamento da documentação para constituição/encerramento


e gestão dos Clubes de Investimentos;

Recebe as ordens de aplicações e resgates dos clientes;


^
No caso de novos clientes informa ao back-office para
@ providenciar a documentação para cadastro;

Analise diária da posição da carteira do Clube para que não


haja conflito com as normas legais, havendo
^ desenquadramento comunica a diretoria;

Recebe as ordens de aplicações e resgates dos clientes;


^ Transmite ao Back-office as operações realizadas, aplicação e
resgates;
^
Atenta para os volumes de aplicações dos clientes, com vistas
à prevenção da lavagem de dinheiro.
@ Acompanha e controla a posição dos ativos e financeiros dos
Clubes e cotas dos cotistas.

Gestor da Carteira do Clube ^ Define política e estratégia das operações do dia;

Captação de aplicação junto a clientes;


^

^ Transmite as ordens de operações a serem realizadas para as


Mesas de Operações.

^ Convoca as assembleias;

^ Acompanha o andamento das ordens transmitidas;

Contata ou é contatado por clientes para realizar aplicações


^ em cotas de Clubes de Investimentos;

^ Atende, orienta os clientes e prospecta novos negócios;

70
Manual de Controles Internos

Back-office ^ Registra e executa as ordens de aplicações e resgates


recebidas dos clientes e alimenta o sistema clubes;
^ Verifica se as entradas dos recursos foram efetivadas;

^ Processa o sistema de Clubes diariamente , calcula o valor da


cota, patrimônio liquido e posição dos cotistas;
^ Calcula a taxa de administração diária;

^ Informa a tesouraria a liquidação financeira com clientes e


“clearings “;

Confere os débitos/creditos ocorridos nos Clubes;


^
Mantem atualizado o Patrimônio Liquido do Clube e posição
^ dos cotistas;

Envia aos cotistas correspondências sobre a movimentação e


^ extrato mensal.

Cliente ^ Preenche o termo de adesão ao Clube;

Deposita os recursos diretamente na Corretora ou na conta


^ corrente por ela indicada;

^ Comunica as aplicações e resgates ao Departamento Técnico.

Tesouraria ^ Liquida o financeiro diretamente com as Bolsas e


Cotistas/Clubes;
^ Processa os depósitos e retiradas ocorridas em nome dos
Cotistas;

^ Efetua conciliação dos valores depositados em nomes dos


cotistas para os clubes.

Envia os documentos para a contabilidade.


^
Contabilidade
^ Efetua a contabilização das operações;

^ Efetua o recolhimento dos IRRF sobre os resgates;

Informa as posições dos Clubes para BM&FBovespa.


^

71
Manual de Controles Internos

OPERAÇÕES DE FUNDO DE INVESTIMENTO

ÁREA ENVOLVIDA AÇÕES ( ^ ) E CONTROLES BASICOS ( @ )

Diretoria ^ Aprova a constituição de Fundos próprios segundo o KYC e a


distribuição de Fundos de terceiros;
@ Monitora as operações dos Fundos Proprios para que não
ocorra desenquadramento com as normas legais;
@
Monitora os volumes aplicados pelos clientes com vistas à
prevenção de lavagem de dinheiro.
@
Aprovação das exceções que não conflitem com as normas
legais;

Departamento Técnico/Fundos ^ Tratamento da documentação para constituição/encerramento


e distribuição de Fundos;

^ Recebe as ordens de aplicações e resgates dos clientes;

@ No caso de novos clientes informa ao back-office para


providenciar a documentação para cadastro;

^ Analise diária da posição da carteira do Clube para que não


haja conflito com as normas legais, havendo
desenquadramento comunica a diretoria;

Recebe informações quanto aos valores das cotas dos Fundos


^ Distribuídos diretamente dos seus gestores;

^ Recebe as ordens de aplicações e resgates dos clientes;

Transmite ao Back-office as operações realizadas, aplicação e


^ resgates;

@ Atenta para os volumes de aplicações dos clientes, com vistas


à prevenção da lavagem de dinheiro.

@ Acompanha e controla a posição dos ativos e financeiros dos


Fundos e cotas dos cotistas.

Gestor da Carteira do Fundo Próprio ^ Define política e estratégia das operações do dia;

^ Captação de aplicação junto a clientes;

^ Transmite as ordens de operações a serem realizadas para as


Mesas de Operações.

^ Convoca as assembléias;

@ Acompanha o andamento das ordens transmitidas;

72
Manual de Controles Internos

Contata ou é contatado por clientes para realizar aplicações


^ em cotas de Fundos de Investimentos;

^ Atende, orienta os clientes e prospecta novos negócios;

Back-office ^ Registra e executa as ordens de aplicações e resgates


recebidas dos clientes e alimenta o sistema Fundos;
^ Verifica se as entradas dos recursos foram efetivadas;

^ Processa o sistema de Fundos diariamente , calcula o valor da


cota, patrimônio liquido e posição dos cotistas;

^ Calcula a taxa de administração diária;

^ Informa a tesouraria a liquidação financeira com clientes e


“clearings “;

^ Confere os débitos/créditos ocorridos nos Fundos;

Mantém atualizado o Patrimônio Liquido do Fundo e posição


^ dos cotistas;

^ Envia aos cotistas correspondências sobre a movimentação e


extrato mensal.

Cliente ^ Preenche o termo de adesão ao Fundo;

Deposita os recursos diretamente na Corretora ou na conta


^ corrente por ela indicada;

^ Comunica as aplicações e resgates ao Departamento Técnico.

Tesouraria ^ Liquida o financeiro diretamente com as Bolsas e


Cotistas/Fundos;
^ Processa os depósitos e retiradas ocorridas em nome dos
Cotistas;

^ Efetua conciliação dos valores depositados em nomes dos


cotistas para os Fundos.

Envia os documentos para a contabilidade.


^

73
Manual de Controles Internos

OPERAÇÕES EM RENDA FIXA

ÁREA ENVOLVIDA AÇÕES (^) E CONTROLES BASICOS (@)

Diretoria ^ Define diariamente verbal à mesa de operações e áreas de


negócios a política e taxas de aplicações a serem praticadas;
@ Monitora e aprova as operações em andamento;

@ Monitora os volumes aplicados pelos clientes com vistas à


prevenção de lavagem de dinheiro.

Mesa de Operações ^ Gerencia as operações;

Contata clientes para realizar negócios e aplicações;


^
Ao realizar uma operação de renda fixa, o operador verifica se
^ o cliente esta cadastrado;

Informa à Tesouraria das operações realizadas via boleto


^ eletrônico;

@ Controla o fluxo de caixa com as operações executadas;

Registrar as operações no sistema interno e na “clearing”;


^
Atenta para o lastro oferecido na operação;
@

Atenta para os volumes de aplicações dos clientes, com vistas


@ à prevenção da lavagem de dinheiro.

Acompanha e controla a posição dos ativos e financeiros dos


@ Fundos e cotas dos cotistas.

