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Associações são corporações que não tem finalidade lucrativa (art. 53/CC). São pessoas
jurídicas de direito privado voltada à realização de finalidades culturais, religiosas,
recreativas cuja existência legal surge com a inscrição do estatuto social que a disciplina no
registro competente. Não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos.
Observa-se que as associações podem e devem gerar lucro. Contudo, além desse não ser o objetivo
principal, o lucro deve ser reaplicado na própria associação, não sendo permitido a partilha entre
sócios.
Difere-se das sociedades justamente por não visar fim econômico, não possuir direitos e obrigações
recíprocos entre associados e vedar a partilha do lucro entre associados.
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº
11.127, de 2005)
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº
11.127, de 2005)
São regidas na estrutura interna por um estatuto social que deverá apresentar o conteúdo mínimo previsto
no art 54 do CC. A ausência de qualquer um dos elementos descritivos torna o ato constitutivo da
associação NULO.
Art. 55. – Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto pode instituir categorias com vantagens
especiais.
b) fase da elaboração dos estatutos: poderá ser elaborado pelo próprio instituidor (forma direita)
ou por terceiro (modo fiduciário). Se não for elaborado no prazo indicado pelo instituidor ou, em
caso de silêncio, em 180 dias, o MP terá a incumbência de elaborá-lo. Commented [P1]: Incumbência é missão,
responsabilidade!
c) fase de aprovação dos estatutos pela autoridade competente: o MP tem 45 dias pra aprovar o
estatuto, salvo quando for por ele elaborado, no caso, cabendo ao Judiciário por jurisdição
Commented [P2R1]:
voluntário.
Caso os bens destinados não sejam suficientes para cumprir suas finalidades, deverão ser
incorporados em outra fundação que se destine a uma finalidade igual ou semelhante, salvo se o
instituidor tiver disposto de maneira diversa.
Pessoa jurídica de direito público interno (art. 41/CC): englobando os órgãos da administração direta
(União, Estados, Distrito Federal e Munícipios) e órgãos de administração indireta (autarquias e
fundações públicas)
No âmbito do direito administrativo brasileiro, autarquias são pessoas jurídicas de direito público,
criadas por lei específica (art. 37, XIX, da constituição federal), que dispõem de patrimônio próprio
e realizam atividades típicas do Estado, de forma descentralizada.
Enquanto as sociedades simples não se transformam, devendo manter a sua forma específica, as
sociedades empresárias podem ser modificadas através dos institutos da transformação,
incorporação, fusão e cisão.
Uma vez instituída legalmente a pessoa jurídica existirá indeterminadamente, salvo se suas
atividades estirem submetidas a termo ou condição, quando será extinta sua personalidade no
advento do termo ou implemento da condição respectiva
Pela deliberação da maioria absoluta dos membros resguardados os direitos da minoria vencida.
Pela falta de pluralidade de sócios quando não vier a ser reconstituída no prazo de 180 dias
A despersonalização da pessoa jurídica é efeito da ação contra ela proposta; o credor não pode,
previamente, despersonalizá-la, endereçando a ação contra os sócios.
Noções conceituas – desprezo episódico (eventual) pelo poder judiciário, da personalidade autônoma
de uma pessoa jurídica, com o propósito de permitir que os seus sócios respondam com o seu
patrimônio pessoal pelos atos abusivos ou fraudulentos praticados sob véu societário.
Teoria menor – Lei dos crimes ambientais (art. 4) e no art. 28 (caput e art. 5) do CPC. É suficiente
que a pessoa jurídica seja um obstáculo para o ressarcimento para ser desconsiderada.
Domicílio
Artigo 70 do Código Civil, “O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.”
Observa-se, assim, que o conceito jurídico discrepa do conceito doutrinário, aproximando-se dda
noção da residência.
Elementos do conceito
OBJETIVO: fixação da residência.
SUBJETIVO: ânimo definitivo.
MORADIA: é o local onde a pessoa se encontra acidentalmente; há mera relação de fato. Ex:
Casa de praia.
RESIDÊNCIA: é o lugar onde a pessoa habito com ânimo de permanecer, mesmo que se
ausente eventualmente.
DOMÍCILIO: seria o centro habitual de negócios jurídicos da pessoa, sua sede jurídica.
Pluralidade de domicílios:
Havendo mais de uma residência, onde a pessoa alternadamente viva, considera-se domicílio
qualquer uma delas.
Classificação:
Domicílio necessário ou legal: é determinado por lei em razão da situação ou da condição
de certas pessoas (art. 76):
Recém nascido – domicílio dos pais
Incapaz – domicílio do representante dos representantes ou assistentes
Itinerante – onde for encontrado
Militar em serviço – onde servir sendo da Marinha ou da Aeronáutica, na sede de comando a
que se encontrar subordinado
Servidor público – onde exercer permanentemente as suas funções
Marítimo – onde o navio estiver matriculado
Preso – onde cumprir pena.
Bens
Bem é tudo que de algum modo nos traz satisfação. Mas no sentido jurídico há um
significado próprio.
BEM JURÍDICO é o suscetível de uma valoração jurídica; que pode servir de objeto de
relações jurídicas; utilidades ou imateriais que podem ser objetos de direitos subjetivos.
Relação jurídica = sujeitos + objetos = vínculo jurídico
Objeto – bem sobre o qual recaíra o direito subjetivo do sujeito ativo, permitindo-lhe
exigir do sujeito passivo o comportamento esperado.
