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WR Educacional - Educação de Excelência

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BEM-VINDO AO CURSO!
Educação Inclusiva

VOCÊ ESTÁ ESTUDANDO A APOSTILA:

AUTISMO

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DICAS IMPORTANTES PARA O BOM


APROVEITAMENTO
• O objetivo principal é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso.

• Leia todo o conteúdo com atenção redobrada, não tenha pressa.

• Explore profundamente as ilustrações explicativas, pois elas são fundamentais


para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o conteúdo.

• Quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se diferenciará dos demais


alunos dos cursos.

• O aproveitamento que cada aluno faz, é você que fará a diferência entre os “alunos
certificados” dos “alunos capacitados”.

• Busque complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso,
buscando novas informações e leituras extras, e quando necessário procurando executar
atividades práticas que não são possíveis de serem feitas durante o curso.

• A aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso,


mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite
encontrar elementos para reforçar aquilo que foi aprendido.

• Critique o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-


a-dia. O aprendizado só tem sentido quando é efetivamente colocado em prática.

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CONTEÚDO
01 - Introdução

02 - Características

03 - Causas

04 - Histórico

05 - Aprendizagem

06 - Referências Bibliográficas

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1 - Introdução

O autismo é um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação


social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo.Os sinais
geralmente desenvolvem-se gradualmente, mas algumas crianças com autismo alcançam o
marco de desenvolvimento em um ritmo normal e depois regridem.

O autismo é altamente hereditário, mas a causa inclui tanto fatores ambientais quanto
predisposição genética.Em casos raros, o autismo é fortemente associado a agentes que
causam defeitos congênitos.Controvérsias em torno de outras causas ambientais propostas; a
hipótese de danos causados por vacinas são biologicamente improváveis e têm sido refutadas
em estudos científicos.

Os critérios diagnósticos exigem que os sintomas se tornem aparentes antes da idade de


três anos.O autismo afeta o processamento de informações no cérebro, alterando a forma
como as células nervosas e suas sinapses se conectam e se organizam; como isso ocorre ainda
não é bem compreendido.

É um dos três distúrbios reconhecidos do espectro do autismo (ASD), sendo os outros


dois a Síndrome de Asperger, com a ausência de atrasos no desenvolvimento cognitivo e o
Transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação (comumente abreviado como
PDD-NOS (sigla em inglês) ou TID-SOE (sigla em português)), que é diagnosticado quando o
conjunto completo de critérios do autismo ou da Síndrome de Asperger não são cumpridos.

Intervenções precoces em deficiências comportamentais, cognitivas ou da fala podem


ajudar as crianças com autismo a ganhar autonomia e habilidades sociais e de
comunicação.Embora não exista nenhuma cura conhecida,há relatos de casos de crianças que
se recuperaram.Poucas crianças com autismo vivem de forma independente depois de atingir a

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idade adulta, embora algumas tenham sucesso. Tem se desenvolvido uma cultura do autismo,
com alguns indivíduos buscando uma cura enquanto outros creem que o autismo deve ser
aceito como uma diferença e não tratado como um transtorno.

Desde 2010, a taxa de autismo é estimada em cerca de 1–2 a cada 1.000 pessoas em
todo o mundo, ocorrendo 4–5 vezes mais em meninos do que meninas. Cerca de 1,5% das
crianças nos Estados Unidos (uma em cada 68) são diagnosticadas com ASD, a partir de 2014,
houve um aumento de 30%, uma a cada 88, em 2012.A taxa de autismo em adultos de 18 anos
ou mais no Reino Unido é de 1,1% o número de pessoas diagnosticadas vem aumentando
drasticamente desde a década de 1980, em parte devido a mudanças na prática do diagnóstico
e incentivos financeiros subsidiados pelo governo para realizar diagnósticos; a questão se as
taxas reais têm aumentado realmente, ainda não é conclusiva.

No Brasil, ainda não há número precisos, muito menos oficiais a respeito de


epidemiologia dos casos de autismo. O único estudo brasileiro sobre epidemiologia de
autismo, foi feito em 2011, numa amostragem num bairro da cidade de Atibaia (SP),
resultando em 1 caso a cada 367 crianças.

