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O juiz está autorizado a ignorar a autonomia patrimonial da pessoa jurídica sempre que
esta é manipulada na realização de fraudes, seja no desvio de sua função social, ou seja,
utilizada contrariamente às suas finalidades, seja em casos de confusão patrimonial entre o
patrimônio da pessoa jurídica e das pessoas naturais que a constituem, ou entre a pessoa
jurídica e outra pessoa jurídica
Esse desvio de função da pessoa jurídica traz à mente a figura do negócio indireto, que
pode ser definido como aquele em que as partes se propõem a alcançar uma finalidade que
não é a finalidade típica, segundo a lei, do negócio jurídico escolhido. O negócio indireto
pode ser lícito ou ilícito , e sua nulidade não est á na causa, e sim no fim perseguido pelas
partes. A disregard doctrine surgiria, então, como um recurso jurídico contra essa utilização
indireta da pessoa jurídica
4. Conclusão