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REPÚBLICA DE ANGOLA

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ELEITORES SOBRE A


CONCRETIZAÇÃO DO PROGRAMA ELEITORAL DO
PARTIDO VENCEDOR NAS ELEIÇÕES DE 2012

Zeferino Paulo Melício

Orientador: Doctor Conceição Fernando Fária

Trabalho de Fim de Curso Apresentado para obtenção do Grau de


Licenciado em Ciência Política

LUANDA, 2016
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ELEITORES SOBRE A


CONCRETIZAÇÃO DO PROGRAMA ELEITORAL DO
PARTIDO VENCEDOR NAS ELEIÇÕES DE 2012

Zeferino Paulo Melício

Trabalho de Fim de Curso apresentado à


Faculdade de Ciências Sociais da UAN como
requisito para obtenção do grau de licenciado
em Ciência Política, orientado pelo Professor
Doctor Conceição Fernando Fária.

LUANDA, 2016
À minha querida mãe e heroina Maria da
Conceição Zeferino (Mana São). Eis aqui o
fruto da sua dedicação, carinho e amor.
AGRADECIMENTOS

Este momento de agradecimento é dirigido a todas as pessoas que, de uma


forma ou de outra, colaboraram no meu desenvolvimento académico e social.
Ao professor Conceição Fernando Fária, que de uma forma muito profissional,
disponível e presente orientou o meu trabalho de fim de curso, deixo o meu sincero
obrigado. O seu espirito crítico e a objetividade com que sempre apreciou o trabalho
desenvolvido e respondeu às minhas dúvidas transmitiram-me muita segurança e
confiança.
Ao professor Nelson Domingos, que de uma forma “indirecta” contribuiu com
bastante rigor nas suas indagações sobre o projecto de pesquisa e o trabalho de fim
de curso.
A minha família, que é o núcleo de todas as minhas necessidades e atenção.
Ao meu irmão, Danilson Paulo Melício, que foi o meu co-orientador, prestando
sempre a sua disponibilidade e habilidades técnicas e cientificas para a elaboração do
projecto e o trabalho de fim de curso.
Aos meus tios, especialmente, o Rey Gago, por ser o meu educador desde a
minha infância até o momento actual.
Ao tio Paulo e a tia Patrícia pelo apoio incondicional que têm proporcionado.
Aos meus colegas de classe, com os quais convivi estes quatro anos de
Faculdade, em especial, O João Adolfo, Diatete, Beldrão, Jorge, Mateus, Júlia
Baltazar, Osvaldo e Afonso, que me proporcionaram bons momentos de alegria.
Aos meus amigos e companheiros do Escutismo, com os quais convivo os bons
e maus momentos da minha jornada, em especial, Walter, Teodoro, Jofre, Miguel,
Félix, Nelson, Mónica, Eunice, Flora, Jorge, Ferraz, Mirian, Dirigente João,
Dirigente Parede, Maria e Claúdio.
E agradeço ainda, àqueles que, nos momentos mais difíceis da minha vida não
me estenderam às mãos, duvidaram da minha dedicação, do meu esforço, o que fez
com que eu me empenhasse ainda mais, para provar o quanto sou capaz de atingir os
meus objetivos e conquistar mais uma vitória.
Ame kapumbu kuti; olonduge ndupa k´omanu.

“Eu sou o pequeno nó de uma árvore; busco o


saber na Multidão”

Sentido: Ninguém fica sábio sozinho. Na multidão


de conselheiro está a sabedoria.
RESUMO
ABSTRACT
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9

I- Formulação do Problema................................................................................ 11

II- Formulação das Hipóteses ............................................................................ 12

III- Formulação dos Objectivos ......................................................................... 12

CAPITULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ........................................ 13

1.1 Democracia .................................................................................................. 13

1.2 Democracia Representativa.......................................................................... 14

1.3 Democracia Participativa ou Directa ........................................................... 16

1.4 Eleição.......................................................................................................... 17

1.5 Eleitor ........................................................................................................... 18

1.5.1 Comportamento do Eleitor........................................................................ 19

1.6 A satisfação do Eleitor ................................................................................. 20

CAPITULO II- AS ELEIÇÇOES GERAIS EM ANGOLA ........................ 26

2.1 Abordagem Histórica das Eleições em Angola ........................................... 26

2.2 As Eleições Gerais de 2012 ......................................................................... 27

2.2.1 A CNE nas Eleições Gerais de 2012 ........................................................ 28

2.2.2 Os Partidos Concorrentes as Eleição Gerais de 2012 ............................... 30

2.2.3 Resultado Eleitoral .................................................................................... 30

2.2.4 Programa do Partido Vencedor ............................................................... 32

CAPITULO III- METODOLOGIA DA PESQUISA .................................... 34

3.1 Amostra......................................................................................................... 35
LISTA DE TABELAS E QUADROS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AN- Assembleia Nacional


Art. - Artigo
CASA-CE – Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral
CMEs – Comissões Municipais Eleitorais
CNE – Comissão Nacional Eleitoral
COE – Coligação para Observação Eleitoral
CPEs – Comissões Provinciais Eleitorais
CPO – Conselho Político da Oposição
CRA – Constituição da República de Angola
CSMJ – Conselho Superior da Magistratura Judicial
Dr. – Doutor
Dra. – Doutora
FNLA - Frente Nacional de Libertação de Angola
FUMA – Frente Unida para Mudança de Angola
MPLA- Movimento Popular de Libertação de Angola
ND – Nova Democracia, Coligação Eleitoral
PAPOD – Partido Popular para o Desenvolvimento
PDA – Partido Democratico de Angola
PR – Presidente da República
PREA – Partido Republicano de Angola
PRS – Partido da Renovação Social
PSD – Partido Social Democrata
TC – Tribunal Constitucional
TS – Tribunal Supremo
UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola
INTRODUÇÃO

As eleições é o momento ideal para os eleitores escolherem os seus


representantes e também, é o momento onde os eleitores com expectativas e o partido
como agente realizador dessas expectativas assumem um comprimiço durante um
período de tempo. aferir o grau de satisfação dos eleitores é um tema que é tão pouco
explorado pelos políticos e politólogos, visto que é bastante pertinente porque
permite aos partidos políticos conhecerem os seus eleitores e as suas exigências,
visto que, pra quem austenta o poder político os eleitores é um elemento
indispensavel em regime democrático, visto que, são os que detêm a soberania.
Os partidos políticos apresentam o programa político nas eleições, que é um
comprimisso de governação se ganhar as eleições durante o seu período de mandato
A presente investigação aferi sobre o Grau de Satisfação dos eleitores sobre a
Concretização do Programa eleitoral do Partido Vencedor das Eleições Gerais de
2012, que é um tema muito pertinente porque permite conhecer com maior
relevância as políticas públicas implementadas na comuna do Benfica e de
contrapartida, conhecer a satisfação ou insatisfação dos consumidores “moradores”
do Benfica sobre os feitos públicos. Para à comunidade académica saber sobre o grau
de satisfação dos eleitores da comuna do Benfica sobre a governação do partido
vencedor das eleições de 2012, e compreender até que ponto a concretização das
promessas eleitorais podem mudar o comportamento dos eleitores. Para o partido
vencedor saber a satisfação ou insatisfação dos seus eleitores sobre a concretização
das promessas eleitorais das últimas eleições e procurar estratégias para a satisfação e
angariação de mais votos nos futuros sufrágios eleitorais.
Segundo Neto (2008), os eleitores, num só dia, não só julgassem o mérito, ou
não, do trabalho feito, mas, principalmente, fizeram a escolha certa para perpetuar a
paz, fraternizar os cidadãos, fortalecer e capacitar as instituições, ordenar o país e
humanizar a riqueza.

I- Formulação do Problema

Segundo Boavida Neto, a vitória do MPLA nas eleições de 2012 criou


condições para que o Governo continuasse a trabalhar e a conduzir os destinos dos
angolanos rumo ao progresso e bem-estar. Visto que estamos a nos aproximar das
futuras eleições com data marcada para 2017, é importante saber se o partido
vencedor esta a concretizar o seu programa eleitoral? Que é uma forma de responder
as expectativas dos seus consumidores “eleitores”. Em que percentagem foi realizado
as promessas eleitorais do partido vencedor? Qual é o grau de satisfação ou
insatisfação dos eleitores sobre a concretização das promessas eleitorais de 2012?

II- Formulação das Hipóteses

H1.Os eleitores estão satisfeitos sobre a concretização das promessas


eleitorais do partido vencedor nas eleições de 2012.
H2. Os eleitores não estão satisfeitos sobre a concretização das promessas
eleitorais do partido vencedor nas eleições de 2012.

III- Formulação dos Objectivos

Objectivo Geral: Conhecer o grau de satisfação dos eleitores sobre a


concretização das promessas do partido vencedor nas eleições gerais de 2012.
Objectivos Específicos: Descrever, Analisar e Interpretar o grau de satisfação
dos eleitores da comuna do Benfica sobre a concretização do programa eleitoral do
partido vencedor nas eleições gerais de 2012.

Este trabalho de fim de curso esta estrutura por Itens e subitens, desta forma,
o primeiro itens faz uma abordagem histórica, onde o pesquisador aborda o
surgimento da democracia antiga até a moderna democracia; O segundo item traz
uma discursão de ideias sobre conceptualização da democracia; O terceiro itens
aborda sobre a Democracia Representativa e, é composto por dois subitens que são a
Eleição e o Eleitor que representa o sujeito da nossa pesquisa e o último item da
nossa pesquisa faz abordagem da Satisfação cliente, começando distinguir o conceito
de satisfação e cliente.
CAPITULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

A democracia surgiu com o filósofo Péricles em meio a inúmeras restrições à


participação popular, sendo posteriormente desenvolvida por Aristóteles, que não é
ateniense e contempla o seu tempo mais com a curiosidade de Sociólogo do que com
a paixão moralista de Platão.
Com o absolutismo, tal ideário foi esquecido na medida em que o exercício
do poder foi concentrado nas mãos do rei, que sustentava a sua legitimidade em
princípios religiosos. Entretanto, o regime democrático ressurgiu no final do século
XVIII, com a Revolução Francesa, quando a monarquia como sistema político
sucumbiu. Posteriormente, na Inglaterra com um movimento de cunho filosófico de
importantes pensadores, como John Locke, que reflectiu sobre os princípios
norteadores da democracia, culminando com a Revolução Inglesa e proclamação do
Bill of Rights de 16891.
Inspirado nos ideários de Locke, foi desenvolvido o sistema democrático
norte-americano, que teve como principal documento político a Declaração de
Independência das trezes colónias americanas, em 1776, o movimento que, por sua
vez, veio contribuir e influenciar para abolição filosófica iluminista que culminou
com a Revolução Francesa e a proclamação da Declaração dos direitos do Homem e
do cidadão de 1789, que teve o fundamento filosófico as ideias de Jean Jacques
Rousseau.

