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LUANDA, 2016
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA
LUANDA, 2016
À minha querida mãe e heroina Maria da
Conceição Zeferino (Mana São). Eis aqui o
fruto da sua dedicação, carinho e amor.
AGRADECIMENTOS
I- Formulação do Problema................................................................................ 11
1.4 Eleição.......................................................................................................... 17
3.1 Amostra......................................................................................................... 35
LISTA DE TABELAS E QUADROS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
I- Formulação do Problema
Este trabalho de fim de curso esta estrutura por Itens e subitens, desta forma,
o primeiro itens faz uma abordagem histórica, onde o pesquisador aborda o
surgimento da democracia antiga até a moderna democracia; O segundo item traz
uma discursão de ideias sobre conceptualização da democracia; O terceiro itens
aborda sobre a Democracia Representativa e, é composto por dois subitens que são a
Eleição e o Eleitor que representa o sujeito da nossa pesquisa e o último item da
nossa pesquisa faz abordagem da Satisfação cliente, começando distinguir o conceito
de satisfação e cliente.
CAPITULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
1.1 Democracia
1
A Declaração de direito de 1689 (em inglês Bill of Rights of 1689) é um documento feito na
Inglaterra pelo Parlamento que determinou, entre outras coisas, a liberdade, a vida e a propriedade
privada, assegurando o poder do Parlamento na Inglaterra.
Para Platão (apud HERMET 1997), define como o reino de uma população
invejosa, pronta para os exageros e impaciente na imposição do seu próprio
despotismo. E ultrapassa a liberdade e a dignidade pessoais sob a responsabilidade de
uma igualdade niveladora. Já para Aristóteles, a questão do melhor regime deve ser
encarada de modo pragmático e relacionada com as circunstâncias de cada momento
e não com o absoluto intemporal.
Segundo Rosenfield (1984), “a democracia baseia-se num imaginário
formado na possibilidade histórica de uma nova comunidade política, aberta a
pluralidade dos discursos e acções políticas, fazendo com que cada individuo passa
igualmente participar da condução dos negócios públicos”.
Democracia é, assim, no seu sentido literal, a forma através da qual o poder
político é exercido pelo povo (BOBBIO, 2007). Ainda para o mesmo autor a
democracia fundamenta-se no critério de o poder ascender de baixo para cima,
distinguido a democracia da autocracia2 em que o poder seria descendente: de cima
para baixo. Nas democracias, o controlo do poder governamental faz-se através do
impacto directo do público, da sua participação, através da formação de maiorias, e
da capacidade que o público possui de influenciar os processos de tomada de
decisões.
Democracia entende-se uma das várias formas de governo, em particular
aquelas em que o poder não está nas mãos de um só ou de poucos, mais de todos, ou
melhor, da maior parte, como tal se contrapondo às formas autocráticas, como a
monarquia e oligarquia (BOBBIO, 2000, p. 07).
Para Queiroz (2012), “democracia é o regime político participativo que tem
como pressuposto a liberdade e a igualdade política”.
2
Tem origem grega e significa literalmente governo por si próprio. Tratava-se, na verdade, de um
governo no qual há uma única representação como detentora do poder, ou seja, um comité, uma
assembleia ou simplesmente um líder que possui absoluto controle de todos os níveis governamentais.
consolidaram um novo entendimento da democracia: O governo representativo (Sell,
2006).
Para Pitkin (1972 apud Martins 2008), o termo “representação” (lat.
Repraesentare) era já conhecidos dos romanos, que o utilizavam em sentido literal,
como também não era desconhecido nas cidades-estados gregas. Na acepção romana
significava “trazer à presença algo ausente”, embora não se aplicasse as instituições
políticas nem se referia a qualquer tipo de acção humana em favor de outros
(MARTINS, 2008).
Dizia Montesquieu (apud BONAVIDES), um dos primeiros teoristas da
democracia moderna, que o povo era excelente para escolher, mas péssimo para
governar. Precisava o povo, portanto, de representantes, que iriam decidir e querer
em nome do povo. Dizia Rousseau, criticando a democracia indireta ou
representativa, que o homem da democracia moderna só é livre no momento em que
vai às urnas depositar o seu voto.