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2 - Características

O autismo é um transtorno neurológico altamente variável, que aparece pela primeira

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vez durante a infância ou adolescência e geralmente segue um curso estável, sem remissão.Os
sintomas evidentes começam gradualmente após a idade de seis meses, mas geralmente
estabelecem-se entre os dois ou três anos e tendem a continuar até a idade adulta, embora
muitas vezes de forma mais moderada. Destaca-se não por um único sintoma, mas por uma
tríade de sintomas característicos: prejuízos na interação social, deficiências na comunicação e
interesses e comportamento repetitivo e restrito. Outros aspectos, como comer atípico também
são comuns, mas não são essenciais para o diagnóstico.Os sintomas individuais de autismo
ocorrem na população em geral e não são sempre associados à síndrome quando o indivíduo
tem apenas alguns traços, de modo que não há uma linha nítida que separe traços
patologicamente graves de traços comuns.

Desenvolvimento Social

Déficits sociais distinguem o autismo dos transtornos do espectro do autismo de outros


transtornos do desenvolvimento. As pessoas com autismo têm prejuízos sociais e muitas vezes
falta a intuição sobre os outros que muitas pessoas consideram trivial. A notável autista Mary
Temple Grandin descreveu sua incapacidade de compreender a comunicação social de
neurotípicos (nomenclatura utilizada para se referir a pessoas com o desenvolvimento neural
normal), como "sentindo-se como uma antropóloga em Marte".

Comunicação

Cerca de um terço da metade dos indivíduos com autismo não se desenvolvem o


suficiente para ter uma fala natural e que satisfaça suas necessidades diárias de
comunicação.As diferenças na comunicação podem estar presentes desde o primeiro ano de
vida e podem incluir o início tardio do balbucio, gestos incomuns, capacidade de resposta
diminuída e padrões vocais que não estão sincronizados com o cuidador. No segundo e
terceiro anos, as crianças com autismo têm menos balbucios frequentes e consoantes, palavras
e combinações de palavras menos diversificadas; seus gestos são menos frequentemente

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integrados às palavras. As crianças com autismo são menos propensas a fazer pedidos ou
compartilhar experiências e são mais propensas a simplesmente repetir as palavras dos outros
(ecolalia) ou reverter pronomes, trocando o "eu" pelo "você", por exemplo. A atenção
conjunta geralmente tem prejuízo, fazendo com que não apontem um objeto que julguem
interessante com o intuito de comentar ou compartilhar a experiência com alguém, bem como
não demonstrem interesse no que outra pessoa deseja compartilhar. Déficits de atenção são
comuns em crianças com ASD. As crianças com autismo podem ter dificuldade em jogos
imaginativos e com o desenvolvimento de símbolos em linguagem.

Em um par de estudos, as crianças autistas altamente funcionais entre 8 e 15 anos de


idade concluíram igualmente bem ou melhor individualmente do que os adultos pareados, em
tarefas de linguagem básica que envolvem vocabulário e ortografia. Ambos os grupos autistas
desempenharam pior do que os controles nas tarefas complexas da linguagem como a
linguagem figurativa, compreensão e inferência.

Comportamentos Repetitivos

Indivíduos autistas exibem muitas formas de comportamento repetitivo ou restrito, que


o Repetitive Behavior Scale-Revised (RBS-R)[36] categoriza como se segue.

* Estereotipia é o movimento repetitivo, como agitar as mãos, virar a cabeça de um


lado para o outro ou balançar o corpo.

* Comportamento compulsivo destina-se e parece seguir regras, como organizar


objetos em pilhas ou linhas.

* Uniformidade é a resistência à mudanças; por exemplo, insistir que os móveis não


sejam movidos ou recusando-se a ser interrompido.

* Comportamento ritualista envolve um padrão invariável de suas atividades diárias,


como um menu imutável ou um ritual de vestir. Isto está intimamente associado com a

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uniformidade e uma validação independente sugeriu a combinação dos dois fatores.