1.1 Democracia

A palavra democracia provém do grego demos, "povo", e kratos,


"autoridade". Ou seja, “É o governo do povo, pelo povo e para o povo”. “Governo
do povo” quer dizer governo com um sentido popular; “para o povo” significa que o
objectivo é o bem do povo; “pelo povo” quer dizer realizado pelo próprio povo. Na
democracia é o povo quem toma as decisões políticas importantes (directa ou
indirectamente por meio de representantes eleitos).

1
A Declaração de direito de 1689 (em inglês Bill of Rights of 1689) é um documento feito na
Inglaterra pelo Parlamento que determinou, entre outras coisas, a liberdade, a vida e a propriedade
privada, assegurando o poder do Parlamento na Inglaterra.
Para Platão (apud HERMET 1997), define como o reino de uma população
invejosa, pronta para os exageros e impaciente na imposição do seu próprio
despotismo. E ultrapassa a liberdade e a dignidade pessoais sob a responsabilidade de
uma igualdade niveladora. Já para Aristóteles, a questão do melhor regime deve ser
encarada de modo pragmático e relacionada com as circunstâncias de cada momento
e não com o absoluto intemporal.
Segundo Rosenfield (1984), “a democracia baseia-se num imaginário
formado na possibilidade histórica de uma nova comunidade política, aberta a
pluralidade dos discursos e acções políticas, fazendo com que cada individuo passa
igualmente participar da condução dos negócios públicos”.
Democracia é, assim, no seu sentido literal, a forma através da qual o poder
político é exercido pelo povo (BOBBIO, 2007). Ainda para o mesmo autor a
democracia fundamenta-se no critério de o poder ascender de baixo para cima,
distinguido a democracia da autocracia2 em que o poder seria descendente: de cima
para baixo. Nas democracias, o controlo do poder governamental faz-se através do
impacto directo do público, da sua participação, através da formação de maiorias, e
da capacidade que o público possui de influenciar os processos de tomada de
decisões.
Democracia entende-se uma das várias formas de governo, em particular
aquelas em que o poder não está nas mãos de um só ou de poucos, mais de todos, ou
melhor, da maior parte, como tal se contrapondo às formas autocráticas, como a
monarquia e oligarquia (BOBBIO, 2000, p. 07).
Para Queiroz (2012), “democracia é o regime político participativo que tem
como pressuposto a liberdade e a igualdade política”.

1.2 Democracia Representativa

Os principais eventos políticos como a Revolução Inglesa (1688), a


independência dos Estados Unidos (1776) e também a Revolução Francesa (1789)

2
Tem origem grega e significa literalmente governo por si próprio. Tratava-se, na verdade, de um
governo no qual há uma única representação como detentora do poder, ou seja, um comité, uma
assembleia ou simplesmente um líder que possui absoluto controle de todos os níveis governamentais.
consolidaram um novo entendimento da democracia: O governo representativo (Sell,
2006).
Para Pitkin (1972 apud Martins 2008), o termo “representação” (lat.
Repraesentare) era já conhecidos dos romanos, que o utilizavam em sentido literal,
como também não era desconhecido nas cidades-estados gregas. Na acepção romana
significava “trazer à presença algo ausente”, embora não se aplicasse as instituições
políticas nem se referia a qualquer tipo de acção humana em favor de outros
(MARTINS, 2008).
Dizia Montesquieu (apud BONAVIDES), um dos primeiros teoristas da
democracia moderna, que o povo era excelente para escolher, mas péssimo para
governar. Precisava o povo, portanto, de representantes, que iriam decidir e querer
em nome do povo. Dizia Rousseau, criticando a democracia indireta ou
representativa, que o homem da democracia moderna só é livre no momento em que
vai às urnas depositar o seu voto.
Para Norberto Bobbio (1986), “a expressão democracia representativa
significa as deliberações colectivas, isto é, as deliberações que dizem respeito á
colectividade inteira, são tomadas não direitamente por aqueles que fazem parte, mas
por pessoas eleitas para esta finalidade”.
Nas democracias modernas, desunem-se a titularidade e o exercício do poder
e os problemas surgem pelo lado do exercício do poder (SARTORI, 1993). Para o
autor, caracteriza a Democracia Representativa como um sistema de “soma positiva”.
É um sistema em que decidem os representantes, mas “falam, discutem, negoceiam e
fazem intercâmbio de concessões recíprocas” com os representados, estando em
posição de acordar, com eles, soluções de soma positiva.
A democracia representativa corresponde a um sistema de governo que
mantém as características traçadas pelos “fundadores”, mas que acrescenta novos
intervenientes e novos direitos e valores, reforçando assim os princípios
democráticos (MARTINS, 2008).
Segundo Held, (1996 apud MARTINS 2008) a expressão democracia
representativa incorpora a ideia de legitimação da acção política, cimentada por um
conjunto de princípios mais ou menos consensuais, mas que são objectos de práticas
muito diferenciadas não faltando casos de total falta de coincidência entre o modelo
formal e o modelo observado.
O exercício do poder faz-se por delegação (representação) e, se essa
delegação não é controlada e vigiada por quem delega, o poder é exercido “sobre o
povo” e “não pelo povo”. Torna-se, como referimos, autocracia, em vez de
democracia. A representação, sem vigilância e sem controlo por parte dos cidadãos, é
o calcanhar de Aquiles da democracia (SARTORI, 1993).
A democracia indirecta ou representativa é quando a totalidade da população
adulta apenas pode participar na designação e no controlo dos governantes, a quem
aquela confiar o poder de governar em seu lugar e para seu benefício (Cafussa,
2012).
Existem várias formas de aquisição do poder político que são: 1) de forma
ilegal são a Insurreição; a Rebelião; Golpe de Estado e a Revolução. 2) A Herança;
Cooptação; Nomeação e Eleição. Assim sendo, o próximo capítulo abordará de
forma simplificada a forma de aquisição do poder político por eleição.

1.3 Democracia Participativa ou Directa

A partir da década de 70, o conceito de cultura política passou a ser revisto e


revalidado, de forma crítica e, no entanto, novos motivos e problemas começaram a
colocar-se, sobretudo na forma como os cidadãos se integravam, percepcionavam e
participavam politicamente no sistema político, assim como na maneira como se
relacionavam com o poder político (SANTOS, 2011).
A participação política é uma área da ciência política que preocupa-se do
estabelecimento de relações mais próximas entre os cidadãos e o poder político.
Além disso, tem ocorrido uma diminuição na participação das pessoas no
processo eleitoral e um resultado pouco satisfatório dos eleitores, que se
sentem cada vez menos representados por aqueles que elegeram,
ocorrendo o que Santos e Avritzer (2003, apud NOBRE, 2007),
denominam de “dupla patologia”: “patologia da participação” e a
“patologia da representação”.
A Democracia Participativa é uma praxis (uma prática, uma actividade)
permanente que pressupõe a participação cívica e política e a igualdade dos cidadãos
perante a lei. Participar consiste em “tomar parte pessoalmente” de forma activa e
livre; é pôr-se em movimento por si mesmo (SARTORI, 1993).
Para Milbrath (1965) apud Borba (2012) de início, definia a participação
como o conjunto de atividades relacionadas ao momento eleitoral.
Segundo Sell (2006), democracia Participativa é um conjunto de experiências
e mecanismos que tem como finalidade estimular a participação directa dos cidadãos
na vida política através de canais de discussão e decisão.
Schumpeter (apud Patman 1992) os únicos meios de participação abertos aos
cidadãos são o voto para o líder e a discussã. Ele pontifica que as práticas usualmente
aceitas (como "bombardear" representantes com cartas) são contrárias ao espirito do
método democrático, pois, de fato, argumenta ele, trata-se de tentativas que os
cidadãos fazem para controlar seus representantes, e isso constitui uma completa
negação do conceito de liderança.
Tem ocorrido uma diminuição na participação das pessoas no processo
eleitoral e um resultado pouco satisfatório dos eleitores, que se sentem cada vez
menos representados por aqueles que elegeram.

1.4 Eleição

O poder político é uma estrutura de domínio, que na nossa ordem


constitucional assenta na legitimidade democrática proveniente da vontade popular
manifestada em acto eleitoral ou nas eleições.
Todas as democracias recorrem a eleição política como um mecanismo
simplificador para regular as desigualdades políticas (VERBA 1998 apud MARTINS
2008). Nesta acepção, as eleições constituem uma oportunidade programada para
aferir as preferências dos cidadãos, uma vez que lhes disponibilizam,
independentemente das preocupações de cada um, determinadas escolhas.
Para Pedro Magalhães (2009), o papel das eleições numa democracia,
contudo, não se esgota na capacidade de responsabilizar politicamente os governos.
Elas devem servir também para garantir que os órgãos directa ou indirectamente
eleitos são compostos agentes cujas preferências reflectem as dos cidadãos.
Segundo Manin (1997 apud MARTINS 2008), a eleição política é fruto de
uma evolução longa, podendo analisar em três momentos: i) o período até a fundação
do governo representativo; ii) o período coincidente com a fundação do governo
representativo; e iii) o período moderno.
No quadro da abordagem institucionalista, a eleição política é entendida como
uma instituição, na medida em corresponde a um conjunto articulado de
procedimentos destinados a regular a conduta dos agentes sociais e políticos no
processo de conquista do poder.
Já para Dahl (1971 apud MARTINS 2008) integra a eleição política no
conjunto dos requisitos essenciais necessários á existência da democracia, não sem
evidenciar os aspectos que a própria eleição comporta de forma directa ou indirecta
(exemplo: liberdade de expressão e direito de voto3).
Pedro Magalhães (2009):
Um regime democrático apresentará défices na sua qualidade se os
agentes nos quais os cidadãos delegaram poder através de eleições não
forem capazes de transformar as preferências dos cidadãos em politicas
públicas, ou se as acções pelas quais os cidadãos os responsabilizam não
tenham resultado, efectivamente, de decisões tomadas autonomamente
por esses agentes. Por outras palavras, o bom funcionamento da
democracia exige que aqueles em que os cidadãos delegam poder
disponham realmente de uma capacidade efectiva para governar, e não
estejam excessivamente condicionados por outras forças e actores em
relação aos quais a responsabilização eleitoral seja impossível.

