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Diagnóstico da diversidade de aves em sete áreas de Caatinga identificadas como

oportunidades para a criação de UCs no Rio Grande do Norte.

1.Contextualização e justificativa

O domínio da Caatinga abrange uma área com aproximadamente 800.000 km, o


que corresponde a maior parte do nordeste Brasileiro estendendo-se até parte da região
norte de Minas Gerais (Ab’sáber 2003, Fernandes 2006). Essa região é caracterizada por
um clima quente e semi-árido marcado por chuvas sazonais entre 400 e 800 mm
(Ab'Saber 1974). A Caatinga é considerada como floresta seca sazonal (Prado & Gibbs
1993), onde prolongadas períodos de seca são frequentes e agravadas por chuvas
irregulares (Nimer 1972). Os tipos de vegetação encontrados na Caatinga variam de
acordo com as características do solo, topografia e disponibilidade de água, resultando
em uma enorme variedade de ambientes (Prado, 2003).

Embora a região da Caatinga seja reconhecida como um importante centro de


endemismo para aves da América do Sul com pelo menos 23 espécies consideradas
endêmicas desse bioma (Cracraft 1985, Silva et al. 2003, Pacheco 2004), ainda há
poucos estudos publicados sobre as aves da região, quando comparado a outras áreas da
América do Sul, resultando em extensas áreas ainda subamostrados (Tabarelli et al.
2000). A Caatinga contém cerca de 347 espécies de aves conhecidas, quando os
registros de enclaves de Mata Atlântica (conhecidos localmente como "brejos de
altitude") e áreas montanhosas isoladas como os campos rupestres e enclaves de
cerrado são excluídos (Pacheco & Bauer, 2000), e 510 espécies quando esses ambientes
são incluídos (Silva et al. 2003).
Estudos indicam que a maior parte da avifauna existente na região da Caatinga está
associada a ambientes de formações vegetais de porte arbóreo-arbustivo (Silva et al.
2003; Santos 2004; Olmos et al. 2005; Roos et al. 2006), com 284 (60,5%) das
espécies dependentes ou semi-dependentes de formações florestais revelando a
importância desses ambientes para a avifauna dessa região ( Canterbury et al. 2000,
Silva et al. 2003). Outro aspecto importante sobre a avifauna da Caatinga diz respeito
ao fato das áreas com maior diversidade de passeriformes estarem associadas as regiões
de planaltos e encostas de serras ( Souza 2004). Por outro lado, vários estudos mostram
que grande parte da paisagem natural da Caatinga foi modificada devido,
principalmente, as alterações de origem antrópica relacionadas às atividades de
pastagem de terras, agricultura e expansão de estradas ( Castelletti et ai. 2003, Leal et al.
2005). Essas mudanças na paisagem podem levar a uma série de impactos negativos
sobre a avifauna, principalmente para as espécies dependentes de ambientes florestais e
espécies endêmicas as quais são mais vulneráveis as mudanças em seus hábitats (Chapin
et al. 2000).
No caso do Rio Grande do Norte, localizado no extremo nordeste do Brasil, esse
estado possui uma das avifaunas menos conhecida, devido principalmente à maioria das
expedições realizadas pelos museus e naturalistas no passado terem ignorado essa
região (Olmos 2003, Pacheco 2003). Alguns destes estudos que abordam a avifauna
potiguar são escassos e restritos a pequenas áreas e publicados em periódicos pouco
conhecidos (Praxedes et al. 1997, Varela-Freire & Araújo 1997, Varela-Freira & Silveira
1999). Iniciativas recentes nesse estado têm mostrado a presença de espécies ameaçadas
de extinção e ampliado o conhecimento sobre espécies até agora desconhecidos para o
extremo nordeste do Brasil (Silva et al. 2011, Silva et al. 2012, Pichorim et al. 2014).
Nesse sentido, estudos que busquem compreender padrões de distribuição,
composição e riqueza das espécies que correm na Caatinga são fundamentais, pois
fornecem, sobretudo, informações essenciais para o planejamento e definição de
estratégias eficientes de conservação da biodiversidade local. Assim, o principal
objetivo deste trabalho foi inventariar a avifauna em sete áreas de Caatinga no Rio
Grande do Norte com intuito de gerar informações para indicar quais remanescentes
seriam mais importante para conservação da avifauna na Caatinga potiguar.

