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Pessoa Jurídica

Associações são corporações que não tem finalidade lucrativa (art. 53/CC). São pessoas
jurídicas de direito privado voltada à realização de finalidades culturais, religiosas,
recreativas cuja existência legal surge com a inscrição do estatuto social que a disciplina no
registro competente. Não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos.

Observa-se que as associações podem e devem gerar lucro. Contudo, além desse não ser o objetivo
principal, o lucro deve ser reaplicado na própria associação, não sendo permitido a partilha entre
sócios.

Difere-se das sociedades justamente por não visar fim econômico, não possuir direitos e obrigações
recíprocos entre associados e vedar a partilha do lucro entre associados.

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº
11.127, de 2005)

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº
11.127, de 2005)

São regidas na estrutura interna por um estatuto social que deverá apresentar o conteúdo mínimo previsto
no art 54 do CC. A ausência de qualquer um dos elementos descritivos torna o ato constitutivo da
associação NULO.

Art. 55. – Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto pode instituir categorias com vantagens
especiais.

Art. 56. – intransmissibilidade da qualidade de associado a terceiro (a qualidade de associado só poderá


ser transferida com o consenso da associação ou com permissão estutária) + transferência de quota ideal
do patrimônio da associação (se, por exemplo, por morte, falência ou retirada do associado que tenha uma
fração ideal do patrimônio da associação não haverá transmissão obrigatória da qualidade de membro
associado ao seu sucessor adquirente ou herdeiro, salvo se o estatuto dispor o contrário.

 Fundações são organizações com o patrimônio afetado por um finalidade específica


proibida a distribuição de lucros. São entidades criadas com bens livres que são afetados,
por ato de vontade de seu titular, através de escritura pública ou testamento (art. 62/CC),
para atender uma das finalidades previstas no paragrafo único do mesmo artigo.
 Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento,
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser,
a maneira de administrá-la.
 Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação dada pela Lei nº
13.151, de 2015)
 I - assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
 II - cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, de
2015)
 III - educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
 IV - saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
 V - segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
 VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
(Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
 VII - pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de
gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei
nº 13.151, de 2015)
 VIII - promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº
13.151, de 2015)
 IX - atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
 X - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

O procedimento da criação das fundações desenvolve-se em quatro diferentes fases:


a) fase da dotação ou de instituição – que compreende a reserva de bens por atos intervivos ou
causa mortis. O instituidor, pessoa física ou jurídica, deverá atender às mesmas restrições
impostas pela lei civil à doação e ao testamento, não podendo dispor de mais da metade de seu
patrimônio, se tiver herdeiros necessário nem de volume de patrimônio que comprometa a sua
subsistência. (art. 528/CC)

b) fase da elaboração dos estatutos: poderá ser elaborado pelo próprio instituidor (forma direita)
ou por terceiro (modo fiduciário). Se não for elaborado no prazo indicado pelo instituidor ou, em
caso de silêncio, em 180 dias, o MP terá a incumbência de elaborá-lo. Commented [P1]: Incumbência é missão,
responsabilidade!
c) fase de aprovação dos estatutos pela autoridade competente: o MP tem 45 dias pra aprovar o
estatuto, salvo quando for por ele elaborado, no caso, cabendo ao Judiciário por jurisdição
Commented [P2R1]:
voluntário.

d) fase de registro no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas.

Caso os bens destinados não sejam suficientes para cumprir suas finalidades, deverão ser
incorporados em outra fundação que se destine a uma finalidade igual ou semelhante, salvo se o
instituidor tiver disposto de maneira diversa.

Em virtude do interesse social envolvido, a fiscalização da fundação ficará a cargo do MP do


Estado em que estiver situada. Se a fundação tiver abrangência nacional a fiscalização ficará a
cargo do Promotor de Justiça de cada Estado que estiver situada.

 Quanto às funções exercidas


- Pessoa jurídica de direito público: são marcadas pela presença fundamental e preponderante da
Poder Pública. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público é objetiva, com base
no risco administrativo, admitindo pesquisa acerca da culpa da vitima para exclusão de sua res-
ponsabilidade. Subdividem-se em:

Pessoa jurídica de direito público interno (art. 41/CC): englobando os órgãos da administração direta
(União, Estados, Distrito Federal e Munícipios) e órgãos de administração indireta (autarquias e
fundações públicas)

No âmbito do direito administrativo brasileiro, autarquias são pessoas jurídicas de direito público,
criadas por lei específica (art. 37, XIX, da constituição federal), que dispõem de patrimônio próprio
e realizam atividades típicas do Estado, de forma descentralizada.