1.5 Eleitor

Segundo a Wikipédia, “eleitores são pessoas que elegem um representante para


um órgão decisor ou escolhem a sua opção de entre um conjunto predefinido através
de um qualquer sistema de votação4. Ao conjunto de eleitores dá-se o nome
de eleitorado”.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (2014), o eleitor deve fiscalizar os
políticos eleitos, ficar de olho no que está acontecendo e acompanhar os projetos que
estão em debate e votação na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.

3
O voto é a forma pela qual todo cidadão pode escolher quem o representará na elaboração de leis e
na aplicação do dinheiro público para melhoria do país, dos estados e dos municípios.
4
Um sistema de votação ou sistema eleitoral é o meio de escolha entre um número de opções, baseado
na entrada de um número de votos. A votação é talvez mais conhecida pelo seu uso em eleições, onde
candidatos políticos são selecionados para a administração pública.
Apresente sugestões ao deputado e/ou senador que você elegeu. Entre em contato
pessoalmente, por carta, telefone ou por e-mail. Participe de forma efetiva.
Segundo o Dicionário Online de Português, “Que é capaz de eleger (escolher)
ou tem esse direito (de eleger). Indivíduo que escolhe ou tem esse direito; aquele
que, durante as eleições, tem o poder de escolher quem deverá ocupar determinado
cargo ou posto”.
Para o Camacho et al Tavares (s.d), “eleitor é que a capacidade jurídica para
eleger”.
Segundo a Constituição da República de Angola (2010), “todo o cidadão5,
maior de dezoito anos, tem o direito de votar e ser eleito para qualquer órgão electivo
do Estado e do poder local e de desempenhar os seus cargos ou mandatos, nos termos
da Constituição e da lei”.
A hipótese de que a conduta do eleitor seja resultado de uma vontade
independente, baseada na observação e na interpretação objectiva dos factos e na
capacidade de tirar, rápida e prontamente conclusões racionais (CAFUSSA, 2010).

1.5.1 Comportamento do Eleitor

A perspectiva sociológica utiliza uma abordagem de tipo macro para explicar


o comportamento político dos indivíduos, enfocando as condições sociais que
constituem o contexto no qual as instituições, as práticas, as ideologias e os objetivos
políticos se formam e atuam. O fundamental para a perspectiva sociológica é o
contexto em que os indivíduos atuam, no qual as principais variáveis são as
socioeconômicas, as demográficas e as ocupacionais, e sua preocupação central está
em mostrar como tais variáveis possuem relações com o comportamento eleitoral.
Já as perspectivas psicológicas e psicossociológicas, que tiveram seu
surgimento com o desenvolvimento e a disseminação das técnicas de survey nas
ciências sociais e como principal núcleo acadêmico a Universidade de Michigan,

5
Segundo Aristóteles “cidadão é evidentemente, o que participa na vida política, através de funções
deliberativas ou judiciais”. Aristóteles na sua concepção de cidadão exclui da cidadania as mulheres,
as crianças os anciões que ultrapassaram um limite de idade.
buscaram interpretar o comportamento político a partir das motivações, percepções e
atitudes dos indivíduos em relação ao mundo político.
Estas abordagens não negam o impacto que factores macro-estruturais
possuem sobre o comportamento eleitoral dos indivíduos, mas destacam que estes
fatores somente não explicam tudo. Diante disso, salientam que o fundamental é
pesquisar as opiniões, pois através delas pode-se prever a preferência dos indivíduos
por um partido político que defendesse as mesmas idéias e prever qual seria sua
atitude em termos de destino do voto (RADMANN, 2001 apud BORBA 2005).
Um clássico nesta área de estudos foi o livro The nature of belief systems in
mass publics, de Philip Converse (1964), que demonstrou que os indivíduos se
relacionam com o mundo político de acordo com seus níveis de conceituação deste
mundo. Com base nesses níveis de conceiptuação formulou diferentes estratos de
classificação, construindo uma tipologia para explicar o comportamento eleitoral.
Por fim, existem as abordagens inspiradas pela teoria da escolha racional, que
consideram a decisão do voto como produto de uma ação racional individual
orientada por cálculos de interesse, que levam o eleitor a se comportar em relação ao
voto como um consumidor no mercado. A esfera da política é visualizada como um
“mercado político”, onde os políticos tentam “vender seus produtos”, e os cidadãos
assumem o papel de “consumidores”, que vão escolher aqueles “produtos” que
melhor diminuam seus custos e maximizem ou optimizem seus ganhos.

1.6 A satisfação do Eleitor

Um dos temas deste trabalho é a satisfação dos eleitores, e para aferirmos


sobre a mesma é fundamental que se apresente uma contextualização teorica.
Inicialmente são abordados aspectos gerais da satisfação, posteriormente, é
apresentado uma evolução do estudo da satisfação no âmbito teorico e por último é
apresentado o enquadramento da satisfação do eleitor.
Segundo Marr & Crosby (1994 apud CASARTELLI 2006), na esteira da
qualidade, a satisfação do consumidor vem igualmente recebendo crescente interesse
das corporações. Circunstâncias como a do aumento constante da competição em
nível global contribuíram para a situação de crescimento das pesquisas de satisfação,
visto que, nesse ambiente, a qualidade tem deixado cada vez mais de ser um atributo
determinante na escolha dos consumidores, para ser apenas um atributo qualificador.
De acordo com Kotler (2003 apud NETO 2009) “a maioria das empresas
dedicam mais atenção à participação no mercado do que à satisfação dos clientes. É
um engano. A participação no mercado é indicadora retrospectiva; a satisfação dos
clientes é indicadora prospectiva. Se o nível de satisfação dos clientes começa a cair,
em breve se iniciará o desgaste da participação no mercado”. Visto que a satisfação
dos clientes é o elemento que determina a participação de uma empresa no mercado,
então, o que é a satisfação? E o que é a satisfação do consumidor?
De acordo com o Dicionário online de Português “Ação ou efeito de satisfazer
ou satisfazer-se; Contentamento; prazer resultante da realização daquilo que se
espera ou do se deseja
A satisfação do consumidor ocupa uma posição central na prática do
pensamento do marketing6. A satisfação é o resultado da atividade de marketing e
serve para unir a culminação do processo de compra com a ação pós-compra, como a
mudança de atitudes, e petição de recompra e lealdade à marca (CHURCHILL &
SURPRENANT, 1982 apud CASARTELLI 2006).
Evrard (1994 apud CASARTELLI 2006) afirma que o conceito de satisfação
recebeu numerosas definições ao longo do tempo. Pode-se classificá-las em duas
categorias principais: aquelas que caracterizam a satisfação como sendo o resultado
de um processo (experiência de consumo) ou aquelas que integram na definição o
todo ou uma parte desse processo (baseada na comparação).
Para Engel (1995, p.545) “a satisfação é uma avaliação pós-consumo em que
a alternativa escolhida no mínimo alcance ou mesmo exceda as expectativas”. As
definições propostas por esses autores incluem três elementos característicos do
conceito de satisfação:
 Trata-se de um estado de natureza psicológica, que sugere um julgamento
baseado na experiência resultante de um processo cognitivo (racional),
juntamente com elementos afectivos (emocional);
 Provém de uma experiência de consumo, ou seja, surge de uma avaliação
posterior à compra; e

