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São Carlos
1998
Aos grandes amores da minha vida:
meus pais Sônia e Jesus
AGRADECIMENTOS
Aos amigos Professores José Jairo de Sáles, Roberto Martins Gonçalves, João
Bento de Hanai e Márcio Antônio Ramalho.
Aos amigos de graduação que continuaram por aqui, Cazuza, Lucia, Marcelo,
Luiz, Marina, Guilherme, Faustino, Ricardo, Botinha, José, Tuca, que não deixaram,
durante o mestrado, os bons momentos de outras épocas ficarem só na memória e aos
que estão longe, Mana, Lu Berna, Lu Bixo, Satie, entre outros pelo prazer de fazerem
parte da minha vida...
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
Ap Área do pavimento
Ta
Em Módulo de elasticidade do aço modificado (AISC/LRFD)
Er Módulo de elasticidade do aço da armadura (ECCS)
Es Módulo de elasticidade do aço do perfil (ECCS, AISC/LRFD, BS 5400), do
aço da armadura (Eurocode 4)
ET Módulo de elasticidade de qualquer tipo de aço à uma temperatura Ta
FG Valor nominal da ação permanente;
iv
tempo t
M pl Momento de plastificação da seção transversal, de cálculo, em temperatura
ambiente
Mr Momento fletor correspondente ao início do escoamento da seção transversal,
para projeto, em temperatura ambiente
Mu Resistência ao momento fletor da seção mista considerando a seção
plastificada (ECCS)
M uy Resistência ao momento fletor da seção mista considerando a seção
plastificada (ECCS)
v
M v ,out Massa de gás que flui, na unidade de tempo, para fora do ambiente em
plastificada (Eurocode 4)
M zpl ,Rd Resistência ao momento fletor da seção mista considerando a seção
plastificada (Eurocode 4)
N Força axial atuante total (ECCS)
N ay Resistência de cálculo do pilar misto considerando a flambagem global
incêndio, no tempo t
N fi ,t ,ex Carga critica de flambagem elástica por flexão, em situação de incêndio, no
(Eurocode 4)
N plRd Resistência axial última da seção mista (Eurocode 4)
cálculo M y
S Ação da neve
Tf Temperatura dos gases
W Ação do vento
Z pa Módulo de resistência plástico da seção de aço estrutural;
20°C
f ckb ,T Resistência característica à compressão do concreto de baixa densidade à uma
temperatura Tc;
f ck ,T Resistência característica à compressão do concreto de densidade normal à
no tempo t
lE Comprimento do pilar para o qual a força crítica de Euler é igual à resistência
axial última (BS 5400)
le Comprimento efetivo de flambagem do pilar considerado (BS 5400)
l Comprimento efetivo de flambagem do pilar (ECCS, Eurocode 4)
lk Comprimento efetivo de flambagem do pilar misto (ECCS)
q Carga de incêndio em MJ/m2 de área total, admitindo que a taxa de
combustão e a radiação sejam similares às da madeira.
rm Raio de giração modificado (AISC/LRFD)
t Espessura do tubo
t Tempo de duração do incêndio
z CG Posição do centro de gravidade
z a , z c e z s Distância dos respectivos centros de gravidade ao eixo de referência
z pl Linha neutra plástica:
∆l l Alongamento
incêndio
λ pm Índice de esbeltez do pilar misto corresponde à plastificação (AISC/LRFD)
de incêndio
λ Índice de esbeltez
σ Constante de Stefan-Boltzmann
v Grau de ventilação
χ Coeficiente
xi
RESUMO
FIGUEIREDO, L.M.B. (1998). Projeto e construção de pilares mistos aço-concreto.
São Carlos. 143p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo.
ABSTRACT
é em sistemas estruturais tubulares, onde a estrutura externa tubular, que irá resistir à
todo carregamento lateral devido ao vento e à ação sísmica, é formada por pilares
mistos muito próximos.
GRIFFIS (1994) cita alguns edifícios nos Estados Unidos em estrutura mista,
inclusive com pilares mistos:
• Three Houston Center Gulf Tower, Houston, Texas. Com 52 andares e com
sistema estrutural tubular, foi projetado por Walter P. Moore e Associados e
destaca-se pela diferença de 12 andares entre as operações de montagem da
estrutura de aço e a concretagem.
• First City Tower, Houston, Texas. Projetado e construído com pilares mistos nas
quatro faces do edifício de 49 andares.
• InterFirst Plaza, Dallas, Texas. Com 72 andares, este edifício é suportado por 16
pilares mistos de grande porte posicionados a 6 m do perímetro do edifício,
resultando em uma solução arquitetônica mais interessante.
• Bank of China Building, Hong Kong. Com 369 m é o quinto edifício mais alto do
mundo, o mais alto fora dos Estados Unidos e o mais alto do mundo em estrutura
mista.
7
UY & DAS (1997) citam a aplicação dos pilares mistos em edifícios altos na
Austrália, tais como: Asselden Place, Commonweath Plaza, Westralia Square,
Forrest Centre e Myer Centre.
2.1 GENERALIDADES
Neste tipo de pilar o elemento estrutural de aço pode ser formado por um ou
mais perfis ligados entre si (figura 2.2), que podem ser laminados, soldados ou
formados a frio. Neste tipo de pilar recomenda-se o emprego de uma armadura para
combater a expansão lateral do concreto e também para prevenir a desagregação do
revestimento de concreto.
ligação de um pilar misto revestido e uma viga mista, como são normalmente
empregados.
Detalhe (a)
Detalhe (b)
Há duas desvantagens deste tipo de pilar que devem ser citadas: primeiro é
que o concreto apesar de melhorar a resistência ao fogo do pilar de aço, não
providencia total proteção a ele, tornando-se necessário o uso de uma forma
alternativa de proteção; e a dificuldade de colocação de conectores de cisalhamento
quando verifica-se a necessidade do uso destes.
(a) (b)
(a) (b)
FIGURA 2.8 - Detalhes de ligações de pilares mistos preenchidos - (a) com uso de
diafragmas e (b) com anéis enrijecedores
Os pilares mistos com perfis de aço ligados por talas ou pilares tipo battened
não devem ser enquadrados nem na categoria dos pilares revestidos nem dos
preenchidos. Neste tipo de pilar misto o elemento de aço consiste de dois perfis tipo
U, ligados por talas, conforme mostrado na figura 2.9. A parte retangular vazada é
então preenchida com concreto dispensando o uso de armaduras. YEE et al. (1982)
apresentaram os pilares tipo battened como um novo tipo de pilar misto, enumerando
suas vantagens e sugerindo detalhes práticos de ligação. Resultados experimentais
publicados por HUNAITI et al. (1992) mostram que o comportamento deste tipo de
pilar é similar ao de um pilar preenchido de seção retangular, por isto e devido às
facilidades de instrumentar os pilares tipo battened, eles são muito empregados em
pesquisas experimentais que têm seus resultados extrapolados para os pilares mistos
preenchidos. Ensaios em escala real com forças axiais centradas e excêntricas
19
Seção transversal
Um outro tipo de pilar misto que não pode ser tratado como revestido nem
preenchido são os pilares parcialmente revestidos. Estes são constituídos por um
perfil I, soldado, preenchido com concreto somente no espaço entre as mesas e a
alma, conforme mostra a figura 2.10. O Eurocode 4 (1994) é a primeira norma a
trazer em suas recomendações os pilares parcialmente preenchidos.
