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Supraresumo - Economia Brasileira - Parte II PDF
Supraresumo - Economia Brasileira - Parte II PDF
- Período pré-1930 Desenvolvimento industrial atrelado ao desempenho do setor primário-exportador. Quando havia
DD externa(maior preço do café), havia maior DD interna, criando mercado para produtos industriais domésticos
Dependente da DD externa..
- Período pós-1930 Industrialização . "Substituição de Importações"
O investimento em atividades econômicas ligadas ao mercado interno passa a ser o principal determinante do
crescimento da renda.
Estabelece uma relação direta e linear entre o desempenho do setor exportador e o desenvolvimento industrial.
- Qdo o setor primario-exportador vai bem, havia estímulo ao desenvolvimento industrial. Visão oposta a da ótica dos
choques externos.
- Ao contrário da visão dos choques externos, renda gerada pela exportação de bens primários seria abrangente O
desenv. industrial não seria limitado à produção de bens de consumo como uma extensão do setor exportador.
+ Nova periodização - Peso maior na transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado, qdo ocorre a instauração
do modo capitalista no Brasil.
- Economia Colonial
- Economia Mercantil baseada no trabalho escravo
- Economia Capitalista Exportadora
- O Capital industrial surgiu por volta da décade de 1880 como extensão do capital cafeeiro, num momento de grande
acumulação no negócio do Café. Antes, não havia acumulação de K suficiente para os negócios industriais.
- Todavia, a relação entre a expansão do setor cafeeiro e o setor industrial NÃO era linear (Como no caso da
industrialização por exportação)
+ Este padrão foi rompido com a grande depressão e as respostas dadas pelo governo - Crise do Setor cafeeiro.
- Contudo, esta fase inicial de substituição de importações não foi suficiente para estabelecer as indústrias produtoras de
insumos básicos e de bens de capital.
- Capital industrial passa a ser mais independente do capital cafeeiro (dinâmica própria), mas desenvolvimento
industrial(acumulação de capital no setor industrial não é completamente endógena) ainda dependente da capacidade de
importar, que vem do estoque de divisas, que vem das exportações primárias. Industrialização Restringida
Acumulação endógena somente com matriz industrial completa, i.e, indústrias produtoras de insumos básicos e de bens
de capital. Sem o desenvolvimento desses setores, seria necessário importar e, para isso, a utilização de divisas geradas
pelas exportações do setor cafeeiro.
- Só a partir dos anos 50(Plano de Metas), qdo as indústrias pesadas começam a se desenvolver com mais intensidade, a
acumulação de capital se torna mais endógena. Industrialização Acelerada
- Objetivo NÃO é provar que o desenv. industrial pré-30 foi fruto de uma estratégia ampla e deliberada por parte do
governo.
- É provar que a visão de que o Estado na Rep. Velha era mínimo/fraco/insignificante e que nada fez para estimular a
industrialização é falsa.
- O Estado não era completamente passivo. Houve medidas para estimular a indústria.
+ Políticas Adotadas
a) Proteção Tarifária
b) Concessão de incentivos e subsídios
Observações de Suzigan:
- A questão da Taxa de câmbio O que interessa é o efeito combinado das tarifas com a taxa de câmbio (tarifa efetiva). Se
tarifa for elevada, mas cambio super apreciado, efeito líquido ainda é favorável às importações.
- "É difícil aceitar o argumento que a tarifa aduaneira era intencionalmente protecionista" Proteção a indústria pré-
1ªGM se deu mto mais por restrições às importações e desvalorização cambial. Pos 1gm, mta oscilacao da protecao
dificulta definicao de um padrao.
- Não se deve tratar o período inteiro de maneira uniforme.
a) Período anterior à 1ªGM
- Pouca ou nenhuma assistência direta do governo.
b) Período posterior à 1ªGM
- Estímulo a algumas indústrias específicas.
- Seria um exagero atribuir a diversificação da produção industrial ocorrida na década de 1920 aos incentivos e subsídios
governamentais.
- De modo geral, os incentivos e subsídios não eram sistemáticos e nem sempre foram eficazes.
+ Conclusão
- Os incentivos e subsídios foram esporádicos, não-sistemáticos e "ad-hoc"(pontuais, específicos)
1) O período 1880-1890
-É um exagero afirmar que o capital industrial originou-se na década de 1880
2) Período do encilhamento
- Grande aumento do investimento industrial.