Back-office ^ Efetua o processamento de Controle de renda Fixa;

Emite as notas de operações;


^

@ Confere a valorização da carteira própria;

Verifica o enquadramento da carteira própria, segundo os


@ limites estipulados;

Efetua a manutenção das informações legais /regulamentares,


^ referentes aos ativos da carteira;

^ Registra as operações nas “clearings” (Selic/Cetip e outros);

74
Manual de Controles Internos

@ Os controles diários de cada papel são corrigidos através de


arquivo em planilhas Excel. Nesse arquivo é informada
diariamente a taxa Selic e a taxa CDI-Cetip e automaticamente
todos os papéis são corrigidos;

@ Mensalmente são feitos novos controles de todos os papeis


que a corretora possui, referentes ao mês em questão;

^ Quando são informadas estas taxas diariamente,


automaticamente é corrigido também um controle de projeções
mensais futuras (brutas e liquidas) das taxas de juros,
considerando os dias úteis a decorrer até o final do período;
^ Posteriormente à compra ou venda de papel, é feito o registro
em arquivo de EXCEL que consta todo o histórico das
operações de compra e venda efetuadas pela corretora;

Mensalmente é feita a reavaliação dos papéis que se


^ encontram na carteira própria da corretora e diariamente é feita
a reavaliação dos papéis a serem vendidos a clientes;

@ Para efeito de conferência com os controles gerenciais já


existentes, todo final de mês é retirada via internet a listagem
atualizada, através do site da Andima, dos PUs ao Par (preços
unitários corrigidos) de todos os papéis que a corretora possui.
A reavaliação é feita colocando-se toda a carteira própria na
curva, isto é, cada papel em seu preço atualizado até a data
em questão (cálculo pro-rata).
^ No início de cada mês, se solicitadas, os clientes são
informados de suas posições financeiras atualizadas.

@ Mensalmente é repassado à contabilidade o cálculo do valor


(por papel) da carteira própria da corretora “marcado a
mercado”, isto é, com o preço de mercado de cada papel no
último dia do mês.

Tesouraria @ Monitora os lançamentos efetuados no sistema com os


lançamentos registrados nas "clearing":
^ Efetua a liquidação financeira das operações;

@ Monitora as posições do saldo de caixa e enquadramento em


relação SPB.

Elabora o fluxo financeiro e informa a Diretoria


^
Confere diariamente as contas correntes bancária, aplicações
@ e resgates.

^ Efetua os lançamentos nas contas correntes dos clientes.

Contabilidade
^ Efetua a contabilização das operações;

^ Recolhimento das obrigações fiscais;

75
Manual de Controles Internos

OPERAÇÕES NO TESOURO DIRETO

ÁREA ENVOLVIDA AÇÕES (^) E CONTROLES BASICOS (@)

Diretoria ^ Define a política comercial da ELITE.

Mesa de Operações ^ Atende aos clientes transmitindo-lhes as informações


necessárias dadas as características das aplicações;
^ Captação de novos clientes;

^ Negocia taxas de comissão com os clientes;

Efetua a aplicação para os clientes no sistema do Tesouro


^ Direto, caso seja esta a opção dos clientes;

^ Inclui a taxa de corretagem negociada com os clientes no


sistema;

Informa a Tesouraria as operações realizadas ou somente os


^ valores das taxas referentes à comissão da Corretora.

Clientes ^ Recebe em meio eletrônico, a senha para acessar o sistema


do Tesouro Direto;
^ Efetua a aplicação eletrônica no sistema do Tesouro Direto,
caso esta tenha sido sua opção;

^ Efetua na Corretora o pagamento da aplicação;

Cadastro ^ Efetua o cadastramento dos clientes na Corretora, na Bovespa


e na CBLC;

Back-Office ^ Recebe arquivo da CBLC com a informação da operação feita


pelo cliente e o repassa à Tesouraria;

Recebe da CBLC a comissão pela aplicação e informa à


^ Tesouraria;

^ Recebem da CBLC os juros e resgate e informa à Tesouraria;

Tesouraria ^ Confere o arquivo com a informação da operação feita pelo


Cliente;

Repassa à CBLC a informação do pagamento da operação


^ pelo cliente;

^ Efetua a liquidação com a CBLC;

Efetua os repasses dos valores das operações aos clientes;


^
^ Envia os documentos para a Contabilidade.

Contabilidade
^ Efetua a contabilização das operações;

Recolhimento das obrigações fiscais;


^

76
Manual de Controles Internos

IDENTIFICAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO

Critérios Básicos

A ELITE provê adequado entendimento e visualização dos riscos associados aos


negócios, de forma que qualquer fato que possa interferir adversamente no seu
desempenho seja identificado e tratado adequadamente. Tanto em relação aos riscos
já existentes quanto em relação aos potenciais riscos.

Da Visão do Risco

São considerados os seguintes tipos de risco:

De Crédito

Decorre de uma obrigação de direito advinda de um instrumento/contrato qualquer que


não foi cumprido por qualquer motivo pela respectiva contraparte.

De Mercado

Decorre de movimentos adversos nos preços/valores das variáveis que compõem o


valor de uma posição.

De Liquidez

Decorre de:

 Falta de numerário/caixa necessário para o cumprimento de uma ou mais


obrigações;
 Falta de contrapartes em número suficiente ou do interesse do mercado em
negociar a quantidade desejada de uma posição, afetando de forma anormal o
seu preço.

Operacional

Decorre da falta de consistência e adequação dos sistemas de informação,


processamento e operações, bem como, de falhas nos controles internos, fraudes ou
qualquer tipo de evento não previsto, que torne impróprio o exercício das atividades da
ELITE, resultando em perdas inesperadas.

Legal

Decorre do potencial questionamento jurídico da execução dos contratos, processos


judiciais ou sentenças contrárias ou adversas àquelas esperadas pela ELITE e que
possam causar perdas ou perturbações significativas que afetem negativamente os
processos operacionais e/ou a organização da ELITE.

Pode decorrer, também, de cadastramento inadequado de clientes.

De Reputação ou Imagem

77
Manual de Controles Internos

Decorre da publicidade negativa, verdadeira ou não, em relação à prática da condução


dos negócios da ELITE, gerando declínio na base de clientes, litígio ou diminuição da
receita.

Exemplo: reflexos decorrentes de suspeita ou revelação de lavagem de dinheiro.

Da Estrutura para a gestão de riscos

A Diretoria, por meio de sua equipe profissional, atua no sentido de:

 Facilitar a identificação dos riscos e o seu gerenciamento;


 Propiciar maior segurança na execução das atividades;
 Minimizar a probabilidade de ocorrência dos riscos envolvidos;
 Criar mecanismos para a melhoria dos controles.

As definições operacionais e a gestão dos diversos riscos associados às atividades da


ELITE são estabelecidas e executadas pela Diretoria, nem sempre de maneira
formalizada.

O acompanhamento das atividades no dia a dia (monitoração, medição e avaliação) é


reportado ao Diretor-Executivo pelos Gestores de cada processo. Estes deverão
manter rigidamente seus limites operacionais.

A estrutura está apropriada às necessidades da ELITE, devendo ser revista à luz das
novas condições de mercado e das possíveis modificações na condução da estratégia
dos negócios.

Da Identificação de Risco

A identificação de riscos da ELITE estará diretamente relacionada ao cenário de


atuação em que atua e as suas próprias características operacionais.

Os limites dos clientes são definidos para o valor total dos riscos dos segmentos de
negócios e/ou produtos e revistos pela Diretoria, com acompanhamento diário através
do relatório de "Saldos e Projeções por Cliente" e os relatórios previstos no módulo
"Prevenção à Lavagem de Dinheiro".