* Comportamento restrito é o foco limitado em um só interesse ou atividade, como a


preocupação com um programa de televisão, brinquedo ou jogo.

* Automutilação inclui movimentos que ferem ou podem ferir a pessoa, como o dedo
nos olhos, bater a cabeça ou morder as mãos. Cutucar feridas, arranhar-se ou pressionar
alguma parte do corpo contra um objeto ou superfície que machuque também são formas de
automutilação/autoagressão.

Nenhum comportamento repetitivo ou autodestrutivo parece ser específico para o


autismo, mas só o autismo parece ter um padrão elevado de ocorrência e gravidade destes
comportamentos.

Outros Sintomas

Indivíduos autistas podem ter sintomas independentes do diagnóstico, mas que pode
afetar o indivíduo ou a família.Estima-se que 0,5% a 10% dos indivíduos com ASD mostram
habilidades incomuns, variando de habilidades dissidentes, como a memorização de trívias até
talentos extremamente raros de autistas savants prodígios.

Muitos indivíduos com ASD demonstram habilidades superiores de percepção e


atenção, em relação à população em geral. Anormalidades sensoriais são encontrados em mais
de 90% das pessoas com autismo, e são consideradas como principais recursos por
alguns,embora não haja nenhuma boa evidência de que sintomas sensitivos diferenciam o
autismo de outros transtornos do desenvolvimento.

As diferenças são maiores para baixa resposta (por exemplo, caminhar ou pisotear
coisas) do que para super resposta (por exemplo, irritação por ruídos altos) ou para busca de
sensações (por exemplo, movimentos rítmicos).Estima-se que 60%–80% das pessoas autistas
têm sinais motores que incluem tonicidade muscular pobre, falta de planejamento motor e

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andar na ponta dos pés;déficits na coordenação motora existem em toda a ASD e são maiores
no autismo propriamente. O livro O Robot Autista sugere que todos os sintomas têm origem
num funcionamento deficiente das emoções.

3 - Causas

Presume que há uma causa comum genética, cognitiva e de níveis neurais para a tríade
de sintomas característica do autismo.No entanto, há a suspeita crescente de que o autismo é
um distúrbio mais complexo cujos aspectos centrais têm causas distintas que muitas vezes co-
ocorrem. O autismo tem fortes bases ambientais, sofrendo interferências de pisos de vinil e
Glifosato.

O autismo tem uma forte base genética, embora a genética do autismo é complexa e
não está claro se a ASD é explicada por mutações mais raras, com grandes efeitos, ou por
interações multigênicas raras de variantes genéticas comuns. A complexidade surge devido a
interações entre múltiplos genes, o meio ambiente e fatores epigenéticos que não alteram o
DNA, mas que são hereditários e influenciam a expressão do gene.Estudos de gêmeos
sugerem que a hereditariedade é de 0,7 para o autismo e tão alto quanto 0,9 para ASD, e
irmãos de pessoas com autismo são cerca de 25 vezes mais suscetíveis de ser autista do que a
população em geral.

Mecanismo

Os sintomas do autismo resultam de mudanças relacionadas à maturação em vários


sistemas do cérebro. Como autismo ocorre ainda não é bem compreendido. O seu mecanismo
pode ser dividido em duas áreas: a fisiopatologia das estruturas cerebrais e processos
associados ao autismo, e as ligações entre as estruturas neuropsicológicas e comportamentos
cerebrais. Os comportamentos parecem ter múltiplas patofisiologias.

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Patofisiologia

Diferente de muitas outras doenças cerebrais, como o mal de Parkinson, o autismo não
tem um mecanismo claro de unificação, quer a nível molecular, celular ou sistemas; não se
sabe se o autismo é composto de algumas desordens causadas por mutações convergentes em
algumas vias moleculares comuns, ou se é (como a deficiência intelectual) um grande
conjunto de doenças com diversos mecanismos.

Neuropsicologia

Duas grandes categorias de teorias cognitivas têm sido propostas sobre as relações
entre cérebro e comportamento autista.