Há outros tipos de pilares mistos, pouco usuais, que valem a pena ao menos
serem citados, mostrando a diversidade de seções transversais que podem ser obtidas
combinando perfis de aço estrutural trabalhando em conjunto com o concreto,
conforme mostra a figura 2.11.
que para pilares preenchidos o limite de escoamento do aço do tubo pode atingir até
550 MPa.
Eurocode 4 h 235
≤ 52 - tubos retangulares; h-largura da parede
t fy
D 235
≤ 90 - tubos circulares, D-diâmetro externo
t fy
b 235
≤ 44 - pilares parcialmente revestidos; b e tf -
tf fy
Outras dimensões
AISC-LRFD As ≥ 0,04.At - para que possa ser considerada seção mista e
não de concreto armado (As - área do perfil de aço; At - área
total da seção)
ECCS • tubos circulares - diâmetro mínimo de 100 mm;
• tubos retangulares - no mínimo de 100 x 80 mm ;
• seções quadradas - mínimo de 100 x 100 mm
CAPÍTULO 3
ASPECTOS ESTRUTURAIS
25
3.1.1 Generalidades
que a interação aço-concreto não ocorre em boa parte das etapas de carregamento.
Estas considerações já são hoje tratadas em normas, com exceção da consideração do
modo de carregamento do pilar (no núcleo de concreto ou no tubo de aço) que só é
tratada pela norma Australiana.
Aderência
Nas estruturas mistas a transferência de esforços na interface entre o aço e
concreto é feita por aderência, que é constituída das seguintes parcelas:
• aderência química: é quebrada em deslocamentos relativos excessivos.
• atrito: proporcional à área da interface entre o aço e o concreto e à força
normal aplicada.
• aderência mecânica.
WIUM & LEBET (1994) citam alguns trabalhos que procuraram quantificar a
interferência de diferentes parâmetros na tensão limite de aderência de pilares mistos:
• Condições da superfície do aço: Bryson and Mathey (1962), Roik et al. (1984),
Hamdam and Hunaiti (1991), Dobruszkes and Piraprez (1981)
• Concretagem: Hawkins (1973)
• Quantidade de armadura: Hawkins (1973), Roik et al (1980), Roeder (1984)
• Dimensões do perfil de aço: Roeder (1984)
• Idade do concreto: Hunaiti (1991)
MALKOWICZ (1986) apud WIUM & LEBET (1994) usou elementos finitos
para estudar a distribuição da tensão de aderência para comparar com os resultados
dos ensaios de Roeder (1984).
28
4 Ensaios push-out:
Carga aplicada no perfil de aço e os apoios ou restrições foram feitos somente
no concreto.
Objetivos:
• determinar o valor do “módulo de aderência “ para modelagem numérica
da ligação entre o aço e o concreto.
• obter o valor do coeficiente de atrito
• avaliar o efeito da retração na transferência de esforços.
4 Ensaios em pilar curto
30
Informações obtidas nos ensaios em pilares curtos que não podem ser obtidas
pelos ensaios push-out:
• transferência de esforços ao longo da altura do corpo-de-prova.
• transferência de esforços em função da carga aplicada
• transferência de esforços quando a carga aplicada é muito elevada
Resultados:
• as tensões últimas de aderência antes e depois da perda da aderência química foram
de 0,3 e 0,22 MPa , bem menor que o limite fornecido pelo Eurocode 4 ,que é 0,6
MPa.
• a espessura do recobrimento de concreto influencia na transferência de esforços em
pilares com perfis de aço menores.
• armadura transversal (estribos) influencia somente após a perda da aderência
química.
• tamanho da seção - ocorre maior fissuração no concreto para seções maiores, desse
modo reduz a magnitude da transferência de esforços.
• a retração: reduz a transferência de esforços na região entre as mesas em até 10 %
por um período de 6 meses.
31
que este efeito é mais evidente em pilares curtos e nos que possuem menores
excentricidades.
Resistência do concreto
Em seus estudos teóricos com pilares revestidos, MIRZA (1989) concluiu que
a resistência do concreto é um dos parâmetros que mais interferem na resistência do
pilar, porém, comparativamente este efeito é menor em pilares esbeltos.
Deformação lenta
Retração
dá totalmente protegido pelo tubo de aço, evitando a ação do vento e do sol, além de
tornar a cura mais lenta. Já UY & DAS (1997), apesar de concordarem que os efeitos
da retração em um pilar preenchido será menor que em um pilar de concreto armado
devido às condições de cura, afirmam que há necessidade de mais pesquisas para
avaliar este parâmetro e que a retração irá causar deformações significativas em
pilares preenchidos e que deverão ser previstas em projeto, principalmente no caso de
edifícios altos. UY & DAS (1997) desenvolveram um modelo numérico para avaliar
os efeitos da retração e da fluência, considerando a construção de cada pavimento
como um carregamento discreto.
Outros aspectos
apud MUÑOZ & HSU (1997) para estudo de pilares mistos. A seção transversal é
dividida em um número de pequenos quadrados e retângulos nos quais as condições
de equilíbrio e compatibilidade de deformações (tensões) são satisfeitas nos pontos
nodais, usando o módulo secante de elasticidade para os elementos de concreto. O
efeito de segunda ordem, devido à uma deformada do pilar também é considerado. A
técnica numérica adotada é baseada em uma aproximação incremental de
deslocamentos, onde é assumido um valor de deslocamento em um determinado nó,
em uma direção especificada, faz-se o equilíbrio para este deslocamento adotado e as
condições de compatibilidade de deformações são satisfeitas ao longo do
comprimento do pilar. O procedimento chega a resultados quando ocorre a
convergência do valor do deslocamento. O procedimento iterativo usado para
resolver os sistema de equações não-linear gerado pelo método das diferenças finitas
se revelou extremamente rápido para convergir. Foram assumidas as seguintes
hipóteses:
- seções planas permanecem planas durante e após a flexão;
- o comportamento dos materiais (relação tensão x deslocamento) são conhecidos -
os valores do limite de escoamento do aço e da resistência à compressão do concreto
são conhecidos;
- o aço é um material elasto-plástico
- os efeitos da retração e da fluência são desprezados;
- há perfeita aderência entre o aço e o concreto;
- o pilar não deve flambar localmente antes de atingir a resistência última;
- os efeitos da tensão residual não são considerados;
MUÑOZ & HSU (1997) citam outros trabalhos que fizeram análises
numéricas para estudar o comportamento não linear em pilares mistos sob flexão
obliqua. Entre eles estão VIRDI & DOWLING (1976) apud MUÑOZ & HSU (1997),
que usou o conhecido método de Newton-Raphson para resolver o sistema de
equações não lineares no cálculo da resistência última de pilares mistos sob flexão
obliqua. MORINO (1984) apud MUÑOZ & HSU (1997) usou um método
aproximado simplificado assumindo uma deformada do pilar nas direções x e y
recaindo em funções coseno. LACHANCE (1982) apud MUÑOZ & HSU (1997)
36
Segundo CAI (1992) a primeira vez que se utilizou pilares de aço preenchidos
com concreto na China foi na Estação de Metrô de Beijing em 1963. Somente em
1991 é que foi publicada a norma chinesa que aborda apenas pilares preenchidos. A
norma chinesa é baseada em estudos experimentais e teóricos conduzidos na própria
China.
FURLONG (1976) apud KENNY et al. (1994) entre outros, foi responsável
pelo desenvolvimento do método para dimensionamento de pilares mistos utilizando
a formulação de elementos de aço, utilizando parâmetros modificados para
considerar o elemento misto.
Parâmetros de cálculo:
A
E m = E s + c3 E c c (3.1)
As
A A
f my = f y + c1 f yr r + c2 f ck c (3.2)
As As
Sendo:
π 2 Em
λ pm = (3.3)
f my
E m e f my - valores modificados obtidos segundo o item (a)
Onde:
kL
λ= (3.5)
rm
kL - comprimento efetivo de flambagem do pilar misto
rm - raio de giração modificado dado por:
• elementos preenchidos: rm = próprio raio de giração do perfil de aço
• elementos revestidos: rm = raio de giração do perfil de aço, não menor que 0,3 b
(b - dimensão da seção na direção perpendicular ao eixo considerado, ou seja, no
plano de flambagem)
Parâmetros de cálculo:
Onde: N uc = Ac f cd (concreto)
N us = As f sd (aço - perfil)
N ur = Ar f rd (armadura) (3.7)
Sendo:
• Ac , As , Ar - área da seção transversal do concreto, do perfil de aço e da armadura,
respectivamente.