3) 1ª GM
- Grandes controvérsias a partir do trabalho de Warren Dean(ótica das exportações) x ótica dos choques adversos
- A análise deve ser realizada a partir de diferentes variáveis
a) Drástica redução do investimento
- Dados estrangeiros de exportações de máquinas para o Brasil.
b) Produção foi positiva
- Dois períodos
- Aumento real em 1915-16, recuperando-se de 13 a 14(efeitos contracionistas do fim do padrão-ouro)
- Declínio em 1917 em função da escassez de matérias-primas
c) Lucros: A evidência não é suficiente.
+ Crise de 1929-30
- Queda do preço das exportações / DD internacional despencou
- Interrupção dos fluxos de capitais
- Super safras de café
Reservas internacionais despencam e a capacidade de importar tem uma queda de 40%.
- Simultaneidade de problemas de oferta e demanda de café. Havia supersafras e com a crise internacional, a demanda
mundial cai.
+ Principal legado Aparato de Estado. Conjunto de regulações e legislações criados na Era Vargas que significam uma
ruptura ao que havia antes.
- Por um lado déficits sustentam a renda, por outro controle sobre as importações e desvalorização cambial fazem com
que essa renda sustentada se desvie de produtos importados para a produção doméstica.
- "Ao gerar déficits fiscais, o governo teria adotado políticas pré-keynesianas de sustentação do nível de atividade
econômica"
- Estíimulo à indústria.
2)Interpretações Revisionistas
obs: Adiamento das amortizações e desconto no serviço de dívida externa do Brasil, principalmente com a Inglaterra.
+ Relações Internacionais:
- Cai a importância da Inglaterra
- Aumenta a importância da Alemanha(Comércio de Compensação) e Estados Unidos
- Comércio de Compensação Comércio bilateral Brasil-Alemanha não precisaria ser feito com moeda internacional.
Seriam acumulados saldos comerciais bilaterais e as diferenças seriam pagas.
- Participação das exportações alemãs aumenta na pauta de importação brasileira.
- Acordo Bilateral(EUA-Brasil), onde Brasil dava concessões tarifárias aos produtores norte-americanos especialmente a
bens de consumo duráveis , enquanto as exportações brasileiras de café, manganês e castanha do pará ficariam livres de
tributos
Dados do Período
- Crescimento econômico ligado à produção industrial, já que importações estavam mais caras, permitindo utilização de
capacidade ociosa da indústria. Com uma PM expansionista e política cafeeira inalterada(de cotas), de sustentação da
renda e da demanda, há estímulo a indústria.
- A economia cresceu 6,5% ao ano entre 1934-37, apesar das dificuldades do BP.
- A agricultura teve um desempenho ruim, mas a produção industrial cresceu mais de 11% ao ano.
- Diversificação industrial Crescimento dos gêneros não-tradicionais - papel, cimento, metalurgia e química.
- Setor de bens de capital não irá se desenvolver.
+Balança Comercial
- Declínio da importância das exportações de café aumento das exportações e algodão e valor das exportações de café
cai
- Recuperação das importações, após queda aguda durante a crise. Com volta do crescimento e pol. cambiais mais
flexíveis, há estímulo as importações.
++ Período da 2a GG.
- Exportações em um 1º momento tiveram impacto negativo. Em um 2º momento, há recuperação com ocupação de
mercados dos EUA e da Inglaterra, países envolvidos no esforço de guerra.
- Importações em um 1º momento com dificuldade de obtenção de divisas Em um 2º momento há dificuldade de
importação devido ao esforço de guerra dos EUA, mas já havia divisas.
+ Indústria
- Prós: Maior parcela de mercado disponível.
- Contra: Dificuldade de obter insumos e investir.
- Efeito agregado sobre a indústria(menor capacidade de importar) foi favorável. Crescimento médio da indústria foi
superior ao crescimento médio do PIB.
- PIB não cresceu tanto por causa do mau desempenho da agricultura e das políticas econômicas(monetária, fiscal e
creditícia) contracionistas durante a guerra.
+ Inflexão de 42
- Reversão das políticas econômicas para um viés expansionista-
- Estado se torna mais robusto e com mais instrumentos para intervir na Economia, o que se traduz na formulação de
planos econômicos, como o quinquenal de 47(?). Tendência de constituição institucional prossegue e atinge seu ápice no
Plano de Metas de JK.
- Reviravoltas políticas no Brasil não acarretaram movimento de descontinuidade institucional. Possivelmente, por causa
do fracasso do modelo primário-exportador.
+Questão: Houve intenção do governo em promover a industrialização?
a)Pedro Fonseca
- O esforço de construção institucional(CLT,Carteira de crédito agrícola e industrial do BB e siderurgia) mostra que houve
intenção.
- Não só governo, mas grupos a favor(RS)
- Financiamento Ampliação da base tributária Menos tributos na importação
b) Celso Furtado
- Não havia intenção deliberada de promover a indústria.