6
Marketing ou mercadologia ou, mais raramente, mercância, é o processo usado para determinar
que produtos ou serviços possam interessar aos consumidores, assim como a estratégia que será
utilizada nas vendas, comunicações e no desenvolvimento do negócio.
 Possui uma característica relativa, pois provém de um processo comparativo
entre a experiência de consumo subjectivo vivida pelo consumidor e uma
base referencial anterior à compra.
Oliver (1996 apud CASARTELLI 2006) coloca o estudo da satisfação sob
quatro perspectivas. A primeira trata do ponto de vista do consumidor, ou seja, a
satisfação é vista como sendo uma busca individual, um objetivo a ser alcançado
através do consumo de produtos e serviços;
A segunda perspectiva apresenta o ponto de vista da empresa. Em uma
sociedade capitalista, a maioria das empresas persegue o lucro, sendo que,
normalmente, sua rentabilidade é consequência da venda repetida de seus produtos
ao longo do tempo. Portanto, se os clientes de uma determinada empresa não
ficarem satisfeitos e pararem de consumir seus produtos e/ou serviços, ou trocarem
de fornecedor, provavelmente o seu lucro será afetado, mais cedo ou mais tarde;
A terceira perspectiva diz respeito ao mercado como um todo. Cada vez mais a
satisfação e a insatisfação dos consumidores vêm sendo estudadas como forma de
influenciar na regulamentação das políticas exercidas pelo mercado, tanto no setor
público quanto no privado;
Finalmente, a perspectiva da sociedade é mais ampla e considera a satisfação
do indivíduo não só como agente de consumo de produtos e serviços, mas também
como alguém que busca melhor qualidade de vida em geral, ou seja, a satisfação do
cidadão em relação à sua saúde física, mental e financeira.
É nesta última perspectiva em que o nosso trabalho vai singir-se propriamente
no tema em foco, porque o que se pretende não é estudar os eleitores como agente de
consumo de serviços prestados pelos orgãos administrativos locais, mas como
alguém que busca melhor qualidade de vida em diferentes sectores sociais.
Vários estudos de satisfação concordam que a satisfação é resultante de um
processo comparativo. A principal teoria proposta para o processo de satisfação é da
desconfirmação de expectativas.
Segundo Evrard (1994), o modelo da desconfirmação de expectativas descreve
a formação da satisfação como um processo comparativo, por meio de quatro fatores
principais:
 O julgamento realizado pelo consumidor sobre o desempenho do produto ou
serviço, no decorrer da experiência de consumo;
 As expectativas formuladas pelo consumidor sobre o desempenho do produto
ou serviço sobre o desempenho esperado. Na verdade, pode-se tratar de
expectativas específicas a uma determinada experiência de consumo ou,
ainda, de um padrão de referência ao qual a experiência de consumo vai ser
comparada;
 A comparação entre o desempenho e as expectativas origina a
desconfirmação (positiva ou negativa), ou seja, desconfirmação positiva
quando o desempenho do produto/serviço for superior às expectativas
formuladas; desconfirmação neutra quando existir igualdade entre o
desempenho efetivo do produto/serviço e a expectativa formulada; e
desconfirmação negativa quando o desempenho do produto/serviço for
inferior às expectativas formuladas pelo consumidor;
 A desconfirmação vai originar a avaliação global da experiência de consumo,
isto é, a satisfação ou insatisfação.
Sendo os conceitos de expectativas e desempenho centrais dentro do tema
satisfação e da teoria da desconfirmação das expectativas, eles são relatados a seguir
sob a óptica de alguns autores.
Segundo Evrard (1994), as expectativas podem ser definidas como as crenças
que o consumidor formula sobre o desempenho de um produto ou serviço, antes de
efetuar a compra e o respectivo consumo. Normalmente, as crenças se formam com
as próprias experiências pessoais do consumidor e com as ações promocionais da
empresa.
Conforme Oliver (1996), as expectativas são um conceito central na avaliação
do nível de satisfação do consumidor porque, nas suas muitas variações (expectativa
em relação aos atributos do produto ou serviço, em relação ao resultado final, etc.),
elas proporcionam um padrão para julgamentos futuros a respeito do desempenho do
produto ou serviço. Essas variações, contudo, colocam algumas dificuldades
conceituais e de medida da satisfação porque o pesquisador normalmente não sabe
qual o grau de abstração, qual o nível de desejo, qual o nível de certeza e quais os
objetos de comparação que cada consumidor possui no momento da compra, de
maneira individual. Uma forma de diminuir essas dificuldades é através da realização
de um pré-teste com os consumidores, para descobrir o conjunto de expectativas que
formam a combinação mais frequente usada na avaliação dessas questões.
Kotler (1998) ressalta que a empresa deve ter o cuidado de não criar
expectativas muito elevadas de compra, para não conduzir o consumidor à
insatisfação. A formação de expectativas muito baixas, entretanto, pode não atrair
consumidores.
Conforme Johnson, Anderson & Fornell (1995), a performance é uma
avaliação positiva ou negativa dos atributos de um produto ou serviço para atender as
necessidades e desejos dos consumidores. O desempenho percebido é o determinante
direto para a satisfação ou insatisfação; portanto, a performance é considerada um
importante predicor da satisfação.
No contexto político, percebe-se devido a fatos como globalização de
mercados, estabilidade da economia e consequentemente maior preocupação com
questões relacionadas a qualidade que o consumidor está mais exigente inclusive
para o desempenho de organizações públicas e governamentais. O cidadão eleitor de
hoje têm mais consciência e melhores condições de avaliar práticas de
gerenciamento. Dessa forma, a satisfação do cidadão eleitor deve ser atentada por
parte dos políticos que governam e pretendem governar um determinado país,
especialmente, Angola.
A ideia básica é que os partidos políticos existem para competir de modo para
satisfazer a vontade da colectividade ou seja, eleitor. Onde e por intermédio das
eleições eles vendem os seus produtos (manifestos eleitorais) pelos compradores ou
consumidores (eleitores), mas não competem pelos fornecedores e a satisfação dos
seus eleitores está no centro da competição política, dado que neste contexto, os
eleitores satisfeitos recompensam os partidos políticos, de algum modo, continuando
a preferi-las para as suas aquisições de bens e serviços, resultando daí fortes efeitos
nos lucros acomulados (mais tempo de governação).
Deste modo, a satisfação do eleitor é um indicador avançado e desfaçadoda
actividade política: desfaçado porque indica o que os eleitores vão fazer pelos
partidos políticos. Portanto, os partidos políticos angolanos deveriam medir
constantemente a satisfação dos seus eleitores, visto que, o numero de abstenção
eleitoral tem aumentado nos diferentes pleitos eleitorais.
Frequentemente, os partidos políticos7 angolanos cometem o erro de prestar
mais atenção na aquisição e o exercício do poder do que a manutenção do mesmo.
Uma das formas de fazer a manutenção do poder político é a satisfação das
necessidades colectivas. Segundo Kotle (1994) vêem-se como vendendo um produto
em vez de fornecendo solução para uma necessidade. Exemplo: Uma mulher não
compra um batom, compra esperança.
A concretização da “esperança” deve ser o objectivo central dos partidos
políticos, porque é através dela que encontramos eleitores satisfeitos e insatisfeitos
que de alguma forma, depositarão sempre o seu voto mesmo em circunstância crítica,
se caso contrário não fizerem, os eleitores irão de procurar outros partidos políticos e
oganizações não-governamentais para satisfazerem as suas necessidades.

7 De acordo com Moreira (2009), os partidos políticos são organizações que lutam pela aquisição,
manutenção e exercício do Poder.
CAPITULO II- AS ELEIÇÕES GERAIS EM ANGOLA

A transição do sistema socialista para a fixação da Democracia em Angola


trouxe várias consequências, que entre elas foi a realização das eleições, que permitiu
ao povo angolano de elegerem os seus representantes e de participar no processo de
tomada de decisões. Este capitulo é destinado as Eleições Gerais em Angola.

2.1 Abordagem Histórica das Eleições em Angola

Após a sua transição de República Popular para Democracia Multipartidária


em 1991, e de acordo com a constituição adoptada em 1992, Angola realizou suas
primeiras eleições a nível nacional em Setembro de 1992, destinado a escolher um
chefe de estado ou seja, o Presidente da República (PR) e a Assembleia Nacional
(AN) ou seja, o órgão de representação.
O PR deveria ser eleito pelo povo para um mandato de cinco anos com direito
à reeleição, por maioria absoluta e se nenhum candidato alcançasse maioria absoluta,
haveria um segundo turno, com apenas os dois candidatos mais votados em
execução. A AN seria composta por 220 membros, eleitos para um mandato de
quatro anos, 130 por representação proporcional e 90 em distritos provinciais.
As eleições legislativas de 1992 deu ao Movimento Popular de Libertação de
Angola (MPLA), a maioria absoluta. Entretanto, seu candidato José Eduardo dos
Santos não obteve maioria absoluta na primeira volta, o que resultou na Guerra Civil
Angolana, decorrente da não-aceitação da União Nacional para a Independência
Total de Angola (UNITA), que alegou fraude na contagem dos votos. Como
consequência, o segundo turno das eleições presidenciais nunca aconteceu, e José
Eduardo dos Santos manteve o cargo de presidente, para o qual tinha sido nomeado
nas condições da República Popular, em 1979.
A AN começou a funcionar, com a participação ativa dos deputados eleitos
pela UNITA e pela Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) mesmo que
estes partidos estivessem ao mesmo tempo travando uma guerra contra o MPLA.
Apos o alcance da paz em 2002, consequente da morte de Jonas Malheiro
Sidonio Savimbi8, o governo levou seis anos até à realização de novas eleições. Por
seguinte, foram realizadas à 5 e 6 de Setembro de 2008, as Eleições Legislativas.
Concorreram às eleições legislativas 10 partidos políticos e quatro coligações.
Estavam registados 8,3 milhões de eleitores para eleger os 220 deputados à AN e o
novo Governo. Os partidos como Partido Democratico de Angola (PDA), Partido
Social Democrata (PSD), Partido Republicano de Angola (PREA), entre dezenas de
outros partidos não reuniram as pré-condições exigidas pela Comissão Nacional
Eleitoral (CNE).
A CNE divulgou em 10 de Setembro os últimos resultados parciais das
legislativas angolanas, os quais confirmam a vitória do governista MPLA com
81,76% dos votos emitidos recebendo 4.520.453 votos, contra 572.523 da UNITA,
que correspondem a 10,36% e colocam o principal partido opositor em segundo lugar
na preferência do eleitorado angolano.
Em terceiro lugar ficou o Partido de Renovação Social (PRS), com 173.546
votos, que representam 3,14% do total.

2.2 As Eleições Gerais de 2012

As Eleições gerais de Angola de 2012 realizaram-se a 31 de agosto de 2012,


sendo as primeiras eleições gerais no país. Havia mais de 4 milhões de eleitores
registados, dos quais cerca de 42% votaram e deram ao MPLA uma maioria
qualificada na AN, elegendo por esta via de acordo com a constituição de 2010 José
Eduardo dos Santos, cabeça de lista dos candidatos do MPLA pelo Círculo Nacional,
PR.
É com base nesta nova constituição que se realizaram as Eleições Gerais de
2012 que receberam esta designação porque, embora se tenha tratado de eleições
legislativas (parlamentar), definiram de forma indirecta quem iria ser o PR. Houve
perto de 10 milhões de eleitores registados, e a CNE admitiu um total de 9 partidos
(de entre as largas dezenas que haviam requerido o registo). A campanha eleitoral foi
amplamente dominada pelo MPLA, e os outros partidos denunciaram algumas

8
Foi um político e guerrilheiro angolano e líder da UNITA durante mais de trinta anos. Nasceu aos 03
de Agosto de 1934 e morreu aos 22 de Fevereiro de 2002.
irregularidades. A votação correu praticamente sem incidentes, embora também com
a denúncia de certas irregularidades.