2. Material e métodos
2.1 Área de estudo

O presente estudo foi desenvolvido na região da Caatinga do estado do Rio


Grande do Norte, Brasil, tendo como locais amostrais 7 diferentes áreas distribuídas
pelo estado (Figura 1). Estas áreas constituem paisagens consideradas prioritárias para a
conservação da Caatinga do estado, definidas com base no seu grau de conservação e
representatividade da vegetação predominante e delimitadas de acordo com o critério de
bacia hidrográfica, segundo um relatório desenvolvido pela WCS (Wildlife
Conservation Science) e UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
(Projeto Caatinga Potiguar, dados não publicados).
O estado do Rio Grande do Norte possui cerca de 90% de seu território inserido
na região da Caatinga (MMA, 2011). Os solos são em geral rasos, pedregosos e de
fertilidade variando de média a alta. A altitude no semiárido do estado pode atingir
elevações de 500 a 800 m na ecorregião da Depressão Sertaneja Setentrional, e de 150 a
650 no Planalto da Borborema (porção central do estado) (Velloso, Sampaio & Pareyn
2002).
A vegetação da Caatinga é descrita como um mosaico de florestas secas e
vegetação arbustiva (Santos et al. 2011). No Rio Grande do Norte, este ecossistema
pode se apresentar como caatinga arbórea (1, 2, 4, 5 e 6 Figura 1) nas encostas, serras
baixas e vales de rios, além de formações de matas secas (áreas 1, 4 e 6 também, Figura
1) associadas ao Planalto da Borborema; enquanto nas baixas altitudes da Depressão
Sertaneja Setentrional, que cobre a maior parte do território do estado, predominam as
caatingas arbóreo-arbustivas (áreas 1, 2, 4 e 7 Figura 1) ou arbustivas abertas (Velloso,
Sampaio & Pareyn, 2002).
Figura 1. Áreas de estudo onde os levantamentos da avifauna foram realizados na Caatinga do
Rio Grande do Norte. (1 - Cerro Corá; 2 - Lajes; 3 - Caiçara do Norte; 4- Serra de Santana; 5-
Serrinha dos Pintos; 6- Martins; 7 -Felipe Guerra.

2.3 Levantamento da Avifauna

Para o levantamento quantitativo da comunidade de aves foi utilizada o método


de pontos de Escuta de acordo com Blondel et al. (1981) adaptado por Vielliard &
Silva (1990) para as regiões tropicais.

Foram amostradas sete áreas de Caatinga no estado do Rio Grande do Norte


localizadas nos seguintes municípios (Santana do Matos -Serra de Santana, Lages,
Cerro Corá, Martins, Serrinha dos Pintos, Felipe Guerra e Caiçara do Norte.
O levantamento da avifauna foi feito durante cinco dias em cada área. Na
maioria das áreas foram amostrados cinco pontos por dia quando possível. As
amostragens ocorreram no período da manhã ( horário de maior atividade das aves)
entre 6:00 e 9:00 horas e cada ponto foi amostrado durante 15 minutos anotando-se:
dia e hora do início da amostragem; espécies avistadas ou ouvidas e respectivo número
de indivíduos, características gerais do ambiente como altura da vegetação e altitude
também foram anotados, além disso todos os pontos foram georreferenciados. Com
intuito de fornecer uma lista da avifauna mais completa para cada área amostrada e
registrar espécies endêmicas ou ameaçadas foram feitos levantamentos qualitativos
registrando as espécies observadas durante os intervalos entre as amostragens dos
censos por pontos de escuta. As aves foram classificadas quanto à sua dependência de
floresta em três categorias: (a) independente, espécie associada apenas a vegetações
abertas (e.g., diferentes tipos de caatingas e cerrados); (b) dependente, espécie que só
ocorre em ambientes florestais, tais como florestas semiperenes, florestas estacionais,
caatingas arbóreas e cerradões; e (c) semi-dependente, espécies que ocorrem nos
mosaicos formados pelo contato entre florestas e formações vegetais abertas e
semiabertas (Silva et al. 2003).
As espécies também foram classificas em três categorias de acordo com a
presença ou ausência das mesmas (ocorrência) nas sete áreas amostradas durante o
período do levantamento: 1- comuns, espécies que ocorreram em pelo menos 80% das
áreas ( 6 e 7 áreas). 2- intermediárias, espécies que tiveram ocorrência maior igual a
40% e menor ou igual a 80% das áreas amostradas( espécies com ocorrência entre 3 e
5 áreas). 3-raras, espécies com ocorrência menor ou igual a 30% das áreas amostradas
( espécies que correram em até 2 áreas).

3. Diagnóstico da diversidade atual da fauna de aves nas áreas identificadas como

oportunidades para a criação de Ucs.