 Modificação da pessoa jurídica

Enquanto as sociedades simples não se transformam, devendo manter a sua forma específica, as
sociedades empresárias podem ser modificadas através dos institutos da transformação,
incorporação, fusão e cisão.

 Extinção da pessoa jurídica

Uma vez instituída legalmente a pessoa jurídica existirá indeterminadamente, salvo se suas
atividades estirem submetidas a termo ou condição, quando será extinta sua personalidade no
advento do termo ou implemento da condição respectiva

São formas de extinção da pessoa jurídica de direito privado:

Pela deliberação da unanimidades dos sócios (distrato) – art. 1033, II do CC;

Pela deliberação da maioria absoluta dos membros resguardados os direitos da minoria vencida.

Pela falta de pluralidade de sócios quando não vier a ser reconstituída no prazo de 180 dias

Pela perda de autorização para funcionar, já que é necessária a anuência governamental

 Desconsideração da personalidade jurídica

A autonomia da pessoa jurídica pode ser desconsiderada para responsabilizá-la por


obrigações assumidas pelos sócios.
Para que os sócios e administrados respondam a partir do seus próprios patrimônios individuais. No
entanto, a responsabilização cabe aos sócios envolvidos no ato em questão.

A despersonalização da pessoa jurídica é efeito da ação contra ela proposta; o credor não pode,
previamente, despersonalizá-la, endereçando a ação contra os sócios.

É um “faz de conta” de ‘levantamento de véu’. Após, volta-se a existência, não configurando um


caso de extinção.

Noções conceituas – desprezo episódico (eventual) pelo poder judiciário, da personalidade autônoma
de uma pessoa jurídica, com o propósito de permitir que os seus sócios respondam com o seu
patrimônio pessoal pelos atos abusivos ou fraudulentos praticados sob véu societário.

Teoria maior da desconsideração da personalidade jurídica – entende que a desconsideração somente


será possível episodicamente em cada caso concreto e que somente é cabível como uma forma de
combater fraudes e abusos praticados através dela. Essa teoria ainda pode ser objetiva ou subjetiva a
depender da exigência ou não do elemento anímico para que se admita sua aplicação. É a teoria
acolhida pelo art. 50 CC.

Teoria menor – Lei dos crimes ambientais (art. 4) e no art. 28 (caput e art. 5) do CPC. É suficiente
que a pessoa jurídica seja um obstáculo para o ressarcimento para ser desconsiderada.

A doutrina e a jurisprudência apontam duas teorias quanto à desconsideração da personalidade


jurídica. Como regra, adota-se a teoria maior, segundo o Código Civil. A teoria menor da
desconsideração, acolhida em nosso ordenamento jurídico excepcionalmente no direito do
consumidor e no direito ambiental, incide com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o
pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de
confusão patrimonial.

Para a validade da alienação do patrimônio da fundação é imprescindível a autorização judicial com


a participação do órgão do Ministério Público com atribuição para o velamento das fundações,
formalidade que, se suprimida, acarreta a nulidade do ato negocial.

Domicílio
Artigo 70 do Código Civil, “O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.”

Observa-se, assim, que o conceito jurídico discrepa do conceito doutrinário, aproximando-se dda
noção da residência.

 Elementos do conceito
 OBJETIVO: fixação da residência.
 SUBJETIVO: ânimo definitivo.

Previsão constitucional no direito à vida privada.

MORADIA: é o local onde a pessoa se encontra acidentalmente; há mera relação de fato. Ex:
Casa de praia.
RESIDÊNCIA: é o lugar onde a pessoa habito com ânimo de permanecer, mesmo que se
ausente eventualmente.
DOMÍCILIO: seria o centro habitual de negócios jurídicos da pessoa, sua sede jurídica.

 Pluralidade de domicílios:
Havendo mais de uma residência, onde a pessoa alternadamente viva, considera-se domicílio
qualquer uma delas.

 Domicílio ocasional ou aparente: em casa de ausência de residência habitual, considera-


se como domicílio o lugar onde for encontrada.