- Medidas favoreciam o café
- Industrialização foi um subproduto não intencional, até JK.
++ Antecedentes Políticos
- Interventores nos estados
- Grupo Pró-EUA Osvaldo Aranha
- Grupo Pró-Alemanha Gen. Dutra, Gen. Goes Monteiro.
- Incentivo as rivalidades para que nenhum grupo seja suficientemente forte.
+ Relação com EUA
- Instalação de bases em Natal e Noronha
- Acordo interamericano do café EUA compravam cotas de café a preços fixos, dando fim ao problema de balanço de
pagamentos
- Financiamento para construção da CSN, permitindo entrada no mercado siderúrgico.
- Pressão para surgimento de uma oposição/liberalização no Brasil UDN e Eduardo Gomes.
- UDN x PSD + PTB(sem culto ideológico) x PCB
- Queremismo Queremos Getúlio
- Gen. Goes Monteiro tenta assumir sem sucesso.
++ Primeiro Momento Euforia Liberal (46-47)
- Objetivo de conter inflação frustrado no início do governo Aumento de funcionalismo gera grande déficit.
- Prioridade controlar a inflação
- Por razões políticas, governo era incapaz de estabilizar economia com PM frouxa e PF rígida.
- Out 46 e Junho 49 - Políticas Contracionistas Contração do investimento público, pequena emissão e impossibilidade
de contração do crédito BB dado financiamento à indústria.
- DD reprimida por importados gerou grandes saldos comerciais Reservas Internacionais serão usadas para combater
inflação Liberaliza comércio e aprecia taxa de câmbio, inundando mercado de produtos importados de maior qualidade
e menor preço. (Âncora Cambial)
+ Características da "ilusão de divisas"
- País acreditava na solidez de suas reservas internacionais, entretanto grande maioria das reservas eram em modeas
inconversíveis e em ouro e estes só eram aceitos nos países de origem e venda de ouro seria sinal de fragilidade no BPO e
acarretar fuga de capitais.
- Acreditava que os EUA, única fonte de empréstimos, seriam gratos pela colaboração durante a guerra. Entretanto,
prioridades dos americanos, com a guerra fria, tipicamente, reconstrução pelo Plano Marshall. No Brasil, não há ameaça
comunista, logo não havia atratividade.
- Acreditava-se que uma política liberal de câmbio atrairia Investimentos diretos
+ Câmbio
- Livre Fim de restrições a pagamentos existentes desde 1930.
- Facilidade de remessas incentivaria futuras entrada de K risco.
- Mantido a mesma paridade de 1939.
- Sobrevalorização: inflação brasileira foi o dobro da dos EUA no período para reequiparar a indústria (...)
- País acumulava déficits em moedas fortes e saldos em moedas fracas.
- Volta à normalidade: Brasil perde mercado para manufaturados.
+ Por que não desvalorizar o câmbio?
- Exportações de café não aumentariam DD inelástica ao preço
- Para não elevar a inflação.
- Importações não caíriam da forma desejada, i.e, queda na de bens de consumo e manutenção da importação de bens de
capital. Aconteceria o contrário.
+ Relatório da Comissão Técnica Mista Brasil-EUA (Missão Abbink) pregava que o desenvolvimento brasileiro deveria
orientar-se por:
- Afluxo de K estrangeiro Apesar dos obstáculos a saída de K dos EUA
- Reorientação dos K formados internamente
- Aumento da Produtividade
- 1950: gestão junto a Eximbank e Bird para projetos de infra-estrutura Comissão Mista Brasil-EUA
- Não há projetos no Brasil
- Necessidade de outra missão para dizer o que Brasil precisa em transporte e energia
obs: CEXIM e CACEX Licenças para importar e exportar de acordo com prioridades.
- Eleições de 1950: Getúlio Vargas volta ao poder eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
- Defesa do projeto do desenvolvimentismo não significava para Vargas antagonismo com políticas de estabilização, como
posteriormente ficou caracterizado..
- Vargas pretende fazer um governo em 2 fases(Comparado com Campos Sales e Rodrigues Alves --> Ajustamento com
Funding Scheme e Obras)
a) Estabilização da economia através do equilíbrio das finanças públicas e de uma política monetária restritiva.
b) Empreendimentos e realizações
Fase 1
- Combate aos desequilíbrios macro ocorridos na última parte do governo Dutra.
- Redução das despesas do setor público no biênio 1951-52
- Política Monetária conduzida de maneira ortodoxa, ainda que a política creditícia tenha caminhado na direção contrária.
+ Resultados
- PIB real cresceu 4,9% e 7,5% naqueles anos.
- As taxas de inflação estabilizaram-se, mas não caíram.