3.1 Resultados

Foram registradas 177 espécies de aves, distribuídas em 52 famílias,


considerando todos os registros das sete áreas amostradas (Tabela 1). A família mais
representada foi Tyrannidae com ( 24 espécies). As áreas que apresentaram maior
riqueza de espécies considerando as amostragens por pontos de escuta e os registros
complementares do levantamento qualitativo foram: Santana do Matos-Serra de Santana
( 147 espécies), Cerro Corá ( 89 espécies) e Serra do feiticeiro-Lajes com ( 86 espécies)
(Tabela 2). A maioria das espécies registradas foram independentes de ambientes
florestais ( 92 espécies-53%), seguidas por semidependetes ( 56 espécies-32%) e
dependentes ( 27 espécies- 15%). Dentre as espécies registradas destacamos a
ocorrência de um importante endemismo da Caatinga Penelope jacucaca (jacu) para as
áreas de Cerro Corá, Lajes e Caiçara. Essa espécie é considerada ameaçada de extinção
de acordo com a (BirdLife International 2014, MMA 2014). Penelope jacucaca foi
registrada, principalmente, em áreas com predominância de Caatinga arbórea
localizadas nas regiões de Lajes e Cerro corá, impactadas sobre tudo pelo corte e
pastoreio. Os moradores locais relatam que esta espécie é vista em grupos que se
alimentam de frutas de Spondias tuberosa e Ziziphus joazeiro sendo caçada localmente.

Espécies pouco conhecidas para o nordeste do Brasil também foram registradas


a exemplo de Primolius maracana e Amazona aestiva , registradas em Cerro Corá e
Lajes (em Lajes registramos apenas Amazona aestiva ). Áreas como Martins e Serrinha
dos Pintos também apresentaram registros importantes de espécies pouco comuns para
Caatinga do extremo nordeste, em especial para o Rio Grande do Norte, como é o caso
de Lathrotriccus euleri, Campylorhamphus trochilirostris e Herpsilochmus atricapillus
(ver Tabela 1). Essas espécies foram registradas apenas nessas duas áreas. Outra
espécie aparentemente pouco comum na Caatinga potiguar foi Piculus chrysochloros,
registrada apenas em duas áreas de Caatinga arbórea alta (Serra de Santana-Santana do
Matos e Martins). Outros registros relevantes incluem a presença de endemismos de
Caatinga dependentes de ambientais florestais, pouco conhecidos para o nordeste do
Brasil, que ocorreram em áreas de encosta com predominância de Caatinga arbórea (Por
exemplo, Anopetia gounellei, Sakesphorus cristatus e Synallaxis hellmayri – ver Tabela
1).

A maioria das espécies de aves registradas durante o levantamento foram raras


( 90 espécies), seguida pelas espécies de ocorrência intermediária (51 espécies) e
comuns ( 36 espécies). Dentre as espécies raras destacam-se: Primolius maracana,
Amazona aestiva, Synallaxis hellmayri, Lathrotriccus euleri, Campylorhamphus
trochilirostris e Herpsilochmus atricapillus, as quais estiveram associadas
principalmente aos remanescentes de encosta onde predomina Caatinga arbórea alta.
Em relação às espécies de ocorrência intermediária merece destaque Penelope
jacucaca, espécie ameaçada de extinção. Já entre as espécies comuns temos Eupsittula
cactorum, Tyrannus melancholicus, Cyanocorax cyanopogon, Polioptila plumbea
,Mimus saturninus, Lanio pileatus, Columbina minuta, Columbina passerina
Columbina squammata, Forpus xanthopterygius e Guira guira. Grande parte dessas
espécies são generalistas e ocupam paisagens antropizadas muitas vezes se beneficiando
de alterações ambientais.
4.Conclusões sobre integridade biótica das áreas analisadas

De maneira geral, parece haver uma maior predominância de espécies dependentes


de floresta nas áreas de Caatinga arbórea associadas às regiões serranas onde ocorreram
os levantamentos da avifauna. As áreas amostradas nas regiões de Serra de Santa
(Santana do Matos), Cerro corá, Lajes e Martins apresentaram os maiores valores de
riqueza de aves (Tabela 2). Nessas áreas, especialmente em Serra de Santana, Cerro corá
e Lajes, encontramos grandes espécies florestais nas regiões de encosta (por exemplo,
Tabebuia aurea, Erythrina velutina, Amburana cearensis, Licania rigida,
Myracrodruon urundeuva (aroeira), Anadenanthera colubrina, Commiphora
leptophloeos (imburana), fornecendo extratos arbóreos capaz de suportar uma
comunidade de aves mais rica. Além disso, nas áreas de encosta o pastejo pelo gado e a
remoção da vegetação para lenha são provavelmente as principais ameaças. No entanto,
são essas regiões ao longo das serras amostradas que mantém fisionomia relativamente
conservada, devido ao relevo íngreme e solos pobres para a agricultura. Nas partes mais
altas das encostas registramos Penelope jacucaca, espécie ameaçada e dependente de
floresta, para as regiões de Lajes e Cerro corá (9 registros). Penelope jacucaca também
foi registrada para a área amostrada em Caiçara (2 registros), onde predomina
Caatinga arbustiva densa com presença marcante de catanduva -Piptadenia
moniliformis ( Obs. Pessoal), a qual encontra-se muito impactada especialmente pela
retirada da vegetação para lenha e pastejo bovino.