• f cd , f sd , f rd - resistência de cálculo do concreto, limite de escoamento do aço do
perfil e da armadura, respectivamente
N u, = N uc
, ,
+ N us (3.8)
43
, ,
,
Onde: N uc = Ac f cd ,
N us = As f sd (3.9)
Sendo,
[
f cd = f ck + η1 (t d ) f sy γ c
,
] (3.10)
,
f sd = η2 f sy γ s (3.11)
Onde:
l - comprimento efetivo do pilar
d - diâmetro externo do tubo
π2
N cr = (Ec I c + E s I s + Er I r ) (3.12)
l 2k
Onde:
• l k - comprimento efetivo de flambagem do pilar misto
• E c , E s e E r - módulo de elasticidade do concreto, do perfil de aço e da
armadura, respectivamente;
44
E c, = 300 f ck (3.14)
(
E c = E c 1 − 0 ,5 N per N ) (3.15)
Nu
λ= (3.18)
N cr
Observar:
e) Resistência à aderência
São fornecidos valores da tensão limite de aderência - 0,6 MPa, para pilares
mistos revestidos e 0,4 MPa, para pilares mistos preenchidos. Pode-se considerar a
interação completa entre o aço e o concreto, e portanto dispensar o uso de conectores
se a tensão de cisalhamento entre o aço e o concreto atuante for menor que estes
valores de resistência assumidos.
Onde,
N - solicitação de cálculo
N k = K1 N u (3.20)
Onde:
N u - resistência de cálculo, conforme item (a) dos parâmetros de cálculo
K1 - corresponde ao parâmetro ρ da NBR 8800 (1986). É obtido pelas curvas de
reduzido λ (item (d) dos parâmetros de cálculo), conforme tipo de seção e eixo de
flambagem (figura 3.2).
46
K1
Carga última
1.0
Curva a
0
0,5 1.0 1.5 2.0 λ
Onde:
As - área da seção transversal do perfil
Ar - área da seção transversal da armadura
Ac - área da seção transversal do concreto
f y - limite de escoamento do aço do perfil
49
Onde:
• f cc - resistência característica majorada pelo efeito de confinamento do concreto
sob força axial, dada por:
t
f cc = f cu + c1 f y (3.25)
De
f y, = c2 f y (3.26)
b) Índice de esbeltez - λ
50
le
É dado por: λ= (3.27)
lE
Onde:
• l E - comprimento do pilar para o qual a força crítica de Euler é igual à resistência
axial última, dado por:
lE = π
( Ec I c + E s I s + Er I r ) (3.28)
Nu
Condição de vinculação le
• rotação e translação impedida nas duas extremidades 0,70 l
• translação impedida nas duas extremidades e rotação impedida em apenas 0,85 l
uma
• translação impedida nas duas extremidades e sem restrições à rotação 1,00 l
• uma extremidade efetivamente restrita à rotação e translação e na outra 1,50 l
restrição "imperfeita" à rotação e sem restrição à translação
• uma extremidade efetivamente restrita à rotação e translação e na outra sem 2,00 l
restrição tanto à rotação quanto à translação
51
Onde
N ay = 0 ,85 K1 y N u (3.32)
Onde,
My
2
( )
My
N y = N u K1 y − K1 y − K 2 y − 4 K 3 − 4 K 3 (3.34)
M uy uy
M
O anexo C desta norma apresenta as hipóteses que devem ser assumidas para
o cálculo de M uy :
(1994). A formulação específica para cálculo das resistências últimas deste tipo de
pilar é apresentada por HUNAITI & FATTAH (1994).
Onde:
Aa - área da seção transversal do perfil
Ac - área da seção transversal do concreto
As - área da seção transversal da armadura
fy - limite de escoamento do aço do perfil
fck - resistência característica do concreto aos 28 dias
fsk - limite de escoamento do aço da armadura
γ Ma , γ c , γ s - coeficientes parciais de segurança de cada material
Aa η2 f y Ac f ck t f y As f sk
N pl ,Rd = + 1 + η1 + (3.36)
γ Ma γc d f ck γs
Onde:
• t, d - espessura da parede e diâmetro externo do tubo
• η1 e η2 :
e
η1 = η10 1 − 10 d
Para 0 < e < d 10 (3.37)
η e
η2 = η20 1 − 10 20
d
η1 = 0
Para e > d 10 (3.38)
η2 = 10,
( EI ) e = E a I a + 0 ,8 E c I c + E s I s (3.39)
Onde:
• E c - módulo de elasticidade do concreto, dado por: E c = E cm 1,35
Onde:
N sd - normal de cálculo
N G ,sd - parcela de N sd correspondente à ação permanente.
TABELA 3.6 - Valores limites de λ abaixo dos quais são desprezados os efeitos da
retração e da deformação lenta - Eurocode 4 (1994)
Estruturas Estruturas
indeslocáveis deslocáveis
Pilares revestidos 0,8 0,5
Pilares preenchidos 0,8/(1- δ ) 0,5/(1- δ )
π 2 ( EI ) e
N cr = (3.41)
l2
Onde l é o comprimento efetivo de flambagem do pilar
Onde:
• N plR corresponde ao valor de N plRd dado no item (a) com γ Ma , γ c e γ s
O parâmetro de contribuição do aço δ deve estar entre 0,2 e 0,9 para o pilar
poder ser tratado como elemento misto. Para δ < 0 ,2 o pilar deve ser dimensionado
pela norma de concreto armado e para δ > 0 ,9 deverá ser utilizada a norma de
estruturas de aço.
N sd ≤ χN pl ,Rd (3.44)
Onde:
N sd - solicitação de cálculo
χ - similar ao parâmetro ρ da NBR 8800 (1986).
• Flexo-compressão reta:
M ysd ≤ 0 ,9 µ y M ypl ,Rd ou M zsd ≤ 0 ,9 µ z M zpl ,Rd , (3.46)
• Flexo-compressão oblíqua:
M ysd ≤ 0 ,9 µ y M ypl ,Rd e M zsd ≤ 0 ,9 µ z M zpl ,Rd , (3.47)
M ysd M zsd
além de + ≤ 1,0 , (3.48)
µ y M ply ,Rd µ z M plz ,Rd
Onde M ypl ,Rd e M zpl ,Rd são calculados pela análise plástica da seção
(χd − χn )
µ = µd − µk
(χ − χn )
(3.49)
Onde:
58
N sd
• χd = (3.50)
N plRd
(1 − r )
• χn = χ , (3.51)
4
com χ n ≤ χ d e r - razão entre menor e maior momento de extremidade
• µ d e µ k são os valores da abcissa da curva de interação nos pontos de ordenada
χ d e χ , respectivamente.
Nd M dx M dy
+ + ≤ 1,0 (3.52)
φc N y φb M nx φb M ny
Nd Cmx M dx Cmy M dy
+ + ≤ 1,0 (3.53)
φc N n Nd Nd
1 − φ M 1 − φ M
0 ,73 N ex b nx 0 ,73 N ey b ny
Onde:
Cm - Fator de equivalência de carregamento. A NBR 8800 (1986) fornece os valores
de Cm para diferentes situações.
N d - Normal de cálculo
M d - Momento fletor de cálculo
φc N y - Resistência de cálculo à força normal, sem consideração de flambagem
N sd M xsd M ysd
+ + ≤ 1,0 (3.56)
N pl ,Rd M xpl ,Rd M ypl ,Rd
( ) ( ) (
M pl ,Rd = f yd Z pa − Z pan + 0 ,5 f cd Z pc − Z pcn + f sd Z ps − Z psn ) (3.58)
Onde:
f y = φa f y
f sd = φ s f sy
f cd = αφc f ck (3.59)
α = 1,00 - para seções preenchidas com concreto;
α = 0 ,85 - para os demais casos.