A primeira categoria se concentra no déficits da cognição social. A Teoria


sistematização-empatia de Simon Baron-Cohen postula que indivíduos autistas podem
sistematizar, isto é, eles podem desenvolver regras internas de funcionamento para lidar com
eventos no interior do cérebro, mas são menos eficazes na empatia por manipulação de
eventos gerados por outros agentes. Uma extensão, a teoria do cérebro extremamente
masculino é a hipótese de que o autismo é um caso extremo de o cérebro masculino, definido
psicometricamente como indivíduos nos quais a sistematização é melhor do que a empatia.

A segunda categoria se concentra no processamento não-social ou geral: as funções


executivas, como memória de trabalho, planejamento, inibição. Em sua avaliação, Kenworthy
afirma que "a alegação de disfunção executiva como um fator causal no autismo é
controversa", no entanto, "é evidente que a disfunção executiva desempenha um papel nos
déficits sociais e cognitivos observados em indivíduos com autismo".

4 - Histórico

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Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando
no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista
Nervous Child, vol. 2, p. 217–250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger
descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem
austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam.

A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um
sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e
Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes.

O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica
inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de
autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.

Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do autismo
seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira". Nos anos 1970 essa teoria foi
rejeitada e passou-se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, sabe-se que o autismo está ligado
a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a
contaminação por metais pesados, como o mercúrio e o Chumbo, têm sido apontada como
forte candidatos, assim como problemas na gestação. Outros problemas, como uso de drogas
na gravidez ou infecções nesse período, também devem ser considerados.

Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em


diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um transtorno
claramente definido. Há correntes teóricas que apontam as alterações comportamentais nos
primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como relevantes para definir o transtorno,
mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno orgânico. Apesar disso,
intervenções intensivas e precoces são capazes de melhorar os sintomas.

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Em 18 de dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de


abril como o Dia Mundial do Autismo.[75] Em 2008 houve a primeira comemoração da data
pela ONU.

Em novembro de 2010, a ciência, falou pela primeira vez em cura do autismo, com a
publicação na revista científica Cell da descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, com o
pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar"
um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que se baseou na Síndrome de Rett (um tipo
de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética).

5 - Aprendizagem

A educação do autista é dificultada pela dificuldade de sociabilização, que faz com que
o autista tenha uma consciência pobre da outra pessoa e é responsável, em muitos casos, pela
falta ou diminuição da capacidade de imitar, que uns dos pré-requisitos cruciais para o
aprendizado, e também pela dificuldade de se colocar no lugar de outro e de compreender os
fatos a partir da perspectiva do outro.

Pesquisas mostraram que mesmo nos primeiros dias de vida um bebê típico prefere
olhar para rostos do que para objetos. Através das informações obtidas pela observação do
rosto dos pais, o bebê aprende e encontra motivação para aprender. Já o bebê com autismo
dirige sua atenção indistintamente para pessoas e para objetos, e sua falha em perceber
pessoas faz com que perca oportunidades de aprendizado, refletindo em um atraso do
desenvolvimento.

Os pais e os profissionais estão bem cientes das dificuldades que as crianças com
autismo têm em muitos ambientes educacionais. Em resposta têm desenvolvido programas
alternativos e estratégias de intervenção. Embora alguns destes sejam úteis, a maioria enfatiza

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a correção das dificuldades comportamentais para melhorar o rendimento educacional.


Entretanto, um outro aspecto do problema tem recebido menos atenção: as necessidades
específicas de aprendizagem desta população especial. As necessidades envolvidas incluem
dificuldades organizacionais, distração, problemas em sequenciar, falta de habilidade em
generalizar, e padrões irregulares de pontos fortes e pontos fracos. Embora nenhum destes se
aplique à população inteira dos alunos com autismo, estes problemas de aprendizagem são
vistos em um grau significativo em uma porcentagem grande destes alunos.

A organização é difícil para alunos com autismo. Requer uma compreensão do se quer
fazer e um plano para a execução. Estas exigências são suficientemente complexas, inter-
relacionadas e abstratas para apresentar obstáculos incríveis para alunos com autismo. Quando
fica cara a cara com demandas organizacionais complexas, eles ficam frequentemente
imobilizados e muitas vezes nunca não são capazes de executar as tarefas pedidas.