Para Norberto Bobbio (1986), “a expressão democracia representativa
significa as deliberações colectivas, isto é, as deliberações que dizem respeito á
colectividade inteira, são tomadas não direitamente por aqueles que fazem parte, mas
por pessoas eleitas para esta finalidade”.
Nas democracias modernas, desunem-se a titularidade e o exercício do poder
e os problemas surgem pelo lado do exercício do poder (SARTORI, 1993). Para o
autor, caracteriza a Democracia Representativa como um sistema de “soma positiva”.
É um sistema em que decidem os representantes, mas “falam, discutem, negoceiam e
fazem intercâmbio de concessões recíprocas” com os representados, estando em
posição de acordar, com eles, soluções de soma positiva.
A democracia representativa corresponde a um sistema de governo que
mantém as características traçadas pelos “fundadores”, mas que acrescenta novos
intervenientes e novos direitos e valores, reforçando assim os princípios
democráticos (MARTINS, 2008).
Segundo Held, (1996 apud MARTINS 2008) a expressão democracia
representativa incorpora a ideia de legitimação da acção política, cimentada por um
conjunto de princípios mais ou menos consensuais, mas que são objectos de práticas
muito diferenciadas não faltando casos de total falta de coincidência entre o modelo
formal e o modelo observado.
O exercício do poder faz-se por delegação (representação) e, se essa
delegação não é controlada e vigiada por quem delega, o poder é exercido “sobre o
povo” e “não pelo povo”. Torna-se, como referimos, autocracia, em vez de
democracia. A representação, sem vigilância e sem controlo por parte dos cidadãos, é
o calcanhar de Aquiles da democracia (SARTORI, 1993).
A democracia indirecta ou representativa é quando a totalidade da população
adulta apenas pode participar na designação e no controlo dos governantes, a quem
aquela confiar o poder de governar em seu lugar e para seu benefício (Cafussa,
2012).
Existem várias formas de aquisição do poder político que são: 1) de forma
ilegal são a Insurreição; a Rebelião; Golpe de Estado e a Revolução. 2) A Herança;
Cooptação; Nomeação e Eleição. Assim sendo, o próximo capítulo abordará de
forma simplificada a forma de aquisição do poder político por eleição.
1.4 Eleição
1.5 Eleitor
3
O voto é a forma pela qual todo cidadão pode escolher quem o representará na elaboração de leis e
na aplicação do dinheiro público para melhoria do país, dos estados e dos municípios.
4
Um sistema de votação ou sistema eleitoral é o meio de escolha entre um número de opções, baseado
na entrada de um número de votos. A votação é talvez mais conhecida pelo seu uso em eleições, onde
candidatos políticos são selecionados para a administração pública.
Apresente sugestões ao deputado e/ou senador que você elegeu. Entre em contato
pessoalmente, por carta, telefone ou por e-mail. Participe de forma efetiva.
Segundo o Dicionário Online de Português, “Que é capaz de eleger (escolher)
ou tem esse direito (de eleger). Indivíduo que escolhe ou tem esse direito; aquele
que, durante as eleições, tem o poder de escolher quem deverá ocupar determinado
cargo ou posto”.
Para o Camacho et al Tavares (s.d), “eleitor é que a capacidade jurídica para
eleger”.
Segundo a Constituição da República de Angola (2010), “todo o cidadão5,
maior de dezoito anos, tem o direito de votar e ser eleito para qualquer órgão electivo
do Estado e do poder local e de desempenhar os seus cargos ou mandatos, nos termos
da Constituição e da lei”.
A hipótese de que a conduta do eleitor seja resultado de uma vontade
independente, baseada na observação e na interpretação objectiva dos factos e na
capacidade de tirar, rápida e prontamente conclusões racionais (CAFUSSA, 2010).
5
Segundo Aristóteles “cidadão é evidentemente, o que participa na vida política, através de funções
deliberativas ou judiciais”. Aristóteles na sua concepção de cidadão exclui da cidadania as mulheres,
as crianças os anciões que ultrapassaram um limite de idade.
buscaram interpretar o comportamento político a partir das motivações, percepções e
atitudes dos indivíduos em relação ao mundo político.
Estas abordagens não negam o impacto que factores macro-estruturais
possuem sobre o comportamento eleitoral dos indivíduos, mas destacam que estes
fatores somente não explicam tudo. Diante disso, salientam que o fundamental é
pesquisar as opiniões, pois através delas pode-se prever a preferência dos indivíduos
por um partido político que defendesse as mesmas idéias e prever qual seria sua
atitude em termos de destino do voto (RADMANN, 2001 apud BORBA 2005).