Z pa - Módulo de resistência plástico da seção de aço estrutural;
Onde:
ei - Distâncias dos eixos das barras da armadura de área Asi aos eixos de simetria da
seção;
e yi - Distâncias dos eixos das barras da armadura ao eixo x;
FIGURA 3.6 - Principais dimensões da seção transversal do pilar misto parcialmente revestido,
flexão nos eixos de maior e menor inércia
63
bc hc2
Z pc = − Z pa − Z ps (3.62)
4
h
a.1) Linha neutra plástica na alma do perfil de aço hn ≤ − t f
2
Ac f cd − Asn ( 2 f sd − f cd )
hn =
( )
(3.63)
2bc f cd + 2 t w 2 f yd − f cd
Onde:
Asn - Soma das áreas das barras da armadura na região entre a linha neutra e uma
linha simétrica à ela;
hn - distância do eixo de flexão à linha neutra.
hn =
( )(
Ac f cd − Asn (2 f sd − f cd ) + b f − t w h − 2t f )(2 f yd − f cd )
( )
(3.66)
2bc f cd + 2b f 2 f yd − f cd
Z pan = bh 2 −
(b f )(
− t w h − 2t f )2 (3.67)
n
4
h hc
a.3) Linha neutra plástica fora do perfil de aço ≤ hn ≤
2 2
hn =
(
Ac f cd − Asn (2 f sd − f cd ) − Aa 2 f yd − f cd ) (3.69)
2bc f cd
Z pan = Z pa (3.70)
64
hc bc2
Z pc = − Z pa − Z ps (3.72)
4
tw
b.1) Linha neutra plástica na alma do perfil de aço hn ≤
2
Ac f cd − Asn (2 f sd − f cd )
hn =
( )
(3.73)
2hc f cd + 2h 2 f yd − f cd
Onde:
Asn - Soma das áreas das barras da armadura na região entre a linha neutra e uma
linha simétrica à ela;
hn =
( )
Ac f cd − Asn (2 f sd − f cd ) + t w 2t f − h (2 f sd − f cd )
2hc f cd + 4t f (2 f yd − f cd )
(3.76)
Z pan = 2t f n 2
h +
( h − 2t f )t w 2
(3.77)
4
bf bc
b.3) Linha neutra plástica fora do perfil de aço ≤ hn ≤
2 2
hn =
(
Ac f cd − Asn (2 f sd − f cd ) − Aa 2 f yd − f cd ) (3.79)
2hc f cd
65
Z pan = Z pa (3.80)
a) Seção retangular
( b − 2 t )( h − 2 t ) 2 2 3 h
Z pc = − r − r 2 ( 4 − π ) − t − r − Z ps (3.82)
4 3 2
Ac f cd − Asn (2 f sd − f cd )
hn =
( )
(3.83)
2bf cd + 4 t 2 f yd − f cd
b) Seção circular
Podem ser utilizadas as equações relativas às seções retangulares,
d
considerando h = b = d e r = −t
2
66
O cálculo dos esforços últimos de pilares mistos pode ser feito por métodos
simplificados baseados em uma distribuição preestabelecida das tensões, onde
técnicas analíticas ou numéricas são utilizadas para integrar esta distribuição
idealizada de tensões na seção transversal, ou por técnicas mais apuradas, como por
exemplo a análise por elementos de fibra.
• Coordenada do CG da seção:
z a Aa E a + z c Ac E c + z s As E s
z CG = (3.86)
Aa E a + Ac E c + As E s
Onde:
z a , z c e z s - distância dos respectivos centros de gravidade ao eixo de referência
Onde:
a a2 χ
χ pl = − − 2 , (3.90)
2 4 λ
1,1
a≈χ+ 2 (3.91)
λ
sendo que χ pl foi aproximado para este valor através da curva de iteração N x M, e
A simples superposição das resistência pode não ser apropriada pelo fato dos picos
das resistências dos materiais não coincidir.
D 235
• Eurocode 4: ≤ 90 - para pilar preenchido, a menos que os efeitos da
t fy
D 250 D 235
• Norma australiana: AS 4100 (1990) ≤ 82 ≤ 87
t f y
t fy
Onde este limite é excedido deve-se usar, para efeitos somente de verificação
D
de cálculo um diâmetro efetivo De com o valor de t adotado, isto é, a razão
t
continua a mesma. Pode-se fazer também o contrário: fixar o valor de D e encontrar
um valor de t e .
λ ey
De = D , mas não maior que D (3.92)
λe
D fy
Onde: λe = e λ ey = 82 (3.93)
t 250
Características geométricas:
t = 2 ,012 mm Ag = 1.567 mm 2
h = 750 mm
70
Ensaios:
• Concreto: os dois pilares preenchidos e os dois corpos de prova foram concretados
na mesma hora.
• Aço: ensaios de tração em 4 do corpos de prova retirados do tubo.
• Foram realizados ensaios de compressão nos dois tubos de aço isolados para
medir a influência dos efeitos da flambagem. Observou-se flambagem local à meia
altura do pilar pouco antes do ponto máxima carga de ≈ 596kN .
• Foram realizados ensaios em 2 tubos preenchidos com concreto, com a carga
aplicada no concreto e no aço. Observou-se a flambagem local antes da carga
máxima de ≈ 3 .400 kN .
Resultados comparativos:
a) Tubos de aço:
N = Af y
Ae = 1.248 mm 2
Portanto N e = 1.248 × 260 = 324 ,5 kN
Ag = 1.567 mm 2
N p = As f y + Ac f c
Ae = 1.248 mm 2
Portanto N ep = 1.248 × 260 + 47 .527 × 59 ,5 = 3.152 kN
71
Ag = 1.567 mm 2
BRIDGE & YEUNG (1992), a partir da definição de que pilares mistos curtos
são aqueles que podem ser projetados usando a resistência total da seção transversal,
isto é, sem precisar minorar esta resistência pelos efeitos de instabilidade. BRIDGE
& YEUNG (1992) procuraram uma definição simples de índice de esbeltez, Ls/r, que
levasse em conta parâmetros como: N, M, βM , geometria da seção, altura do pilar,
propriedades mecânicas do material. (M, βM - momentos de extremidade), além de
determinar um valor limitante de Ls/r para pilares fletidos em curvaturas quase
simétricas onde a perda na resistência do pilar fosse mantida à níveis aceitáveis com
àqueles em que o pilar pode ser considerado curto. Então, a altura do perfil do pilar,
Ls, pode então ser considerada como uma altura limite para não se reduzir a
resistência do pilar devidos aos efeitos da esbeltez. Neste estudo, os autores
consideraram vários parâmetros para determinar se um pilar pode ou não ser definido
com um pilar curto, como os tipos de seção transversal, o índice de esbeltez, as
imperfeições iniciais, as excentricidades e a razão dos momentos de extremidade.
YOUNG (1977) apud BRIDGE & YEUNG (1992) sugeriu o seguinte valor
para Ls:
L cos − 1 ( − β )
1
Ls = (3.94)
π c
Onde:
72
Onde:
N
λc = 2 1 − (3.97)
N uo
Após chegar a esta expressão, que poderia ser facilmente utilizada pelos
projetistas, BRIDGE & YOUNG (1992) fizeram um estudo comparativo dos
resultados fornecidos por esta expressão e os resultados fornecidos por uma análise
não-linear dos pilares, variando-se diversos parâmetros, a fim de verificar a
aplicabilidade da expressão. Os resultados foram favoráveis porém foi necessário
fazer a seguinte modificação para seções preenchidas com pequena contribuição do
perfil de aço:
Ls N
= 60(β + 1) 1 − (3.101)
r N uo
É importante ressaltar que antes de tudo o projeto deve ser tal que a
probalidade de ocorrência de incêndio seja a menor possível.