Do Gerenciamento de Risco

Antes de serem efetivadas, as operações são avaliadas quanto aos riscos envolvidos,
que indicam o nível de comprometimento dos limites estabelecidos.

Poderão ser utilizadas ferramentas ou metodologias compatíveis com o perfil


operacional, para adequada ponderação dos valores em risco.

Toda aprovação estará em conformidade com o estabelecido pela Diretoria e, além


disso, estará evidenciada nos próprios documentos que requeiram tal aprovação.

As exceções serão aprovadas pela instância com poder para tal ou pelo Diretor-
Executivo da ELITE, efetuando-se o devido registro, com aposição da assinatura de

78
Manual de Controles Internos

quem autorizou, no documento “Termo de Ocorrências”, conforme previsto no módulo


"Monitoração e Solução de Problemas".

As Comunicações Internas de Ocorrências poderão ser utilizados para avaliação da


eficácia do MCI e se, a partir de sua análise, for requerida qualquer alteração
operacional, os procedimentos formais da ELITE serão atualizados para espelhar a
nova situação.

Matriz de Risco

Legenda:

Risco de Crédito = CR
Risco de Imagem = IM
Risco Legal = LEG
Risco de liquidez = LIQ
Risco de Mercado = ME
Risco Operacional = OP

Contratação De Ciente

Pontos de Controle RISCOS


CR LEG OP IM
Preenchimento completo e adequado da ficha cadastral ( inclusive regularidade X X X X
junto à Receita Federal )
Habilitação de clientes na Corretora e nas Bolsas antes das operações. X X X
Manutenção periódica das fichas cadastrais, da documentação suporte e dos
contratos das operações nos mercados a prazo X X
Controle da documentação arquivada, separada pelo prazo que deve ser
mantida à disposição dos reguladores. X
Acompanhamento da devolução de correspondências pelos Correios X X X

Gerenciamento De Risco

Pontos de Controle RISCOS


CR LIQ ME LEG OP
Identificação do cenário de atuação e dos seus objetivos estratégicos X X X X
Identificação dos riscos e controles X
Identificação de ocorrências fora dos limites estabelecidos X X
Controle dos Limites Operacionais e Patrimoniais X X
Observação dos critérios para o controle do Risco de Credito X
Aprovação das operações conforme estabelecido em procedimentos
Documentados X X

79
Manual de Controles Internos

Prevenção ao Crime de Lavagem de Dinheiro

Pontos de Controle RISCOS


LEG OP IM
Verificação das informações quanto à capacidade econômica e financeira,
especialmente quanto aos rendimentos do cliente X X
Existência de critérios, definidos pela diretoria, para estabelecimento da
normalidade operacional e sua disponibilização a todos os colaboradores X
Qualificação dos responsáveis (pessoa física) pela empresa (pessoa jurídica),
com poderes para operar em nome do Cliente. X
Manutenção dos documentos comprobatórios, encaminhados pelos Clientes,
das suas variações patrimoniais, para atualização cadastral. X X
Manutenção dos documentos de avaliação de credito ou registros de ocorrências
que apontaram indícios de crime de "lavagem " ou ocultação de bens, direitos e valores X
Manutenção pelo prazo de 5 ( cinco ) anos, das informações relativas aos cadastros e
operações, visando atender às requisições formuladas pela CVM, BACEN ou COAF X

80
Manual de Controles Internos

GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

Conceito de Risco de Crédito

De acordo com a Resolução 3.721 de 30 de abril de 2009, define o Risco de Crédito e


refere-se como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento
pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos
pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na
classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens
concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

“a atividade de gerenciamento de risco de crédito deve ser executada por unidade


específica nas instituições”, e que “a unidade deve ser segregada das unidades de
negociação e da unidade executora da atividade de auditoria interna”.

Definição de Risco de Crédito

O risco de crédito pode ser definido como uma medida numérica da incerteza
relacionada ao recebimento de um valor contratado/compromissado, a ser pago por um
tomador de um empréstimo (conta margem), contraparte de um contrato/operação ou
emissor de um título, descontadas as expectativas de recuperação e realização de
garantias.

As principais subáreas do risco de crédito são:

 Risco de Inadimplência;
Este pode ser definido como o risco de perda pela incapacidade de pagamento do
tomador de um empréstimo, contraparte de um contrato/operação ou emissor de
um título.

 Risco de Degradação de Crédito;


Este pode ser definido como o risco de perdas pela degradação da qualidade
creditícia do tomador de um empréstimo, contraparte de uma transação/operação
ou emissor de um título, levando a uma diminuição no valor de suas obrigações.

 Risco de Degradação das Garantias;


Este pode ser definido como o risco de perdas pela degradação da qualidade das
garantias oferecidas por um tomador de um empréstimo, contraparte de uma
transação/operação ou emissor de um título.

 Risco Soberano;
Este pode ser definido como risco de perdas pela incapacidade de um tomador de
um empréstimo, contraparte de uma transação/operação ou emissor de um título,
em honrar seus compromissos em função de restrições impostas por seu país
sede.

 Risco de Financiador; e

81
Manual de Controles Internos

Este pode ser definido como o risco de perdas por inadimplência do financiador de
uma transação/operação, potencializada quando o contrato não contempla acordo
de liquidação por compensação de direitos e obrigações (netting agreement).

 Risco de Concentração (crédito)


Este pode ser definido como o risco de perdas em decorrência da não
diversificação de risco de crédito de investimentos.

Responsabilidades do Departamento de Gestão de Riscos

Estabelecer limites operacionais, mecanismos de mitigação de risco e procedimentos


destinados a manter a exposição ao risco de crédito em níveis considerados aceitáveis
pela administração da instituição;

Adequada validação dos sistemas, modelos e procedimentos internos utilizados para


gestão do risco de crédito;

Estimação, segundo critérios consistentes e prudentes, das perdas associadas ao


risco de crédito, bem como comparação dos valores estimados com as perdas
efetivamente observadas;

Procedimentos para a recuperação de créditos;

Sistemas, rotinas e procedimentos para identificar, mensurar, controlar e mitigar a


exposição ao risco de crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado de
operações com características semelhantes, os quais devem abranger, no mínimo, as
fontes relevantes de risco de crédito, a identificação do tomador ou contraparte, a
concentração do risco e a forma de agregação das operações;

Adequação dos níveis de Patrimônio de Referência (PR), de que trata a Resolução nº.
3.444, de 28 de fevereiro de 2007, e de provisiona mento compatíveis com o risco de
crédito assumido pela instituição;

Avaliação das operações sujeitas ao risco de crédito, que leve em conta as condições
de mercado, as perspectivas macroeconômicas, as mudanças em mercados e
produtos e os efeitos de concentração setorial e geográfica, entre outros;

Avaliação adequada quanto à retenção de riscos em operações de venda ou de


transferência de ativos financeiros;

Mensuração adequada do risco de crédito de contraparte advindo de instrumentos


financeiros derivativos e demais instrumentos financeiros complexos;
Estabelecimento de limites para a realização de operações sujeitas ao risco de crédito,
tanto em nível individual quanto em nível agregado de grupo com interesse econômico
comum e de tomadores ou contrapartes com características semelhantes;

Estabelecimento de critérios e procedimentos claramente definidos e documentados,


acessíveis aos envolvidos no processo de concessão e gestão de crédito, para:

82
Manual de Controles Internos

a) análise prévia, realização e repactuação de operações sujeitas ao risco de


crédito;
b) coleta e documentação das informações necessárias para a completa
compreensão do risco de crédito envolvido nas operações;
c) avaliação periódica do grau de suficiência das garantias;
d) detecção de indícios e prevenção da deterioração da qualidade de operações,
com base no risco de crédito;
e) tratamento das exceções aos limites estabelecidos para a realização de
operações sujeitas ao risco de crédito;

XII - classificação das operações sujeitas ao risco de crédito em categorias, com base
em critérios consistentes e passíveis de verificação, segundo os seguintes aspectos:

a) situação econômico-financeira, bem como outras informações cadastrais


atualizadas do tomador ou contraparte;
b) utilização de instrumentos que proporcionem efetiva mitigação do risco de
crédito associado à operação;
c) período de atraso no cumprimento das obrigações financeiras nos termos
pactuados;

Avaliação prévia de novas modalidades de operação com respeito ao risco de crédito


e verificação da adequação dos procedimentos e controles adotados pela instituição;

Realização de simulações de condições extremas (testes de estresse), englobando


ciclos econômicos, alteração das condições de mercado e de liquidez, inclusive da
quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados quando do
estabelecimento ou revisão das políticas e limites;

Emissão de relatórios gerenciais periódicos para a administração da instituição, acerca


do desempenho do gerenciamento do risco em decorrência das políticas e estratégias
adotadas;

XVI - práticas para garantir que exceções à política, aos procedimentos e aos limites
estabelecidos sejam relatadas apropriadamente;

Documentação e armazenamento de informações referentes às perdas associadas ao


risco de crédito, inclusive aquelas relacionadas à recuperação de crédito.

Responsabilidades da Diretoria

As políticas e procedimentos deverão ser aprovadas e revisadas no mínimo


anualmente pela diretoria da instituição, visando determinar a compatibilidade com os
objetivos da mesma, e com as condições de mercado.

A descrição da estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito deve ser evidenciada


em relatório de acesso público, com periodicidade mínima anual, ou seja, o relatório
não deverá em princípio ser remetido ao Banco Central do Brasil, mas deverá ser
elaborado e deixado à disposição daquela autarquia e demais
órgãos competentes, na sede da instituição.

83
Manual de Controles Internos

Devera publicar em conjunto com as demonstrações contábeis, resumo da descrição


de sua estrutura de GRC (Gerenciamento de Risco de Crédito), nos moldes do que já
é feito para o Gerenciamento de
Risco Operacional – GRO.

Indicar o Diretor-Responsável junto ao BACEN, para fins de Gerenciamento de Risco


de Crédito, e admite-se que o designado desempenhe outras funções na instituição,
exceto as relativas à administração de recursos de terceiros e realização de operações
sujeitas ao Risco de Crédito.

84
Manual de Controles Internos

GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

Conceito de Risco de Mercado

O gerenciamento de risco de mercado envolve um conjunto de práticas que tem por


objetivo identificar, mensurar, acompanhar e controlar as exposições das operações
financeiras sujeitas à volatilidade de vários fatores de risco e, posteriormente,
repassando informações à alta administração da empresa, aos acionistas, aos clientes
e ao público em geral, com o intuito de manter a sustentabilidade de uma instituição.

Conforme a Resolução CMN n° 3.464/2007, define-se risco de mercado como “a


possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de
mercado de posições detidas por uma instituição financeira”.

Essa definição inclui os riscos:

 Risco de taxa de Câmbio;


Perdas em ativos indexados a moedas estrangeiras, a exemplo do dólar,
decorrentes de oscilações adversas com a variação da paridade com a moeda
nacional.

 Risco de taxas de juros;


Perdas no valor econômico e/ou financeiro de uma carteira, decorrentes dos
efeitos de mudanças adversas nas taxas de juros, a exemplo da taxa dos títulos
da dívida pública (SELIC).

 Riscos de Ações;
Perdas em função de oscilações imprevistas nos preços das ações presentes em
determinadas carteiras.

 Riscos de Commodities;
Perdas em função de oscilações imprevistas nos preços de ativos indexados a
produtos agrícolas, pecuários ou extração mineral.

 Riscos de Derivativos;
Perdas devido a variações no valor de posições em operações não
convencionadas, tais como Mercado a termo, Mercado de futuros e opções,
geralmente negociadas em Bolsas de Mercadorias & Futuros.

 Risco de Liquidez;
Este pode ser definido como risco de perdas devido à incapacidade de se
desfazer rapidamente uma posição, ou obter “funding”, devido às condições de
mercado.

 Risco de Concentração (mercado).


Este pode ser definido como risco de perdas devido a não diversificação do risco
de mercado de carteiras investimentos.

Responsabilidades do Departamento de Gestão de Riscos

85
Manual de Controles Internos

São responsabilidades do Departamento de Gestão de Riscos da ELITE:

 Monitorar e controlar a exposição a risco de mercado conforme os limites


estabelecidos nas políticas da ELITE;
 Recomendar, quando aplicável, alterações às políticas de gestão de risco de
mercado;
 Identificar previamente os riscos inerentes a novas atividades e produtos;
 A realização de testes de estresse para determinação de revisão das políticas
e limites operacionais para adequação do capital;

Responsabilidades da Diretoria

São responsabilidades da diretoria da ELITE:

 Nomear Diretor responsável pelo Gerenciamento do Risco de Mercado, que


poderá desempenhar outras funções na instituição, com exceção à administração
de recursos de terceiros;
 Revisar e aprovar periodicamente o Manual de Gerenciamento de Riscos,
contribuindo com sugestões de melhoria quando se fizerem necessárias;
 Aprovar de acordo com as políticas e estratégias definidas a estrutura de
Gerenciamento de Risco de Mercado e revisá-la anualmente, adequando-a
quando necessário, estabelecendo limites operacionais e procedimentos
destinados a manter a exposição ao risco de mercado em níveis considerados
aceitáveis pela empresa; e
 Analisar e aprovar os relatórios emitidos pelo responsável de Gerenciamento
de Riscos e se manifestar expressamente acerca das ações a serem
implementadas para correção tempestiva das fragilidades apontadas.

86
Manual de Controles Internos

GERENCIAMENTO DE RISCOS OPERACIONAIS

Introdução

A Presidência da Elite CCVM aprova a Política de Gerenciamento de Riscos


Operacionais, que visa estabelecer os princípios, exigências e as responsabilidades
para o Gerenciamento do Risco Operacional (GRO), bem como da respectiva
Estrutura para o Gerenciamento de Risco Operacional (ESTRISC.3380).

Objetivos da Política de Risco Operacional

O Gerenciamento de Risco Operacional – GRO, na Elite CCVM, tem como objetivo


minimizar perdas e possibilitar decisões adequadas de alocação de capital, além de
garantir o cumprimento de determinações legais, exigências de supervisão, normas,
procedimentos e controles internos e externos.

O GRO adota visão consolidada das diferentes categorias de riscos, alinhado com as
diretrizes traçadas pelo Banco Central do Brasil – BACEN e com as recomendações
emanadas pelo Acordo da Basiléia:

 Ênfase em metodologias internas de Gerenciamento de Risco: supervisão e


disciplina de mercado;

 Incentivos para a redução de exigências de capital para quem gerenciar melhor


os riscos;

 Abordagem multidimensional, incluindo tecnologia de informação, processo


operacional e adequação ao cliente.