Um clássico nesta área de estudos foi o livro The nature of belief systems in
mass publics, de Philip Converse (1964), que demonstrou que os indivíduos se
relacionam com o mundo político de acordo com seus níveis de conceituação deste
mundo. Com base nesses níveis de conceiptuação formulou diferentes estratos de
classificação, construindo uma tipologia para explicar o comportamento eleitoral.
Por fim, existem as abordagens inspiradas pela teoria da escolha racional, que
consideram a decisão do voto como produto de uma ação racional individual
orientada por cálculos de interesse, que levam o eleitor a se comportar em relação ao
voto como um consumidor no mercado. A esfera da política é visualizada como um
“mercado político”, onde os políticos tentam “vender seus produtos”, e os cidadãos
assumem o papel de “consumidores”, que vão escolher aqueles “produtos” que
melhor diminuam seus custos e maximizem ou optimizem seus ganhos.
6
Marketing ou mercadologia ou, mais raramente, mercância, é o processo usado para determinar
que produtos ou serviços possam interessar aos consumidores, assim como a estratégia que será
utilizada nas vendas, comunicações e no desenvolvimento do negócio.
Possui uma característica relativa, pois provém de um processo comparativo
entre a experiência de consumo subjectivo vivida pelo consumidor e uma
base referencial anterior à compra.
Oliver (1996 apud CASARTELLI 2006) coloca o estudo da satisfação sob
quatro perspectivas. A primeira trata do ponto de vista do consumidor, ou seja, a
satisfação é vista como sendo uma busca individual, um objetivo a ser alcançado
através do consumo de produtos e serviços;
A segunda perspectiva apresenta o ponto de vista da empresa. Em uma
sociedade capitalista, a maioria das empresas persegue o lucro, sendo que,
normalmente, sua rentabilidade é consequência da venda repetida de seus produtos
ao longo do tempo. Portanto, se os clientes de uma determinada empresa não
ficarem satisfeitos e pararem de consumir seus produtos e/ou serviços, ou trocarem
de fornecedor, provavelmente o seu lucro será afetado, mais cedo ou mais tarde;
A terceira perspectiva diz respeito ao mercado como um todo. Cada vez mais a
satisfação e a insatisfação dos consumidores vêm sendo estudadas como forma de
influenciar na regulamentação das políticas exercidas pelo mercado, tanto no setor
público quanto no privado;
Finalmente, a perspectiva da sociedade é mais ampla e considera a satisfação
do indivíduo não só como agente de consumo de produtos e serviços, mas também
como alguém que busca melhor qualidade de vida em geral, ou seja, a satisfação do
cidadão em relação à sua saúde física, mental e financeira.
É nesta última perspectiva em que o nosso trabalho vai singir-se propriamente
no tema em foco, porque o que se pretende não é estudar os eleitores como agente de
consumo de serviços prestados pelos orgãos administrativos locais, mas como
alguém que busca melhor qualidade de vida em diferentes sectores sociais.
Vários estudos de satisfação concordam que a satisfação é resultante de um
processo comparativo. A principal teoria proposta para o processo de satisfação é da
desconfirmação de expectativas.
Segundo Evrard (1994), o modelo da desconfirmação de expectativas descreve
a formação da satisfação como um processo comparativo, por meio de quatro fatores
principais:
O julgamento realizado pelo consumidor sobre o desempenho do produto ou
serviço, no decorrer da experiência de consumo;
As expectativas formuladas pelo consumidor sobre o desempenho do produto
ou serviço sobre o desempenho esperado. Na verdade, pode-se tratar de
expectativas específicas a uma determinada experiência de consumo ou,
ainda, de um padrão de referência ao qual a experiência de consumo vai ser
comparada;
A comparação entre o desempenho e as expectativas origina a
desconfirmação (positiva ou negativa), ou seja, desconfirmação positiva
quando o desempenho do produto/serviço for superior às expectativas
formuladas; desconfirmação neutra quando existir igualdade entre o
desempenho efetivo do produto/serviço e a expectativa formulada; e
desconfirmação negativa quando o desempenho do produto/serviço for
inferior às expectativas formuladas pelo consumidor;
A desconfirmação vai originar a avaliação global da experiência de consumo,
isto é, a satisfação ou insatisfação.