4.2 O INCÊNDIO
Pc Ap
t= (4.1)
5 ,5 Av hv
onde:
t - Tempo de duração do incêndio em minutos
Pc - Potencial calorífico (kg madeira/ m2)
A p - Área do pavimento (m2)
T − T0 = 345.log( 8 t + 1) (4.2)
onde:
t - Tempo, em minutos
T - Temperatura no instante t (ºC)
T0 - Temperatura inicial (suposta 20 ºC)
1200
1000
T - T0 (°C)
800
600
400
200
0
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400
TEMPO “t” EM MINUTOS
A curva fornecida pela ASTM E119/88 - Standard tests methods for fire
building construction and materials está esquematizada na figura 4.2 e é construída a
partir de dados obtidos, provavelmente, de incêndios reais e são apresentados
também em forma de tabela.
80
°F °C
2400 1315,5
2200 1204,4
2000 1093,3
1800 982,2
1600 871,1
1400 760,0
1200 648,8
1000 537,7
800 426,6
600 315,5
400 204,4
200 93,3
0 1 2 3 4 5 6 7 8
HORAS
SILVA (1996) explica que a norma sueca SBN67, além de fornecer uma
curva baseada nos conceitos de incêndio natural também permite a análise
simplificada por meio da curva padrão. A expressão é dada por:
(
T − T0 = 1.325 1 − 0 ,324. e −0 ,2t − 0 ,204. e −1,7 t − 0 ,472. e −19 t ) (4.3)
Onde:
T - Temperatura (ºC) no instante t (min)
T0 - Temperatura inicial (t = 0), suposta 20 ºC
A norma sueca SBN/67 foi a primeira a tratar o incêndio com base nos
conceitos de incêndio natural, sem as simplificações das curvas de incêndio padrão,
sugerindo o uso de uma curva que tivesse também um ramo descendente, onde a fase
de resfriamento fosse representada.
f (t ) q
Tmax → t max ≅
max
(4.5)
105. v
onde:
q - carga de incêndio em MJ/m2 de área total, admitindo que a taxa de combustão e a
radiação sejam similares às da madeira.
Av h
v - grau de ventilação, dado por: v =
Ap
dq A T1 ( t )
T ( t ) = (q , v , t ). H + χ . c p ( t ) . v. T0 ( t ) + 1 − . −
At 1 ∆x1
dt +
αri ( T ) + αci ( T ) 2. k . ( x , T1 )
[ ]
A
− αri ( T ) . 1 − . Tf ( t ) − Ti ( t ) 1
At ×
χ . c ( t ) . v + 1 − A . 1
p ∆x1
At 1
+
αri ( T ) + αci ( T ) 2. k . ( x , T1 )
(4.6)
onde:
dq d ( M At )
= - Variação no tempo da massa de material combustível por unidade
dt dt
de área total (kg/m2h)
M v ,out
χ= em kg/h m5/2, sendo Mv,out a massa de gás que flui, na unidade de
A. h
tempo, para fora do ambiente em chamas pelas aberturas de área A
e altura h.
Ramo ascendente:
(
T f = 1.325 1 − 0 ,324. e −0 ,2 t − 0 ,204. e −1,7 t − 0 ,472. e −19 t
* * *
) (4.7)
Ramo descendente:
( )para
T f = Tmax − 625. t * − t *d → t *d ≤ 0 ,5h (4.8)
onde:
t* = t . φ (4.11)
2
v 1160
2
.
φ= .
0 ,04 ρ . c. λ
(4.12)
q
t *d = 0 ,13.10 − 3 . .φ (4.13)
v
sendo:
t - Tempo (h)
T f - Temperatura dos gases (ºC)
4.3.1 Generalidades
Uma vez que ainda não existe uma norma brasileira que trate do assunto, o
dimensionamento dos elementos estruturais de aço em situação de incêndio vêm
sendo feito através das recomendações do MANUAL ... (1989) que apresenta
métodos fornecidos por normas estrangeiras. No entanto, deve-se ressaltar a
existência do texto-base da norma brasileira que irá tratar do dimensionamento de
elementos de aço em situação de incêndio (ABNT, 1997).
1) 1,1 Dn + 0,8 Ln
2) 1,1 Dn + La
3) 1,1 Dn + 0,7 Ln + W + 0,5 S
4) 1,1 Dn + 0,8 La + W + 0,5 S
5) 1,1 Dn + 0,7 Ln+ S
6) 1,1 Dn + 0,8 La + S (4.14)
onde:
Dn - Ações permanentes
Ln - Ações temporárias em pisos resultantes do uso normal e que correspondem à
presença de pessoas, mobiliário, etc.
La - Ações temporárias acidentais, correspondentes à concentração e à evacuação das
pessoas em caso de incêndio e pânico. Estas ações são aplicadas às superfícies
dos pisos susceptíveis de resisti-las, isto é, corredores, halls, saídas, balcões e
outras áreas onde haverá fluxo de pessoas. O valor nominal destas ações não
deverá ser inferior a 5 kN/m2.
W - Ação do vento
S - Ação da neve
Limite de escoamento:
σ
25
20
400ºC
15
500ºC
10
600ºC
5
0
0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 ε
b
a
2
(para
)
σ = f p ,T − c + a 2 − ε y ,T − ε → ε p ,T ≤ ε ≤ ε y ,T (4.17)
para
σ = f y ,T → ε y ,T ≤ ε ≤ ε u ,T (4.18)
σ = f y ,T . 1 −
(
ε − ε u ,T )
para
→ ε u ,T ≤ ε ≤ ε e ,T
( )
(4.19)
ε e ,T − ε u ,T
para
σ = 0
→ ε = ε e ,T (4.20)
onde:
( )(
a 2 = ε y ,T − ε p ,T . ε y ,T − ε p ,T + c E T ) (4.21)
b 2 = c. (ε y ,T − ε p ,T ). E T + c 2 (4.22)
c=
( f y ,T − f p ,T )
2
E T . (ε y ,T − ε p ,T ) − 2. ( f y ,T − f p ,T )
(4.23)
f p ,T
ε p ,T = ε y ,T = 0 ,02
ET
fatores de redução que relacionam estes parâmetros, para várias temperaturas, com
seus correspondentes a 20ºC.
ε u ,T e ε e ,T .
89
POH & BENNETTS (1995) ensaiaram dezoito pilares sob o efeito do fogo e
obtiveram resultados razoáveis em relação a esta relação tensão-deformação em
função da temperatura fornecida pelo Eurocode.
f
f
Módulo de Elasticidade
ET T
= 1,0 + (4.27)
E T
4.605.log
1100
.
1,0
ET
0,5
E
0
0 200 400 600 800
°C
FIGURA 4.6 - Variação do módulo de elasticidade em função da temperatura
f y ,T
k y ,T = (4.28)
fy
92
f yo ,T
k yo ,T = (4.29)
f yo
ET
k E ,T = (4.30)
E
Onde:
f y ,T - Limite de escoamento dos aços laminados a quente à uma temperatura Ta
f ck ,T
k c ,T = (4.32)
f ck
f ckb ,T
k cb ,T = (4.33)
f ckb
Onde:
f ck ,T - Resistência característica à compressão do concreto de densidade normal à
20°C;
f ckb ,T - Resistência característica à compressão do concreto de baixa densidade à
20°C;
94
Onde:
γ c - peso específico do concreto em kN/m3 (mínimo de 15 kN/m3);
20°C, em MPa.
95
Generalidades
Solicitações de cálculo
Onde:
FG - valor nominal da ação permanente;
FQ, exc - valor nominal das ações térmicas;
FQ - valor nominal das ações variáveis devidas às cargas acidentais;
γ g - valor do coeficiente de ponderação para ações permanentes:
Onde:
S fi ,d - solicitação de cálculo em situação de incêndio, conforme item anterior.