A estratégia formulada para o Gerenciamento de Riscos, com uma visão integrada


dessas diferentes categorias, é centralizada no Comitê de Planejamento Estratégico
- CPE, que é composto pela Presidência, Diretoria de Risco Operacional (DRO), e pelo
Gestor de Risco Operacional, e tem por finalidade decidir, no âmbito da Corretora,
sobre questões relacionadas ao Gerenciamento de Riscos Operacionais.

A finalidade do Gerenciamento de Risco Operacional é fornecer à alta administração,


uma visão horizontal das várias atividades de controles operacionais dentro da Elite
CCVM.

O objetivo preliminar do programa de Gerenciamento de Risco Operacional da


Corretora será agregar as informações relevantes através das várias iniciativas, e dos
resultados materiais do relatório para a alta administração, de uma maneira periódica
e precisa.

A Política da Corretora estabelecerá os procedimentos relacionados aos Riscos


Operacionais, bem como iniciativas referentes aos mesmos. A Política é um dos meios
preliminares para que a alta administração da Corretora guie as atividades de Riscos
Operacionais da Elite CCVM.

A Política é uma indicação da filosofia do Risco Operacional da Corretora, e fornece o


conceito de ciclo de vida para o GRO, bem como a estrutura necessária para a

87
Manual de Controles Internos

integração das diferentes iniciativas de Gerenciamento de Riscos Operacionais da


Corretora.

Princípios Básicos

A Política favorece o estabelecimento de um sistema efetivo de controles internos para


manter um ambiente seguro na Corretora, de modo a permanecer em conformidade às
leis, regulamentos e outras políticas internas aplicáveis. A Política é dirigida pelos
seguintes princípios:

 Atribuir responsabilidades de Risco Operacional às funções específicas do


negócio onde os riscos se originam;

 Definir os papéis das funções das gerências de risco para identificação,


monitoramento, quantificação, e emissão de relatório de Risco Operacional;

 Fortalecer o ambiente de controles internos, e estabelecer uma cultura global


de Risco Operacional;

 Otimizar a conformidade com os regulamentos que controlam o Gerenciamento


de Risco Operacional;

 Reduzir os custos e a volatilidade dos lucros com a prevenção de incidentes de


Riscos Operacionais;

 Estabelecer uma linha de relatório oficial para a alta administração, de forma


que sejam alertados sobre Riscos Operacionais pertinentes, em uma base
regular.

Definição de Política de Risco Operacional

Risco Operacional pode ser definido como o risco de perdas geradas por sistemas e
controles inadequados, falhas de gerenciamento, e erros humanos.

Conforme a Resolução nº. 3.380 de 29 de Junho de 2006, do Conselho Monetário


Nacional definem-se como Risco Operacional a possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e
sistemas, ou de eventos externos. Nesta definição inclui-se o “Risco Legal”, associado
à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela Instituição, bem como a
sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais, e a indenizações por
danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela Instituição.

Tal conceito de Risco Operacional pode ser subdividido em diversos “sub-riscos”, tais
como:

 Risco de Obsolescência: risco de perdas pela não substituição frequente de


equipamentos e softwares antigos, ou incompatibilidade de integração entre
sistemas operacionais desenvolvidos em versões de software diferentes;

88
Manual de Controles Internos

 Risco de Equipamento: risco de perdas por falhas nos equipamentos


elétricos, de processamento e transmissão de dados, telefonia, segurança,
etc., tais como vírus de computadores, falta de reparos telefônicos, discos
rígidos danificados, e afins;

 Risco de Tecnologia: falhas de infraestrutura tecnológica. Pode ser


minimizado através de controles internos efetivos pela área de T.I. Tal espécie
de Risco merece atenção especial, em virtude da constante atualização de
recursos tecnológicos no mercado;

 Risco de Erro Não intencional (“Erro Humano”): certamente, o tipo de Risco


de mais difícil mensuração, visto a imprevisibilidade de ocorrência de uma falha
humana durante os procedimentos operacionais. Um “erro humano” pode advir
de uma negligência, de um equívoco, ou de uma omissão, caracterizando aqui,
os elementos da Culpa, em termos legais. A área de Compliance zela pelos
controles internos e pela criação de planos de reparação de erros, enquanto
que a Auditoria Interna é responsável pela detecção de tais erros;

 Risco de Fraudes: os elementos da Culpa dão lugar ao Dolo, e aqui nos


referimos a atos intencionais de má-fé. Tal risco pode ser minimizado mais
claramente que o anterior, através do fortalecimento da “Cultura de
Compliance” dentro da Corretora, sendo que quaisquer atos suspeitos devem
ser comunicados imediatamente à área de Compliance, para, junto com a
Auditoria Interna, investigarem, e conforme o caso, tomarem as medidas
cabíveis junto à Diretoria;

 Risco da Qualificação de Pessoal: a área de RH é a responsável pela


garantia de que não há profissionais desempenhando funções em desacordo
com as suas qualificações, ou sem os devidos treinamentos necessários.

 Risco de Lavagem de Dinheiro: minimizado através da formalização de


limites operacionais, estabelecidos cliente a cliente, novamente intimamente
relacionado à “Cultura de Compliance”, que deve estar impregnada na
Empresa.

 Risco de Acesso: acesso físico indevido às dependências da Corretora, ou a


algumas de suas áreas, em particular, tais como Informática, Cadastros, e
demais documentos físico-eletrônicos, que devem estar preservados e alheios
a acessos desautorizados;

 Risco de Crédito: risco de um cliente não honrar com os seus compromissos


junto à Corretora (inadimplência), uma vez que as Corretoras são impedidas
por Lei de fornecer crédito a seus clientes. Tal modalidade de risco se
subdivide em outras três, quais sejam: risco-país, risco-político, e risco da falta
de pagamento.

 Risco Legal: não cumprimento de Leis vigentes e aplicáveis à Instituição, está


relacionado com a não conformidade com as normas internas emitidas pela
alta administração da Corretora, ou pela área de Compliance.

89
Manual de Controles Internos

 Risco de Imagem: um dos mais preocupantes, e muito em voga atualmente.


Um simples boato pode causar danos irreparáveis à Corretora, assim sendo,
todos os colaboradores e clientes devem ter sempre em mente a importância
de seguir as Regras e Parâmetros de Atuação, o Manual de Controles Internos,
e qualquer política/diretriz implantada pela alta administração da Corretora.

Para atendimento às requisições da Elite CCVM, sobre Risco Operacional, as


subcategorias já citadas deverão ser analisadas sob quatro níveis, conforme
segue:

 Riscos Externos - riscos que são provenientes de fontes fora da Corretora,


incluindo riscos de terceiros, riscos políticos, atividades criminais, riscos legais,
desastres, etc.

 Riscos de Pessoas - riscos associados com as ações diretas dos funcionários


da Corretora, incluindo riscos de falha do funcionário, risco da falta do pessoal-
chave, e riscos associados com as violações das leis empregatícias;

 Riscos de Processos – risco de processo inadequado, falho ou ausente,


incluindo riscos de informação e risco de conformidade, riscos associados ao
gerenciamento de projeto, e com vendas de produtos aos clientes;

 Riscos do Sistema - riscos de falhas na tecnologia de informação da


Corretora.