Sendo os conceitos de expectativas e desempenho centrais dentro do tema
satisfação e da teoria da desconfirmação das expectativas, eles são relatados a seguir
sob a óptica de alguns autores.
Segundo Evrard (1994), as expectativas podem ser definidas como as crenças
que o consumidor formula sobre o desempenho de um produto ou serviço, antes de
efetuar a compra e o respectivo consumo. Normalmente, as crenças se formam com
as próprias experiências pessoais do consumidor e com as ações promocionais da
empresa.
Conforme Oliver (1996), as expectativas são um conceito central na avaliação
do nível de satisfação do consumidor porque, nas suas muitas variações (expectativa
em relação aos atributos do produto ou serviço, em relação ao resultado final, etc.),
elas proporcionam um padrão para julgamentos futuros a respeito do desempenho do
produto ou serviço. Essas variações, contudo, colocam algumas dificuldades
conceituais e de medida da satisfação porque o pesquisador normalmente não sabe
qual o grau de abstração, qual o nível de desejo, qual o nível de certeza e quais os
objetos de comparação que cada consumidor possui no momento da compra, de
maneira individual. Uma forma de diminuir essas dificuldades é através da realização
de um pré-teste com os consumidores, para descobrir o conjunto de expectativas que
formam a combinação mais frequente usada na avaliação dessas questões.
Kotler (1998) ressalta que a empresa deve ter o cuidado de não criar
expectativas muito elevadas de compra, para não conduzir o consumidor à
insatisfação. A formação de expectativas muito baixas, entretanto, pode não atrair
consumidores.
Conforme Johnson, Anderson & Fornell (1995), a performance é uma
avaliação positiva ou negativa dos atributos de um produto ou serviço para atender as
necessidades e desejos dos consumidores. O desempenho percebido é o determinante
direto para a satisfação ou insatisfação; portanto, a performance é considerada um
importante predicor da satisfação.
No contexto político, percebe-se devido a fatos como globalização de
mercados, estabilidade da economia e consequentemente maior preocupação com
questões relacionadas a qualidade que o consumidor está mais exigente inclusive
para o desempenho de organizações públicas e governamentais. O cidadão eleitor de
hoje têm mais consciência e melhores condições de avaliar práticas de
gerenciamento. Dessa forma, a satisfação do cidadão eleitor deve ser atentada por
parte dos políticos que governam e pretendem governar um determinado país,
especialmente, Angola.
A ideia básica é que os partidos políticos existem para competir de modo para
satisfazer a vontade da colectividade ou seja, eleitor. Onde e por intermédio das
eleições eles vendem os seus produtos (manifestos eleitorais) pelos compradores ou
consumidores (eleitores), mas não competem pelos fornecedores e a satisfação dos
seus eleitores está no centro da competição política, dado que neste contexto, os
eleitores satisfeitos recompensam os partidos políticos, de algum modo, continuando
a preferi-las para as suas aquisições de bens e serviços, resultando daí fortes efeitos
nos lucros acomulados (mais tempo de governação).
Deste modo, a satisfação do eleitor é um indicador avançado e desfaçadoda
actividade política: desfaçado porque indica o que os eleitores vão fazer pelos
partidos políticos. Portanto, os partidos políticos angolanos deveriam medir
constantemente a satisfação dos seus eleitores, visto que, o numero de abstenção
eleitoral tem aumentado nos diferentes pleitos eleitorais.
Frequentemente, os partidos políticos7 angolanos cometem o erro de prestar
mais atenção na aquisição e o exercício do poder do que a manutenção do mesmo.
Uma das formas de fazer a manutenção do poder político é a satisfação das
necessidades colectivas. Segundo Kotle (1994) vêem-se como vendendo um produto
em vez de fornecendo solução para uma necessidade. Exemplo: Uma mulher não
compra um batom, compra esperança.
A concretização da “esperança” deve ser o objectivo central dos partidos
políticos, porque é através dela que encontramos eleitores satisfeitos e insatisfeitos
que de alguma forma, depositarão sempre o seu voto mesmo em circunstância crítica,
se caso contrário não fizerem, os eleitores irão de procurar outros partidos políticos e
oganizações não-governamentais para satisfazerem as suas necessidades.