 Classificação:
 Domicílio necessário ou legal: é determinado por lei em razão da situação ou da condição
de certas pessoas (art. 76):
Recém nascido – domicílio dos pais
Incapaz – domicílio do representante dos representantes ou assistentes
Itinerante – onde for encontrado
Militar em serviço – onde servir sendo da Marinha ou da Aeronáutica, na sede de comando a
que se encontrar subordinado
Servidor público – onde exercer permanentemente as suas funções
Marítimo – onde o navio estiver matriculado
Preso – onde cumprir pena.

 Domicílio voluntário – pode ser:


Geral: é o escolhido livremente
Especial: é o domicílio de eleição e consiste no local escolhido contratualmente para
dirimir eventuais conflitos oriundos daquele negócio jurídico, atendendo ao interesse das
partes.
OBS: a cláusula contratual de foro de eleição em contrato de consumo é nula em pleno
direito quando acarretar prejuízo para consumidor (hipossuficiente e vulnerável).
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que (...)
Visto que o contrato de adesão é formulado geralmente pelo fornecedor, pode ser
desvantajoso para um cliente, por exemplo, ter o domicílio de eleição no Acre enquanto
ele tem seu domicílio em Florianópolis.
CDC – cláusulas abusivas: nulas de pleno direito (nulas absolutas)
No CDC a regra geral devem ser propostas no foro de domicílio do consumidor, parte
mais frágil.
Caso contrário no contrato de adesão, o juiz poderá declarar a nulidade da cláusula do
foro de eleição do ofício, declinando de competência para o juízo do domicílio do réu.

 Domicílio profissional: aplica-se às relações concernentes à profissão e recai no lugar


onde a mesma é exercida (art. 72)
Exercitando-se a profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para
relações que lhe corresponderem.
 Perda do domicílio: pela mudança, com a transferência da residência, por determinação da
lei, por contrato (no caso de foro de eleição).
 Importância do domicílio: indicação do lugar onde as obrigações contraídas deverão ser
cumpridas; estabelece o local onde será aberta a sucessão hereditária; determinação do foro
da comarca onde eventual ação correspondente deverá ter seu curso.
 Regras:
 Art 46 do CPC e 101. I do CDC
 Contratos de locação de imóveis urbanos (art. 58, II da Lei 8.245/91) – não havendo
disposição diversa no contrato, será o lugar da situação do imóvel

 Domicílio das pessoas jurídicas: em razão da falta de estrutura biopsicológica, não


há tantas discussões. Regra geral, se estabelece na sede jurídica, sendo esta podendo
ser:

 Natural: é o domicílio decorrente do funcionamento da diretoria ou administração da


pessoa jurídica, bem como de suas respectivas filiais, sucursais ou agências.
Havendo diversos estabelecimentos em lugares distintos, reputar-se-á, domiciliada
em qualquer deles, para os atos neles praticados (art. 75 ∫1 no CC)
Legal: decorre da expressa determinação legal. Se a administração ou diretoria tiver
a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às
obrigações contraídas por cada uma das suas agências.
Convencional: é aquele estabelecido no ato constitutivo, onde há o registro.

Desse modo, o domicílio fixado estatutariamente não é imutável, podendo a pessoa


jurídica ter múltiplos domicílios, ficados por lei ou pelo exercício da atividade
empresarial.
Pluralidade de domicílios: assim como pessoas naturais, as pessoas jurídicas também
podem ter uma multiplicidade de domicílios. Nessa linha, a súmula 363 do STF:
A pessoa jurídica de direito privado poderá ser demandado da agência ou
estabelecimento, em que se praticou o ato.

 Código Civil, art.75 – Domicílio das pessoas de direito público


 “Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
 I – da União, o Distrito Federal;
 II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
 III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
 IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos
constitutivos”