2.2.1 A CNE nas Eleições Gerais de 2012

A Constituição da República de Angola (CRA) define a CNE como um órgão


independente que organiza, executa, coordena e conduz os processos eleitorais na
República de Angola artigo (Art.) 107º. Por sua vez o art. 4º da Lei Orgânica sobre a
Organização e Funcionamento da CNE, diz que ela é uma entidade administrativa
não integrada na administração direta e indireta do Estado, que goza de
independência orgânica e funcional, como orçamento próprio, autonomia
administrativa e patrimonial e que deve apresentar anualmente o seu relatório à AN.
A CNE é composta por 17 elementos cuja ordem de indicação é a seguinte: a)
um magistrado judicial, que a preside, oriundo de qualquer órgão, escolhido na base
do concurso curricular e designado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial
(CSMJ), o qual suspende as funções judiciais após a designaçaõ ; b) dezasseis
cidadãos designados pela AN, por maioria absoluta dos deputados em efetividade de
funções, sob proposta dos partidos políticos com assento parlamentar, obedecendo
aos princiṕ ios da maioria e do respeito pelas minorias parlamentares.
Os membros da CNE são indicados com base em critérios de idoneidade
cívica e moral, probidade, competência técnica e naõ devem pertencer a órgaõ s de
direção de qualquer partido ou coligação de partidos políticos. A estrutura orgânica e
funcional da CNE bem como as competências específicas dos seus órgaõ s saõ
fixadas e aprovadas por lei.
Após a aprovaçaõ da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais no final de 2011,
o Conselho Superior da Magistratura Judicial abriu o concurso para o provimento do
cargo de presidente da CNE e selecionou a Doutora (Dra.) Suzana Inglês, que
ocupava o posto desde 2010. A Dra. Inglês tomou posse em Janeiro de 2012 mas a
sua indicaçaõ gerou controvérsia, pois a mesma naõ era juiź a em efetividade de
funções como previsto na lei. A UNITA e o PRS contestaram a seleçaõ ,
apresentando queixas ao Tribunal Supremo (TS) e naõ tomando os seus lugares na
CNE. O problema viria a ser ultrapassado quando o TS considerou que a nomeaçaõ
da Dra. Inglês naõ obedecera aos critérios previstos na Lei. Assim a Dra. Inglês
abandonou o cargo em 17 de Maio de 2012, mas os actos por si praticados enquanto
presidente da CNE foram efectivados e valeram para o cômputo do processo
eleitoral. A menos de três meses das eleições o CSMJ escolheu o Doutor (Dr.) André
Silva Neto que tomou posse a 12 de Junho. De forma a analisar o ambiente eleitoral
o Conselho para Obsservações Eleitorais (COE) 2012 marcou 11 encontros com as
Comissões Provinciais Eleitorais (CPEs) e Comissões Municipais Eleitorais (CMEs),
sendo dois em Benguela, dois no Huambo, três na Huila e quatro em Luanda. Os
encontros tiveram lugar entre 11 de Julho e 7 de Agosto de 2012. Em geral as
Comissões acederam ao pedido de encontros e responderam ás questões levantas. Em
súmula, o COE 2012 registou que:

a) Em seis reuniões as CMEs e CPEs declaram estar a tomar medidas para


melhorar o processo de credenciamento de observadores nacionais.
b) Uma Comissão declarou haver recebido uma reclamação dos cidadaõ s em
relação à violência ou intimidaçaõ e três Comissões declaram haver recebido
queixas de partidos polit́ icos.
c) Quando questionados se pessoas que não actualizaram os seus registos
poderem votar, duas Comissões declaram que sim e sete declaram que não.
d) Quando questionados se pessoas que foram realojadas mas que estavam

Registrados nos bairros anteriores poderem votar nas proximidades da sua


nova residência, metade (5) das comissões entrevistadas respondeu que sim
enquando outra metade (5) respondeu que naõ .
2.2.2 Os Partidos Concorrentes as Eleições Gerais de 2012

De acordo com a Lei Orgânica sobre a Organizaçaõ das Eleições Gerais, os


partidos e coligações de partidos que desejem concorrer às eleições gerais devem
apresentar as candidaturas ao Tribunal Constitucional (TC) até ao 20ª dia após a
convocaçaõ das eleições art. 37º. A apresentação destas candidaturas deve ser
subscrita por 500 a 550 eleitores em cada círculo provincial e por 5000 a 5500
eleitores no ciŕ culo nacional.
Um total de 20 partidos e sete coligações candidataram-se, e o TC apurou
cinco partidos e quatro coligações, entre ales são:
1. José Eduardo dos Santos, é o candidato do MPLA, partido no poder.
2. Isaías Ngola Samakuva, Presidente da UNITA, eleito em 2003 e reeleito
quatro anos depois, é o candidato do maior partido angolano da oposição.
3. Lucas Benghy Ngonda, é candidato da (FNLA).
4. António João Muachicungo, é presidente da Frente Unida para Mudança de
Angola (FUMA).
5. O deputado Abel Epalanga Chivukuvuku, antigo conselheiro político de
Jonas Savimbi, líder histórico da UNITA, é o presidente do novo partido da
oposição, a Convergência Ampla de Salvação em Angola, CASA-CE.
6. Anastácio Finda, candidato do Conselho Político da Oposição (CPO).
7. Quintino António Moreira, candidato do partido Nova Democracia,
Coligação Eleitoral (ND).
8. Artur Quixona Finda, é o candidato do Partido Popular para o
Desenvolvimento (PAPOD).
9. Eduardo Kanguana, é o actual presidente do (PRS).

2.2.3 Resultado Eleitoral

O MPLA, foi a formação política mais votada com 71,84% dos votos, nas
eleições gerais de 31 de agosto de 2012. Com uma maioria qualificada, o MPLA
consegue, assim, eleger 175 dos 220 deputados da AN angolana, o que representa
uma perda de 16 parlamentares, em relação à anterior legislatura. Nas eleições de
2008 o MPLA tinha conseguido 82%.
O segundo partido mais votado foi a UNITA, com 18,66% (2008: 10%). O
principal partido da oposição conseguiu arrecadar os 16 assentos parlamentares que o
MPLA perdeu, tendo eleito 32 deputados, o que duplica a sua representação
parlamentar.
A CASA-CE foi a terceira força política mais votada, com 6%. A nova
formação política da oposição entra para a AN com 8 deputados.
O PRS, perdeu eleitorado tendo obtido 1,70% dos votos, o que corresponde à
eleição de 3 deputados, uma diferença significativa em relação aos 8 parlamentares
que detinha na anterior legislatura (2008: 3%).
A histórica FNLA, ficou com menos um deputado em relação às eleições de
2008. Terá a partir de agora 2 parlamentares, ao reunir 1,13% dos votos do eleitorado
(2008: 1%).
MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA são, portanto, as cinco formações
políticas que compõem a AN para a legislatura 2012-2017. A ND, que tinha dois
deputados perdeu assento parlamentar. Em 2012 ficou com apenas 0,23% dos votos.
As eleições gerais em Angola elegeram 220 deputados, 130 pelo círculo
nacional e os restantes 90 distribuídos pelos 18 círculos provinciais (cinco cada). Os
valores da abstenção rondaram os 40%.

2.2.3.1 Os resultados oficiais da CNE das eleições gerais de Angola 2012:

1. 1. MPLA: 71,84% - 175 deputados


2. UNITA: 18,66%, 32 deputados
3. CASA-CE: 6,00%, 8 deputados
4. PRS: 1,70%, 3 deputados
5. FNLA: 1,13%, 2 deputados
6. ND: 0,23%, 0 deputados
7. PAPOD: 0,15%
8. FUMA: 0,14%
9. CPO: 0,11%.
2.2.4 Programa do Partido Vencedor

Com o MPLA, no perió do 2012-2017, Angola vai crescer mais e distribuir


melhor, com base num Programa que tem os seguintes eixos fundamentais:
 Melhorar a Qualidade de Vida dos Angolanos;
 Elevar a Inserçaõ da Juventude na Vida Activa;
 Garantir os Pressupostos Básicos Necessários ao Desenvolvimento;
 Apoiar o Empresariado Nacional;
 Consolidar a Paz, Reforçar a Democracia e Preservar a Unidade e Coesaõ
Nacional;

 Reforçar a Inserçaõ Competitiva de Angola no Contexto Internacional.


O MPLA assume mais uma vez o compromisso de mobilizar todos os
angolanos interessados em contribuir para o progresso do País – jovens e adultos,
homens e mulheres – para, juntos, darmos o passo que ainda falta para fazer de
Angola um Paiś cada vez mais próspero, moderno e em que impere a justiça social.
O MPLA considera que o centro da sua acçaõ de governaçaõ é o Povo.
Deste modo, desenvolve formas de interacçaõ entre o Executivo do MPLA e
todas as forças vivas da Naçaõ , envolvendo os órgaõ s de soberania, as diversas
confissões religiosas, os partidos políticos, as organizações naõ -governamentais, os
órgaõ s de imprensa e de informaçaõ , o sector privado e cooperativo nacional, todas
as estruturas da Sociedade Civil organizada, o cidadaõ a tit́ ulo individual e as
comunidades para, em conjunto e com a participaçaõ de todos, serem al- cançadas as
aspirações nacionais de desenvolvimento material e espiritual dos angolanos.

O Governo do MPLA pretende atingir nos próximos 5 anos objectivos muito


claros nos domiń ios polit́ ico, económico e social, que se podem sintetizar do seguinte
modo:

 Eliminar a fome e reduzir a miséria;


 Diminuir a desigualdade entre as pessoas e entre as regiões;
 Melhorar a qualidade de vida de todos os angolanos, com mais emprego,
melhores salários, mais poder de consumo e mais acesso a serviços públicos
de qualidade em especial, educaçaõ , saúde, transporte e segurança;
 Melhorar a governaçaõ , em todos os níveis de poder, e reforçar a democracia
e a capacidade institucional do País;
 Garantir o crescimento do Paiś de forma sustentada, com estabilidade
económica e melhor distribuiçaõ do rendimento nacional;
 Garantir os direitos da livre iniciativa económica e empresarial, porém sob o
primado da justiça social;
 Promover a diversicaçaõ da economia e das actividades produtivas,
diminuindo a dependência da actividade petrolífera;
 Melhorar a qualidade de ensino e estimular a pesquisa e a inovaçaõ para
aumentar a capacidade competitiva de Angola nos mercados internacionais;
 Fazer de Angola um País cada vez mais fraterno e solidário com seus
vizinhos e um factor de paz e equilíbrio regional;
 Construir uma democracia cada vez mais sólida, pluralista e participativa,
fonte de orgulho e felicidade para o nosso Povo.
 O Programa de Governaçaõ do MPLA para os próximos 5 anos é uma
componente indispensável para tornar realidade os anseios dos angolanos.