7 De acordo com Moreira (2009), os partidos políticos são organizações que lutam pela aquisição,
manutenção e exercício do Poder.
CAPITULO II- AS ELEIÇÕES GERAIS EM ANGOLA
8
Foi um político e guerrilheiro angolano e líder da UNITA durante mais de trinta anos. Nasceu aos 03
de Agosto de 1934 e morreu aos 22 de Fevereiro de 2002.
irregularidades. A votação correu praticamente sem incidentes, embora também com
a denúncia de certas irregularidades.
O MPLA, foi a formação política mais votada com 71,84% dos votos, nas
eleições gerais de 31 de agosto de 2012. Com uma maioria qualificada, o MPLA
consegue, assim, eleger 175 dos 220 deputados da AN angolana, o que representa
uma perda de 16 parlamentares, em relação à anterior legislatura. Nas eleições de
2008 o MPLA tinha conseguido 82%.
O segundo partido mais votado foi a UNITA, com 18,66% (2008: 10%). O
principal partido da oposição conseguiu arrecadar os 16 assentos parlamentares que o
MPLA perdeu, tendo eleito 32 deputados, o que duplica a sua representação
parlamentar.
A CASA-CE foi a terceira força política mais votada, com 6%. A nova
formação política da oposição entra para a AN com 8 deputados.
O PRS, perdeu eleitorado tendo obtido 1,70% dos votos, o que corresponde à
eleição de 3 deputados, uma diferença significativa em relação aos 8 parlamentares
que detinha na anterior legislatura (2008: 3%).
A histórica FNLA, ficou com menos um deputado em relação às eleições de
2008. Terá a partir de agora 2 parlamentares, ao reunir 1,13% dos votos do eleitorado
(2008: 1%).
MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA são, portanto, as cinco formações
políticas que compõem a AN para a legislatura 2012-2017. A ND, que tinha dois
deputados perdeu assento parlamentar. Em 2012 ficou com apenas 0,23% dos votos.
As eleições gerais em Angola elegeram 220 deputados, 130 pelo círculo
nacional e os restantes 90 distribuídos pelos 18 círculos provinciais (cinco cada). Os
valores da abstenção rondaram os 40%.
Temos a certeza que o MPLA, mais uma vez, irá corresponder às expectativas
e às aspirações dos angolanos.
CAPITULO III- METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1 Amostra
A comuna do Benfica tem uma superfície estimada em 275 km2, com cerca
de 10.025 habitantes, distribuídos por 23 bairros e 6 povoações. Com um franco
desenvolvimento urbano, resultante, entre outros fatores, do crescimento
populacional, os orgãos administrativo local tem procurando melhorar as
infraestruturas existentes, quer através da reabilitação urbana, quer através da
construção, tanto no domínio da habitação como no das infraestruturas básicas
(saneamento, água, energia) e do parque escolar.
Assim sendo, foi aplicado um questionário a 200 pessoas de diferente faixa
etária e níveis sociais do universo de 10,025 habitantes que residem em 17 bairros do
Benfica, que de alguma forma, nos serviram como amostra desta pesquisa. Portanto,
107 pessoas representam o género masculino e 93 representam o género feminino.
3.1 Análise dos Resultados
Feminino
Masculino
22-28
69%
43+
8%
36-42
10%
29-35
13%
M F
Ensino Básico
Ensino 11%
Supérior
29%
Ensino Médio
60%
Das 200 pessoas entrevistadas 60% são Estudantes do Ensino Médio, onde 64
pessoas são do gênero masculino e 70 do género feminino; 29% são estudantes do
Ensino Superior, onde 31 pessoas são do género masculino e 13 do género feminino
e 11% são estudantes do Ensino Básico, onde 12 pessoas são do género masculino e
10 do género feminino.