1. Barras tracionadas
N fi ,t ,Rd = φ fi ,a k y ,T Ag f y (4.39)
Onde:
φ fi ,a = 1,0
2. Barras comprimidas
As barras devem ter relação b/t maiores que os valores dados na tabela 1 da
NBR 8800 (1986), com os valores de E e fy modificados pelo efeito da temperatura.
A resistência do elemento é dada por:
ρ fi k y ,T A g f y
N fi ,t ,Rd = φ fi ,a (4.40)
ka
Onde:
φ fi ,a = 1,0
k a = 1,0 + λ T para 0 ≤ λT ≤ 0 ,2
k y ,T
por: λ T = λ , onde λ é o índice de esbeltez da barra em temperatura
k E ,T
3. Barras fletidas
reduzidos de E, fy e fr. (fr também deve ser reduzido pelo mesmo fator Ky)
99
• - p/ FLM e FLA:
k y ,T M pl
se λ ≤ λ p , fi → M fi ,t ,Rd = φ fi ,a (4.41)
k1k 2
λ − λ p , fi
( )
k y ,T
se λ p , fi < λ ≤ λr , fi → M fi ,t ,Rd = φ fi ,a M pl − M pl − M r
k1k 2 λr , fi − λ p , fi
(4.42)
• p/ FLT:
k y ,T M pl
se λ ≤ λ p , fi → M fi ,t ,Rd = φ fi ,a (4.43)
k1k 2
λ − λ p , fi
( )
k y ,T
se λ p , fi < λ ≤ λr , fi → M fi ,t , Rd = φ fi ,a M pl − M pl − M r
1,2 λr , fi − λ p , fi
(4.44)
k E ,T M cr
se λ > λr , fi → M fi ,t ,Rd = φ fi ,a (4.45)
1,2
Onde:
Mcr - Momento fletor de flambagem elástica em temperatura ambiente de acordo
com a NBR 8800 (1986);
Mpl - Momento de plastificação da seção transversal, de cálculo, em temperatura
ambiente;
Mr - Momento fletor correspondente ao início do escoamento da seção transversal,
para projeto, em temperatura ambiente, de acordo com a NBR 8800 (1986);
k1 - Fator de correção para temperatura não-uniforme na seção transversal, dado por:
k1 = 1,0 - para viga com todos os 4 lados expostos;
k1 = 0,7 - para viga com 3 lados expostos, com laje de concreto ou mista no
quarto lado.
k2 - Fator de correção para temperatura não-uniforme ao longo do comprimento da
barra, dado por:
k2 = 0,8 - nos apoios de uma viga estaticamente indeterminada;
k2 = 1,0 - em todos os outros casos
100
k y ,T V pl
se λ ≤ λ p , fi → V fi ,t ,Rd = φ fi ,a (4.46)
k1k 2
k y ,T k E ,T λ p , fi
se λ p , fi < λ ≤ λr , fi → V fi ,t , Rd = φ fi ,a V pl (4.47)
k1 k 2 λ
2
k E ,T λ p , fi
se λ > λr , fi → V fi ,t , Rd = φ fi ,a 1,28 V (4.48)
k 1 k 2 λ pl
Onde:
Vpl - Força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento
determinada conforme subseção 5.5 da NBR 8800 (1986);
λ , λ p , fi , λr , fi , k y ,T , k E ,T , k1 e k2 - já foram definidos anteriormente.
101
Onde:
N fi ,t ,ex e N fi ,t ,ey - cargas criticas de flambagem elástica por flexão, em situação de
π 2 k E ,T EI
N fi ,t ,e = (4.51)
l 2fi
Pode-se notar que o coeficiente 0,73 que aparece na NBR 8800 (1986)
minorando a carga crítica de flambagem elástica na expressão é eliminado na
expressão (4.50) equivalente. Este coeficiente deverá ser excluído da expressão da
NBR 8800 (1986) que deverá em breve ser revisada.
Encamisamento
Este tipo de proteção pode ser feito de diversas formas diferentes, variando o
tipo de material utilizado. Entre os tipos de encamisamentos mais comuns tem-se as
paredes de alvenaria (podendo ser de tijolo cerâmico, sílico-calcáreos, concreto
celular e concreto simples), as argamassas (comuns ou com adição de fibras, argila
expandida tipo vermiculite, gesso e até produtos químicos) e o encamisamento com
concreto ou argamassa projetada sobre armaduras leves ou telas de arame ou com
concreto armado.
Pinturas intumescentes
4.4.1 Generalidades
armadura ao concreto. CHALBOT & LIE (1992) apud LIE & KODUR (1996)
confirmaram esta preposição através de ensaios de laboratório, mesmo quando cargas
muito altas foram aplicadas.
Os dados apresentados nas tabelas são válidos somente para pilares com
altura máxima de 30 vezes a menor dimensão externa da seção transversal.
pela razão entre o esforço de cálculo na barra para os estados limites últimos em
situação de incêndio, conforme já apresentado, e o valor da resistência de cálculo em
temperatura ambiente.
30 60 90 120
1.1 Dimensões mínimas de hc e bc (mm) 150 180 220 300
1.2 Cobrimento mínimo de concreto para seção 40 50 50 75
de aço estrutural c (mm)
1.3 Distâncias mínimas dos eixos das barras da (20) 30 30 40
armadura us (mm)
ou
2.1 Dimensões mínimas de hc e bc (mm) - 200 250 350
2.2 Cobrimento mínimo de concreto para seção - 40 40 50
de aço estrutural c (mm)
2.3 Distâncias mínimas dos eixos das barras da - (20) (20) 30
armadura us (mm)
Tempo requerido de
resistência a incêndio (min)
30 60 90 120
1 Dimensões mínimas da seção transversal
para o nível de carga η fi = 0 ,3
1.1 Dimensões mínimas de h e bf (mm) 160 260 300 300
1.2 Distâncias mínimas dos eixos das barras da 40 40 50 60
armadura us (mm)
1.3 Taxas mínimas entre espessuras da alma e 0,6 0,5 0,5 0,7
da mesa tw/tf
Tempo requerido de
resistência a incêndio
(min)
30 60 90 120
1 Dimensões mínimas da seção transversal para o nível
de carga η fi = 0 ,3
1.1 Dimensões mínimas de h e b ou diâmetro mínimo d 160 200 220 260
(mm)
1.2 Taxa mínima da armadura As/(Ac+As) em % 0 1,5 3,0 6,0
1.3 Distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura - 30 40 50
us (mm)
Disposições construtivas
• O concreto entre as mesas do perfil de aço deverá ser fixado por meio de estribos
e/ou conectores de cisalhamento;
• Os estribos poderão ser soldados na alma ou penetrar a alma do perfil de aço
através de furos. Os conectores de cisalhamento deverão ser soldados nas alma do
perfil;
• O espaçamento dos estribos ou conectores de cisalhamento ao longo do
comprimento do pilar não poderá exceder 500 mm
5.1.1 Exemplo 1
Características geométricas:
As = 30,3 cm2 Is = 1.747 cm4
D = 21,91 cm t = 4,5 mm
d = 21,01 cm (diâmetro interno) rs = 7,59 cm
πd 2 πd 4 π × 21,014
∴ Ac = = 346 ,7 cm2 Ic = = = 9 .565cm 4
4 64 64
Verificações:
fy 25
• t min = D = 21,91 = 0 ,27 mm < 0 ,45mm Ok !!
8E 8 × 20 .500
• Concreto C30 - 20 MPa < fck = 30 MPa < 55MPa Ok !!
• Aço ASTM A36 - fy = 250 MPa < 380 MPa Ok !!
As 30 ,3
• = = 8% > 4% Ok !!