Bens

 Bem é tudo que de algum modo nos traz satisfação. Mas no sentido jurídico há um
significado próprio.
 BEM JURÍDICO é o suscetível de uma valoração jurídica; que pode servir de objeto de
relações jurídicas; utilidades ou imateriais que podem ser objetos de direitos subjetivos.
 Relação jurídica = sujeitos + objetos = vínculo jurídico
 Objeto – bem sobre o qual recaíra o direito subjetivo do sujeito ativo, permitindo-lhe
exigir do sujeito passivo o comportamento esperado.
 Sofre dominação do sujeito nos termos e limites dos poderes concedidos pela justiça.
 Podem ser dotados ou não de economicidade.
 Podem ser materiais ou imateriais. Ex: atributos ou manifestação da personalidade e
manifestação da personalidade e atividades ou serviços de natureza intelectual ou técnica.
 Conclusão: a noção de esfera jurídica de interesses transcende a economicidade e a
materialidade dos bens jurídicos.
 Novas figuras, fruto da evolução científica e tecnológica e modificações sociais
- Multipropriedade imobiliária – time sharing
- Meio ambiente
- Software e know-how
- Informação
 Divergências doutrinárias na diferença entre bem e coisa:
- 1ª posição (Sílvio Rodrigues, Maria Helena Diniz e Francisco Amaral): toma a
expressão coisa em acepção mais ampla, que inclui os bens.
- 2ª posição (Orlando Gomes, Caio Mário e a própria professora kk): bem como
conceito lato, que abrange coisa. Para Orlando Gomes, a coisa é uma utilidade material
de natureza patrimonial. Ex: direitos da personalidade são bens que não são coisas.
Alguns bens, portanto, não assumem feição de coisa. Ex: direito autoral, imagem...

 Patrimônio jurídico: um complexo de relações jurídicas, ativas e passivas, de uma


determinada pessoa apreciáveis economicamente.
Abarca direitos reais {direito à propriedade} e pessoais. Trata-se da totalidade dos bens
dotados de economicidade pertencentes a um titular, sejam corpóreos ou incorpóreos.

o Excluem-se direitos de famílias puros e direitos da personalidade {extrapatrimonial,


natureza personalíssima}
o Deve-se observar que a pessoa física ou jurídica também caracterizada pela
titularidade de um patrimônio.
o O patrimônio é a representação econômica da pessoa, vinculando-o à personalidade
do titular.

→ Manifestação: vedação da doação de todos os bens que compõem o patrimônio sem


reserva de parte ou renda suficiente para o doador. Nulidade da chamada doação
universal (art. 548/CC)
→ Tutela jurídica do patrimônio mínimo (Fachin)
→ Atrela-se a tutela do pródigo
→ Art. 1784 do CC – transferência do patrimônio global com a morte do titular.
→ Art. 1997 – A herança responde pelas dívidas do falecido. As dívidas não são
herdadas pelo herdeiro, não ultrapassando o devevodr.
→ Patrimônio ativo: noção mais restrito (...)
→ Patrimônio líquido – subtraem-se as relações jurídicas passivas.
→ Aplicação: noção da insolvência civil (Art. 748/CPC)
→ Características do insolvente: São elas: I – Não possuir outros bens livres e
desembaraçados para nomear à penhora; II – Forem arrestados seus bens com
fundamento no art. 812, incs. I, II e III do CPC.
→ Bens impenhoráveis: art. 833/CPC, Lei 8009/90 e arts. 1711 a 1722 do CC.
→ Patrimônio como universalidade de direitos – art 91 do CC
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma
pessoa, dotadas de valor econômico.
→ Necessidade de funcionalização do patrimônio à promoção da dignidade humana

 CLASSIFICAÇÃO

 Bens corpóreos e incorpóreos: não tem previsão expressa.


Bens corpóreos: bens que tem existência material, perceptível aos sentidos humanos.
Bens incorpóreos não tem existência materializável, sendo abstratos.
Aplicação: bens incorpóreos não gozam de tutela possessória {Súmula 228 do STJ}
Por não admitirem apreensão material também são insuscetíveis de aquisição pelo usucapião
ou de serem objetos de tradição.
 Bens móveis e imóveis:
Móveis: são os bens suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômica social.
Imóveis: são os não suscetíveis de transporte de um local para outro sem destruição de uma
substância.