Gráfico nº 05 sobre a Ocupação
Estudante
Trabalhador
19%
Estudante
Desempregad 43%
o
15%
Trabalhador
23%
Não
41%
Sim
59%
Mal
24%
Bom
54%
Normal
22%
Muito Muito
Insatisfeito Satisfeito
15% 10%
Satisfeito
14%
Insatisfeito
23%
Razoável
38%
Insatisfeito
21%
Razoável
34%
Insatisfação
26%
Insatisfeito
27%
Insatisfeito
24% Razoável
25%
Como ilustra o gráfico nº 09, os eleitores consideram razoável este sector com
a percentagem de 25%, com frequências de 50 eleitores, entre eles: 33 eleitores do
género masculino e 17 do género feminino; 24% dos eleitores estão insatisfeitos com
este sector, com frequências de 48 eleitores onde 30 do género masculino e 18 do
género feminino; 24% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 47
eleitores onde 19 do género masculino e 28 do género feminino; 18% dos eleitores
estão satisfeitos com este sector, com frequências de 37 eleitores onde 15 são do
género masculino e 22 do género feminino e, em último, 9% dos eleitores estão
muito satisfeitos com este sector, com frequências de 18 eleitores onde 10 são do
género masculino e 8 do género feminino.
Gráfico nº 10 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Energia por Ocupação
Muito
Muito
Satisfeito
Insatisfeito
9% Satisfeito
24%
18%
Insatisfeito
24% Razoável
25%
Insatisfeito Razoável
24% 26%
Como ilustra o gráfico nº 11, os eleitores consideram razoável este sector com
a percentagem de 26%, com frequências de 53 eleitores, entre eles: 31 eleitores do
género masculino e 22 do género feminino; 25% dos eleitores estão muito
insatisfeitos, com frequências de 49 eleitores onde 24 do género masculino e 25 do
género feminino; 24% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 48
eleitores onde 27 do género masculino e 21 do género feminino; 18% dos eleitores
estão satisfeitos, com frequências de 36 eleitores onde 17 são do género masculino e
19 do género feminino e, em último, 7% dos eleitores estão muito satisfeitos, com
frequências de 14 eleitores onde 8 são do género masculino e 6 do género feminino.
Insatisfeito
Razoável
24%
26%
Razoável
18%
Insatisfeito
43%
Como ilustra o gráfico nº 13, a maior parte dos eleitores estão insatisfeitos
com a percentagem de 43%, com frequências de 77 eleitores, entre eles: 46 eleitores
do género masculino e 31 do género feminino; 21% dos eleitores estão muito
insatisfeitos, com frequências de 55 eleitores onde 23 são do género masculino e 32
do género feminino; 18% dos eleitores consideram razoável este sector, com
frequências de 42 eleitores onde 19 do género masculino e 23 do género feminino;
13% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 19 eleitores onde 14 são do
género masculino e 5 do género feminino e, em último, 5% dos eleitores estão muito
satisfeitos, com frequências de 7 eleitores onde 5 são do género masculino e 2 do
género feminino.
Gráfico nº 14 sobre o Grau de Satisfação no Sector do Transporte por
Ocupação
Muito
Muito SatisfeitoSatisfeito
Insatisfeito 3% 9%
28%
Razoável
21%
Insatisfeito
39%
Razoável
30%
Insatisfeito
31%
Como ilustra o gráfico nº 15, a maior parte dos eleitores estão insatisfeitos
com a percentagem de 31%, com frequências de 62 eleitores, entre eles: 36 eleitores
do género masculino e 26 do género feminino; 30% dos eleitores consideram
razoável, com frequências de 60 eleitores onde 29 são do género masculino e 31 do
género feminino; 26% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 52
eleitores onde 29 do género masculino e 23 do género feminino; 10% dos eleitores
estão satisfeitos, com frequências de 19 eleitores onde 9 são do género masculino e
10 do género feminino e, em último, 3% dos eleitores estão muito satisfeitos, com
frequências de 7 eleitores onde 4 são do género masculino e 3 do género feminino.
Razoável
30%
Insatisfeito
31%
Insatisfeito
29%
Insatisfeito
29%
Muito
Satisfeito
Muito 5% Satisfeito
8%
Insatisfeito
30%
Razoável
27%
Insatisfeito
30%
Razoável
27%
Insatisfeito
30%
20
15
10
No gráfico nº21, analisou-se a satisfação dos eleitores por bairros, sendo o Bairro
Partido, com
20
15
10
20
15
10
20
15
10
25
20
15
10
20
15
10
20
15
10
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA
Caro (a) enquerindo (a), este questionário destina-se a recolher dados, de forma
anónima sobre a sua opinião a cerca da concretização do programa eleitoral do partido
vencedor das eleições de 2012.
PARTE I- INFORMAÇÕES GERAIS