O desenvolvimento de hábitos sistemáticos e rotinas de trabalho tem sido uma


estratégia eficaz para minimizar estas dificuldades organizacionais. Os alunos com rotinas de
trabalho estabelecidas da esquerda para a direita, de cima para baixo, não param de trabalhar
para planejar onde começar e como prosseguir. As dificuldades organizacionais são
minimizadas também com as listas de verificação, programações e instruções visuais
mostrando concretamente aos alunos autistas o que foi completado, o que precisa ser
terminado e como prosseguir.

A distração é outro problema comum dos alunos com autismo. Ela toma diversas
formas na sala de aula: reagindo aos ruídos externos de carro, acompanhando visualmente os
movimentos na sala de aula, ou “estudando” o lápis do professor na mesa ao invés de terminar
o trabalho pedido. Embora a maioria de alunos autistas seja distraída por alguma coisa
específica, as distrações divergem consideravelmente de uma criança para outra.

A identificação do que distrai cada aluno é o primeiro passo para ajudá-los. Para alguns

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podem ser estímulos visuais, enquanto para outros podem ser auditivos. As distrações podem
estar respondendo a ruídos externos ou a movimentos visuais como também podem não se
concentrar em aspectos centrais de tarefas pedidas. As avaliações cuidadosas das distrações
individuais são cruciais. Depois destas avaliações as modificações ambientais podem ser
feitas: podem envolver a disposição física da área de trabalho do aluno, a apresentação de
tarefas relacionadas ao trabalho, ou muitas outras possibilidades.

A sequenciação é outra área de dificuldade. Estes alunos freqüentemente não podem se


lembram da ordem precisa das tarefas, porque se atém de forma concreta a detalhes
específicos e nem sempre vêem relação entre elas. Porque as sequências implicam nestas
relações, são freqüentemente desconsideradas.

As rotinas consistentes de trabalho e as instruções visuais compensam essas


dificuldades. As instruções visuais podem destacar sequências de eventos e fazer com que os
alunos autistas se lembrem da ordem adequada a seguir. A figura visual permanece atual e
concreta, ajudando o aluno seguir a seqüência desejada. O estabelecimento de hábitos
sistemáticos de trabalho é também útil; um aluno que trabalhe sempre da esquerda para a
direita pode ter o trabalho apresentado na seqüência correta.

As dificuldades com generalização são bem conhecidas no autismo e têm implicações


importantes para práticas educacionais. Os alunos com autismo freqüentemente não podem
aplicar o que aprenderam em uma situação específica a ambientes/contextos semelhantes. A
generalização adequada requer uma compreensão dos princípios fundamentais nas sequências
aprendidas e nas maneiras sutis pelas quais elas são aplicáveis a outras situações. Atendo-se a
detalhes específicos, os alunos com autismo freqüentemente perdem esses princípios centrais e
suas aplicações.

A colaboração entre os pais e profissionais e a instrução de base comunitária são


maneiras importantes para melhorar a generalização nos alunos com autismo. Quanto maior

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for o empenho pela coordenação entre a casa e a escola, maior a probabilidade dos alunos
aplicarem o que aprenderam a situações/contextos/ambientes diferentes. O uso de abordagens
semelhantes e a ênfase em habilidades semelhantes são as maneiras pelas quais os pais e os
profissionais podem colaborar para melhorar as habilidades da generalização das habilidades
de seus alunos.

Um ensino de base comunitária é também importante para melhorar as habilidades de


generalização. Porque o objetivo final é um treinamento bem sucedido de base comunitária, as
atividades devem estar disponíveis em todos os programas educacionais. Isto deveria incluir
passeios regulares ao campo real de atuação com uma freqüência crescente à medida que os
alunos ficam mais velhos, oferecer oportunidades de trabalhos na comunidade em contextos
“reais”, e atividades de lazer na comunidade.