Neste Programa se encontra a visaõ , o espírito de missão, a capacidade de


adaptaçaõ , a abertura para a cooperaçaõ e diálogo e a experiência de um Partido que
naõ faz mais senaõ trabalhar para o bem do Povo Angolano, unindo, há 55 anos, de
Cabinda ao Cunene um só Povo e uma só Naçaõ .

Temos a certeza que o MPLA, mais uma vez, irá corresponder às expectativas
e às aspirações dos angolanos.
CAPITULO III- METODOLOGIA DA PESQUISA

A Pesquisa Científica visa a conhecer cientificamente um ou mais aspectos de


determinado assunto. Por tanto, deve ser sistemática, metódica e crítica. E este
capitulo apresenta os procedimentos metodológicos, ou seja, os métodos e técnicas
que foram empregados neste trabalho.
Segundo Padronav & Freitas (2013), “A Metodologia é compreendida como
uma disciplina que consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos
disponíveis para a realização de uma pesquisa académica”.
Os métodos de pesquisa classificam-se quanto à natureza, aos fins e aos
meios empregados.
Assim sendo, quanto a natureza, este trabalho classifica-se como Quantitativa
e Qualitativa. Ou seja, é empregado a triangulação metodológica para aproximação
da realidade estudada. Embora as duas perspectivas tenham uma natureza
diferenciada. Mas, há vários autores que sugerem a combinação das duas para
compreender, explicar ou aprofundar a realidade em estudo.
Segundo Gerhardt (2009) a pesquisa qualitativa não se preocupa com
representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de
um grupo social, de uma organização, etc.
Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa
podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas
representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um
retrato real de toda a população alvo da pesquisa (FONSECA, 2002 apud
GERHARDT 2009).
Quanto aos Fins, esta pesquisa classifica-se como como uma pesquisa
descritiva, por que procuramos descrever o Grau de Satisfação do Eleitor sobre a
concretização do programa eleitoral do partido vencedor. E tem por premissa a
buscar a resolução de problemas, melhorando as práticas por meios de observação,
análise e descrições objectivas.
Para Padronov & Freitas (2013), a pesquisa descritiva é quando o pesquisador
apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles. Visa a descrever
as características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis.
E quanto aos Meios, esta pesquisa classifica-se como pesquisa bibliográfica,
documental e de campo. Bibliográfica porque recorreu-se a usos de matérias
acessíveis ao público como livros artigos e trabalhos publicados.
Documental, pois foram utilizadas no sub-itens destinado a caracterização da
população alvo, ou seja, o nosso estudo de caso para a pesquisa de campo.
Referimos de pesquisa de campo porque utilizamos Questionários, para
investigar as opiniões dos eleitores para avaliar o seu grau de satisfação.
Para Fária (1984), o questionário consiste na técnica de formular quesitos
objectivos e padronizados de maneira lógica e sistematizada, afim de
serem respondidos pelas pessoas que são objecto da pesquisa,
possibilitando que as respostas, ou suas próprias faltas venham a
constituir um conjunto de informes que permitam estruturar informações
e elaborar um raciocínio lógico capaz de conduzir a uma conclusão
aproveitável.
O Presente trabalho será realizado em Luanda, no espaço de 3 a 4 meses.

3.1 Amostra

A comuna do Benfica tem uma superfície estimada em 275 km2, com cerca
de 10.025 habitantes, distribuídos por 23 bairros e 6 povoações. Com um franco
desenvolvimento urbano, resultante, entre outros fatores, do crescimento
populacional, os orgãos administrativo local tem procurando melhorar as
infraestruturas existentes, quer através da reabilitação urbana, quer através da
construção, tanto no domínio da habitação como no das infraestruturas básicas
(saneamento, água, energia) e do parque escolar.
Assim sendo, foi aplicado um questionário a 200 pessoas de diferente faixa
etária e níveis sociais do universo de 10,025 habitantes que residem em 17 bairros do
Benfica, que de alguma forma, nos serviram como amostra desta pesquisa. Portanto,
107 pessoas representam o género masculino e 93 representam o género feminino.
3.1 Análise dos Resultados

Predominantemente empírico, esta secção visa apresentar os objectivos


específicos desta pesquisa, antes enunciados. Portanto, apresentam-se a seguir à
análise dos resultados obtidos quanto a aferição do grau de satisfação dos eleitores
sobre a concretização do programa eleitoral do partido vencedor das eleições de
2012.
Gráfico nº 01 sobre Distribuição por Género

Feminino

Masculino

Gráfico nº 01. Fonte própria.

De acordo com o gráfico acima exposto, o género masculino é representado


com maior frequência de 107 pessoas, que corresponde a percentagem de 53% dos
eleitores estudados e o género feminino tem a menor frequência de 93 pessoas, que
corresponde 47% dos eleitores.

Gráfico nº 02, Distribuição por Faixa Etária

22-28
69%

43+
8%
36-42
10%
29-35
13%

Gráfico nº 02. Fonte própria.


O Gráfico nº 02 reporta a distribuição percentual de faixa etária dos
indivíduos. Sendo, a faixa etária dos 22-28, anos representa a maior percentagem
com 69%, com a frequência de 145 pessoas, entre elas 74 do género masculino e 71
do género feminino; em segundo, a faixa etária dos 29-35 anos, representando 13%,
com a frequência de 27 pessoas, entre elas 14 do género masculino e 13 do género
feminino; a faixa etária dos 36-42 anos representa a terceira maior população com
10% e a sua frequência é de 16 pessoas, 11 do género masculino e 5 do género
feminino e por ultimo, a faixa etária dos 43 anos+ representando 8% da população,
com a frequência de 12 indivíduos 8 do género masculino e 4 do género feminino.

Gráfico nº 03, Distribuição de Frequência por Bairro.


35
30
25
20
15
10
5
0

M F

Gráfico nº 03. Fonte própria.

De acordo com o gráfico acima exposto, o bairro Partido tem a maior


frequências de indivíduos, tendo o universo de 58 pessoas; o segundo maior bairro é
o Tchinguari com frequências de 20 indivíduos, sendo 15 do género masculino e 5 do
género feminino; o terceiro maior é o bairro da Honga com 14 frequências, onde 6 do
géneo masculino e 8 do género feminino; o bairro Mundial tem frequências de 14
indivíduos, onde 6 do género masculino e 8 do género feminino; o bairro Cabolombo
com 13 frequências, onde 5 são do género masculino e 8 do género feminino; o
bairro Benfica com 11 frequências, onde 7 são do género masculino e 4 do género
feminino; o bairro da Zona Verde com 10 frequências, onde 6 do género masculino e
4 do género feminino; o bairro Kifica com 10 frequências, onde 9 do género
masculino e 1 do género feminino; o bairro Patriota com 10 frequências, onde 4 do
género masculino e 6 do género feminino; o Bairro Bié com 9 frequências, onde 3 do
género masculino e 6 do género feminino; o bairro 10 de Dezembro com 7
frequências, onde 5 do género masculino e 2 do género feminino; o bairro Salina
com 7 frequências, onde 3 do género masculino e 4 do género feminino; o bairro
Areal com 7 frequências, onde 3 do género masculino e 4 do género feminino; 5
frequências do bairro Tendas, onde 3 do género masculino e 2 do género feminino; 3
frequências do bairro Bela Vista, onde 1 do género masculino e 2 do género
feminino; 1 frequência do género feminino, bairro Dona Xepa e 1 frequência do
género masculino do bairro Projecto.

Gráfico nº04 sobre o Nível de Escolaridade

Ensino Básico
Ensino 11%
Supérior
29%

Ensino Médio
60%

Gráfico nº 04. Fonte Própria

Das 200 pessoas entrevistadas 60% são Estudantes do Ensino Médio, onde 64
pessoas são do gênero masculino e 70 do género feminino; 29% são estudantes do
Ensino Superior, onde 31 pessoas são do género masculino e 13 do género feminino
e 11% são estudantes do Ensino Básico, onde 12 pessoas são do género masculino e
10 do género feminino.
Gráfico nº 05 sobre a Ocupação

Estudante
Trabalhador
19%
Estudante
Desempregad 43%
o
15%

Trabalhador
23%

Gráfico nº 05. Fonte própria.


Em relação a ocupação dos indivíduos inquiridos e conforme ilustra o gráfico
nº 05, a maior parte são estudante, obtendo 43% e com frequência de 102 pessoas,
onde 46 são do género masculino e 56 do género feminino; a segunda maior são
desempregado, obtendo
Avaliação do Grau de Satisfação dos Eleitores.

Gráfico nº 06, as pessoas lembram o programa político do partido vencedor.

Não
41%

Sim
59%

Gráfico nº 06. Fonte própria.

De acordo com o gráfico nº 06, 104 indivíduos, entre elas 63 do género


masculino e 41 do género feminino que corresponde 59% da população, lembram do
programa eleitoral do partido vencedor. Enquanto, que 96 indivíduos, entre elas 44
do género masculino e 52 do género feminino que corresponde 41% da população
não lembram do programa eleitoral do partido vencedor das eleições de 2012.
Gráfico nº 07, sobre o que as pessoas acharam do programa?

Mal
24%

Bom
54%
Normal
22%

Gráfico nº 07. Fonte própria.

Dos 59% da população que lembram o programa eleitoral do partido


vencedor, 54% acharam bom o programa eleitoral, com a frequência de 45
indivíduos onde 34 pessoas são do género masculino e 11 do género oposto; 22% da
população acharam normal o programa, com a frequência de 37 indivíduos, onde 14
são do género masculino e 23 do género oposto e, por último, 24% da população
acharam mal o programa, com a frequência de 22 pessoas, onde 15 são do género
masculino e 7 do género feminino.

Gráfico nº 08 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Educação por Género

Muito Muito
Insatisfeito Satisfeito
15% 10%
Satisfeito
14%
Insatisfeito
23%

Razoável
38%

Gráfico nº 08. Fonte própria.