At (346 ,7 + 30 ,3)
Parâmetros de cálculo:
rm = 7,59 cm (perfil)
346 ,7
E m = 20 .500 + 0 ,4 × 2705
. × = 32.880 kN cm 2
30 ,3
Ar A
f my = f y + c1 f yr + c2 f ck c
As As
346 ,7
f my = 25 + 0 ,85 × 3 ,0 × = 54 ,2 kN cm2
30 ,3
Esbeltez reduzida de plastificação modificada:
112
π 2 Em π 2 × 32.880
λ pm = = = 77 ,4
f my 54 ,2
KL 400
λ= = = 52 ,7
rm 7 ,59
λ 52 ,7 curva'' a''
∴ λm = = = 0 ,68 → ρ = 0 ,854
λ pm 77 ,4
Verificações:
d 21,91 235
• = = 49 < 90 = 85 Ok !!
t 0 ,45 fy
Parâmetros de cálculo:
N pl ,R = Aa f y + Ac f ck = 30 ,3 × 25 + 346 ,7 × 3 = 1798
. kN
( EI ) e = E a I a + 0 ,8 E cd I c = 20 .500 × 1747
. + 0 ,8 × 2.315 × 9 .565 = 53.527 .880 kN . cm 2
E cm 3 .125
Onde: E cd = = = 2.315 kN / cm 2 , pois, pelo Eurocode 4 (1994)
1,35 1,35
π 2 ( EI ) e π 2 53.527 .880
N cr = = = 3.302 kN
l2 400 2
η1 = 0
N pl ,R 1798
. pela tab.3.5 →
λ = = = 0 ,74 ⇒ η2 = 1
N cr 3 .302 curva " a"
→ ρ = 0 ,826
113
Aa η2 f y Ac f ck t fy
N pl ,Rd = + 1 + η1
γ Ma γc d f ck
30 ,3 × 25 346 ,7 × 3
= + = 1.402 kN
1,15 1,4
Aa f y 1 30 ,3 × 25
δ = = = 0 ,47 0 ,1 < δ < 0 ,9 Ok!
γ a N pl ,Rd 1,15 × 1.402
0 ,5 0 ,5 ∴
λ = 0 ,74 < = = 0 ,94 → Não há necessidade de se fazer a
1 − δ 1 − 0 ,47
consideração da deformação lenta.
A = 30 ,3cm 2
φ 219,1mm x 4,5 mm g
r = 7 ,59 cm
D 21,91 D ∴
= = 48 ,7 < = 90 → Q = 1,00
t 0 ,45
t lim
kl 400
λ= = = 52 ,7
r 7 ,59
Qf y , × 25
10
λ pl = π =π = 90
E 20 .500
λ 52 ,7 curva'' a''
λ= = = 0 ,59 → ρ = 0 ,889
λ pl 90
Resistência ao fogo
5.1.2 Exemplo 2
Características geométricas:
At = 20 x 35 = 700 cm2
As = 48,1 cm2
πφ 2
Ar = 4 × = 3,15 cm2
4
Ac = 700 - 48,1 - 3,15 = 648,75 cm2
Sendo o comprimento efetivo de flambagem igual nas duas direções, conclui-se que a
flexão irá ocorrer em torno do eixo de menor inércia (y).
115
I ys = 282cm 4
πφ 2
I yr = 4 × × 7 ,5 2 = 176 ,7 cm 4
4
35 × 20 3
Ic = − 282 − 176 ,7 = 22.875 cm 4
12
ry = 2,42 cm
Verificações:
• Concreto C30 - 20 MPa < fck = 30 MPa < 55MPa Ok !!
• Aço ASTM A36 - fy = 250 MPa < 380 MPa Ok !!
• Aço da armadura CA 50 - fr = 500 MPa > 380 MPa ñ Ok !!
∴ fr = 380 MPa (valor máximo adotado)
As 48 ,1
• = = 6 ,9% > 4% Ok !!
At 700
Parâmetros de cálculo:
ry = 2,42 cm (perfil)
0,3 b = 0,3 x 20 = 6 cm ∴rm = 6 cm
π 2 Em π 2 × 27 .797
λ pm = = = 73 ,3
f my 51,0
KL 400
λ= = = 66 ,7
rm 6
λ 66 ,7 curva'' b''
∴ λm = = = 0 ,91 → ρ = 0 ,656
λ pm 73 ,3
Verificações:
Ar 3 ,15
• = = 0 ,48% > 0 ,3% Ok !!
Ac 648 ,75
Parâmetros de cálculo:
( EI ) e = E a I a + 0 ,8 E cd I c + E s I s
= 20 .500 × 282 + 0 ,8 × 2.315 × 22.875 + 20 .500 × 176 ,7 = 51767
. .850 kN . cm 2
E cm 3 .125
Onde: E cd = = = 2.315 kN / cm 2 , pois, pelo Eurocode 4 (1994)
1,35 1,35
π 2 ( EI ) e π 2 51767
. .850
N cr = = = 3.193 kN
l2 400 2
η1 = 0
N pl ,R 2.999 pela tab.3.5 →
λ = = = 0 ,97 ⇒ η2 = 1
N cr 3.193 curva " b"
→ ρ = 0 ,618
Aa f y 0 ,85 Ac f ck A f
N pl ,Rd = + + s sk
γ Ma γc γs
Aa f y 1 48 ,1 × 25
δ = = = 0 ,44 0 ,1 < δ < 0 ,9 Ok!
γ a N pl ,Rd 1,15 × 2.350
0 ,5 0 ,5 ∴
λ = 0 ,74 < = = 0 ,89 → Não há necessidade de se fazer a
1 − δ 1 − 0 ,44
consideração da deformação lenta.
Verificações:
b 22 ,9 b
• na alma : = = 39 < = 42 Ok !!
t 0 ,79 t lim
b 11,84 b
• na mesa : = = 9 ,5 < = 16 Ok !!
t 1,25 t lim
kl 400
λ= = = 165 ,3
r 2 ,42
118
Qf y , × 25
10
λ pl = π =π = 90
E 20 .500
N d = φc ρA g f y = 0 ,9 × 0 ,241 × 48 ,1 × 25 = 260 kN
Resistência ao fogo
Notas:
(a) Cálculo feito com as recomendações do AISC-LRFD (1994), porém usando as
curvas de flambagem da NBR 8800 (1986)
(b) Cálculo feito com as recomendações do ECCS (1981), porém usando as curvas de
flambagem da NBR 8800 (1986)
(c) Cálculo feito com as recomendações e curvas de flambagem da NBR 8800 (1986)
119
5.2.1 Exemplo 3
Características geométricas:
h = 40 ,0 cm
b f = 30 ,0 cm
t w = 0 ,95cm
t f = 1,6 cm
bc = 40 ,0 cm
hc = 50 ,0 cm
φ = 1,0 cm
f cd = 0 ,7 × 0 ,85 × 3 ,0 = 1785
, kN cm 2
f yd = 0 ,9 × 25 = 22 ,5 kN cm 2
f sd = 0 ,85 × 50 = 42 ,5 kN cm 2
Características geométricas:
A = 131cm 2
a
4
Perfil de aço: I xa = 39 .355cm
I = 7 .203cm 4
ya
πφ 2
Armadura: As = 4 × = 3 ,14cm 2
4
πφ 2
xs
I = 4 × × 22 ,5 2 = 1.590 cm 4
4
πφ 2
I ys = 4 × × 17 ,5 2 = 962cm 4
4
121
1,5
Concreto: E c = 42 × γ c1,5 f ck = 42 × 24 30 = 27 .050 MPa = 2705
. kN cm 2
1,6 0 ,95 × 36 ,8 2
Z pa = 2 × 1,6 × 30 20 − + = 2 .165cm 3
2 4
π × 12
Z ps = 4 × × 22 ,5 = 70 ,7 cm 3
4
40 × 50 2
Z pc = − 2.165 − 70 ,7 = 22764
. cm 3
4
Ac f cd − Asn (2 f sd − f cd )
hn =
(
2bc f cd + 2t w 2 f yd − f cd )
1.866 × 1785
,
= = 14 ,8 cm
2 × 40 × 1785
, + 2 × 0 ,95(2 × 22 ,5 − 1785
, )
h 40
∴ hn = 14 ,8 cm < −tf = − 1,6 = 18 ,4 → Ok !!