Ciclo de Gerenciamento do Risco Operacional

Especificamente, o ciclo de vida de GRO ajudará a estabelecer as responsabilidades


específicas das funções das Áreas como donos dos riscos operacionais e como
principais clínicos gerais de GRO, bem como papéis apropriados de gerenciamento de
risco e funções de controle.

CICLO DE VIDA DO GRO:

RISCO ESTRATÉGICO –
IDENTIFICAÇÃO DO RISCO –
AVALIAÇÃO DO RISCO –
PLANO DE AÇÃO –
MITIGAÇÃO.

As fases de GRO são definidas conforme segue:

 Risco Estratégico da Corretora - o apetite ao risco da Corretora determina os


objetivos estratégicos de GRO e estabelece as estruturas apropriadas de
governança.

 Identificação do Risco - identifica os riscos que poderiam impedir a realização


dos objetivos de negócios da Corretora.

 Avaliação de Risco – prioriza os riscos baseados em sua severidade e


probabilidade da ocorrência. Avalia a eficácia e a eficiência de controles

90
Manual de Controles Internos

internos e processos de gerenciamento de risco, de modo a mitigar os


objetivos dos riscos priorizados.

 Plano de Ação - desenvolve itens de ações baseados nos riscos priorizados


existentes, ou em resposta a um evento do risco. Neste estágio, a corretora
pode determinar se quer aceitar, mitigar ou transferir um risco específico.

 Mitigação – Ordena os itens de ação desenvolvidos na fase do “Plano de Ação”


para aumentar a eficácia de controles e de procedimentos internos de
gerenciamento de risco.

Para a implementação das fases do GRO, supracitadas, a identificação de risco em


seus processos será efetuada conforme segue:

a) Definição do escopo de abrangência das áreas de negócios;


b) Mapeamento de todos os processos;
c) Identificação dos riscos críticos inerentes aos processos;
d) Relacionamento dos riscos às categorias de tipos de eventos;
e) Análise das estimativas dos riscos;
f) Sugestões de controles;
g) Implementação de ações gerenciais (Plano de Ação); e
h) Consubstanciar todo o processo do levantamento ao monitoramento de risco
através de uma ferramenta de sistema.

91
Manual de Controles Internos

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE RISCO OPERACIONAL

Este documento tem por objetivo avaliar a estrutura e o processo de Gerenciamento


do Risco Operacional em consonância com os requisitos mandatórios e apresentar a
metodologia e procedimentos para a sua execução.

A estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional está compatível com o porte e a


complexidade dos produtos, atividades e sistemas da Corretora e contempla:
• A identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação do risco
operacional;
• A elaboração de documentos e o armazenamento de informações pertinentes a
perdas associadas ao risco operacional; e
• O envolvimento da Alta Administração na Política de Gerenciamento de Risco
Operacional e do “Compliance” e o comprometimento com a disseminação
dessas culturas entre os seus Colaboradores.

A metodologia adotada no desenvolvimento da estrutura de gerenciamento do risco


operacional consistiu em:

• Atender aos requisitos definidos na Resolução nº 3.380/06 e aos


requerimentos de controles internos estabelecidos pela Resolução nº
2.554/98, atualizada pela Resolução nº 3.056/02;

• Conceituar e definir riscos operacionais e controles internos que mitigam tais


riscos.

Definimos como risco operacional a possibilidade de ocorrências de perdas


inesperadas devido às falhas, deficiências ou inadequações de controles internos, de
pessoas ou mesmo de sistemas, além dos eventos externos.

Neste contexto incluímos também o risco legal associado à inadequação ou


deficiência em contratos firmados pela Corretora, bem como as sanções em razão de
descumprimento de dispositivos legais e as indenizações por danos a terceiros
decorrentes das atividades desenvolvidas, perdas de reputação e até mesmo a quebra
da Instituição.

Identificamos os eventos de risco operacional conforme abaixo:


 Fraudes internas e externas;
 Práticas inadequadas relativas aos clientes, produtos ou serviços;
 Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela Corretora;
 Interrupção das atividades da Corretora;
 Falhas em sistemas de tecnologia da informação;
 Falhas na execução e cumprimento de prazos.

No desenvolvimento da metodologia de gerenciamento do risco operacional


adequamos, diretamente, aos processos e atividades existentes na estrutura funcional
da Corretora, assim, todos os processos críticos têm seus riscos operacionais
devidamente identificados, avaliados, monitorados, controlados e os riscos mitigados.

No processo de identificação e avaliação dos riscos, atribuímos a responsabilidade ao


Gestor de cada unidade/atividade, identificar e relacionar os riscos envolvidos nos

92
Manual de Controles Internos

seus processos/atividades e indicar os controles existentes ou que deveriam existir


para monitorar a correta execução das tarefas, evitando assim, possíveis ameaças
que comprometam ou ocasionam falhas nos controles. Este procedimento possibilita,
ainda, identificar os pontos fracos e ajuda a priorizar as decisões gerenciais quanto à
alocação de recursos.

Os riscos mapeados foram avaliados quanto ao desempenho e a eficiência de seus


controles e o indicador chave de risco foi o modo de mensurar ou método estatístico
que permitiu inferir o nível de risco ao qual a Corretora está exposta em cada
processo.

Os riscos foram mapeados, classificados segundo a importância e a criticidade,


avaliados e identificados os controles internos para mitigar os riscos inerentes:

1) As unidades (áreas ou atividades) críticas da Corretora.


a) Unidades Operacionais
 Processo Captação de Clientes
 Prospectar e aplicar a política “Conheça o seu Cliente”
 Processo Cadastro de Clientes
 Aprovar cadastro do cliente com aplicação das normas vigentes.
 Processo Mesa de Operações
 Receber e executar ordens de clientes segundo normas vigentes.
 Processo Back Office
 Controlar as liquidações financeiras e garantias de operações
realizadas.
b) Unidades Administrativas e Financeiras
 Processo Tesouraria
 Liquidar financeiramente as operações realizadas pelos clientes.
 Processo TI e Telecomunicação
 Salvaguardar, fisicamente, os equipamentos e as informações geradas
e utilizadas nos ambientes da Corretora, permitindo, assim, a
continuidade constante dos seus negócios.
 Processo Contabilidade
Registrar os negócios realizados pela Corretora de acordo com as normas
vigentes.

2) Principais riscos associados a cada processo:


a) Captação de clientes:
 Falha na avaliação da situação patrimonial e financeira do cliente;
 Falta de conhecimento do funcionamento do mercado;
 Perdas de clientes já prospectados.
b) Cadastro de clientes:
 Ficha cadastral com informações obrigatórias incompletas;
 Falta de contratos de intermediação devidamente assinada pelas partes e
testemunhas;
 Falta de documentos comprobatórios (RG, CPF, Comprovante de
endereço, CNPJ, Atos Societários, procuração, etc.).
 Assinaturas não autorizadas, formalmente;
 Falha/falta de documentação/informação para uma avaliação adequada no
estabelecimento de limites operacionais ao cliente;
 Cadastro desatualizado.