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Classificação dos bens imóveis:


> Por sua própria natureza: refere-se ao solo, com sua superfície, subsolo e espaço aéreo. A
propriedade do solo abrange a do subsolo e espaço aéreo.
> Por acessão artificial, física ou industrial: inclui tudo que o homem incorporar
permanecente ao solo {semente lançada, edificação}, que não pode ser retirado sem
destruição, modificação, dano ou fratura. Não se enquadram nesse grupo construções
temporárias, destinadas à breve remoção como feiras, circos e parques.
> Por acessão natural: árvores e furtos, bem como acessórios e adjacências naturais. Como
uma palmeira que eu não plantei no meu terreno.
> Por disposição legal!!!!1: de acordo com o art. 80/CC e com a súmula 329 do STF, são
considerados imóveis, para os efeitos legais:
- Direitos reais sobre imóveis e ações que os asseguram
- Direito à sucessão aberta
Foi opção do nosso ordenamento reputa-los imóveis para conferir-lhe maior proteção e
garantir maior segurança a sua transmissão.
Só as coisas podem ser objetos de contratos de compra e venda. Só se comercializa bens de
natureza corpórea {coisas}. Aos bens incorpóreos, a transmissão deles é dada pela cessão,
como no direito autoral que são cedidos, não comercializados.
> Por acessão intelectual: classificação antigo, agora no CC de 2002 se classifica-os como
pertenças: tudo que pode ser mantido intencionalmente no imóvel para sua exploração.
 Para o CC não perdem o caráter de bens imóveis, em razão da provisoriedade da
separação, as edificações que, separadas do solo, conservarem sua unidade, sendo
removidas para outro legal e os materiais provisoriamente 08 de um prédio para nele se
reempregaram {art. 81/CC}

 Classificação dos bens móveis:


> Por sua própria natureza: se deslocam sem perder sua substância, em razão da sua
própria estrutura {Art/ 82/CC}
> Por disposição legal {art. 83} são considerados:
- as energias que tenham valor econômico
- os direitos reais sobre objetos móveis e ações correspondentes
- os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações
> Por antecipação: bens que embora imóveis por natureza foram mobilizados pela
vontade humana, em face da sua função econômica. Ex: cortei a árvore e vou convertê-
la em lenha. Também são considerados móveis se for retirado sem reintrodução os bens
imóveis do local. Por exemplo, tirei a porta da minha casa e não vou coloca-la de volta,
assim como os decorrentes de uma demolição de prédio {Art. 84}.

- A alienação ou oneração de bens imóveis por pessoas casadas, ao contrário dos móveis, exige o
outorga do outro cônjuge.
- No âmbito processual, as ações reais imobiliárias impõem a citação de ambas os cônjuges, quando
réus, ou a formação de um litisconsórcio ativo, quando autores;

Crítica ao nosso ordenamento jurídico – sugere que os bens imóveis tem valor jurídico superior ao
dos bens móveis. No entanto, atualmente, há bens móveis, que superaram, e muito, o valor
econômico e social de bens imóveis.

 Bens consumíveis e inconsumíveis

 Bens divisíveis e indivisíveis

- Juridicamente, contudo, a divisibilidade ou não de uma coisa decorre de um critério


utilitarista, que considera a manutenção do seu valor econômico proporcionalmente às
coisas dividas.
Dinheiro, em tese, não físico né, é divisível. Um cavalo é indivisível NÉ.

Indivisibilidade: por natureza, por determinação legal {art/ 65 do Estatuto da Terra –


indivisibilidade do módulo rural} ou por vontade das partes.

Bens singulares e coletivos


Singulares -são as coisas que, embora reunidas, devem ser consideradas individualmente,
independente das demais que a compõe (art. 89). São, portanto, consideradas em sua
individualidade.

Bens fungíveis e infungíveis: quanto a possibilidade de substituição. Decorre da sua


individualização. Contudo, a vontade das partes pode tornar infungíveis certas coisas fungíveis. Ex:
um livro autografado.

Fungíveis são os passíveis de substituição por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade,
determinadas por número, peso ou medida. Ex: dinheiro.
É um qualidade típica dos bens móveis, sendo resultado da comparação entre coisas equivalentes.

Árvore – bem singular simples x Floresta – bem coletivo

Bens coletivos podem ser divididos

Universalidades de fato - conjunto

Universalidades de direito – conjunto de bens singulares, corpóreos ou incorpóreos, aos quais a


norma jurídica dá unidade. Com valor econômico!!!!!!!!!!!! São relações jurídicas titularizadas pela
mesma pessoa. Ex: patrimônio, herança ou massa falida.

Bens principais e acessórios:

Principais: são aqueles que tem existência própria, concreta ou abstrata. É o objeto que existe em
si.

Ex: O juro é um bem acessório ao capital.