2 2
122
f cd = 1785
, kN cm2
f yd = 22 ,5 kN cm 2
hn =14 ,8 cm
L.N.
As f sd = 67 kN
2h n
As f sd = 67 kN
f yd = 22 ,5 kN cm 2
π 2 ( EI ) e π 2 1653
. .388 .908
Nex = = = 101.989 kN
l2 400 2
N pl ,Rd = φa f y Aa + αφc f ck Ac + φs f sy As
( ) ( ) (
M pl ,Rd = f yd Z pa − Z pan + 0 ,5 f cd Z pc − Z pcn + f sd Z ps − Z psn )
M pl ,Rd = 22 ,5( 2.165 − 208 ) + 0 ,5 × 1785
, ( 22764
. − 8 .554) + 42 ,5 × 70 ,7 = 59 .720 kN . cm
Expressões de interação:
Ag = 131cm 2 I t = 93cm 4
I x = 39 .355cm 4 I y = 7 .203cm 4
Wx = 1.968 cm 3 Wy = 480 cm 3
Z x = 2.165cm 3 ry = 7 ,42cm
rx = 17 ,33cm
Esbeltez:
400
λy = = 54 < 200
7 ,42
Cálculo de Q:
b 300 2 b
= = 9 ,4 < = 16
t mesa 16 t mesa
lim
→ ∴ Q = 1,0
b 368 b
= = 39 < = 42
t alma 9 ,5 t alma
lim
φc N y = φc Ag f y = 0 ,9 × 131 × 25 = 2.947 kN
Ag f y 131 × 25
N ex = = = 9 .097 kN
λ2 0 ,60 2
( )
M r = Wx f y − f r = 1.968 (25 − 11,5) = 26 .568 kN . cm
∴ M n = M pl
368 20 .500
λalma = = 39 < λ p = 1,47 = 42
9 ,5 25
∴ M n = M pl
E 20 .500
λ p = 175
, = 175
, = 50
fy 25
0 ,707 Cb β1 4β
λr = 1 + 1 + 22 M r2 =
Mr β1
onde:
β1 = π EGAg I t = π 20 .500 × 8 .000 × 131 × 93 = 4.440 .674 kN . cm
λ − λp
(
∴ M n = M pl − M pl − M r
λr − λ p
)
=
54 − 50
= 54.121 − ( 54.121 − 26 .568 ) = 53.356 kN . cm
194 − 50
∴ φb M n = 0 ,9 × 53.356 = 48 .020 kN . cm
Expressões de interação:
Nd M dx 1.200 25.000
+ = + = 0 ,93 ≤ 1,0
φc N y φb M nx 2.947 48 .020
Resistência ao fogo
5.2.2 Exemplo 4
Geometria:
h = b = 30 ,0 cm
t = 0 ,45cm
bc = hc = 29 ,1cm
Parâmetro α = 100
,
f cd = 0 ,7 × 1,0 × 3 ,0 = 2 ,1 kN cm 2
f yd = 0 ,9 × 25 = 22 ,5 kN cm 2
127
Características geométricas:
AT = 30 × 30 = 900 cm 2
Ac = 29 ,12 = 846 ,8 cm 2
Concreto:
4
I = 29 ,1 = 59 .757 cm 4
c 12
Aa = 900 − 846 ,8 = 53 ,2cm 2
Perfil de aço:
4
I = 30 − 59 .757 = 7 .743cm 4
a 12
Aço: E a = 20 .500 kN cm 2
29 ,12 29 ,1
Z pc = 2 × = 6 .161cm 3
2 4
30 2 30
Z pa = 2 × − 6161 = 589 cm 3
2 4
hn = 8 ,8 cm
Z pcn = 29 ,1 × 8 ,8 2 = 2.254cm 3
Z pan = 30 × 8 ,8 2 − 2.254 = 69 ,7 cm 3
π 2 ( EI ) e π 2 288 .045.648
Ne = = = 17 .768 kN
l2 400 2
( ) ( ) (
M pl ,Rd = f yd Z pa − Z pan + 0 ,5 f cd Z pc − Z pcn + f sd Z ps − Z psn )
M pl ,Rd = 22 ,5(589 − 69 ,7 ) + 0 ,5 × 2 ,1(6 .161 − 2.254) = 15787
. kN . cm
Expressões de interação:
Ag = 53 ,2cm 2 Ix
rx = = 12 ,06 cm
I x = 7 .743cm 4 Ag
Wx = 516 ,2cm 3
It =
4 Ai2
=
(
4 × 29 ,55 2 ) 2 = 11611
. cm 4
Z x = 589 cm 3 ds 4 × 29 ,55
∫ t 0 ,45
Esbeltez:
400
λx = = 33 < 200
12 ,06
Cálculo de Q:
b 291 b
mesa / = = 64 ,6& > = 40
t 4 ,5 t
alma lim
Nd 300
f = = = 5 ,64 kN cm 2 = 56 ,4 MPa
Ag 53 ,2
797 × t 158 797 × 0 ,45 158
= 32 ,2 > b = 29 ,1cm
bef = 1− = 1−
f b 56 ,4 29 ,1
f 56 ,4
t 0 ,45
∴ bef = b → ∴ Q = 1,0
φc N y = φc Ag f y = 0 ,9 × 53 ,2 × 25 = 1197
. kN
Ag f y 53 ,2 × 25
N ex = 2
= = 9 .715 kN
λ 0 ,37 2
( )
M r = Wx f y − f r = 516 ,2(25 − 11,5) = 6 .969 kN . cm
130
E 20 .500
λ p = 1,12 = 1,12 = 32
fy 25
38.256 .828
λr → valor de λ p / M cr = M r ∴ λr = = 74
6 .969
∴ λ p = 32 < λmesa = 64 ,6 < λr = 74
λ − λp
(
∴ M n = M pl − M pl − M r )
λr − λ p
=
64 ,6 − 32
= 14725
. − ( 14725
. − 6 .969 ) = 8 .705 kN . cm
74 − 32
onde: M pl = Z x f y = 589 × 25 = 14725
. kN . cm
291 20 .500
λalma = = 64 ,6 < λ p = 3 ,5 = 100
4 ,5 25
∴ M n = M pl
∴ φb M n = 0 ,9 × 8 .705 = 7 .835kN . cm
131
Expressões de interação:
Nd M dx 300 12.000
+ = + = 178
, > 1,0
φc N y φb M nx 1197
. 7 .835
Resistência ao fogo
misto preenchido estão de acordo com o requerido para suportar 120 minutos de
incêndio. Caso tenha um nível de carga maior, η fi = 0 ,4 ou η fi = 0 ,5 , pela tabela
Pelos dados das tabelas 5.1 e 5.2 pode-se notar que a presença do concreto
melhora muito o comportamento estrutural do pilar. Deve-se lembrar que no Brasil
faz-se uso da técnica de revestir ou preencher pilares de aço sem computar os ganhos
de resistência conferidos pelo concreto. Pelas tabelas apresentadas é possível ter uma
dimensão da economia em material que pode ser feita quando o cálculo é feito
considerando a ação mista do elemento.
CAPÍTULO 6
CONCLUSÕES
134
Quanto aos pilares mistos, pôde-se observar durante a busca e análise dos
materiais bibliográficos o grande interesse de pesquisadores de diversos países por
diferentes aspectos relacionados a eles.
Com relação aos trabalhos que não se dedicam à análise do pilar misto apenas
como um elemento estrutural isolado, são encontradas desde pesquisas em que a
facilidade de execução de um pilar preenchido é analisada dentro de um aspecto
maior como a construção de um pórtico misto, até pesquisas com ligações em
estruturas mistas, onde procura-se combinar resultados de análises experimentais e
teóricas numéricas, afim de propor ligações mais eficientes, práticas e a baixo custo,
além de propor métodos práticos para dimensionamento destas ligações.
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