Quanto a avaliação sobre o grau de satisfação no sector da educação por


género, 38% da população consideram razoável este sector, com 68 frequências de
pessoas onde 41 são do género masculino e 27 do género feminino; 23% da
população estão insatisfeito com o referido sector, com frequências de 42 pessoas
onde 24 são do género masculino e 18 do género feminino; 15% da população estão
muito insatisfeito com o sector da educação, com frequências de 34 pessoas, onde 16
são do género masculino e 18 do género feminino; 14% da população estão satisfeito
com este sector, com frequências de 32 pessoas, entre elas 15 do género masculino e
17 do género feminino e, por último, 10% da população estão muito satisfeito, com
frequências de 24 pessoas, onde 11 são do género masculino e 13 do género
feminino.

Gráfico nº 09 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Educação por Ocupação


Muito Muito
Insatisfeito Satisfeito
17% 12%
Satisfeito
16%

Insatisfeito
21%

Razoável
34%

Gráfico nº 09. Fonte própria.

De acordo com o gráfico nº 09, 34% da população consideram razoável este


sector com as frequências de 68 pessoas, entre elas: 29 estudantes, 12 trabalhadores,
13 desempregados e 14 estudantes-trabalhadores; 21% da população estão
insatisfeitos, com as frequências de 42 pessoas, entre elas: 19 estudantes, 9
trabalhadores, 5 desempregados e 9 estudantes-trabalhadores; 17% da população
estão muito insatisfeitos com frequências de 34 pessoas, entre elas: 23 estudantes, 2
trabalhadores, 5 desempregados e 4 estudantes-trabalhadores; 16% da população
estão satisfeitos com frequências de 32 pessoas, entre elas: 15 estudantes, 6
trabalhadores, 8 desempregados e 3 estudantes-trabalhadores e, por último, 12% da
população estão muito satisfeitos com frequências de 24 pessoas, entre elas: 16
estudantes, 3 trabalhadores, 4 desempregados e 1 estudante-trabalhador.
Gráfico nº 07 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Saúde por Género
Muito
SatisfeitoSatisfeito
2% 10%
Muito
Insatisfeito
38% Razoável
24%

Insatisfação
26%

Gráfico nº 07. Fonte própria.

Concernente o gráfico nº 07, os eleitores estão muito insatisfeitos, com a


percentagens de 38%, com a frequências de 75 eleitores onde 35 eleitores são do
género masculino e 40 do género feminino; em segundo, 26% dos eleitores estão
insatisfeitos com o sector da saúde, com frequências de 51 eleitores onde 29 eleitores
são do género masculino e 22 do género feminino; em terceiro, 24% dos eleitores
consideram razoável, com a frequência de 49 eleitores onde 30 do género masculino
e 19 do género feminino; em quarto, 10% dos eleitores estão satisfeitos, com a
frequência de 20 eleitores onde 10 são do género feminino e 10 do género masculino
e, em último, 2% dos eleitores estão muito satisfeitos, com a frequência de 5 eleitores
onde 3 eleitores são do género masculino e 2 do género feminino.

Gráfico nº 08 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Saúde por Ocupação


Muito Satisfeito
Satisfeito 5%
Muito 2% Razoável
Insatisfeito 25%
41%

Insatisfeito
27%

Gráfico nº 08. Fonte própria.


Quanto a satisfação dos eleitores por ocupação, concernente ao sector da
saúde, 41% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 75 eleitores,
entre eles: 42 estudantes, 12 trabalhadores, 9 desempregados e 12 estudante-
trabalhadores; 27% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 51 eleitores,
entre eles: 28 estudantes, 8 trabalhadores, 9 desempregados e 6 estudante-
trabalhadores; 25% consideram o sector da saúde razoável, com frequências de 49
eleitores, entre eles: 25 estudantes, 5 trabalhadores, 8 desempregados e 11 estudante-
trabalhadores; 5% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 20 eleitores,
entre eles: 5 estudantes, 6 trabalhadores, 8 desempregados e 1 estudante-trabalhador
e, em último, 2% dos eleitores estão muito satisfeitos, com frequências de 5 eleitores,
entre eles: 2 estudantes, 1 trabalhador, 1 desempregado e 1 estudante-trabalhador.

Gráfico nº 09 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Energia por Género


Muito
Muito
Satisfeito
Insatisfeito
9% Satisfeito
24%
18%

Insatisfeito
24% Razoável
25%

Gráfico nº 09. Fonte própria.

Como ilustra o gráfico nº 09, os eleitores consideram razoável este sector com
a percentagem de 25%, com frequências de 50 eleitores, entre eles: 33 eleitores do
género masculino e 17 do género feminino; 24% dos eleitores estão insatisfeitos com
este sector, com frequências de 48 eleitores onde 30 do género masculino e 18 do
género feminino; 24% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 47
eleitores onde 19 do género masculino e 28 do género feminino; 18% dos eleitores
estão satisfeitos com este sector, com frequências de 37 eleitores onde 15 são do
género masculino e 22 do género feminino e, em último, 9% dos eleitores estão
muito satisfeitos com este sector, com frequências de 18 eleitores onde 10 são do
género masculino e 8 do género feminino.
Gráfico nº 10 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Energia por Ocupação
Muito
Muito
Satisfeito
Insatisfeito
9% Satisfeito
24%
18%

Insatisfeito
24% Razoável
25%

Gráfico nº 10. Fonte própria.

Quanto a satisfação dos eleitores por ocupação, concernente ao sector da


energia, 25% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 50 eleitores, entre
eles: 22 estudantes, 7 trabalhadores, 11 desempregados e 10 estudante-trabalhadores;
24% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 48 eleitores, entre eles: 28
estudantes, 10 trabalhadores, 7 desempregados e 3 estudante-trabalhadores; 24%
estão muito insatisfeitos, com frequências de 47 eleitores, entre eles: 26 estudantes, 6
trabalhadores, 6 desempregados e 9 estudante-trabalhadores; 18% dos eleitores estão
satisfeitos, com frequências de 37 eleitores, entre eles: 14 estudantes, 6
trabalhadores, 11 desempregados e 6 estudante-trabalhador e, em último, 9% dos
eleitores estão muito satisfeitos, com frequências de 18 eleitores, entre eles: 12
estudantes, 3 trabalhadores e 3 estudante-trabalhadores.
Gráfico nº 11 sobre o Grau de Satisfação no Sector de Água por Género
Muito
Muito
Satisfeito
Insatisfeito Satisfeito
7%
25% 18%

Insatisfeito Razoável
24% 26%

Gráfico nº 11. Fonte própria.

Como ilustra o gráfico nº 11, os eleitores consideram razoável este sector com
a percentagem de 26%, com frequências de 53 eleitores, entre eles: 31 eleitores do
género masculino e 22 do género feminino; 25% dos eleitores estão muito
insatisfeitos, com frequências de 49 eleitores onde 24 do género masculino e 25 do
género feminino; 24% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 48
eleitores onde 27 do género masculino e 21 do género feminino; 18% dos eleitores
estão satisfeitos, com frequências de 36 eleitores onde 17 são do género masculino e
19 do género feminino e, em último, 7% dos eleitores estão muito satisfeitos, com
frequências de 14 eleitores onde 8 são do género masculino e 6 do género feminino.

Gráfico nº 12 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Água por Ocupação


Muito
Muito
Satisfeito
Insatisfeito Satisfeito
7%
25% 18%

Insatisfeito
Razoável
24%
26%

Gráfico nº 12. Fonte própria.


Quanto a satisfação dos eleitores por ocupação, concernente ao sector da
água, 26% dos eleitores consideram razoável, com frequências de 53 eleitores, entre
eles: 25 estudantes, 7 trabalhadores, 8 desempregados e 13 estudante-trabalhadores;
25% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 49 eleitores, entre
eles: 29 estudantes, 8 trabalhadores, 6 desempregados e 6 estudante-trabalhadores;
24% estão insatisfeitos, com frequências de 48 eleitores, entre eles: 22 estudantes, 12
trabalhadores, 10 desempregados e 4 estudante-trabalhadores; 18% dos eleitores
estão satisfeitos, com frequências de 36 eleitores, entre eles: 16 estudantes, 4
trabalhadores, 11 desempregados e 5 estudante-trabalhador e, em último, 7% dos
eleitores estão muito satisfeitos, com frequências de 14 eleitores, entre eles: 10
estudantes, 1 trabalhador e 3 estudante-trabalhadores.

Gráfico nº 13 sobre o Grau de Satisfação no Sector do Transporte por Género


Muito Muito Satisfeito
Satisfeito
Insatisfeito 5%
13%
21%

Razoável
18%

Insatisfeito
43%

Gráfico nº 13. Fonte própria.

Como ilustra o gráfico nº 13, a maior parte dos eleitores estão insatisfeitos
com a percentagem de 43%, com frequências de 77 eleitores, entre eles: 46 eleitores
do género masculino e 31 do género feminino; 21% dos eleitores estão muito
insatisfeitos, com frequências de 55 eleitores onde 23 são do género masculino e 32
do género feminino; 18% dos eleitores consideram razoável este sector, com
frequências de 42 eleitores onde 19 do género masculino e 23 do género feminino;
13% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 19 eleitores onde 14 são do
género masculino e 5 do género feminino e, em último, 5% dos eleitores estão muito
satisfeitos, com frequências de 7 eleitores onde 5 são do género masculino e 2 do
género feminino.
Gráfico nº 14 sobre o Grau de Satisfação no Sector do Transporte por
Ocupação
Muito
Muito SatisfeitoSatisfeito
Insatisfeito 3% 9%
28%
Razoável
21%

Insatisfeito
39%

Gráfico nº 14. Fonte própria.

Quanto a satisfação dos eleitores por ocupação, concernente ao sector do


transporte, 39% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 77 eleitores,
entre eles: 32 estudantes, 15 trabalhadores, 17 desempregados e 13 estudante-
trabalhadores; 28% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 55
eleitores, entre eles: 36 estudantes, 7 trabalhadores, 6 desempregados e 6 estudante-
trabalhadores; 21% dos eleitores consideram razoável, com frequências de 42
eleitores, entre eles: 21 estudantes, 5 trabalhadores, 8 desempregados e 8 estudante-
trabalhadores; 9% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 19 eleitores,
entre eles: 8 estudantes, 4 trabalhadores, 4 desempregados e 3 estudante-trabalhador
e, em último, 3% dos eleitores estão muito satisfeitos, com frequências de 7 eleitores,
entre eles: 5 estudantes, 1 trabalhador e 1 estudante-trabalhadores.
Gráfico nº 15 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Habitação por Género
Muito
Muito Satisfeito
Satisfeito
Insatisfeito 10%
3%
26%

Razoável
30%

Insatisfeito
31%

Gráfico nº 15. Fonte própria.