Outros importantes registros foram a presença de Primolius maracana e Amazona


aestiva, dois grandes Psitacídeos comedores de frutos dependentes de cavidades para
nidificação, que também foram observados nas áreas de encosta de Lajes e Cerro corá
(em Lajes registramos apenas Amazona aestiva ). Esses registros reforçam a
importância das encostas como refúgio para a conservação das aves locais,
especialmente os remanescentes de Caatinga que se estendem de Lajes a Cerro corá.
Vale destacar que (Primolius maracana e Amazona aestiva) sofrem forte pressão de
captura para o tráfico ilegal além da perda de habitat que reduz sítios de nidificação e
locais para alimentação. Suas populações apresentam fortes indícios de declínios nas
áreas de registro, principalmente, Primolius maracana que é considerado próxima de
ameaça pela (BirdLife International 2014), e provavelmente ameaçada a nível
local( PICHORIM 2014). Outro aspecto relevante é que os remanescentes de Caatinga
amostrados entre Lajes e Cerro Corá representam os únicos locais de ocorrência até o
momento para esses dois psitacídeos no estado do Rio Grande do Norte, demonstrando
a importância dessas áreas para conservação de suas populações na Caatinga potiguar.

As áreas amostradas na região oeste do estado, especificamente nos municípios de


Martins e Serrinha dos Pintos, também chamam atenção pela ocorrência de espécies
como Herpsilochmus atricapillus, Lathrotriccus euleri e Campylorhamphus
trochilirostris, típicas de áreas úmidas de Caatinga arbórea alta. De fato, a vegetação de
Caatinga encontrada nessas duas áreas possui características distintas das demais áreas
amostradas em especial pela Caatinga arbórea alta encontrada principalmente ao longo
dos rios próximos as encostas das serras, algumas árvores de Anadenanthera colubrina
(angico) atingiam altura entre 18 e 20 metros, em vários pontos amostrados, formando
um dossel fechado (Obs. pessoal).
A avifauna encontrada nas áreas de Felipe Guerra e Caiçara apresentaram os
menores valores de riqueza entre todas as áreas amostradas (Tabela 2). Além disso,
nessas duas áreas foram encontradas poucas espécies dependentes de ambientes
florestais em comparação com as outras áreas, com exceção de Penelope jacucaca
registrada em Caiçara . Uma explicação para isso pode estar relacionada ao fato dos
remanescentes de Caatinga amostrados nessas duas áreas estarem muito impactadas e
fragmentados, principalmente pelo corte da vegetação, grande número de estradas em
função de oleodutos da Petrobras no caso de Felipe Guerra, pastoreio pelo gado,
caprinos e ovinos o que provavelmente resultou em extensas áreas abertas de Caatinga
arbustiva baixa.
Por fim, os dados deste trabalho mostram que os remanescentes de Caatinga
arbórea amostradas nas regiões de Serra de Santana, Lajes, Cerro corá, Martins e
Serrinha dos Pintos constituem importante refúgio para a conservação da avifauna no
nordeste Brasileiro, devido a significativa riqueza de espécies, presença de espécies
endêmicas e ameaçadas, além de registros que ampliam a distribuição de espécies pouco
conhecidas no semi-árido do Brasil e sobre tudo na Caatinga potiguar. Ameaças locais
incluem a supressão de vegetação nativa para a agricultura, pecuária e ocupação
humana, além da caça e captura de animais que pode levar à extinção de populações de
aves locais (Laurence & Useche 2009). A este respeito, recomendamos a criação urgente
de áreas protegidas que priorizam as Caatingas de encosta, bem como a conscientização
das comunidades locais sobre o uso e venda ilegal de fauna silvestre. Além disso, como
medida de alta prioridade sugerimos a criação de unidades de conservação nos
remanescentes de Caatinga localizados nas regiões de Lajes e Cerro corá, local de
ocorrência de Penelope jacucaca e das únicas populações de Primolius maracana e
Amazona aestiva registradas até o momento em áreas de Caatinga no Rio Grande do
Norte.

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Anexo 1. Imagens de espécies registradas nas áreas onde ocorreram as amostragem
A B
de campo (Fotos- Mauro Pichorim/ Damião/ Bruno França)

G H

C D

I J
E F

L M
A-Compsothraupis loricata (Macho), B- Campephilus melanoleucos, C- Nemosia pileata,

D-Myrmorchilus strigilatus, E- Xolmis irupero, F- Chrysolampis mosquitus.

G- Gyalophylax hellmayri,H- Primolius maracana, I- Formicivora melanogaster, J- Myiarchus tyrannulus

L- Geranoaetus melanoleucus, M- Amazona aestiva

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