93
Manual de Controles Internos

c) Mesa de Operações:
 Execução de operações sem que o cliente esteja devidamente cadastrado;
 Preenchimento incompleto do contrato de Operação
 Falta de confirmação de execução da operação;
 Falha no monitoramento do limite operacional do cliente.
d) Back Office/Tesouraria:
 Falha no cumprimento de prazos (entrega e recebimento) nas liquidações.
 Falha na liquidação das operações realizadas;
 Garantias insuficientes para posições em aberto;
 Descumprimento no poder de alçadas.
e) TI/Telecomunicação:
 Condições não previstas em cláusulas contratuais com empresas
terceirizadas;
 Falta/não localização da mão de obra da empresa terceirizada;
 Uso de software sem licença (“piratas”);
 Acesso aos Sistemas da Corretora de pessoas não autorizadas;
 Permanência de acessos aos Sistemas da Corretora de ex-colaboradores;
 Equipamentos instalados na Corretora sem a devida identificação e
controle.
f) Contabilidade:
 Ausência de suporte hábil nos lançamentos;
 Operações classificadas em contas indevidas;
 Atraso no envio de balancetes/balanços e pareceres de auditoria
independente aos órgãos reguladores

Identificamos os riscos operacionais, avaliamos e mensuramos quais riscos poderiam


ocasionar maiores ou menores perdas e qual o impacto para a Corretora.

Na avaliação do risco operacional, as perdas foram medidas nas formas:

 Qualitativas: procedimento é utilizado, normalmente, por falta de dados


históricos de eventos de perdas operacionais.
 Quantitativas: procedimento é utilizado quando já existem dados suficientes
para poder estimar as possibilidades de perdas operacionais nos eventos
identificados.

Avaliação da Probabilidade e do Impacto

Probabilidade Impacto
Nível Descrição Nível Descrição
Eventos relevantes que comprometem fortemente o
É esperado que
Quase resultado da corretora no ano e a sua estratégia. Eventos
acontecesse em varias Catastrófico
certo desse tipo podem afetar performance do resultado da
circunstâncias.
corretora de forma relevante.
Provavelmente acontecerá Grandes danos e prejuízos, perda de capacidade de
Provável Elevado
em várias circunstâncias. operação.
Deve acontecer em algum
Possível Moderado Requer tratamento, significativas perdas financeiras.
momento
Eventos desgastantes que não afetam a estratégia da
Pode acontecer em algum
Improvável Mínimo corretora e que são geralmente tratados como despesas
momento
operacionais sem impacto na performace.
Pode acontecer em
Raro Insignificante Sem danos e Prejuízo, perda financeira pequena.
circunstâncias

94
Manual de Controles Internos

excepcionais.

Análise da Exposição

Impacto
Probabilidade
Insignificante Mínimo Moderado Elevado Catastrófico
Raro RB RB RM RA RA
Improvável RB RB RM RA RE
Possível RB RM RA RE RE
Provável RM RA RA RE RE
Quase certo RM RA RE RE RE
RB: Risco Baixo, RM: Risco Moderado, RA: Risco Alto, RE: Risco Extremo.

A Corretora acompanha regularmente os eventos de riscos operacionais, monitorando


toda e qualquer exposição às perdas nas diversas atividades, processos ou serviços
oferecidos.

Na condução desse monitoramento, a Corretora utiliza ferramenta de informática para


armazenar as informações específicas, sobre os eventos de perdas originados nas
respectivas unidades/atividades para alimentação do BD – Banco de Dados.

O processo de monitoramento fornece informações gerenciais permitindo o


acompanhamento e a adequação dos controles internos de forma a minimizar os
riscos eventualmente identificados.

Para monitorar os riscos operacionais a Corretora adota uma sistemática de controle


suportada por uma ferramenta de informática que:
 Permite que os Colaboradores da Corretora ao identificar quaisquer eventos de
perdas/riscos operacionais informem aos seus Gestores para que este avalie e
recomende uma sistemática de controle que mitigue tais riscos;
 Permite que os Gestores após a identificação e avaliação dos eventos
reportem a área de Compliance para que esta providencie, documentos e
ações necessárias para regularização do processo e alimente o BD;
Com base nas informações armazenadas no BD o responsável pelo Gerenciamento
de Risco Operacional monitora e analisa todo o processo.

As atividades de controle são realizadas por pessoas, sistemas ou processos e


objetivam dar segurança, transparência e assegurar que os processos/atividades
sejam desempenhados com o menor risco possível.
Os controles implementados são de ordem preventiva e identificável.
 Controle Preventivo: tem como finalidade prevenir contra possíveis ocorrências
de eventos de riscos operacionais;
 Controle de Identificação: tem como finalidade apontar possíveis falhas
ocorridas na execução dos processos/atividades.

APLICABILIDADE

95
Manual de Controles Internos

A Política é aplicável a todos os Departamentos da Elite CCVM.

ADMINISTRAÇÃO DA POLÍTICA

O Comitê de Planejamento Estratégico (CPE), cuja composição se encontra definida


no item II deste documento, será responsável por emitir e manter esta Política, bem
como rever a mesma, ao menos anualmente, ou quando se fizer necessário.

DIVULGAÇÃO

Esta Política estará disponível a todos os funcionários na rede no MCI – Manual de


Controles Internos na seção “Gestão de Controles Internos”, assunto “Política de
Riscos Operacionais (Res. 3380) – RISCOS. 3380”, e divulgada a todos quando de
suas alterações.

PERIODICIDADE DAS REVISÕES

A Política deve ser revista anualmente para avaliar a necessidade de implementações


e atualizações.

As mudanças nas exigências reguladoras, também devem provocar uma revisão


quando necessária da Política. Estas revisões devem ocorrer somente quando o
impacto potencial da alteração ao ambiente regulador for relevante a tal ponto de
causar prejuízos concretos à Corretora, caso fosse aguardado o processo anual de
revisão programado.

PROCESSO DE REVISÃO

Durante cada processo da revisão, o CPE será responsável por avaliar as


necessidades de modificação/atualização da Política, baseada em mudanças no perfil
do negócio ou às exigências de regulamentações supervenientes. O CPE analisará,
também, a eficácia da versão precedente desta Política.

A Política revisada terá efeito somente após a aprovação final, devidamente


formalizada em Ata, pelo CPE.

MONITORAÇÃO E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

96
Manual de Controles Internos

CRITÉRIOS BÁSICOS

Da Monitoração dos Processos

A monitoração compreenderá a realização de atividades destinadas ao


acompanhamento de operação e/ou de processo, comparando o ocorrido com o
previsto, para que se assegure a conformidade com as regras estabelecidas.

Serão consideradas ocorrências para fins de registro no documento “Termo de


Ocorrências” em anexo:

Não atendimento as especificações citadas nos documentos do SCI, a menos que as


hipóteses de correções já estejam definidas nos próprios documentos;

Regularização imediata de uma ação não prevista nos documentos do SCI. Este
registro ficará valendo como orientação para a execução das tarefas, até que o
assunto seja definitivamente incorporado ao respectivo documento;

Exceção que não fira aspectos de legislação e que seja admitida no âmbito da
organização, mediante aprovação de instância competente.

Do Tratamento das Ocorrências

A ocorrência, bem como a solução imediata, será avaliada pelo Gestor da área,
adotando uma das seguintes providencias:

 Avaliação do impacto da deficiência;


 Aprovação da solução imediata adotada;
 Aprovação em regime de exceção, se dentro de sua competência e limite de
autoridade;
 Submissão ao nível hierárquico com autoridade requerida para aprovação do
limite e/ou da solução adotada.