+ Problemas nas Contas Externas
- Início do Governo Taxa de câmbio fixa e sobrevalorizada(para combate a inflação e graças a aparente situação externa
mais favorável) e Regime de concessão de licenças afrouxado.
- Importações vão crescer muito rapidamente e desequilíbrios na balança comercial vão aparecer.
1952: Déficit na Balança Comercial de US$ 302 milhões/esgotamento das reservas internacionais de moedas conversíveis/
acumulo de atrasados comerciais.
A Crise cambial impediu o sucesso da estratégia em 2 fases.
+ Instrução 70 da SUMOC
- Reestabelecimento do monopólio cambial do Banco do Brasil
- Extinção do controle quantitativo das importações.
- Taxas de câmbio para exportações: sistema de bonificações incidentes sobre a taxa oficial. --> Estímulo as exportações.
+ Diferentes taxas de câmbio para as importações:
- Taxa Oficial sem sobretaxa.
- Taxa oficial acrescida de sobretaxas fixas
- Taxa Oficial acrescida de sobretaxas variáveis segundo lances feitos em leilões de câmbio.
- Nos leilões, as importações eram classificadas em ordem decrescente em função da sua essencialidade.
- Proteção para indústria. Produtos que concorriam com a indústria nacional chegariam com taxa de cambio menos
favorável. Com isso, era possível desvalorizar o câmbio.
+ Problemas
- A questão do salário mínimo Debate em torno do aumento do salário mínimo entre trabalhadores e empresários leva a
crise política. Aumento de salários é aumento de custos, logo do nível de preços.
- Risco de crise cambial. Boicote a proteção do preço do café, entendido como muito elevado pelo governo americano.
Ainda, aumento de remessas de capitais ao exterior para o pagamento e serviço de dívidas.
- Ação agressiva da oposição. Atentado ao Carlos Lacerda e tentativa de atentado a Vargas.
- 1954: Questão do salário mínimo -> João Goulart era ministro do trabalho sugeriu um ajuste de 100% do salário mínimo,
que era mais que suficiente para repor perdas de poder de compra. -> insatisfação de setores industriais e militares ->
inflação de custos e desvalorização cambial devido ao risco de uma crise cambial.-> esse reajuste afeta drasticamente a
política de controle da inflação de Osvaldo Aranha.
Governo JK
- Discurso desenvolvimentista
- Plano de metas -> esforço sem precedentes -> metas quantitativas -> comprometimento -> critérios de mensuração dos
resultados dos projetos
++ Plano de Metas
- 30 Metas divididas em 5 áreas:
1-Energia (Metas 1-5)
2- Transporte(6-12)
3 - Alimentação (13-18)
4- Ind. Básicas (19-29)
5- Educação (30)
+Pontos Trabalhados
-Expansão dos serviços básicos
-Desenvolvimento das indústrias básicas
- Racionalização da agricultura.
JK não dava enfase a políticas de estabilização. Políticas macro deveriam estar subordinadas ao desenvolvimento
industrial.
- PEM (Plano de Estabilização Monetária) Governo precisava de empréstimos externos. Credores exigiam tratamento de
choque: políticas econômicas contracionistas e mercado cambial único. Se Governo adotasse esse plano/proposta, teria de
abrir mão do Plano de Metas. Por isso, escolhe caminho da emissão monetária.
- Tentativa de proposta gradualista. Inflação cair aos poucos, sem abrir mão do plano de metas, sem mudar questão
cambial. Entretanto, FMI não ficou satisfeito. Com impasse, há adoção do plano e rompimento com o FMI.
- Fonte de financiamento do plano: Endividamento externo e financiamento inflacionário(Gasto e emissão monetária)
- Esforço amplo e sistematizado de planejamento.
- Beneficiou-se de projetos de governos anteriores. Aproveitamento de projetos da comissão mista Brasil-EUA.
- Principais focos Desenvolvimento da indústria auto-mobilística, construção e pavimentação de estradas, produção e
refino de petróleo, siderurgia. (Energia e Transporte)
- Meta síntese Construção de Brasília.
- Criação da idéia de vocação para o crescimento. Planos de estabilização não seriam excessivamente restritivos por
motivos políticos(de afirmação. De clamor pelo crescimento)
- Integrar território nacional e potencial simbólico(Capital futurista no meio do nada em prazo recorde).
- Política tarifária tinha objetivos paradoxais facilitar importação de bens de capital e insumos para industrialização e ao
mesmo tempo proteger indústrias de bens de capital brasileiras Solução: Similar nacional impostos reduzidos apenas
para indústrias de bens de K que não tivessem similar nacional (isenção de 50%).