Dentre os modelos educacionais para o autista, um dos mais importantes é o método


TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication Handicapped Children,
em português, Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Desvantagens na
Comunicação), desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte e que tem como
postulados básicos de sua filosofia:

* propiciar o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades e a faixa


etária do paciente;

* funcionalidade (aquisição de habilidades que tenham função prática);

* independência (desenvolvimento de capacidades que permitam maior autonomia


possível);

* integração de prioridades entre família e programa, ou seja, objetivos a serem


alcançados devem ser únicos e a estratégias adotadas devem ser uniformes.

Dentro desse modelo, é estabelecido um plano terapêutico individual, onde é definida

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uma programação diária para a criança autista. O aprendizado parte de objetos concretos e
passa gradativamente para modelos representacionais e simbólicos, de acordo com as
possibilidades do paciente.

O Papel Do Professor

A escola oferece um ambiente propício para a avaliação emocional das crianças e


adolescentes por ser um espaço social relativamente fechado, intermediário entre a família e a
sociedade. É na escola onde a performance dos alunos pode ser avaliada e onde eles podem
ser comparados estatisticamente com seus pares, com seu grupo etário e social.

Dentro da sala de aula há situações psíquicas significativas, nas quais os professores


podem atuar tanto beneficamente quanto, consciente ou inconscientemente, agravando
condições emocionais problemáticas dos alunos. Por exemplo, as crianças autistas não
compreendem como se estabelecem as relações de amizade. Algumas não têm amigos,
enquanto outras pensam que todos em sua sala de aula são seus amigos. Os alunos podem
trazer consigo um conjunto de situações emocionais intrínsecas ou extrínsecas, ou seja, podem
trazer para escola alguns problemas de sua própria constituição emocional (ou personalidade)
e, extrinsecamente, podem apresentar as conseqüências emocionais de suas vivências sociais e
familiares.

Os perfis irregulares das habilidades e dos déficits são características bem


documentadas nos alunos com autismo. Também estão entre os mais difíceis para se
desenvolver programas específicos. Um aluno autista pode ter a habilidade extraordinária de
estabelecer relações espaciais ou de entender conceitos numéricos, mas ser incapaz de usar
estes pontos fortes por causa das limitações organizacionais e de comunicação. São
necessários professores com habilidade e com experiência, em ensinar na presença destes
pontos fortes e fracos tão singulares.

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Ensinar alunos com esta ampla gama de habilidades requer avaliações completas de
todos os aspectos de seu funcionamento. Isto não pode se restringir às habilidades acadêmicas,
mas deve também incluir os estilos de aprendizagem, distratibilidade, funcionamento em
situações de grupo, em habilidades independentes, e em tudo mais que possa ter impacto sobre
a situação de aprendizagem. Os estilos de aprendizagem são especialmente importantes para o
processo da avaliação porque são essenciais para liberar o potencial de aprendizagem.

Como cada criança com autismo processa a informação e quais são as melhores
estratégias de ensino devido à singularidade de seus pontos fortes, interesses e habilidades em
potencial? Um professor hábil pode abrir a porta para várias oportunidades. Os adultos com o
autismo que trabalham em bibliotecas, com computadores, em restaurantes, e muitos outros
ambientes; são evidências de que, se tiverem instrução adequada, podem se tornar adultos
produtivos. Porém, um número excessivo de programas de educação não reconhece os pontos
fortes e déficits singulares deste grupo enigmático de aprendizes.

A principal possibilidade para uma melhoria constante é uma maior consideração das
suas singularidades e mais treinamento para profissionais para ajudá-los a entender seus
estilos de aprendizagem.

Avenida Érico Veríssimo, 105 – Solar dos Lagos – São Lourenço-MG CEP: 37.470-000
Email: atendimento@wreducacional.com.br
Telefones: (21)3942-9090 (11)3042-9095 (35)3331-7913
WR Educacional - Educação de Excelência

6 - Referências Bibliográficas

AMA - Associação de amigos do autista

Revista Autismo

Autismo e Realidade

Federação Portuguesa do Autismo

APPDA - Associação Portuguesa para as Perturbações de Desenvolvimento e Autismo

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