A evidencia da não conformidade, os procedimentos para sua solução e a


aprovação/ciência da diretoria ficarão formalizada no mencionado documento “Termo
de Ocorrência”.

Das Avaliações Periódicas

As ocorrências que causarem impacto de relevância para a ELITE serão objeto de


avaliação global nas reuniões periódicas da Diretoria.

CRITÉRIOS BÁSICOS

Das Atividades

Registro das Ocorrências e Solução Imediata adotada.


Evidência do conhecimento da Diretoria nos Termos de Ocorrências.

Da Segregação de Funções

97
Manual de Controles Internos

As aprovações das exceções e das soluções adotadas no caso de Ocorrências serão


efetuadas por pessoas diferentes daquelas envolvidas na atividade e com poderes
adequados para as mesmas.

SUITABILITY

98
Manual de Controles Internos

Este documento definirá as normas, controles internos e processos referentes à


definição do Perfil de Investidor e ao acompanhamento da adequação das operações
realizadas pelos Clientes da ELITE CCVM Ltda. a este perfil.

O Perfil de Investidor definido terá Função Comercial devendo ser considerado na


abordagem ao Cliente, na oferta de produtos e de material informativo e educacional.

Os sistemas de monitoramento e a base histórica de dados devem ser utilizados como


ferramenta de suporte a função comercial.

- KYC (Know Your Client).

Todos os Clientes ao efetuarem cadastrados na ELITE preencherão o documento API


(Análise do Perfil do Investidor), que corresponde a um questionário que pontuará
objetivos de investimento, expectativa de retorno, tolerância a risco, conhecimento e
experiência do cliente, e onde poderemos ter uma prévia avaliação do Perfil de
Investidor.

Tal questionário terá função complementar sendo a definição do perfil feita através da
avaliação constante das operações realizadas pelo cliente e de seu histórico de
operações na ELITE.

Esta avaliação contemplará os mercados em que o cliente atua (À Vista, Termo e


Opções) e o giro mensal, que considera o volume de operações e a posição a vista
custodiada na Corretora.

As Classificações de perfil serão: Agressivo, Arrojado, Moderado e Conservador, e


tem seus parâmetros definidos no Manual de Controles Internos. A classificação inicial
do perfil do cliente, salvo os casos onde fique claro no preenchimento do API
conhecimento e experiência, será Conservador.

Casos excepcionais:

Em casos de clientes que se neguem a responder o API, é solicitado que o cliente


declare por escrito no próprio documento a negativa.

Inicialmente é adotado um perfil conservador com base no histórico operacional e


alterado de acordo com as variações operacionais.

Definição dos Perfis:

 CONSERVADOR: investidor que prioriza a preservação de seus recursos.


Evita, ao máximo, correr riscos que possam comprometer o seu patrimônio.
Enquadra-se: clientes que obtém de 7 a 9 pontos no API ou clientes que só
operam no mercado a vista e praticamente só em operações de compra.

 MODERADO: aceita correr pouco risco em busca de melhor rentabilidade.


Direciona a grande parcela de seus recursos para aplicações mais seguras.

99
Manual de Controles Internos

Enquadra-se: clientes que obtém de 10 a 16 pontos no API ou que


apresentam giro pequeno em relação à carteira detida.

 ARROJADO: possui conhecimento do mercado e aceita exposição a riscos em


busca de ganhos adicionais a médio e longo prazo. Direciona seus recursos
para investimentos de maior volatilidade.
Enquadra-se: clientes que obtém de 17 a 22 pontos no API ou operam no
mercado de termo e de opções (isoladamente) além do mercado a vista.
Adicionalmente, pode ser considerado investidor de perfil arrojado o cliente que
apresenta giro entre 2 e 3 vezes em relação aos ativos detidos na Elite.

 AGRESSIVO: é inclinado a correr riscos visando à máxima rentabilidade


possível para seus investimentos. Não se preocupa com flutuações
momentâneas do mercado, pois visualiza compensações em longo prazo.
Enquadra-se: clientes que obtém de 23 a 28 pontos no API ou opera nos
mercados a vista, a termo e de opções simultaneamente, realizando
estratégias alavancadas de investimento. Adicionalmente, pode ser
considerado investidor de perfil arrojado o cliente que apresenta giro maior que
4 vezes em relação aos ativos detidos na Elite.

MONITORAMENTO

O monitoramento do perfil atribuído ao Cliente será feito nos três estágios descritos a
seguir.

- Avaliação global trimestral

Nesta avaliação será utilizada uma planilha eletrônica (API - BASE DE DADOS) que
contem dados de posição de ativos, mercados de atuação, volume de operação,
limites operacionais e histórico de perfis.

A planilha calculará automaticamente os perfis com base no que foi operado ao longo
do trimestre. Todas as divergências entre os perfis “calculados” e os registrados serão
tratadas individualmente.

A planilha tem como função fazer uma revisão periódica consolidando tudo que foi
identificado ao longo do período nos Controles diário e Intra-Day.

- Avaliação diária

Todos os dias quando for efetuada a atualização da planilha de risco que acompanha
a posição diária de todos os clientes da ELITE será feita uma verificação dos perfis
definidos, através de alertas automáticos que identificam operações não compatíveis
com o mesmo.

- Controle Intra-Day

100
Manual de Controles Internos

O controle do perfil dos clientes no intra-Day será executado pelos operadores através
de consulta na planilha de controle de risco intra-Day, onde constam as informações
do Cliente sobre o perfil definido, os mercados em que o cliente atua, o giro, o limite
operacional e o histórico de posição em custodia. Alem disso os operadores
conseguem visualizar a posição financeira e a exposição a risco do cliente.

PLANO DE AÇÃO

A identificação de operações não adequadas ao perfil definido será avaliada e será


atualizado o Perfil de Investidor. As mudanças devem ser registradas na base de
dados que alimenta as planilhas de controle.

O cliente deve ser comunicado sobre a alteração, sendo alertado sobre a operação
que originou a mudança de perfil, o perfil anterior e o atual, bem como deve ser
informado sobre as características e riscos envolvidos na operação realizada (o link do
nosso site com estas informações deve ser fornecido ao cliente).

FUNÇÂO COMERCIAL

Os perfis definidos e os dados históricos existentes sobre todos os clientes, ativos e


inativos, constantes na planilha eletrônica Base de Dados devem ser usados nos
contatos e campanhas comerciais como referência para produtos a serem oferecido e
material educacional e ser fornecido.

Os controles e base de dados dos sistemas de KYC também podem ser utilizados
para elaboração de listas, avaliações individuais e coletivas ou qualquer levantamento
de dados que facilite no processo de manter ou recuperar clientes.

101
Manual de Controles Internos

TERMO DE OCORRENCIA

DATA DA OCORRENCIA:_____/_____/____

AREA:_____________________________________________________________

FUNCIONARIO RESPONSAVEL:_______________________________________

BREVE RELATO DA OCORRÊNCIA:

CONSEQUENCIAS ( MULTAS, Comunicados de Advertência e outras


Penalidades ):

PROVIDENCIAS PARA REGULARIZAÇÃO:

CIENCIA E DESPACHO DA DIRETORIA

_____/____/_____

102
Manual de Controles Internos

ORGANOGRAMA

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