Como ilustra o gráfico nº 15, a maior parte dos eleitores estão insatisfeitos
com a percentagem de 31%, com frequências de 62 eleitores, entre eles: 36 eleitores
do género masculino e 26 do género feminino; 30% dos eleitores consideram
razoável, com frequências de 60 eleitores onde 29 são do género masculino e 31 do
género feminino; 26% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 52
eleitores onde 29 do género masculino e 23 do género feminino; 10% dos eleitores
estão satisfeitos, com frequências de 19 eleitores onde 9 são do género masculino e
10 do género feminino e, em último, 3% dos eleitores estão muito satisfeitos, com
frequências de 7 eleitores onde 4 são do género masculino e 3 do género feminino.

Gráfico nº 16 sobre o Grau de Satisfação no Sector da Habitação por Ocupação


Muito
Satisfeito
Muito Satisfeito
3%
Insatisfeito 10%
26%

Razoável
30%

Insatisfeito
31%

Gráfico nº 16. Fonte própria.


Quanto a satisfação dos eleitores por ocupação, concernente ao sector da
habitação, 31% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 62 eleitores,
entre eles: 25 estudantes, 11 trabalhadores, 17 desempregados e 9 estudante-
trabalhadores; 30% dos eleitores consideram razoável este sector, com frequências de
60 eleitores, entre eles: 30 estudantes, 12 trabalhadores, 5 desempregados e 13
estudante-trabalhadores; 26% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências
de 52 eleitores, entre eles: 32 estudantes, 7 trabalhadores, 5 desempregados e 8
estudante-trabalhadores; 10% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 19
eleitores, entre eles: 10 estudantes, 1 trabalhador e 8 desempregados e, em último,
3% dos eleitores estão muito satisfeitos, com frequências de 7 eleitores, entre eles: 5
estudantes, 1 trabalhador e 1 estudante-trabalhadores.

Gráfico nº 17 sobre o Grau de Satisfação no Sector de Apoio Social por Género


Muito
Satisfeito
Satisfeito
2% 6%
Muito
Insatisfeito Razoável
37% 26%

Insatisfeito
29%

Gráfico nº 17. Fonte própria.


Como ilustra o gráfico nº 17, a maior parte dos eleitores estão muito
insatisfeitos com a percentagem de 37%, com frequências de 73 eleitores, entre eles:
35 eleitores do género masculino e 38 do género feminino; 29% dos eleitores estão
insatisfeitos, com frequências de 58 eleitores onde 38 são do género masculino e 20
do género feminino; 26% dos eleitores consideram este sector razoável, com
frequências de 52 eleitores onde 28 do género masculino e 24 do género feminino;
6% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 12 eleitores onde 4 são do
género masculino e 8 do género feminino e, em último, 2% dos eleitores estão muito
satisfeitos, com frequências de 5 eleitores onde 2 são do género masculino e 3 do
género feminino.
Gráfico nº 18 sobre o Grau de Satisfação no Sector de Apoio Social por
Ocupação
Muito
Satisfeito
Satisfeito
6%
Muito 2%
Insatisfeito Razoável
37% 26%

Insatisfeito
29%

Gráfico nº 18. Fonte própria.


Quanto a satisfação dos eleitores por ocupação, concernente ao sector de
apoio social, 37% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 73
eleitores, entre eles: 44 estudantes, 8 trabalhadores, 13 desempregados e 8 estudante-
trabalhadores; 29% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 58 eleitores,
entre eles: 25 estudantes, 7 trabalhadores, 15 desempregados e 11 estudante-
trabalhadores; 26% dos eleitores consideram razoável este sector, com frequências de
52 eleitores, entre eles: 26 estudantes, 13 trabalhadores, 3 desempregados e 10
estudante-trabalhadores; 6% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 12
eleitores, entre eles: 4 estudantes, 3 trabalhadores, 4 desempregados e 1 estudante-
trabalhador e, em último, 2% dos eleitores estão muito satisfeitos, com frequências
de 5 eleitores, entre eles: 3 estudantes, 1 trabalhador e 1 estudante-trabalhadores.
Gráfico nº 19 sobre o Grau de Satisfação do modo Geral, sobre o Desempenho
do Partido por Género

Muito
Satisfeito
Muito 5% Satisfeito
8%
Insatisfeito
30%

Razoável
27%

Insatisfeito
30%

Gráfico nº 19. Fonte própria.


Como ilustra o gráfico nº 19, a maior parte dos eleitores estão muito
insatisfeitos com a percentagem de 30%, com frequências de 60 eleitores, entre eles:
29 eleitores do género masculino e 31 do género feminino; 30% dos eleitores estão
insatisfeitos, com frequências de 59 eleitores onde 33 são do género masculino e 26
do género feminino; 27% dos eleitores consideram este sector razoável, com
frequências de 54 eleitores onde 30 do género masculino e 24 do género feminino;
8% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 17 eleitores onde 7 são do
género masculino e 10 do género feminino e, em último, 5% dos eleitores estão
muito satisfeitos, com frequências de 10 eleitores onde 8 são do género masculino e
2 do género feminino.
Gráfico nº 20 sobre o Grau de Satisfação do modo Geral, sobre o Desempenho
do Partido por Ocupação
Muito
Satisfeito
Satisfeito
Muito 5% 8%
Insatisfeito
30%

Razoável
27%

Insatisfeito
30%

Gráfico nº 20. Fonte própria.


Quanto a satisfação dos eleitores por ocupação, concernente ao modo geral,
30% dos eleitores estão muito insatisfeitos, com frequências de 60 eleitores, entre
eles: 39 estudantes, 6 trabalhadores, 7 desempregados e 8 estudante-trabalhadores;
30% dos eleitores estão insatisfeitos, com frequências de 59 eleitores, entre eles: 30
estudantes, 10 trabalhadores, 10 desempregados e 9 estudante-trabalhadores; 27%
dos eleitores consideram razoável este sector, com frequências de 54 eleitores, entre
eles: 26 estudantes, 8 trabalhadores, 9 desempregados e 11 estudante-trabalhadores;
8% dos eleitores estão satisfeitos, com frequências de 17 eleitores, entre eles: 4
estudantes, 3 trabalhadores, 8 desempregados e 2 estudante-trabalhadores e, em
último, 5% dos eleitores estão muito satisfeitos, com frequências de 10 eleitores,
entre eles: 3 estudantes, 5 trabalhadores, 1 desempregado e 1 estudante-
trabalhadores.
Avaliação do Grau de Satisfação dos Eleitores por Bairros

Gráfico nº21, sobre o Grau de Satisfação no Sector da Educação


25

20

15

10

Muito Satisfeito Satisfeito Razoável Insatisfeito Muito Insatisfeito

No gráfico nº21, analisou-se a satisfação dos eleitores por bairros, sendo o Bairro
Partido, com

Na Figura 28, analisou-se, a agilidade no atendimento prestado pelo consultor ao


cliente corporativo (Q2), sendo classificado, na opinião do cliente, com 30% muito
bom e 35% bom, que se somados totalizam 75%, com média de 7,2 e tendência para
os graus superiores, o que mostra a satisfação do cliente quanto a este quesito, mas
que o consultor deve entender de forma melhor os problemas e dificuldades dos
clientes para responder de uma forma positiva.

Grau de Satisfação no Sector da Saúde


25

20

15

10

Muito Satisfeito Satisfeito Razoável Insatisfeito Muito Insatisfeito

Grau de Satisfação no Sector da Energia


25

20

15

10

Muito Satisfeito Satisfeito Razoável Insatisfeito Muito Insatisfeito

Grau de Satisfação no Sector da Água


25

20

15

10

Series1 Series2 Series3 Series4 Series5

Grau de Satisfação no Sector do Transporte


30

25

20

15

10

Muito Satisfeito Satisfeito Razoável Insatisfeito Muito Insatisfeito

Grau de Satisfação no Sector da Habitação


25

20

15

10

Muito Satisfeito Satisfeito Razoável Insatisfeito Muito Insatisfeito

Grau de Satisfação no Sector do Apoio Social


25

20

15

10

Muito Satisfeito Satisfeito Razoável Insatisfeito Muito Insatisfeito


CONCLUSÃO
RECOMENDAÇÕES
ANEXOS
APENDICES
Questionário utilizado para a recolha de dados

REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

Caro (a) enquerindo (a), este questionário destina-se a recolher dados, de forma
anónima sobre a sua opinião a cerca da concretização do programa eleitoral do partido
vencedor das eleições de 2012.
PARTE I- INFORMAÇÕES GERAIS

1. Género: Masculino Feminino

2. Idade: 24-30 anos 31-37 anos 38-44 anos 45anos+


3. Bairro: _________________________.
4. Nível de Escolaridade: Ensino básico Ensino médio Ensino superior

5. Ocupação: Estudante Trabalhador Desempregado

6. Rendimento Mensal: Kz 16.000-56.000 Kz 56.001-96.000

Kz 96.001-136.000 Kz136.001-200.000 Kz 200.001+

PARTE II- INFORMAÇÕES ESPECIFICAS

7. Ainda se lembras do programa eleitoral do partido vencedor das eleições de 2012?


Sim Não
7.1 Se sim, então o que achaste do programa? _______________________________ .
8. Como avalias o desempenho do partido vencedor entre 2012-2015, nos sectores:
8.1 Educação 1 2 3 4 5
8.2 Saúde 1 2 3 4 5
8.3 Energia 1 2 3 4 5
8.4 Agua 1 2 3 4 5
8.5 Transporte 1 2 3 4 5
8.6 Habitação 1 2 3 4 5
8.7 Apoio ao sector social 1 2 3 4 5
9. A Crise econômica afectou o desempenho do Programa? Sim Não
10. De modo geral, como avalias o desempenho do partido quanto as promessas?
1 2 3 4 5
REFERÂNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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de Telefonia Celular. 2009. 118 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
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Sartori, Giovanni, Qué Es la Democracia, San Juan Tlihuaca, Tribunal Federal


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