Aplica-se a essa classificação o princípio da gravitação jurídica! O bem acessório segue o destino/a
sorte do bem principal. Ex: na relação entre crédito e juros, se o crédito é nulo, assim também é
nulo o juro. Se eu vendo um bem principal com os bens acessórios “dentro” e silencio no contrato
o destino desses bens acessórios, podem se considerar vendidos também.

Bens acessórios:
- frutos: não diminui a integridade do bem principal. Naturais, como frutos de árvore.
- rendimento: fruto de natura civil! Aluguéis, juros.
- produto: utilidade produzida pela coisa, porém não é renovável e seu consumo recorre na
diminuição da integridade do bem principal. Minas de diamantes são bens principais pros
diamantes (bens acessórios produto)
- benfeitoria: são despesas e obras realizadas em determinada coisa (móvel ou imóvel) para sua
conservação, melhoramento ou embelezamento:

 Benfeitoria necessária: com objetivo de conservar o bem. Ex: vazamento.


 Benfeitoria útil
 Benfeitoria voluptuária: por mero embelezamento.

Não se consideram benfeitorias, contudo, os melhoramentos e acréscimos sobrevindos na


coisa sem intervenção do proprietário, possuidor e detentor (art. 97). Ex: acessões naturais que
decorrem de fenômenos da natureza e acessões artificias, que criam espécie nova (a
benfeitoria tem natureza complementar).

O art 1219 do CC permite ao possuidor de boa-fé (por exemplo, eu que alugo um apê aqui perto da
UFSC ) o direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis. Quanto as voluptuárias, se não
pagas, poderão ser levantadas, quando puder, sem danificar o bem.

Pode ser declara a ausência, e se nomear curador, quando o sujeito deixar mandatário que não
queria ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.

Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á,


nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.

Os imóveis do ausente só se poderão alienar não sendo por desapropriação, ou hipotecar quando o
ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.

A proteção que o código civil defere ao nascituro alcança o natimorto com relação tais direitos.

As pessoas jurídicas podem sofrer dano moral porém somente na honra objetiva.

A emancipação voluntária dos menores púberes sob poder familiar exige instrumento público e
independe da homologação judicial. É irrevogável.

O uso do nome em propaganda comercial sem autorização é ílicito mesmo se não expuser a pessoa
ao ridículo.

O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de 2
anos antes da declaração de ausência, será seu legítimo curador.

Em falta de conjunge, a curadoria imcumbe aos pais ou aos descendentes.

O curador dos bens do ausente, uma vez nomeado, terá seus deveres e poderes estabelecidos pelo
magistrado, de conformidade com as circustâncias do caso. Logo, o magistrado, conforme o caso
no ato da nomeação determinará as providências a serem tomadas.
Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade são
considerados pelo CC relativamente incapazes, contra eles correndo a prescrição, mas possuindo
ação contra seus assistentes que a ela tiverem dado causa.

Para se alterar o estatuto de uma fundação, é mister que a reforma não contrarie ou desvirtue o
fim desta e seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a de-negue, poderá o
juiz supri-la, a requerimento do interessado.

 Pode-se instituir fundação, como disposição de última vontade, por testamento público,
cerrado ou particular, observados, em cada caso, os requisitos legais.
 Se for judicialmente autorizada e com a participação do órgão do MP, a alienação
dos bens das fundações poderá ser feita, ainda que o instituidor tenha
estabelecido proibição de alienar. Nesse caso, o produto da venda deverá ser
aplicado em outros bens, destinados à consecução dos mesmos fins. Os bens da
fundação são inalienáveis, mas a inalienabilidade não é absoluta, na medida em
que comprovada a necessidade de alienação, pode ser esta autorizada pelo juiz
competente, com audiência do MP, aplicando-se o produto da venda na própria
fundação, em outros bens destinados à consecução de seus fins. Assim, ultimada
sem autorização judicial, a alienação é nula. Mas com autorização judicial sempre
pode ser feita, ainda que a inalienabilidade tenha sido imposta pelo instituidor.
a lei não faz exigência de determinada ordem no que se refere aos nomes
de família, seja no momento do registro do indivíduo, seja por ocasião da
sua posterior retificação. E acrescentou: “Também não proíbe que a ordem
do sobrenome dos filhos seja distinta daquela presente no sobrenome dos
pais.”
 A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais,
culturais ou de assistência.

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