Sofre dominação do sujeito nos termos e limites dos poderes concedidos pela justiça.
Podem ser dotados ou não de economicidade.
Podem ser materiais ou imateriais. Ex: atributos ou manifestação da personalidade e
manifestação da personalidade e atividades ou serviços de natureza intelectual ou técnica.
Conclusão: a noção de esfera jurídica de interesses transcende a economicidade e a
materialidade dos bens jurídicos.
Novas figuras, fruto da evolução científica e tecnológica e modificações sociais
- Multipropriedade imobiliária – time sharing
- Meio ambiente
- Software e know-how
- Informação
Divergências doutrinárias na diferença entre bem e coisa:
- 1ª posição (Sílvio Rodrigues, Maria Helena Diniz e Francisco Amaral): toma a
expressão coisa em acepção mais ampla, que inclui os bens.
- 2ª posição (Orlando Gomes, Caio Mário e a própria professora kk): bem como
conceito lato, que abrange coisa. Para Orlando Gomes, a coisa é uma utilidade material
de natureza patrimonial. Ex: direitos da personalidade são bens que não são coisas.
Alguns bens, portanto, não assumem feição de coisa. Ex: direito autoral, imagem...
CLASSIFICAÇÃO
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
- A alienação ou oneração de bens imóveis por pessoas casadas, ao contrário dos móveis, exige o
outorga do outro cônjuge.
- No âmbito processual, as ações reais imobiliárias impõem a citação de ambas os cônjuges, quando
réus, ou a formação de um litisconsórcio ativo, quando autores;
Crítica ao nosso ordenamento jurídico – sugere que os bens imóveis tem valor jurídico superior ao
dos bens móveis. No entanto, atualmente, há bens móveis, que superaram, e muito, o valor
econômico e social de bens imóveis.
Fungíveis são os passíveis de substituição por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade,
determinadas por número, peso ou medida. Ex: dinheiro.
É um qualidade típica dos bens móveis, sendo resultado da comparação entre coisas equivalentes.
Principais: são aqueles que tem existência própria, concreta ou abstrata. É o objeto que existe em
si.
Bens acessórios:
- frutos: não diminui a integridade do bem principal. Naturais, como frutos de árvore.
- rendimento: fruto de natura civil! Aluguéis, juros.
- produto: utilidade produzida pela coisa, porém não é renovável e seu consumo recorre na
diminuição da integridade do bem principal. Minas de diamantes são bens principais pros
diamantes (bens acessórios produto)
- benfeitoria: são despesas e obras realizadas em determinada coisa (móvel ou imóvel) para sua
conservação, melhoramento ou embelezamento:
O art 1219 do CC permite ao possuidor de boa-fé (por exemplo, eu que alugo um apê aqui perto da
UFSC ) o direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis. Quanto as voluptuárias, se não
pagas, poderão ser levantadas, quando puder, sem danificar o bem.
Pode ser declara a ausência, e se nomear curador, quando o sujeito deixar mandatário que não
queria ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
Os imóveis do ausente só se poderão alienar não sendo por desapropriação, ou hipotecar quando o
ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
A proteção que o código civil defere ao nascituro alcança o natimorto com relação tais direitos.
As pessoas jurídicas podem sofrer dano moral porém somente na honra objetiva.
A emancipação voluntária dos menores púberes sob poder familiar exige instrumento público e
independe da homologação judicial. É irrevogável.
O uso do nome em propaganda comercial sem autorização é ílicito mesmo se não expuser a pessoa
ao ridículo.
O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de 2
anos antes da declaração de ausência, será seu legítimo curador.
O curador dos bens do ausente, uma vez nomeado, terá seus deveres e poderes estabelecidos pelo
magistrado, de conformidade com as circustâncias do caso. Logo, o magistrado, conforme o caso
no ato da nomeação determinará as providências a serem tomadas.
Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade são
considerados pelo CC relativamente incapazes, contra eles correndo a prescrição, mas possuindo
ação contra seus assistentes que a ela tiverem dado causa.
Para se alterar o estatuto de uma fundação, é mister que a reforma não contrarie ou desvirtue o
fim desta e seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a de-negue, poderá o
juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Pode-se instituir fundação, como disposição de última vontade, por testamento público,
cerrado ou particular, observados, em cada caso, os requisitos legais.
Se for judicialmente autorizada e com a participação do órgão do MP, a alienação
dos bens das fundações poderá ser feita, ainda que o instituidor tenha
estabelecido proibição de alienar. Nesse caso, o produto da venda deverá ser
aplicado em outros bens, destinados à consecução dos mesmos fins. Os bens da
fundação são inalienáveis, mas a inalienabilidade não é absoluta, na medida em
que comprovada a necessidade de alienação, pode ser esta autorizada pelo juiz
competente, com audiência do MP, aplicando-se o produto da venda na própria
fundação, em outros bens destinados à consecução de seus fins. Assim, ultimada
sem autorização judicial, a alienação é nula. Mas com autorização judicial sempre
pode ser feita, ainda que a inalienabilidade tenha sido imposta pelo instituidor.
a lei não faz exigência de determinada ordem no que se refere aos nomes
de família, seja no momento do registro do indivíduo, seja por ocasião da
sua posterior retificação. E acrescentou: “Também não proíbe que a ordem
do sobrenome dos filhos seja distinta daquela presente no sobrenome dos
pais.”
A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais,
culturais ou de assistência.